Me On Shibusen escrita por Katagyu Suzuki


Capítulo 1
Meu primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo da minha primeira fic otaku!
Espero que gostem :3



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Visto minhas vestes pretas. E quando eu digo ”vestes”, eu falo tênis, camiseta, calças e meias. Minha blusa havia apenas um coração desenhado bem no meio. Minhas calças eram jeans pretos comuns, nada de especial. Eu estava preparada para meu primeiro dia na Shibusen.

Ah sim, antes de tudo: meu nome é Daniella, treze anos. Tenho cabelos castanhos divididos no meio e olhos verdes, que são muito abertos, apesar de que as pessoas dizem que meu olhar é frio e que eu ainda mato alguém com ele. Uso dois relógios de ponteiro nos pulsos: um no direito e outro no esquerdo, mas com as horas espelhadas (por exemplo, se em um forem 2:45, no outro serão 10:15). Sou uma arma.

– Vamos, “minha arminha” – disse minha mãe quando eu cheguei na cozinha. – Não quero que você se atrase.

– Não vou – falei, pegando uma torrada e a mordendo de um lado e de outro. Depois de alguns minutos, terminei de comer a torrada e fui escovar os dentes.

– Boa sorte hoje na escola! – desejou ela, me dando um tchauzinho quando eu abria a porta.

Saí para as ruas de Death City. Era uma cidade bem… Digamos… Diferente. Mas eu gostava dela.

Depois de algum tempo de caminhada, eu cheguei na minha escola nova: Shibusen. Eu notei algo extraordinário nela, além do tamanho, mas eu não percebia o motivo. Subi as escadas que levavam até ela, então eu me toquei: ela era perfeitamente simétrica!

Pode me chamar de louca, mas eu sempre busquei o equilíbrio das coisas. Por isso, sempre que podia, deixava as coisas simétricas. Era uma mania apenas. Uma mania diferente.

– Que linda… – exclamei, ao pisar no último degrau da escadaria.

– Ah, vejo que você é a nova aluna da escola do meu pai.

Encarei o menino que estava na minha frente. Ele era um pouco maior que eu, e devia ter minha idade também, senão era um ou dois anos mais velho. Ele usava uma roupa que logo classifiquei como simétrica: era totalmente preta, com os mesmo detalhes brancos em cada lado (direito e esquerdo) da roupa. E ele era muito bonito também. Tinha olhos amarelos e grandes, como os meus. Percebi pelas três listras brancas que tinham em sua cabeça que ele era o filho do Shinigami: o diretor da escola. Eu não queria fazer estardalhaço por causa da roupa simétrica porque ele podia me achar estranha, e já bastam as outras pessoas que eu conheço.

Eu apenas dei um sorriso. Ele me retribuiu de volta e eu fiquei vermelha. Ele era realmente muito lindo.

– Ei… Kid, quem é ela?

Olhei por trás do ombro do garoto, e havia duas meninas, que pareciam irmãs, só que uma era mais alta que a outra. A mais baixa usava um chapéu branco com detalhes azuis, uma camiseta que ia até o busto sem mangas e vermelha, com um short jeans meio bufante. Seus cabelos eram curtos e loiros, com olhos azuis enormes, maiores que os meus, e tinha bochechas extremamente rosadas. A mais alta usava roupas iguais, mas não usava um short jeans bufante, usava uma simples calça jeans clara. Tinha cabelos loiros também, mas iam até a cintura, e os olhos azuis eram um pouco menores, e me olhavam com curiosidade.

– Teehee! – exclamou a mais baixinha, apontando pra mim – Ela é engraçada!

– Hey, Patty, não aponte… – falou a mais alta – E quem é ela Kid?

– A nova estudante, Liz – respondeu o menino que pelo jeito se chamava Kid – E agora uma pergunta pra você – e se virou pra mim – Você é arma ou shokunin?

– Arma;

– E que tipo de arma você é?

– Espada das sombras.

– Então precisamos encontrar um usuário das sombras então – e virou-se para Liz e Patty – Vamos!

– Mimado… – murmurou Liz.

Acompanhei os três até dentro daquela escola totalmente simétrica. Meti as mãos nos bolsos e fiquei admirando a Shibusen por debaixo de algumas mechas do meu cabelo. Quer dizer… Não foi a Shibusen que fiquei admirando. Dei uma olhadinha naquele menino, o Kid… Ok, mais de uma olhadinha. Tá bom fiquei olhando pra ele a maior parte do tempo.

– Chegamos – anunciou ele do nada.

Eu me encontrava em uma sala enorme, com um monte de fileiras. Era quase um auditório. E no meio da sala, se encontrava um homem que parecia um médico: vestia um jaleco cheio de costuras, e seu rosto também estava cheio de cicatrizes estranhas. Seu cabelo era cinza, e usava óculos. Mas não eram as cicatrizes ou as costuras assimétricas que me incomodavam (as costuras um pouco…), era na verdade o fato de ele ter um parafuso gigante atravessado na cabeça.

– Dr. Stein – falou Liz – Trouxemos a menina nova.

Eu queria morrer. Ela devia ter falado isso tão alto? Toda a classe voltou os olhos para nós. E a maioria, para mim.

– Certo… Venha até aqui – disse ele, fazendo um movimento com a mão, para que eu me aproximasse.

Os três voltaram aos seus lugares, e eu fui até aquele professor estranho, que se chamava Stein.

– Sou o Dr. Stein – falou ele me examinando – E você?

– Dani. – respondi.

– E você é arma ou shokunin? – perguntou-me.

– Arma.

– Que tipo de arma?

– Espada das sombras.

– Espada das sombras...? – ele deu um sorriso sinistro – Ah… Quero dissecá-la…

Dei um passo pra trás, e percebi que vários alunos se remexeram nas fileiras, desconfortáveis.

– Ah sim – falou ele, como se tivesse saído de um tipo de transe – Sente-se ao lado do Death the Kid e do Soul Eater, lá em cima, na quinta fileira – e apontou.

Olhei para a quinta fileira. Reconheci o menino Kid, e achei Soul ao seu lado. Ele era um menino engraçado: usava uma bandana que tinha seu nome escrito nela, e usava uma jaqueta preta e amarela, com uma alma desenhada (acho que era a alma dele). Seus cabelos eram brancos e bem bagunçados, e seus olhos eram vermelhos que se fixavam em mim.

Caminhei calada e sentei-me ao seu lado direito e ao esquerdo do Kid. Ele deu um sorriso que me fez congelar: era muito sinistro.

– Oi – falou ele de um modo que eu diria… “legal” – Eu sou Soul e você é…

– Dani – completei estendendo a mão.

Ele deu um tapa nela e depois fechou a mão, para eu dar um soco. Foi tipo um cumprimento.

Percebi que alguns alunos ainda me olhavam, inclusive o menino ao meu lado, Kid. Pra disfarçar, olhei para o lado esquerdo do Soul.

Tinha uma menina de cabelos louros bem claros, quase em tom bege. Usava duas marias-chiquinhas, usava luvas brancas, e tinha uma roupa preta, com uma camiseta amarela e branca, com uma saia vermelha e preta. Não deu pra ver direito, mas parece que usava sapatos branco e pretos. Seus olhos eram verdes, como os meus, mas se fixavam em um livro.

Eu não quis atrapalhar a sua leitura, então continuei quieta. Mas uma menina a minha frente me chamou.

– Oi… Dani, não é?

Sua voz era muito meiga e doce. Eu olhei pra baixo e vi uma garota que usava um rabo de cavalo bem grande e seus olhos eram roxos, mas em tom quase que preto. Ela tinha um vestido branco, que ia até um pouco acima dos calcanhares, com um cinto cinza, mas o que me incomodava naquela roupa era que tinha uma estrela gravada perto do seu seio. UMA estrela, e não duas, uma de cada lado.

– Oi… – respondi.

– Sou Tsubaki – e ela me estendeu a mão – Muito prazer.

Ao invés de fazer um toque que nem eu havia feito com o Soul, eu peguei na sua mão e a balancei. Olhei para o menino ao seu lado enquanto fazia o movimento. Tinha cabelos azuis, e era bem musculoso. Usava uma camisa sem mangas preta que tinha uma gola que subia até mais ou menos sua boca. Ele também tinha um cinto (que pareciam faixas amarradas) cinza, e luvas pretas e brancas, daqueles tipos sem dedos. Sua calça era branca com detalhes pretos e tinha uma tatuagem de estrela no braço direito.

E ele pelo jeito viu que eu estava observando-o e se virou pra mim.

– Quem é você que está contemplando a minha glória?!

“Glória? Que glória?” pensei.

– Eu sou o grande BLACK STAR! – gritou e apontou para ele mesmo – Como você se chama, pequena?!

– Dani… – disse, tentando acalmá-lo e pensando que eu era maior que ele em tamanho, ele não precisava me chamar assim.

– CERTO! – e gritou mais alto. Nesse momento, a maioria da sala olhava para ele, inclusive o Dr. Stein – Aqui o meu autógrafo! - e me entregou um papel que havia seu nome escrito, e eu não fazia ideia de onde tinha surgido.

Peguei o autógrafo da mão dele, esperando que ele se acalmasse. Ele deu um grande sorriso e se sentou.

– Bem, agora que todos estão calmos – e deu um olhar fuzilante para o Black Star – Vamos começar a aula. Hoje será… Um tipo de dissecação.

Todos os alunos suspiraram, mas eu não sabia o porquê. Eu apenas prestei atenção na aula, esperando que ela acabasse o mais rápido possível, para eu continuar conhecendo as pessoas com quem eu acabara de falar.


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Notas finais do capítulo

E aí, preferem essa baseada em anime ou as minhas outras?



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