Enchanted. escrita por Jones


Capítulo 5
Please, don't be in love with someone else.




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My thoughts will echo your name until I see you again. These are the words I held back as I was leaving too soon: "I was enchanted to meet you."

Ele aparatou em casa e socou alguns dos muitos travesseiros, enquanto ela chorava certa de que tinha feito a coisa certa. Não podia magoar a irmã por conta de seus sentimentos, sua irmã era mais velha pela idade, mas Tori era mais forte e era quem tinha tomado conta da irmã a vida inteira.

Agora ele estava livre para se casar com ela e Dafne teria a vida que sempre sonhara. Sabia que Draco era boa pessoa e que daria a irmã a vida que ela sempre sonhara: cheia de riquezas e status. Dafne seria feliz.

Engoliria seus sentimentos, suspiraria e enxugaria as lágrimas. Sorriria falsamente até se encantar por outra pessoa e se apaixonar por ela.

A quem queria enganar? O que sentia por Draco era mais que mero encantamento. Estava apaixonando-se por ele e não podia mudar isso. Estava nutrindo por ele sentimentos cada vez mais fortes que não tinha controle sobre.

Os pensamentos dela ecoariam o nome dele até que o visse novamente.

Na verdade, agora ela tinha certeza que eles ecoariam o nome dele para sempre, até o dia que ela morresse. Ela o amava depois de dois encontros e dezenas de beijos. Talvez amasse a ideia dele, mas eram pontos que ainda não sabia como diferenciar.

Agora só restara ela.

Ela e as palavras não ditas, os beijos não dados e as lágrimas incessantes.

Arrependera-se de não ter esperado um momento antes de dizer todas aquelas coisas. Arrependeu-se de não tê-lo beijado por uma última vez... Arrependeu-se de ter partido tão cedo e não ter dito uma das únicas verdades em sua vida que tinha certeza: que estava mais que encantada em conhecê-lo.

O homem que amava agora estava livre para se casar com sua irmã.

Para Astoria só restara mesmo o encantamento e as lembranças de tê-lo por breves, mas inesquecíveis momentos.

***

Mal pode acreditar que ela estava apaixonada por outro cara.

Não era possível, não quando ele se via perdidamente apaixonado por ela e por isso se sentia traído. Não que ela fosse dele, de qualquer maneira, mas ele queria que ela fosse.

Desejou do fundo do peito que ela não estivesse apaixonada por alguém além dele, queria que ela não tivesse ninguém além dele esperando por ela.

Ela era sua única esperança e ela não poderia estar apaixonada por outro cara.

– Ela não pode estar apaixonada por outro cara. – Ele repetiu para si mesmo, enquanto andava de um lado para o outro. – Ela não pode...

E ela não podia estar.

Finalmente dormira após socar vários travesseiros e proferir xingamentos para o tal Mark que roubara sua garota – que nem bem fora sua – mas pouco depois de pegar no sono, despertara com um perfume floral familiar. Não era tão doce e nem almiscarado, era uma fragrância singular e suave.

Quando abriu os olhos, deparou-se com os grandes olhos castanhos esverdeados o encarando.

– Alguém já te disse que não é de bom tom ficar encarando as pessoas? – Draco sonolento, mencionou a conversa que tiveram quando se conheceram.

– O que é bonito é para ser olhado. – Ela brincou, beijando-lhe a ponta do nariz.

– Queria ter pensado nessa naquele dia. – Draco sorriu, beijando-lhe os lábios vezes insuficientes para se certificar de que não era apenas um sonho.

Tudo parecia irreal.

A verdade era que Astoria aparatara ali por impulso. Não conseguira dormir e pensou em vê-lo por uma última vez, mesmo que não pudesse ver seus olhos, nem seu sorriso... Já que ele estava dormindo.

– O que você está fazendo aqui? – Draco perguntou, desconfiado.

– Por quê? Você não me quer aqui? – Astoria tentou desviar-se da pergunta que ele realmente queria fazer. Mas foi sem sucesso.

– Eu quero. – Draco falou, sentando-se na cama. – Eu acho que já deixei bem claro o quanto eu quero, mas imagino que o tal do Mark não ia gostar de saber que você está aqui.

– O Mark não precisa saber, certo? – Astoria tentou brincar, e arrependeu-se segundos depois. – Não foi o que eu quis dizer, o Mark não e...

– Engraçado que quando o dia começou, eu estava ansioso para ir àquele baile idiota só para te encontrar, porque eu achava que você ia estar lá. – Draco se levantou e começou a andar de um lado para o outro. – Então a mulher que eu estou me apaixonando por, porque eu estou me apaixonando por você, Astoria, diz que está apaixonada por outro. Você tem ideia do quão...

– Mentirosa eu sou? – Astoria sugeriu, interrompendo-o.

– Mentirosa você é? – Ele repetiu ainda naquele tom acusatório, e continuou discursando em uma velocidade impressionante. – Esse tipo de coisa não se faz. Eu só quero dizer que eu posso não ser romântico, até ontem eu era um cara detestável e que mesmo assim, eu não sou um cara fácil de lidar e eu concordo que eu fiz coisas repugnantes; mas eu estou tentando mudar, ok? E talvez eu mereça coisa pior do que você fez comigo, mas essas coisas doem, porque eu gosto de você. E eu não achei que poderia gostar de alguém até te conhecer...

– Hey, o Mark não existe. – Astoria disse cruzando os braços e sentindo o rosto corar.

– Ah, o Mark não existe! – Draco repetiu ainda no mesmo tom de revolta. – Como assim o Mark não existe?

– Eu inventei o Mark porque eu não queria que você desistisse da minha irmã para ficar comigo. – Astoria confessou olhando para os pés. – Eu sei que foi besteira, porque eu quero que você seja feliz e você não vai ser feliz casado com ela, porque você não a ama.

– Não. Eu te amo. – Draco disse colocando as mãos no rosto dela.

– Dizer isso não está facilitando muito. – Ela se afastou dele.

– Aparecer aqui no meio da noite e me beijar também não. – Ele falou andando em direção a ela mais uma vez. – Eu não sei nem como dizer para sua família que eu não quero me casar com Dafne e sim com você, mas eu estou disposto a fazer qualquer coisa, porque eu te amo.

– Para de dizer isso! – Astoria riu nervosa. – Eu te amo, é isso que você quer ouvir?

– Também. – Draco respondeu encostando-a a parede. – Eu quero ouvir que você vai ficar comigo.

– Draco, meus pais fizeram um acordo com os seus. – Astoria suspirou tensa. – Minha irmã está fazendo planos para casar-se com você e eu estou aqui, te roubando. Você vai se casar com a Dafne e não comigo.

– Não. – Draco falou beijando-a na testa. – Eu vou me casar com você.

– Você nem me conhece direito. – Astoria disse tentando escapar das investidas dele. – Eu tenho mau-hálito pela manhã, dizem que eu sou sonâmbula e eu não como abóbora.

– Não importa quantos defeitos você diga que tenha, eu só enxergo que você trouxe o meu melhor lado. – Draco falou encostando os lábios nos dela. – Você fez aparecer um lado bom que eu nem sabia que tinha.

– Isso é loucura. – Astoria sacudiu a cabeça. – Nós nos vimos duas vezes em duas semanas.

– A gente se ama. – Draco falou. – Na verdade, para ser bem sincero, eu não acho que eu tenha sentido isso por qualquer outra pessoa... Então acho que isso é amor.

– Que bonitinho. – Astoria girou os olhos. – Como você sabe que não é apenas seu desejo masculino de me levar para a cama?

– Ah, porque eu sinto isso também. – Draco sorriu com os cantos dos lábios e beijou-a novamente. – Mas essa coisa de amar é completamente diferente.

– Completamente diferente. – Ela repetiu beijando-lhe os lábios novamente. – Então tudo bem, minha irmã nunca mais vai falar comigo, meus pais vão me deserdar... Mas vamos ficar juntos.

– Ah, com sorte meus pais me deserdam também. – Draco sorriu enlaçando os dedos aos dela. – Seremos somente eu e você.

– Nós dois. Pobres.


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