Lágrimas por Amor escrita por Aki Nara
_ Por enquanto está - encarou Yuji com um olhar penetrante que assustaria qualquer outro rapaz.
_ Você precisa é arranjar uma namorada.
_ E pretendo mesmo – olhou suavemente para onde as garotas estavam.
_ Certo, mas escolha só uma. Dê chance para o mais velhos – Yuji segurou-o pelo ombro, empurrando-o para frente. – O cheiro está bom.
O almoço seguiu tranquilamente e a preguiça reinava. Porém, não havia tempo para descanso porque o senhor Kaneshiro exigiu a presença de Yuji em seu escritório. Ele sentou-se confortavelmente na cadeira à frente da mesa de seu pai.
_ Você pode me explicar isso? – o pai indicou a pasta para que ele olhasse.
Yuji abriu lendo atentamente o que continha. Era um dossiê sobre tudo o que ele tinha feito durante os dois últimos anos, justamente quando abriu a empresa de turismo.
_ Alguma dúvida sobre o que está escrito aqui, meu pai? Ou está decepcionado porque não há nada que abone minha conduta?
_ Se não quisesse nem precisaria estar aqui. Pode gastar o quanto quiser de sua própria fortuna.
_ Apesar de ter estado afastado, está é a única família que tenho. Estou aqui por que quero estar mais próximo, não quero perder muito mais que perdi com Maya.
_ Por que vem escondendo isso de nós? – ainda havia dor no semblante do pai.
_ Para que o senhor sempre tenha a razão. Era meu papel como a ovelha negra da família.
_ Você realmente acha que gosto de ter uma opinião negativa de meu próprio filho? – encarou o filho com certa tristeza no olhar.
_ O senhor sempre se vangloriou em reconhecer o caráter das pessoas. Por que haveria de ser diferente comigo? – ele foi direto.
_ Por que como meu filho eu sempre lhe daria uma oportunidade para se redimir – ele se levantou andando até a grande janela de onde podia ver o jardim.
_ E está preste a me dar essa oportunidade? – ergue a sobrancelha.
_ Você entraria para os negócios da família? – olhou para o filho.
_ Negócios e família não se misturam. Se me apresentar uma proposta lucrativa, poderei pensar em me unir aos negócios da hotelaria.
_ Vejo que aprendeu muita coisa sem que eu tivesse que ensinar nada.
Pela primeira vez o pai lhe falava num tom mais orgulhoso e escutava o que tinha a dizer.
_ Ao contrário! Você sempre foi um exemplo a seguir.
x-x-x
Era tarde da noite quando um táxi parou a frente da casa. Kenzo desceu com sua mala. Deviam estar todos dormindo, pois o silêncio era notável. A noite estava plácida e convidativa para uma caminhada. E Assim, deixou a mala no chão dando meia volta em direção à orla do mar. A brisa agradável soprava trazendo-lhe a paz que precisava para decidir sobre uma questão.
_ Kaneshiro! Eu não senti escrúpulos em lhe indicar... Afinal, para nosso hospital é um bom investimento termos um cirurgião especializado em transplantes. Tenha o descanso no final de semana a que se propôs e venha na segunda-feira para me dar uma resposta favorável.
Lembrava-se das palavras do diretor tentando convencê-lo a ir para os Estados Unidos apreender novas técnicas e procedimentos. Era uma chance única que em outra ocasião aceitaria sem pestanejar. Então, o que o incomodava? A resposta se materializava diante de si numa camisola diáfana que escondia e revelava ao mesmo tempo seu corpo.
Não era mais uma menina... Era uma bela mulher e desejável. Que justificativa poderia dar para se afastar quando ela o atraía. Eles se fitaram, os olhos dela levemente surpresos, enquanto os dele não conseguiam deixar de admirá-la e quando ela sorriu, derrubou-lhe a ética e a moral que lhe serviam de escudo. Era apenas um homem...
Ela correu para longe das ondas rindo e escondendo-se sobre as paredes de pedra. O que ela pretendia? Será que não percebia que brincar de esconde-esconde com um homem sedento era perigoso? Mas ele seguiu-a determinado.
Kenzo queria provar novamente os lábios adocicados com um leve sabor de tormenta. Um riso a denunciou e antes que pudesse fugir novamente agarrou-a em seus braços.
_ Não me tente, Umi... O primeiro deve ser...
_ Você? – os olhos negros suplicaram enquanto mãos, braços, pernas se mesclavam com urgência.
Ele sentiu a frieza da pedra nas costas, segurando-a pelos ombros, trouxe-a mais para perto de si. Ansioso, afastou os cabelos revoltos de seu pescoço, depositando-lhe beijos sôfregos em sua carne macia. Ela estremecia e essa reação era uma tentação para novas tentativas, que ele sabia lhe causariam mais gemidos murmurados.
_ Tem certeza? Amanhã poderá se arrepender... – Kenzo parava na vã esperança de encontrar juízo.
_ Amanhã poderá não existir...
Havia verdade nas palavras de Umi. O amanhã era nebuloso demais para ambos e a necessidade do agora era presente. De qualquer forma era tarde demais para ele, pois precisava dela como o ar que respirava. Estava completamente vencido pela paixão, desistiu de lutar contra a paixão e entregou-se a produzir carícias, atiçando-a nos lugares secretos, que se revelavam para ele.
_ Você é linda...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
***Desculpe cortar o bem bom :P Mas preciso que continuem querendo ler o próximo capítulo. kkkkkkkk