Meu Bônus Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 25
Brincadeiras


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que sempre pedem indicações de fanfics, eu criei um blog para poder comentar sobre as minhas favoritas.

Hora da Geleira: http://horadageleia.blogspot.com.br/

Espero que gostem, tanto dele, quanto da leitura!



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POV Ares

Depois de corrermos cerca de mais meia hora atrás da Filhinha de Hermes, tentando convencê-la de que não houve beijo, ela resolveu que sua corrida matinal tinha durado o bastante.

Retornamos para a casa, e esperamos até que todos tivessem descido para tomarmos café. Estava reclamando com Alice, que constantemente prendia o riso lembrando-se do beijo que não aconteceu, quando Hermes desceu as escadas.

Por mais raivoso que eu estivesse, não pude me controlar em rir. Alice me deu uma forte cotovelada, embora também prendesse o riso. O Deus das corridas cruzou os braços, com um ar severo. Achei que ele fosse falar algo relacionado ao que estava nos provocando as risadas, mas...

- Onde você foi parar? – Perguntou Hermes olhando para Alice. Tampei a boca para não parecer que ele estava rindo – Você não estava no quarto de manhã.

- Eu fui dar uma corrida. – Respondeu Alice com um sorriso pouco simpático.

- Tão cedo? – Questionou.

- Desculpe se o chão não me deixou tão confortável a ponto de enrolar para levantar. – Rebateu cruzando os braços. Hermes revirou os olhos.

- Ao menos você agiu com maturidade. – Suspirou encolhendo os ombros.

- Quanta maturidade. – Comentei quando ele se afastou. Alice prendeu o riso e fingiu que eu não estava falando com ela – Eu fico até pensando o que você seria capaz de fazer se nós terminássemos.

- Uma festa. – Respondeu rindo. Dei uma cotovelada com força nela, e Alice fez uma careta para mim.

- Ia chorar por semanas. Comer potes de sorvete... – Ela me cortou.

- Você? – Riu.

- Você, idiota. Você não vive sem mim, Kelly. – Respondi fazendo uma careta também. Alice revirou os olhos. Em algum lugar da sala, a mãe/militar de Alice gritou. Ouvimos alguns xingamentos e Hermes correu até a mesa novamente.

- Alice Kelly! – Rosnou enquanto passava a mão pelo rosto, tentando tirar o bigode estilo Hittler e a monocelha que Alice desenhara.

- Não sei por que você está tão surpreso. Achei que fosse esperar por algo assim. – Comentou calmamente, mas com um largo sorriso de satisfação no rosto.

- Eu esperava que você tivesse maturidade. – Respondeu ainda mais irritado.

- Para o inferno com a maturidade, você me colocou para dormir no chão. – Reclamou cruzando os braços.

- Eu vou te colocar para dormir no telhado depois disso aqui! – Ele ia avançar em cima dela, mas Jenny o puxou pela camisa.

- Ei, calma aí! Nada de agressividade na hora do café. – Falou prendendo o riso ao olhar para o rosto de Hermes. Ele xingou e esfregou a tinta de caneta com mais força ainda, mas não estava fazendo tanto efeito.

- Droga! – Reclamou.

- Não está tão ruim assim, querido. – Falou a mãe/militar.

- Não está tão ruim?! É claro que está! – Exclamou irritado – Tudo por culpa dessa criança de 20 anos! Você não dá educação para a sua filha, não?!

Jenny revirou os olhos, notando que não havia como discutir com ele. Era melhor deixar que se acalmasse um pouco para depois abrir a boca. Nessa, Apolo entrou no recinto e foi para a mesa, mas parou quando encontrou o rosto de Hermes.

Apolo começou a rir tanto que lhe faltou ar nos pulmões. Eu o acompanhei, e Alice, sem conseguir se controlar, também. Hermes trincou os dentes.

- E ainda dizem que eu sou o nazista? – Perguntou Apolo rindo. Ele se controlou por alguns segundos, e estendeu a mão para o alto – Heil Hermes.

- Eu vou arrebentar essa sua cara de idiota, Apolo! – Exclamou com raiva.

- A minha cara é de idiota? – Riu ele. Hermes virou-se para Alice e apontou para ela. Seu rosto estava ficando vermelho de raiva.

- Você vai ver a minha resposta a essa brincadeira, sua espertinha. – Ameaçou e se retirou da sala. Jenny fez uma careta de preocupação, e olhou para a filha.

- Acho que você realmente não devia ter feito isso. – Murmurou.

- Vai me fazer pedir desculpas? – Questionou Alice sem ligar.

- Não. Ele mereceu. – Respondeu ela rindo um pouco – Mas se você contar a ele que eu disse isso, vou negar.

Depois de comer toneladas de panquecas, nós nos jogamos no sofá da sala. Alice esperou pacientemente que eu e Apolo terminássemos de nos ajeitar para sentar também. Ela cobria o nariz, e tentava não se movimentar. Não queria respirar poeira.

- Você devia ter ficado no seu quarto. – Murmurou Apolo, ainda irritado com ela. Alice olhou para ele.

- Por quê? – Quis saber, mas depois olhou para mim e prendeu o riso – Ah. Entendi. Sinto muito por atrapalhar vocês.

- Não íamos fazer nada! – Reclamei com raiva e dei um tapa na nuca de Apolo – Deixa de ser idiota! Esqueceu que está falando com uma pervertida?! Não pode dizer qualquer coisa!

- Pervertida?! – Repetiu ela chocada – Eu não sou nada disso!

- Não?! – Falou Apolo incrédulo – Eu não tenho nem a mais remota ideia de onde você tirou essa tara por nos ver juntos, mas pode ir deixando ela de lado! Isso nunca vai acontecer!

- Deve ter sido na internet. – Sugeri – Tem muita sacanagem na internet.

- Eu não...!

- Ei. – Nós nos viramos e vimos o primo esquisito dela. Dwayne. Ele apontou para a porta da sala de modo indiferente – Eles vão jogar baseball, mas está faltando gente.

Não falou mais nada. Olhei para Alice e vi que seu rosto tinha voltado ao normal. Ela não estava mais irritada nem com vergonha, mas olhava para Dwayne como se fosse uma autoridade que respeitasse muito.

Aquilo me irritou.

- Já vamos. – Respondeu por nós dois também. Ele deu de ombros, como se não estivesse nem aí, e foi embora. Alice colocou-se de pé e caminhou até a porta. Eu me mantive sentado.

- Quem disse que eu quero ir? – Perguntei de mau humor. Ela olhou para mim como se não não fosse uma resposta possível.

- Por que você não viria? – Quis saber.

- Não gosto daquele idiota, por isso eu não iria. – Respondi sinceramente. Alice revirou os olhos.

- Então fica aí, Ares. Do ladinho do Apolo. Aposto que você vai adorar, não é? – E saiu da sala. Coloquei-me de pé com raiva, e marchei atrás dela morrendo de vontade de arrastá-la de volta pelo cabelo.

Apolo passou na minha frente, o que me irritou mais ainda. Era como se eu estivesse a fim de ficar com ele lá, mas ele não quisesse minha companhia. Não tinha ideia de onde ela tirava aquela ideia estúpida de que eu e ele poderíamos estar dando em cima um do outro, e eu ainda tinha a determinação de discutir aquilo mais tarde.

Chegamos no campo que tinha na entrada da casa, e vimos todos os primos de Alice parados, esperando por nós. Heather olhou para Alice com um olhar de nojo, e Joey desviou o rosto como se a presença dela o incomodasse.

Não entendia porque ela iria querer jogar com eles, sendo que todos a odiavam, mas não dava tempo para perguntar. Ela parou de andar e ficou em silêncio, esperando alguma ordem deles.

- Vamos fazer homens contra mulheres. – Sugeriu Joey rapidamente. Heather bufou como se aquilo não a agradasse. Ela e as outras bailarinas olharam para Alice e entregaram o bastão para ela.

- Espero que acerte, perdedora. – Falou com repulsa.

Podia ser incrivelmente irritante, mas era também incrivelmente bonita. Dei de ombros. Depois de nos ajeitarmos no espaço, Joey pegou a bola. Ele seria o lançador.

Apolo ficou atrás de Alice para pegar a bola que Joey lançasse. Falou algo para a Filhinha de Hermes, mas por eu estar longe, não consegui ouvir.

- Pronta? – Perguntou Joey.

Alice assentiu.

Ele lançou a bola.

Alice errou feio.

Todas as garotas suspiraram pesadamente, até mesmo a irmã gêmea do pirralhinho que era apaixonado por ela. Alice fingiu não notar, e Apolo devolveu a bola para Joey.

- Calma, ainda tem mais dois. – Incentivou o loiro.

- Ainda tem mais dois. – Repetiu Heather, como se aquilo fosse interminável.

Joey lançou novamente. Alice tentou rebater com força, mas acabou girando no lugar, e não acertando a bola. Apolo a devolveu para Joey, que resolveu implicar um pouquinho.

- Pensei que soubesse usar o taco. – Riu em escárnio. Alice fez uma careta de ódio para ele, e minha mão coçou para arrebentar a cara do idiota.

- Se nem você sabe, como eu saberia? – Replicou.

- Quer mesmo que eu responda? – Perguntou rindo. Todos riram também, menos eu, Apolo, Dwayne.

- Lance a bola, imbecil. – Rosnou.

Joey lançou com força e Alice errou novamente, por pouco. Heather bufou.

- Não quer trocar ela pelo Thomas? – Perguntou. Joey riu da ideia.

- Vou fingir que foi uma piada. – Falou.

Jogamos durante longos minutos, até que chegou a vez de Alice lançar a bola. O rebatedor era Joey. Antes de segurar o taco de baseball, ele lançou mais uma piadinha.

- Quer que eu finja ser tão ruim quanto você? – Perguntou inocentemente – É mais pelo seu bem, sabe? Vai ver assim você não fica tão deprimida depois de...

- Eu vou lançar. Está pronto? – Alice o cortou. Aquele garoto estava começando a me dar muita raiva. Ele se preparou. Todos esperavam que Alice fosse tão ruim lançando quanto rebatendo, mas estávamos errados.

Alice lançou a bola com uma força e velocidade absurdas. Joey encolheu-se para não ser atingido, e ela sorriu.

- Quer que eu pegue leve? Sabe, para você não ficar deprimido depois. – Implicou. Ele fez uma careta.

- Foi só uma jogada de sorte. – Resmungou.

Quando Alice segurou a bola novamente, ela a lançou com tanta força e velocidade quanto da última vez.

Joe errou.

 Ela sorriu.

- Só mais uma. – Comentou Apolo, com um sorriso torto. Alice sorriu de volta e pegou a bola. Esticou a mão e deixou que ela voasse em direção a Joe, que não conseguiu rebater.

Alice comemorou, e ele xingou.

O jogo se desenrolou em um ritmo rápido. Ninguém ali era ruim, exceto a Filhinha de Hermes. Alice conseguiu, no entanto, rebater uma única vez. Ela correu como um raio pelas bases, enquanto todos lutavam para passar a bola antes que Alice pisasse na quarta base.

Joe ainda esperava que o lançamento fosse para ele, quando os pés de Alice tocaram a base. Ele, no entanto, fingiu com grande velocidade que já tinha marcado o ponto antes dela.

- O que?! Você pegou a bola depois! – Exclamou ela.

- Bem que você queria, não é? Mas sinto muito, você continua sendo péssima nesse jogo. – Respondeu.

- Eu cheguei sim antes, Joe! – Reclamou.

- Não chegou não! – Exclamou ainda mais alto que ela. Aproximei-me um pouco dos dois, com os punhos já cerrados.

Quem ele pensava que era para gritar com ela?!

Mais uma piadinha, só mais uma mísera piadinha...

- Mas não fique triste. Aposto que você pode pedir consolo para o seu namoradinho. Ele te ensina a usar o taco, Ally. – Seu tom de voz era baixo, para que só ela ouvisse. No entanto, eu ouvi.

Com um movimento rápido, afundei meu punho em sua barriga, derrubando-o no chão. Joe deu um grito abafado de dor, e todos olharam para mim com os olhos arregalados.

Até Alice.

- O que você fez?! – Exclamou chocada.

- Você não ouviu como ele falou com você?! – Exclamei ainda com raiva.

- Você não precisava fazer isso! Será que é idiota?! – Reclamou e largou todo o equipamento do jogo no chão. Alice correu para a sala, e eu deixei meu queixo cair em choque. Apolo olhou para ela correndo, e depois para mim.

- Acho que você devia falar com ela. – Comentou encolhendo os ombros. Apolo olhou para Joe no chão e deu um sorriso torto. O garoto já estava de pé e chutara a bola de baseball com raiva. O Deus do sol aproveitou a oportunidade e fez com que a bola chocasse-se violentamente contra o vidro do carro de Joe.

Eu, mesmo rindo um pouco, ainda segui preocupado em direção a porta da frente. Entrei e fechei-a atrás de mim. Alice estava em pé, esperando de braços cruzados que eu aparecesse.

- Escuta aqui, eu não fiz nada que você... – Ela me interrompeu. Alice jogou-me contra a parede e me beijou com vontade. Fiquei atordoado por alguns instantes, mas depois coloquei minhas mãos em sua cintura, alisando-a.

- Você bateu nele. – Ela abriu um largo sorriso. Alice começou a pular na minha frente, comemorando – Você bateu nele! Eu nem acredito! Essa foi... Foi a coisa mais linda que você já fez por mim!

Pisquei os olhos, confuso.

- Você está com raiva, ou feliz? – Alice respondeu de um modo direto. Beijou-me novamente, e, enquanto eu retribuía o beijo, ela alisou meu peitoral por cima da camisa.

- Feliz. Mas não posso mostrar que eu estou feliz, senão eles vão inventar que a culpa foi minha. – Respondeu. Heather abriu a porta, e Alice impediu-se de me beijar mais uma vez. Ao invés disso, deu um forte tapa em meu rosto e me olhou irritada novamente.

- Nunca mais faça isso! – Reclamou. Heather ignorou-nos e foi para a cozinha. Alice esticou-se para sussurrar no meu ouvido – Obrigada.

- Não vamos passar disso? – Perguntei ao vê-la se afastar. Eu mostrei um dos meus melhores sorrisos tortos e maliciosos, e Alice revirou os olhos, tentando esconder seu próprio sorriso.

- De noite a gente... Conversa. – Eu entendi muito bem a indireta.


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Notas finais do capítulo

Para aqueles que sempre pedem indicações de fanfics (e que não leram as notas iniciais), eu criei um blog para poder comentar sobre as minhas favoritas.

Hora da Geleia: http://horadageleia.blogspot.com.br/

Ok... Cadê o Team Ares finalmente comemorando por ter um beijo entre eles de novo? Kkk Devem estar ansiosos para ver o que mais vai acontecer, e vão ter que ficar mais um pouquinho.
Enquanto isso, comentem o que vocês estão achando.
Vou postar o mais rápido possível!

Beijos e obrigada por lerem!