SasuHina :: Moon Light escrita por Nana


Capítulo 8
Proteção


Notas iniciais do capítulo

O-O-O-Oppa Gangnam Style! *-* Olá, seus lindos e lindas. Tudo de boa? :D AVISO: A luta desse capítulo, na parte da floresta, foi escrita pelo meu namorado. Créditos ao meu lindo japonês que em breve vai postar a fic dele e acho que vocês vão gostar. *-* Enfim. Estou sem luz, então, estou aproveitando meus poucos minutos de alegria com a bateria do pc. >.< Tenho pouquíssimo tempo, por isso, desta vez não mandei a mensagem avisando do cap. Mais tarde tentarei fazer isso. Espero que gostem do capítulo, logo voltarei com o próximo. s2s2s2



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Hinata’s POV

Meus olhos se abriram lentamente. Podia sentir o pouco peso da mão de Sasuke sobre minha cintura e seu outro braço envolvendo-me em uma espécie de abraço. Fiquei alguns minutos observando o rosto do Uchiha, me lembrando do que havia acontecido e de tudo que havia mudado em minha vida... E um enorme sorriso brincou em meus lábios. Contive-me em lhe dar um beijo para não acordá-lo, então me levantei o mais silenciosamente possível e andei em passos sorrateiros até o banheiro. Após tomar banho e trocar de roupa, desci as escadas. Procurei na cozinha por alguns itens para preparar um café da manhã antes que Sasuke acordasse, mas só tive tempo de fazer um suco e arrumar algumas coisas sobre a mesa. Fui interrompida pela campainha. Apressei-me até a porta, esperando que Sasuke não tivesse acordado com o barulho.

– Oi, Hina. – Hanabi me cumprimentou, com um sorriso receptivo estampado. – Eu estou saindo em missão e aproveitei para passar e avisar que Naruto precisa de você no escritório dele agora.

– Obrigada, Hanabi-chan... Você vai demorar a voltar? – Indaguei.

– Não, e não se preocupe. Até mais, Hina. – Se despediu rapidamente, depositando um beijo na minha bochecha e desaparecendo da minha frente.


Fechei a porta e voltei para a cozinha, guardando o suco na geladeira. Subi as escadas, procurando um papel e uma caneta e deixando um bilhete para Sasuke avisando que logo estaria de volta. Peguei uma maçã e segui até o escritório do Hokage. Se era uma missão, eu esperava que não demorasse, não poderia perder a reunião para a retirada do selamento de Sasuke.

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Sasuke's POV

Acordei até que disposto. Não iriamos ter treinamento com o time quatro, tinha fé que não teríamos visitas e que eu poderia aproveitar todo o meu dia, já que estava de folga. Levantei-me da cama, procurando as roupas que eu havia usado na noite anterior por menos de dez minutos até precisar tirá-las. Aquele pensamento me fez lembrar um pouco mais sobre o que havia acontecido, o que me fez sorrir. Fui até o banheiro e tomei um longo banho, antes de descer para preparar algo para comer. Mas não tive muito trabalho, já que a Hyuuga havia preparado um suco e separado algumas torradas para mim. Tomei meu café da manhã, sem pressa alguma, enquanto imaginava o que faria durante o dia. Eu estava sentado à mesa, avaliando as minhas opções quando a porta da casa se abriu. Hinata entrou olhando para o chão, parecendo pensativa e não muito alegre sobre seja lá qual fosse o assunto. Ergueu seu olhar para mim e automaticamente sorriu e corou.

– Bom dia, Sasuke-kun. – Proferiu, fechando a porta e caminhando em minha direção.

– Bom dia. – Retribui, me levantando e levando o copo já vazio para a pia. Aproximei-me, instantaneamente erguendo minha mão até sua bochecha e lhe dando um beijo. Afastei-me, encostando-me ao balcão. – Então, o que Naruto queria para te fazer me abandonar na cama?

Sorri de lado. Ela corou abruptamente, parecendo se recordar dos ocorridos da noite anterior. Mas logo já estava com a mesma expressão pensativa de antes.

– Eu preciso sair em missão. Para escoltar o herdeiro de um clã importante e sua noiva de volta para uma vila no caminho para Suna. – Ela ergueu seu olhar para mim. – Não iriei demorar mais que três dias.

– E vai partir quando? – Indaguei, tentando não transparecer meu desgosto por aquela história.

– Agora. – Mordeu o lábio inferior e eu reparei que ela não estava tão mais confortável que eu. – Kiba-kun era o encarregado da missão, mas pareceu que Akamaru ficou doente...

– Entendi. – Concordei. Até mesmo sem querer, Kiba conseguia me atrapalhar. Suspirei. Agora teria que imaginar o que iria fazer por três dias, sem Hinata ao meu lado, após todos esses meses com a sua presença.

– Eu... Vou pegar as coisas... – Disse, subindo as escadas. Passou poucos minutos por lá, apenas pegando sua bolsa de equipamentos ninja.

Eu fiquei parado ao lado da porta, encostado a parede, com meus braços cruzados. Naruto deveria fazer de propósito. Ele havia se casado ontem e hoje já estava mandando Hinata sair em missão. O que houve com a lua-de-mel para ele já estar trabalhando tanto? Hinata desceu as escadas e caminhou até mim.

– Eu estarei de volta logo. – Me sentia uma criança, mas não era algo que eu conseguia evitar naquele momento. Não exatamente e/ou apenas por ficar sozinho durante esses dias, mas porque ela estava indo sozinha e... Não quero precisar falar agora sobre os meus medos. Ela se ergueu na ponta dos pés para alcançar meus lábios e me dar um beijo.

Assim que ela foi embora, eu subi as escadas e fui até o antigo escritório de meu pai. Sentei à grande mesa e fiquei algumas horas ali lendo alguns livros sobre os jutsus do clã. Aqueles três dias se arrastaram ao máximo, como sempre acontecia quando Hinata não estava por perto. Treinei com o time quatro por algumas horas no primeiro dia, encontrei Hanabi e Kiba no segundo e eles insistiram que eu fosse almoçar com eles. No resto do tempo, eu apenas caminhava pela vila, treinava ou lia alguns livros de jutsus do clã.

E enfim, no terceiro, era o dia da reunião. Minha namorada Hyuuga permanecia em sua missão, sem qualquer noticia de seu paradeiro. Eu caminhava pelas ruas vazias – exceto por alguns idosos parados em frente a suas casas. Uma senhora até sorriu para mim, o que me soou deveras estranho. Assim que entrei no escritório do Hokage, reparei que havia poucas pessoas presentes. Naruto estava sentado a sua grande mesa, ao seu lado estava Sakura. Em um canto da sala estava Sai e do outro estavam Shikamaru e Kakashi. Dei mais alguns passos, parando no centro do ambiente. Naruto levantou de sua cadeira, com um enorme sorriso no rosto. Caminhou lentamente e parou à minha frente.

– Uchiha Sasuke. Devido a sua boa conduta, comportamento e atos, você está oficialmente liberado de seu selamento. E além de membro da vila, agora você faz parte da Ansatsu Senjutsu Tokushu Butai. – Ele disse, com o tom e expressão mais sérios que eu já havia visto de Uzumaki Naruto.

O Hokage fez alguns rápidos movimentos de mãos, aqueles mesmos selos que Tsunade havia utilizado meses atrás e pousou a mão sobre o meu braço, no local onde o kanji “Chakra” podia ser visto. A marca lentamente desapareceu, sem deixar qualquer vestígio de que algum dia algo estivesse ali. Na mesma velocidade, eu começava a me sentir diferente, cada vez melhor. O chakra parecia circular cada vez mais em meu corpo. Após Naruto se afastar, Sai foi o encarregado pela tatuagem Anbu em meu braço esquerdo e Sakura quem me entregou o uniforme e uma máscara de porcelana. Todos eles pareciam felizes por mim, até mais do que eu mesmo exibia estar. Agradecia internamente por não haver uma grande reunião para aquele momento. A última coisa que eu precisava era de um monte de pessoas ao meu redor me dando conselhos ou falando sobre a minha vida. Estava bem, muito bem, daquele jeito.

– Parabéns, Teme! – Naruto gritou, perdendo toda a formalidade da ocasião. Por alguns momentos, eu tive certeza de que ele iria chorar. Sakura, como uma gentil esposa, fez o favor de dar um soco na cabeça do marido.

– Parabéns, Sasuke-kun. – Ela sorriu para mim. Irritantemente bipolar.

________

Logo, já haviam se passado quatro dias que Hinata havia saído em missão e nem é necessário lembrar como eu fiquei com a sua partida. Agora imaginar que ela estava precisando de um dia a mais para voltar era... Agoniante. Eu estava sentado e tentava ler um livro, mas parei de fazê-lo ao meu deparar com o trecho: “Quando você encontra uma pessoa que o liga ao mundo, você se torna alguém diferente. Alguém melhor. Quando essa pessoa é tirada de você, o que você se torna, então?”

Não era como se eu pudesse me imaginar sem Hinata. Eu me sentia idiota por estar daquela forma. Eu não era mais uma criança e sabia as realidades em que a gente vivia. Se eu não soubesse me controlar, provavelmente todos estariam rindo de mim naquele momento. Tudo mudou rápido demais. Eu estava deitado na cama, aparentemente admirando o teto, quando um Anbu surgiu na janela do quarto. Deviam ser cerca de cinco horas da manhã.

– O Hokage solicita sua presença no escritório do mesmo. – Era evidente que era Neji por trás daquela máscara, mas ele apenas terminou seu trabalho ali e desapareceu.

Eu não sabia se deveria esperar que fosse algo sobre Hinata, porque isso poderia ser um péssimo sinal. Mas coloquei meu uniforme padrão e minha máscara ANBU. Após me equipar e pegar a Kusanagi, sai de casa na mesma velocidade que o Anbu e não demorou a que eu estivesse em frente a Naruto. Nenhum sorriso, nenhum grito. Nenhuma recepção exagerada vinda do Hokage. Ele apenas ergueu o olhar para mim, tão inexpressivo quanto eu, pela primeira vez que eu o via. Por alguns instantes, aquilo me deixou agoniado.

– Eu sei que logo eu nem precisaria te chamar aqui. Hinata me enviou um pergaminho avisando que havia chegado em segurança a vila e que estava voltando, mas isso foi um dia após sua partida. – Cerrei meu olhar não gostando nenhum pouco daquela história. – Considerando isso, ela tinha dois dias para voltar... E já se passaram três dias desde que recebi o aviso. Então, estou te enviando em uma missão de resgate para encontra-la.

Peguei o pergaminho que ele me estendeu e não esperei mais nenhuma palavra para sair do escritório. Pulei de telhado em telhado, na maior velocidade que alcancei, direto para a saída da vila. Tenho quase certeza de ter ouvido a voz de Hanabi me chamando durante o percurso, mas aquilo não me impediu de continuar. Eu evitava qualquer pensamento negativo que pudesse passar pela sua mente, me focando apenas em continuar o meu percurso até seja lá onde Hinata estivesse. Sem nenhuma interrupção e na maior velocidade que pude, se passaram cinco horas sem paradas e eu já estava muito distante de Konoha. Foi então que eu a ouvi.

– Sa-Sasuke-kun... – Sua voz era baixa, quase inaudível. Retirei a máscara e dei a volta, voltando meu olhar para direção de onde a voz vinha. Tive que voltar um pouco para encontra-la.

Meus olhos se arregalaram perante aquela imagem. Hinata estava apoiada em uma árvore, seus olhos estavam quase se fechando. Uma linha de sangue escorria pelo canto de sua boca, enquanto ela apertava um machucado no braço que também sangrava. Tive tempo de reparar que uma de suas pernas estava enfaixada. Mesmo considerando todos os seus ferimentos, eu estava feliz. Feliz por ela estar viva. Apressei-me e parei a sua frente, ela ergueu seu olhar para mim e sorriu. Logo seus olhos se fecharam e ela perdeu o equilíbrio, desmaiando. Segurei-a em meus braços e a ergui. Só então parei para observar o que havia atrás dela: Pouco mais de vinte corpos com diversas marcas espalhadas por suas peles. Nenhum deles estava vivo, então não tive com o que me preocupar além dos machucados de Hinata.

Nunca fui muito bom com curativos, então o máximo que pude fazer foi enfaixar seu braço ferido e carrega-la. Peguei sua mochila que estava caída por ali e segui meu caminho. Com Hinata no colo, eu saltava de galho em galho fazendo todo o percurso de volta para a vila da folha, o calor que nos acompanhava pela viagem estava terrível, mas eu tentava ignorá-lo. Estávamos cruzando uma floresta, cerca de três horas depois que eu a encontrei, quando ela acordou.

– Sasuke-kun... – Sua voz saiu fraca em um sussurro próximo ao meu ouvido. Abaixei meu olhar para ela, que estava suando e permanecia com seus olhos fechados.

– Se sente melhor? – Indaguei a Hyuuga, esperando que a resposta fosse positiva mesmo sabendo que era difícil. Meus pés se fixaram sobre um galho, parando no meio do caminho.

– Um pouco... – Ela abriu os olhos lentamente, sorrindo gentilmente. – Eu... Senti sua falta.

– Eu também. – Admiti, apertando-a um pouco mais contra o meu corpo. Voltei a saltar entre as árvores, tentando diminuir o impacto para não machucar ainda mais Hinata durante o percurso.

– Vamos parar um pouco... Deve estar cansado... – Ela disse, olhando para o meu rosto que não deveria estar com uma expressão muito amigável. Estava querendo chegar logo na vila.

– Não precisa. – Foi apenas o que eu disse e gostaria que ela aceitasse aquela resposta.

– Por favor, Sasuke-kun... Eu tam-também preciso be-beber água. – Insistiu. Olhei para ela, que corava um pouco. Era óbvio que era mentira, cerrei meu olhar para ela, mas cessei meus passos mesmo assim. Abaixei o braço que segurava suas pernas, deixando que ela se apoiasse no chão e se afastasse. Lhe estendi a mochila, que ela pegou com prontidão.

Hinata murmurou um agradecimento e sentou no chão, apoiando as costas em uma árvore. Encostei-me na mesma árvore, mas permaneci em pé. Realmente não me sentia cansado. Observei quando ela abriu sua mochila para apanhar um frasco contendo água. Ela bebeu um pouco e timidamente me estendeu o frasco. Tentei ignorar o fato de ela estar ferida e continuar mais preocupada comigo do que com ela. Bebi um pouco da água que ela me estendeu e lhe devolvi a garrafa. Apesar de observá-la, eu permanecia atento a qualquer movimento ao redor.

– Me desculpe por preocupar você. – Não me encarava quando disse aquilo, mas eu podia imaginar seu olhar entristecido mesmo sem vê-lo. Eu até poderia retrucar, mas não iria adiantar. Aquele era o jeito de Hinata. Deixei aquilo de lado e me abaixei, meus braços envolveram seu corpo de surpresa e a retirei de forma rápida do chão. Dei um salto para frente, mas não tive muito tempo para fazê-lo.

Uma explosão formou-se onde ela estava sentada um segundo antes, e sua força impulsionou ambos os nossos corpos na direção de outra árvore. Hinata soltara um grito de espanto com a situação, agarrando-se firmemente a meu corpo. De prontidão, virei-me de costas para a árvore e esperei pelo choque a fim de proteger o corpo da garota. Meus pés tocaram a superfície da mesma para evitar uma queda brusca. De lá, saltei para o chão, pousando de forma sutil e deixando que Hinata se desvencilhasse de meus braços e erguesse seu corpo. Parecia ainda ter um pouco de dificuldade para ficar de pé, mas o fez. Não demorou muito para que os inimigos mostrassem suas faces. Eram seis no total, todos armados com foices, garras, espadas, entre outras armas. Seus rostos eram cobertos por bandagens e as vestimentas estavam sujas, algumas até com sangue.

– Veja, veja... O que temos aqui? – Questionara um dos membros do grupo com ar de deboche. Minha expressão não era das mais felizes. Nem a de Hinata.

– Olhe só... A menina está ferida... – Continuou com as brincadeiras outro membro do grupo. Estavam se exibindo por estar em maior número.

– Não sabe cuidar da garota? – Um terceiro indagou, alargando um sorriso e mostrando os dentes que eu queria arrancar daquela boca imunda.

– Quem foi que lançou aquela Kunai com o explosivo? – Com o máximo de meu autocontrole, ignorei as brincadeiras, caçando o autor do primeiro ataque. Desembainhei a Kusanagi, estava pronto para arrancar algumas cabeças.

– O que quer com a Katana, moleque? Estamos na vantagem por aqui! – Ameaçou-me o primeiro a falar, como se eu realmente me importasse.

– Olhe, a garota é bonitinha. – Um homem, que até o momento estava em silêncio, não podia ter escolhido comentário pior para fazer. Apenas um riso, que eu não me dei ao trabalho de expressar, era necessário para aquilo. Já havia escolhido meu alvo.

Caminhei alguns passos para mais perto daquele cara enquanto os outros ‘inimigos’ assistiam-me com seus sorrisos de superioridade. Meus olhos mantinham o foco em seu rosto, que não parecia apresentar receio. Já estava sentindo falta de um pouco de adrenalina. Apontei a Kusanagi para seu peito esquerdo, meu olhar era o de um assassino frio. A ponta daquela famosa Katana expandiu-se numa luz azulada, uma descarga elétrica, que se estendeu até o indivíduo. O homem tentou bloquear com sua espada, porém tudo o que ganhou fora um furo no peito. Isto havia acontecido num segundo ou dois, não dando a chance de alguém intervir. A expressão assustada que surgiu na face de cada um dos outros ninjas vivos me divertiu, mas eles não recuaram. Todos saltaram juntos para atacar Hinata, que até então parecia um alvo fácil, enquanto eu me encontrava de costas. Porém, seus atos foram em vão. Apesar de machucada, o corpo da Hyuuga passou a girar rapidamente e emitir Chakra para formar seu Kaiten, defletindo e ao mesmo tempo contra atacando todos os cinco restantes de uma só vez. Hinata cessou seus giros com os inimigos ainda no ar, e sacou de sua bolsa ninja cinco shurikens. Este ato rápido ainda a deu a chance de girar no sentido oposto e atirar as cinco atingindo-os em regiões distintas de seus corpos.

Então, ela caiu, soltando um ruído agoniado de dor. Depois de todos aqueles giros consecutivos, sua perna devia estar realmente dolorida.

– Já acabou, não se esforce! – Soou como uma ordem. Virei-me e caminhei para perto para dar assistência, embainhando a Kusanagi.

Foi quando uma coisa me surpreendeu. Debaixo do solo, uma mão enorme surgira, quebrando-o. A mão subiu por todo o meu corpo e visou atingir meu queixo, o impacto arremessou meu corpo alguns metros para cima. E se eu não tivesse utilizado o Kawarimi para substituí-lo por um tronco, teria realmente sofrido danos. Como se um Jutsu antigo como estes pudesse abalar um Uchiha. Ativei o Sharingan, para poder acompanhar seus movimentos que eram deveras rápidos. Coloquei-me entre o inimigo e Hinata, sempre tentando livrá-la de ataques.

“Então ainda tem mais um.” Pensei, até animado com a ocasião.

Aquele que surgiu por último carregava em suas costas uma enorme e grotesca lâmina toda repleta de dentes por seu fio, indicando as várias batalhas que já devia ter enfrentado. O bandido possuía o corpo de um gorila, seu rosto era parte coberto por uma máscara. Suas vestes estavam bem deterioradas, apresentando rasgos e etc.

– Vocês me tiraram meus melhores homens. Não vão sair daqui vivos! – Urrava o provável chefe, sua voz irritada ecoando pela floresta.

– Vejo que tem uma espada. – Observei. Levei a mão até a bainha de Kusanagi, para mostrar-lhe que também estava em posse de uma. – Que tal lutarmos usando-as?

O líder nada disse, apenas sacou aquela enorme lâmina de suas costas, apontando-a na minha direção. Estávamos a alguns metros de distância, contudo aquela espada fazia o favor de parecer encurtar esta distância. Desembainhei com velocidade a Kusanagi uma vez mais. Projetei meu corpo para frente com passos ágeis e balancei a katana para cima, desferindo um corte quando percorri a metade da extensão da lâmina, a fim de dividi-la ao meio. O som do corte era até bonito, causou um zumbido que até entupia os ouvidos.

– Mas o que!? – Gritou surpreso. O líder dos bandidos soltou a lâmina, e mais uma vez se prontificou a imergir no solo.

– Hinata! – Apressei-me em alertá-la. Ela pareceu entender e pulou para uma das árvores, com a melhor velocidade que poderia alcançar com todos os seus ferimentos.

E foi aquele o momento mais adequado para colocar o Sharingan em ação, olhava para o solo, esperando pelo mínimo movimento que fosse. Aquele homem deveria causar alguns tremores para se movimentar por baixo da terra com todo aquele tamanho. Esperei paciente embainhando a Katana em sua espera, iria finalizar o confronto em uma luta corpo-a-corpo. Um tremor chacoalhou o chão em baixo de meus pés por um segundo, e logo parou. Ele devia estar se preparando para subir, e eu já estava ciente disto. Outro tremor, um segundo foi o que tomou para que desferisse outro soco. Mas se o primeiro havia dado errado, como esperava atingir o segundo era a questão. Um salto rápido para trás, fora apenas o necessário para que esquivasse de sua poderosa investida. O som de pássaros soara por toda a floresta, o som de “mil pássaros”. Uma luminosidade azulada também se fazia presente.

– Chidori! – Vociferei com vigor. Movi meu punho direito o mais velozmente possível para atingir o centro das costas do homem que acabava de emergir do chão.

O último som daquela luta fora seu urro de dor. Toquei suas costas com a palma da mão esquerda, empurrando aquela carcaça para livrar-me do peso. Estava morto. Voltei minha atenção para Hinata, subindo até a árvore onde ela se encontrava e a segurando em meu colo novamente. Seus olhos lacrimejavam. Ao olhar para a sua perna, pude ver a faixa branca, que envolvia sua perna, encharcada de sangue. Precisava chegar logo à vila. Continuei meus passos até a vila, e se passaram quase duas horas até que eu pudesse ver o grande portão principal. Não diminui a velocidade, até chegar ao hospital. Meus olhos vasculhavam todos os corredores próximos, todos iguais com suas paredes brancas e monótonas iluminadas pelas fortes luzes. Encarei Hinata por alguns instantes, seus olhos estavam fechados novamente.

– Sasuke-kun, o que... – Sakura perguntou, atrás de mim, com seus olhos arregalados. Apressou-se em direção a uma das portas do corredor mais próximo. – Venha!




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Notas finais do capítulo

Muito obrigada pela leitura, espero que tenham gostado. >.< Ficou bem focado no lado "ninja" deles e esse capítulo teve umas 500 palavras a menos da média, mas enfim. Aguardo pelos coments, se acharem que eu mereço. Se quiserem criticar, também aceito, mas fico tristinha. /souemo-nn. Mais uma vez agradeço a ajuda do meu lindo namorado. sz
Beijos, pessoas. Até a próxima. s2s2