– Então, você está pronta, Amy? - Math sorria.

– Acho que sim! - Suspirei. - Sua idéia é boa, Math!

– Eu sei! - Riu.

– Convencido... - Dei de ombros.

– Pega as plaquinhas aqui. - Math apontou para a mochila.

Coloquei a mochila nas costas.

– Tem certeza que não tem ninguém na casa dele? Se alguém me pega lá, vão achar que eu sou uma psicopata! - Falei preocupada.

– Tenho. Vi todo mundo saindo! Mas você tem que ser rápida, eu não sei quando eles voltam...

Suspirei.

– Tô muito nervosa, Math! - Sussurei.

– Calma, vai dar tudo certo! - Ele beijou minha testa. - Agora vai lá!

Atravessei a rua com passos largos. Minha respiração estava pesada. Parei em frente a casa do Lipe. O muro era muio baixo e tinha uma árvore na frente. Subi na árvore, me apoiei no muro e pulei. Ok, eu já estou dentro da casa. Não tem nada pra dar errado...

Coloquei a mochila num canto e fui tirando as plaquinhas e colei-as na parede. Fiz isso até que todas fossem fixadas na parede. Peguei o celular e mandei uma mensagem pro Math:

" Terminei! Agora é só esperar... -Amy- "

Enquanto eu digitava, meus dedos tremiam. Recebi a resposta rapidamente.

" Ok, já posso levar a parte importante?! - Math- "

Respondi.

" Já! Me encontra no portão..."

Deixei a mochila num canto e corri rapidamente para o portão. Math estava lá com um embrulho enorme.

– Pronto. Tá aqui, Amy! - Math me entregou.

– Valeu! - Beijei sua testa.

– Boa sorte. Você merece!

– É, acho que sim. - Suspirei.

Arrastei o embrulho até o quarto do Lipe e abri sobre a cama. Sentei e fiquei esperando ele chegar.

Pov's Phelippe

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que me chamou a atenção, foi uma placa na porta.

" Lipe, apenas siga as placas..."

Olhei para os dois lados. Fiquei meio assustado e hesitei em abrir a porta, mas entrei devagar. Na parede da sala, outra placa.

" Acho que você já deve saber quem é. Desculpe por invadir sua casa. Mas você terá uma surpresa. Siga em frente..."

Não, na verdade eu não tinha idéia de quem poderia ser. Até passou umas pessoas na minha cabeça, mas eu não tinha certeza. Fui para a próxima placa, colada perto do banheiro.

" Você já cuidou tanto de mim, agora é minha vez... Entre no seu quarto! A surpresa acaba lá..."

É, agora eu tinha certeza de quem era. Meus olhos ficaram marejados. Abri a porta do quarto bem devagar. Amy estava sentada na cama com um urso de pelúcia bem grande do lado dela.

– Desculpa? - Ela sussurou.

Não consegui responder, talvez estivesse paralisado. A abracei.

– Desculpar pelo o quê? Eu quem deveria ter feito isso...

– Não Lipe. Eu também errei muito com você! Então, desculpa?

– Óbvio que eu desculpo, minha pequena! Apesar de você não ter feito nada... E então, me desculpa também?! - Pedi.

– Aham. - Sussurou e me beijou logo em seguida. - Ah, espera aí!

Amy pegou o celular e digitou:

" Deu certo! Obrigado por ajudar... -Amy- "

– Mô, quem te ajudou nisso?! - Perguntei curioso.

– O Math! - Ela sorria.

– O Mathew? Sério...?! - Disse surpreso.

– Isso. Ele que me ajudou. Ah, e agradeça à ele, porque a idéia toda foi dele!

– Nunca pensei que... - Fui interrompido.

– Pois é, nem eu! - Amy suspirou.