Warriors Of The Pharaoh escrita por Butterfly


Capítulo 3
Capítulo 3




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Era uma cidade fantasma, a nuvem de poeira dificultava muito a visão, mas ela se dissipou aos poucos e Sean Logan caminhava por ali procurando alguma pista ou o que levou a toda a destruição daquela cidade e o que aconteceu com os moradores dali.

Chutou uma pedra se sentando em cima de outra amarrando o cadarço da bota, um uma pedra caiu de uma casa destruída, apenas uma pedra pequenina que nem conseguiu chamar a atenção de Sean, terminou de amarrar a bota ainda sentado, apoiou as mãos na pedra relaxando o corpo o inclinando um pouco pra trás olhando pro céu azul com algumas nuvens carregadas que se formavam cobrindo-as aos poucos.

-Ih vai chover.

Uma coisa observava Sean, uma coisa com a visão meio avermelhada avançava pra cima do rapaz cada vez mais rápido, um rugido foi ouvido e sangue foi jorrado. Sean mantinha a arma mirada enquanto fumaça saia pelo cano e a criatura chamuscava gritando de dor enquanto era queimada. O cara de cabelos castanhos finalmente voltou o seu olhar para aos lados da cidade fantasma e mais criaturas surgiram entre os destroços rastejando para fora, criaturas em formas de esqueleto formando uma pele preta aos poucos cobrindo todos os ossos, os olhos eram vermelhos e os caninos amarelados, a língua foi posta pra fora como se fosse de lagarto atacando Sean que apenas desviou o corpo pro lado fazendo e a língua passou perto do rosto e em cima do ombro não atingindo a ele.

-Uma das razões por que eu nunca tive um cachorro. –O rapaz de rosto queimado se armou com suas pistolas e as criaturas avançaram pra cima de Sean que se abaixou girando o corpo chutando e bandando os demônios enquanto espinhos de metal surgiram nas laterais de sua bota perfurando o corpo de dois deles os lançando pro alto dobrando a perna fazendo surgir uma adaga entre o bico do sapato rapidamente cortando o corpo deles em dois e em seguida os pescoços.

Sean abriu uma brecha correndo entre ela tomando impulso numa parede a frente correndo entre ela a subindo dando um mortal pra trás atirando nas criaturas enquanto caia de cabeça pra baixo ajeitando seu corpo, espinhos de metal surgiram da sola da bota de Sean como se fosse um tênis de trava, só que com travas de metal, o rapaz caiu em cima do demônio cravando os espinhos nas costas de duas criaturas que se remexiam pra tentar tirar o cara de cima deles.

-Uhuuu... –O rapaz de olho esmeralda se divertia em cima deles, sacou suas pistolas atirando contra os demônios em volta que avançavam pra cima dele, obrigou os demônios a andar para frente enquanto atirava nas bestas a sua volta.

O rapaz de rosto queimado percebeu uma das criaturas se afastar dos tiros deu um pulo dando um giro 360° dobrando as pernas perfurando o peito das criaturas com os espinhos que se transformaram em adagas que giraram como hélices sobre o peito deles os retalhando de dentro pra fora, deitou as costas no chão enfiando a sola cheia de adagas no último que tinha sobrado girando apenas aquela adaga se divertindo o vendo rodar com a adaga enfiada em sua barriga, assobiando uma música jogou o demônio pro alto e sem sair do lugar três lâminas surgiram no bico de seu sapato perfurando o corpo da criatura em seguida levantando as pernas tomando um impulso pulando pra frente ficando de pé retirando as lâminas que entraram de volta na bota deixando a criatura caída no chão.

Uma luz surgiu no horizonte clareando mais e mais, os destroços da cidade fantasma desapareciam aos poucos juntamente com os demônios no chão e o próprio chão dando lugar a um branco vazio que se transformou em uma sala vazia de cor metalizada, parecia uma solitária entre quatro paredes só que a diferença tinha uma imensa porta que se abriu e Sean sem dizer nada caminhou até sair daquela sala que dava para um corredor semelhante a aqueles de hospital. A porta atrás de si fechou automaticamente.

-Sean. –Amanda surgiu no corredor. –Parece que você...

-Cadê o Andrew?

-No banheiro.

-Não fala nada. –Sean tapou os ouvidos. –Não fala é sério, não quero ouvir a sua voz.

-Sean quer parar de palhaçada, não gosto do jeito que está me tratando. –Amanda retirou as mãos de Sean do ouvido. –E tem outra coisa... Sean, Sean...

 “A agente” percebeu que Sean não estava ouvindo e muito menos prestando atenção no que ela dizia, uma música do Iron Maiden estava sendo ouvida e com certeza dava pra reconhecer, pois o rapaz de rosto queimado estava escutando música no último volume só pra não ter que ouvir a voz de Amanda.

-Sean já chega, para com isso. –O travesti tirou os fones de ouvido de Sean. –Vai acabar ficando surdo e tem outra coisa que você...

-Andrew. –O rapaz de rosto queimado percebeu o mercenário vindo ao longe. –Onde você estava?Sabe que eu não gosto de ficar sozinho com essa coisa. –Apontou pra Amanda.

-Um cara não pode fazer suas necessidades em paz?-Andrew resmungou.

-Tá bom, e sobre o helicóptero?

-Estão consertando, mas infelizmente é o único helicóptero que temos o resto os mercenários estão em missão. –O mercenário fez uma expressão pensativa. –Fora os que você arrebentou né?

-Ora uma penca de caras armados invadiram minha casa. –Sean deu de ombros. –Esperava o que?Um tapete vermelho de boas vindas ou talvez um convite de chá com bolinhos?Funcionaria melhor se invadissem uma confeitaria.

-Tinhamos de dar um jeito de chamar sua atenção.

-Nunca ouviram falar de telefone?-Passou os dedos nos fios acastanhados. –Ou uma carta, até um telegrama ainda é usado sabia?

-Isso não importa, venha conosco vamos conversar na sala de controles. –Andrew caminhou pelo corredor juntamente com Amanda e Sean. –Não há nada de errado em suas habilidades e seus movimentos de luta parecem bem planejados, você estuda o campo?

-Não!

-Vai ter que começar a fazer isso. –Amanda falou. –Como faz pra lutar e sobreviver, como fez aqueles movimentos?

-Saiu assim da minha cabeça. –O cara de olho esmeralda respondeu.

Os três pararam em frente a uma imensa porta de metal, Andrew passou o cartão pelo leitor de reconhecimento destrancando-a em seguida abrindo-a revelando uma sala cheia de computadores com um central bem no meio conectado aos outros, o computador central foi ligado mostrando uma imagem das pirâmides do Egito.

-Não conseguimos rastrear Anúbis, mas temos suspeitas de que ele esteja aqui. –Apontou pra imagem. –Sua mãe também pode estar ali dentro agora prisioneira de Anúbis.

-Falam como se tivessem certeza. –Sean reclamou cruzando os braços.

-Sim, o satélite pegou as pirâmides de vários ângulos. –Andrew apontou pra imagem dando zoom para onde apontava mostrando um entalhe de uma cruz egípcia.

-Isso não quer dizer nada.

-Segundo os registros antigos do Faraó essa é a cruz de Ankh. –Amanda pegou uns pergaminhos os abrindo em cima da mesa mostrando o desenho das pirâmides e símbolos egípcios apontando pra um desenho da cruz de Ahkn. –A cruz de Ankh era a marca do faraó, usando selos como esse ele lacrou seu poder mais poderoso é aqui. –Apontou pra um desenho de uma porta com a cruz de Ankh com um desenho em baixo com os símbolos قبرحجر (Tumba de Pedra). –A tumba do Faraó.

-Acreditamos que Anúbis esteja nos impedindo de ir até o Egito, ou melhor, dizendo te impedir. –O mercenário falou. –Mas, o que não conseguimos entender é por que ele seqüestraria sua mãe se não quer você lá?

-Para me atrasar quem sabe?-Sean respondeu tirando a estrela de Ísis escondida dentro cachecol. –É isso que ele quer, ele quer me cansar ao máximo pra poder pegar a estrela. –O rapaz deu uma risada baixa. –É por isso que o helicóptero enguiçou, mas eu nunca disse que iríamos a pé.

Após toda aquela discussão na mesma hora os mercenários acompanharam Sean em sua missão até o Egito, iria pelas fronteiras mesmo que não fosse de helicóptero tudo tem o seu jeito, conseguiram pelo menos um jato pra poderem ir ao Pólo Norte. De lá foram de Navio atravessando o Mar Meridiano e as fronteiras com o Oceano Ártico indo a caminho da Europa chegando a outro porto pegando outro navio pro Mar Mediterrâneo que cruzava o mar Egeu e Creta revelando as ilhas e cidades gregas como "Agios, Efstratios, Andros, Tinos, Despotiko e Cretos". Passando pela Líbia desembarcando por lá pegando o avião pro Egito, a viagem durou dias e mais dias, tantos dias cansativos valeram a pena pelo menos pra Sean, a única coisa que importava para ele era resgatar sua mãe e não importava quanto tempo levasse pra conseguir isso.

Foram pelo vasto deserto o que levou mais alguns dias, fora os acampamentos que faziam no meio da noite, os camelos caminhavam pelo deserto, tirou seu sobretudo o que seria mais fácil pra suportar o forte calor no deserto já que era bem resistente e suportava qualquer temperatura independente de qual fosse. Pessoas foram vistas ao longe no fim do deserto havia um vilarejo e ao se aproximarem a cada vez mais viam-se que aquelas pessoas que esperavam na entrada eram mercenários.

-Andrew, Amanda. –O capitão da base E.T.I os recebeu.

-Enzo. –Os dois mercenários cumprimentaram o capitão dos mercenários. –Sean Logan esse é Enzo Pietro da base egípcia.

-Então esse é o filho de Baltazar Logan?Grande homem seu pai e vejo que se parece muito com ele.

-Concordo plenamente. –Amanda olhava pra Sean piscando o olho.

-Arg... –Sean sentiu calafrios se arrepiando de medo com Amanda.

Os mercenários entraram no vilarejo sendo seguidos pelos mercenários da base francesa e Sean que olhava em volta os feirantes vendendo coisas como bijuterias, vasos de barro, etc... Mas, o rapaz de olho esmeralda percebeu que algumas pessoas se afastavam e o olhavam com medo por causa de suas queimaduras, mesmo pondo o sobretudo de volta não esconderia as queimaduras no peito, uma pedra acertou as costas de Sean e ao se virar percebeu que eram crianças lhe tacando um monte de pedras, não gritou nem nada, apenas ficou ali como se aquilo não lhe causasse dor nenhuma e não causava, apenas a encarava.

-Olá. –Sean pôs o pé na frente das crianças levantando o calcanhar ativando as lâminas por todas as botas, nas laterais, atrás, nos cadarços e solas assustando as crianças que saíram correndo de lá gritando pela mãe. –Já acabaram de brincar de “Fred Flintstone?”. –O rapaz de rosto queimado falou em um tom alto para as crianças ouvirem enquanto dava uma risada.

-Sean. –Amanda lhe chamou a atenção.

-Eles começaram.

Voltaram a andar pelo vilarejo, novamente gritos foram ouvidos e sim de crianças.

-Sean.

-Nem olha pra mim. –Sean deu de ombros.

Se realmente fosse Sean que estivesse assustando, também assustaria as mulheres e o resto dos moradores do vilarejo, que estavam correndo para fora de lá, alguns foram pegos, uma das coisas que lhes atacavam pegou a cabeça de um dos habitantes as arrancando no mesmo momento com um puxão bruto a jogando no chão, o que atacava os moradores eram múmias, só que aquelas múmias as órbitas brilhavam em cor vermelha e elas não eram lentas como aquelas múmias de filmes antigos egípcios. Havia diferença ali, elas corriam e os ossos mortos eram pura energia vermelha. Os mercenários atiraram nos peitos das múmias, mas não surtiu efeito, as balas simplesmente lhes penetraram criando uma pequenina nuvem de poeira.

-Deixa comigo. –Sean atirou, mesmo sendo balas especiais não surtiram efeito. –Como eu suspeitava, os ossos delas são energia de fogo puro.

-Energias de fogo?

-Sim, aquela energia vermelha são energias de fogo. –O rapaz explicou. –Como eu sei disso, nem faço idéia.

Uma névoa surgiu cobrindo todo o lugar, Sean havia invocado névoa o que não servia para atacar, mas sim para atrasá-las e tirar os mercenários de lá até pensar num plano pra poder destruir aquelas criaturas. O rapaz de olho esmeralda escondido entre a névoa e em movimentos rápidos atacava as múmias, deu um soco em uma delas enfiando dois dedos e o polegar na boca dela sem se importar ou sentir dor por causa da energia de fogo a puxando e a arrancando do pescoço jogando longe acertando a barriga de outra múmia que com a força que a cabeça foi lançada a múmia que foi atingida foi partida em dois, a parte de cima rastejava pelo chão enquanto a parte de baixo ainda caminhava.

-Isso é sinistro ao extremo. –Sean resmungou.

-Ahhhh... Que nojo. –O grito de Amanda foi ouvido sobre a névoa.

-Gente, o capeta grita. –O rapaz de olho esmeralda resmungou cortando ao meio a múmia que tinha agarrado os braços de Amanda, chutou a parte de cima jogando-a contra uma parede com outro chute.

A névoa dissipou quando Sean percebeu que os mercenários tinham conseguido sair, mas alguns moradores foram mortos por aquelas criaturas, em todo lugar corpos e mais corpos, partes de membros superiores e inferiores estavam espalhados ao chão, é, realmente essas múmias fazem um estrago.

-Esse calor tá de matar. –Sean ajeitou o cabelo e abaixando a mão, a pulseira que usava escondida debaixo da manga brilhou e um pingente em cor azul com desenho de ondas emitiu uma energia canalizando toda a mão de Sean concentrando água na palma da mão que foi crescendo rodeando seu corpo. –To com sede, e quem sabe um pouco d’água refresque esse calor. –Lançou uma onda em direção as múmias, não era água comum, sendo um dos poderes de Sean aquilo era considerada uma das energias de água e sendo assim poderia apagar e destruir a energia de fogo, as múmias tentavam avançar pra cima do rapaz mesmo entre as ondas, mas foram se apagando até as bandagens caírem no chão até não sobrar mais nada além daquilo, Sean levantou um dedo e a água o seguiu indo até o céu explodindo se transformando em uma breve “chuva”.

-Sabe aquele ditado “não se deve ter medo dos mortos e sim dos vivos”?-O cara de rosto queimado resmungou. –Não é bem por aí. –Uma das cabeças que estava longe da onda rolou até o pé dele e imediatamente foi pega. –Esse vai ser de placa. –Sean começou a fazer embaixadinhas com a cabeça da múmia pulando e chutando com o peito do pé até a parede fazendo-a atravessar uma das barracas a espatifando na parede lançando um pequeno jato d’água pra apagar a energia de fogo. –Gol.

-Sean quer parar de brincar?-Amanda gritou ao longe.

-Brincar?Tá de sacanagem.

Os habitantes que tinham se escondido e não fugido como a maioria se revelaram aos poucos com medo e algumas crianças caiam em lágrimas ao ver os pais naquele estado, mortos e esquartejados. Sean entre os habitantes viu aquela pessoa encapuzada novamente sacando suas armas e atirando e acertando a perna dele que caiu no chão se rastejando até uma virada para outra feira, correu para alcançá-lo, mas ao entrar não viu mais nada, apenas barracas vazias e mais alguns corpos ensangüentados e esquartejados. 


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