Bad Angel escrita por Miller


Capítulo 8
'Cause everything goes from bad to worse


Notas iniciais do capítulo

Agora me digam, quem é a autora mais linda do mundo? ~le joga o cabelo~
Todos respondem: J.K. Rowlling, yeaaaaaaah! o/
AUSHAUHS, okaaaay, ignorem esse surto e me parabenizem por estar postando todos os dias umas quinhentas vezes U_U
Okay, sou eu quem tenho que agradecer à vocês neah? Tipo, vocês simplesmente são OS MELHORES LEITORES DO UNIVERSO ♥
Sério seus lindos, não tem noção de como eu estou feliz que tanta gente esteja deixando tantos comentários lindos *-*
É muito bom saber que estão gostando dessa fic.
Para falar a verdade fazia muito tempo que eu não tinha tanta facilidade em escrever alguma coisa como eu estou tendo em Bad Angel. Acho que os reviews lindos de vocês estão me inspirando *OOO*
Okay, vou parar de falar!

Enjoy!



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James Potter

Quase conseguia ignorar o fato de que havia um anjo da guarda ruivo e bufante grudado em minhas costas. Quase.

Lily não falou em nenhum momento desde que havíamos entrado na festa, o que achei ótimo, principalmente pelo porque facilitava bastante o meu trabalho de fingir que ela não existia.

Estava tentando não olhar muito em sua direção, o que estava sendo bastante difícil porque, além de ela ser um anjo da guarda – o que por si só me fazia quase constantemente querer me beliscar para ter certeza de que aquilo era mesmo real -, ainda estava usando aquele vestido que ressaltava as curvas que até então não havia percebido que possuía.

Para falar a verdade, até então nem tinha parado para pensar no fato de ela ser uma garota. Quero dizer, obviamente eu sabia que ela era uma garota, mas não tinha pensado daquela forma. E, para falar a verdade, Lily era bem bonita até.

É claro que, dado às circunstâncias, talvez fosse melhor nem ter prestado atenção naquele detalhe. Provavelmente deveria haver alguma regra celestial sobre achar os nossos anjos da guarda bonitos ou qualquer coisa do tipo. E eu não precisava de mais encrenca do que as que possuía.

Não tinham até mesmo me mandado um anjo de presente porque não parecia capaz de cuidar de mim mesmo sozinho?

Afastei os pensamentos, pegando uma bebida qualquer e engatando uma conversa sem nenhum sentido com Sirius. Após algumas quantas doses de tequila consegui finalmente esquecer a existência daquele ser e estava agindo de forma quase normal – exceto pelos sorrisos excessivos que o álcool em minha corrente sanguínea estava causando. Nada demais.

– James – Sirius chamou-me após algum tempo. Estávamos parados perto da pista e não havia muito havíamos parado de comentar sobre o grande volume de peitos que Alice Prewtt estava deixando à mostra com seu grande decote em v. Ou u. Ou qualquer que fosse o nome que aquela cavidade possuía. Não o deixava menos sexy.

– Hum? – perguntei desviando meus olhos da garota e voltando-me para ele sem muito entusiasmo.

– Você não vai ir falar com a Lindsay? – perguntou fazendo-me franzir a testa. Não me lembrava de ter visto Lindsay até então. Ignorando o fato de que estava tão desconcertado o ser celestial, novo papagaio de ombro, que nem havia sequer pensado na garota até o momento.

– Não a vi– comentei enquanto esticava o pescoço observando a multidão na tentativa de encontra-la.

– Lindsay está no bar – Remus, que estava vindo em nossa direção com dois copos na mão e um apoiado entre seu braço e o peito, disse e apontou para a direção da qual estava vindo.

Sorri, acenando em agradecimento enquanto roubava um dos copos de sua mãe, tomando-o todo antes de me esgueirar por entre as pessoas que dançavam na pista.

O bar ficava praticamente do outro lado de onde eu estava, o que fez com que eu precisasse caminhar uns quantos minutos até encontra-la.

Senti minha respiração acelerar quando a vi. Estava linda. Usava um vestido vermelho e uma máscara combinando. Seus cabelos loiros caiam em ondas até a metade de suas costas e ela sorriu a me ver.

Eu nem preciso dizer o quanto aquilo afetou meus hormônios.

– Oi James – cumprimentou-me enquanto sentava-me ao seu lado no banco do bar onde ela, provavelmente, esperava um drink.

– Hey Lindsay – retribui o cumprimento esticando-me para dar um beijinho em sua bochecha. Ou, mais especificamente, na curva externa de seus lábios. Ouvi um suspiro escapar de sua boca quando me afastei, sorrindo de forma marota.

– Você não pode estar pensando que vou ficar aturando isso! – não precisava nem comentar o quanto aquilo me assustou. Quero dizer, eu estava fingindo que ela NÃO EXISTIA, poxa. E estava tendo sucesso.

Será que era tão difícil assim retribuir o meu favor? Afinal eu nem havia feito nada de errado. Ainda. Mas aquilo não vinha ao caso.

Foi necessário usar de todo meu controle para não virar para Lily e xingá-la de todos os adjetivos sujos que conhecia. Aquilo não causaria uma boa impressão para Lindsay. Nem para qualquer outra pessoa que me visse falando com o nada. Respirei fundo, tentando não transparecer meu nervosismo para a garota que me encarava completamente alheia ao fato de que um ser divino estava perto o suficiente para encher o meu saco.

– E então James, o que te trás aqui? – Lindsay perguntou de forma retórica, sorrindo ainda mais para mim quando o barman depositou seu drink no balcão à nossa frente. Colocou o canudinho na boca.

– Os pés, com certeza – Lily, com todo seu sarcasmo, murmurou as palavras de forma irritada, fazendo com que eu repensasse sobre sua atual posição. Talvez ela fosse mesmo era um demônio, porque não era possível um ser celestial ser tão absurdamente irritante daquele jeito.

Sacudi-me mentalmente, sentindo minhas mãos fecharem em punhos enquanto me concentrava em responder.

– Eu... Huh... Vim pegar uma bebida – consegui proferir e quase imediatamente me arrependi. Que coisa mais estúpida a se dizer para a garota que estava tentando conquistar.

Simplesmente NÃO CONSEGUIA me concentrar em nada agora que minha falsa ignorância sobre Lily havia se estilhaçado.

– HAHAHA, você simplesmente acabou com qualquer chance que pudesse possuir com a garota James – Lily riu de forma debochada, fazendo com que minhas bochechas esquentassem.

Agradeci a Deus por estar escuro.

– Okay – Lindsay disse em resposta, dando-me um sorriso sem graça enquanto sentia-me um idiota.

Sabia que boa parte das minhas chances – construída ao longo dos meses entre várias conversas e encontros ainda não marcados – havia evaporado após minha resposta nada esperta.

Lindsay ergueu-se de onde estava sentada. Ajeitou o vestido enquanto lançava-me um olhar de esguelha.

– James, eu vou dançar – ela falou de forma indicativa, encarando-me em expectativa e eu sabia que precisava fazer alguma coisa, mas a risada completamente histérica do anjo imbecil atrás de mim destruía qualquer parte de concentração que pudesse ter, fazendo com que meu cérebro não parecesse ser capaz de formular nenhuma frase coerente ou galante para proferir a garota.

Lindsay então, percebendo que eu não faria nada, pareceu cansar de esperar.

– Divirta-se na festa – falou e então deu as costas caminhando a passos largos para o meio da pista.

Quis me bater, mas, para evitar fazê-lo, imediatamente voltei-me para Lily, a peste, vulgo anjo da guarda, que me encarava de forma divertida, seus grandes olhos verdes brilhando como se aquela tivesse sido a cena mais engraçada de sua vil existência.

Senti-me extremamente incomodado com o fato de ela estar tão bonita. E mais incomodado ainda pelo pensamento.

– Qual o seu problema? – perguntei de forma ríspida, fazendo com que ela me encarasse com as sobrancelhas erguidas.

– Oh, deixe-me ver... – colocou um dedo sobre a boca em uma expressão falsamente pensativa. – Talvez você? – e apontou o dedo para mim, fazendo-me recuar um pouco com sua intensidade. – E essa sua obstinação que parece atrair todas as chances de morte do mundo para os metros quadrados em que se encontra? – proferiu a frase com tanto tédio que demorei alguns segundos para entender o que havia dito.

Então franzi o cenho.

– Do que você está falando? – perguntei e percebi, pelo canto do olho, que o barman encarava-me estranhamente.

Sentindo-me constrangido, peguei o celular do bolso rezando para que ele não visse e o aproximei de meus ouvidos, virando-me em sua direção para que ele visse que eu estava ao telefone e não falando sozinho. Ou, o que era o caso, falando com um ser absurdamente irritante como meu anjo da guarda.

O que, com certeza, faria com que ele imediatamente chamasse a ambulância do manicômio para me internar.

Direcionei-me, sob o olhar confuso de Lily pelos meus atos, para a saída de emergência. A garota me acompanhava silenciosamente, o que me causou arrepios. Não podia ouvir seus passos.

– Do que estava falando? – voltei a perguntar assim que saíamos para o lado de fora, o ar frio da noite fazendo minha mente clarear da leve tontura que o álcool havia causado.

– Devo ter salvado sua vida pelo menos umas vinte vezes lá dentro – ela resmungou fazendo-me parar de andar e encará-la.

– Como é? – perguntei certo de que havia ouvido mal.

– Diga-me uma coisa? – ela perguntou, ignorando meu questionamento enquanto colocava as mãos na cintura. – Como é que sobreviveu todos esses anos sem um anjo da guarda?

Encarei-a por algum tempo, totalmente sem reação.

Uma enxurrada de emoções me tomou, fazendo-me, se era possível, ficar ainda mais confuso sem saber o porquê de sentir-me tão frustrado. Quero dizer, ela tinha acabado de estragar minhas chances com a garota que cobiçava há um bom tempo, mas ainda assim, aquela irritação ia muito além do que apenas aquilo.

Ela não estava ali por vontade própria, coisa que era mais do que óbvia. Mas eu estava irritado por tê-la ali de qualquer forma. Odiava o fato de ter um anjo. Irritava-me saber que ela estaria em todos os lugares em que eu estivesse sempre como uma sombra, sempre roubando minha privacidade.

Também estava furioso porque, além de ela ser extremamente irritante, parecia ter salvado minha vida mais vezes naquele dia do que eu poderia contar.

Sem falar que aquele sarcasmo dela era a coisa mais irritantemente irritante – com o pleonasmo mesmo – do universo e o fato de que Lily não parecia ser capaz de falar duas palavras sem proferi-lo, deixava-me com vontade de socar alguma coisa.

E que, o fato de eu parecer precisar de um anjo, indicava que eu deveria estar em perigo. O que causava um enorme rebuliço em meus nervos.

Era apenas o primeiro dia de convivência e eu já me sentia de saco cheio. Como aquilo era possível?

Dei as costas para ela, afastando-me pelo estacionamento, passando as mãos pelos cabelos enquanto tudo o que queria era poder dormir e acordar e descobrir que aquilo fora um grande pesadelo.

– Hey, onde é que você vai? – Lily perguntou provavelmente vindo atrás de mim, mas não tinha como saber de certeza, pois não ouvia seus passos. E também porque não estava querendo encara-la naquele momento.

Porque ela não podia simplesmente me deixar em paz?

– Não te interessa! – eu quase gritei, atraindo o olhar de uma ou outra pessoa que estavam do lado de fora do grande ginásio de Hogwarts.

– É claro que me interessa! – ela disse de forma irritada. – Caso você não lembre eu sempre vou estar onde você estiver, o que significa que se, por ventura do destino, você estiver tentando me levar a outro lugar qualquer onde tenha festas e meninas de vestidos vermelhos, juro por Deus que vou fazê-lo sofrer um acidente e só te salvar quando tiver alguns quantos ossos quebrados – resmungou, aparecendo em minha frente do nada, fazendo-me estacar.

Aquilo fora a gota d’água.

– Quer saber? – falei, encarando seus olhos verdes com raiva. – Não preciso de vocês! – disse de forma lenta e precisa, querendo mais do que nunca que ela sumisse da minha frente. Lily abriu a boca para responder, mas não lhe dei tempo: – Não preciso de um anjo da guarda. Ou melhor: não quero um anjo da guarda. Então vê se faça o favor de me deixar em paz! – falei, certo de que as poucas pessoas que estavam por ali encaravam-me de forma confusa. Não me importei.

Podiam muito bem pensar que eu estava bêbado. O que seria milhares de vezes melhor do que o que estava realmente acontecendo comigo.

Dei as costas para uma Lily parecendo petrificada, caminhando rapidamente em direção ao meu carro. Quando olhei novamente para trás, Lily não mais estava lá.

Olhei para os lados à sua procura, mas não a encontrei.

– Ótimo – resmunguei comigo mesmo enquanto puxava as chaves do carro e abria-o, praticamente atirando-me no banco do motorista, sentindo-me tremer.

Afinal, porque ela me irritava tanto?


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Notas finais do capítulo

Huuuuh, o que é que tá acontecendo entre esses dois huh? Primeiro dia se aturando e já acontece tudo isso?
Well, posso adiantar para vocês que muitas emoções vem por ai e que a dona Lily vai dar uma sumida no próximo capítulo por culpa do James U_U
Constantine vai aparecer também, para essas meninas safadas que sentem saudade deles ♥
Ah, pergunta básica da autora curiosa aqui:
Se vocês fossem um anjo da guarda e invisíveis para todos por um dia, o que fariam?
Eu, provavelmente, iria ir atrás da J.K. Rowlling infernizar os sonhos dela dizendo que se ela não escrever um novo livro de HP, ela teria uma morte terrivel U_U kkkk'
Bem, era isso.
Reviews? Recomendações? Bolinhos? *---*
To aceitando TUTO =D
Beijooos da Mills :*
PS: ignorem, eu estou meio retardada hoje ~só hoje? pffff~