Jogos Vorazes - O Início escrita por Camila Fernandez


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

A espera acabou Gemmy e seus colegas finalmente estão chegando na arena e agora é matar ou morrer.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214316/chapter/18

Sou abraçada por todos da minha equipe, sou simpática com eles, talvez seja a última noite que os vejo. O engraçado é que passei a gostar de alguns deles. Sally vem falar comigo e eu a cumprimento friamente. Me despeço do meu irmão também e vou para o meu quarto.

Tomo uma boa chuveirada enquanto deixo as lágrimas rolarem. Tudo que tem acontecido e como eu tenho aguentado. Sou tomada por uma sensação de medo como nunca senti antes, imagino água me matando afogada. Desligo o chuveiro correndo e visto um pijama. Deito na cama na esperança de conseguir descansar para amanhã, mas a tentativa é em vão.

Rolo de um lado para o outro pensando em tudo. Imagino a arena que me espera amanhã? Será que vai ser um deserto? Uma mata? A espera me deixa agoniada, já se passaram uma hora desde que deitei. Penso em Matt, Storm, Lucky, Heigran, Phoenico, Plixy, Kriten, Jack, o menino grandão do 10 que nem tive a chance de conversar. Penso principalmente em mim. Caso eu voltasse para casa (o que não vai acontecer), como eu poderia olhar para meus pais sabendo de tudo? E Dan, meu suposto irmão?

Depois de umas três horas enrolando na cama finalmente caio no sono. Fico feliz ao acordar e perceber que não tive sonhos. Não quero levantar. Não quero ir para a tal arena. Aonde eu estava com a cabeça quando me voluntariei? Acho que pensei que seria algo bem mais simples, não tive ideia da gravidade da situação.

Tomo uma chuveirada e prendo meu cabelo num rabo simples. Visto um short camufaldo e uma camisa preta. Saio do quarto e encontro Lucky.

_Preparado? -tento parecer confiante.

_Não... 

Fico sem reação se ele não está imagina eu...

Tita aparece do nada e pega em nossas mãos. Somos levados por ela até o último andar onde um aerodeslizador nos espera. Em um momento emotivo Tita nos abraça e chora dizendo o quão bom foi ter a gente como tributos para cuidar e o quão incrível somos. Me mantenho firme e tento reconforta-la. Está quente hoje, muito quente. Sinto que estou suando um pouco, fazia tempo que não saia ao ar livre, ficar entre o centro de treinamento e o estúdio pode ser um pouco caustrofóbico.

Estou me encaminhando para lá quando vejo uma cena que me deixa paralisada. Em um momento de pânico Plixy tenta se soltar dos pacificadores que levam ela. Espermeia, grita e tenta fugir. Quero fazer algo para protegê-la, mas sou impotente aqui. Ela parece tão pequena assim. Viro de costas, mas não antes de ver alguém dando uma injeção que a faz desmaiar.

_Calma Gem, vai ficar tudo bem. -Sally diz ao fundo.

_E quem é você para dizer que vai ficar tudo bem? -grito. -Você é só uma mentirosa vigarista mesmo, e aliás não me chama de Gem!

Saio correndo para o aerodeslizador, qualquer coisa é melhor do que ouvir Sally falando comigo. Lucky segue logo atrás de mim com uma expressão confusa.

Ah tanto faz, ninguém nunca vai saber disso.

Dois pacificadores de põe ao meu lado e me guiam até meu acento, olho em volto e reconheço todos os rostos, os quais daqui a algumas horas terei que matar sem piedade. Abaixo a cabeça para não ver mais nada. Só tem 12 crianças comigo, o resto irá num próximo ou já foi. Uma mulher se aproxima de mim com uma grande seringa.

_O que é isso? -pergunto com medo da agulha.

_Seu rastreador criança.

_Para que isso?

_Assim a Capital vai poder saber cada movimento seu. -ela me olha com raiva. -Agora deu seu braço para a titia.

Estendo o braço e sinto uma dor horrível quando ela injeta o tal rastreador. Mesmo depois dela sair meu braço ainda fica dormente e demoro um tempo para conseguir mexer de novo. Reparo que todas os outros tributos dormem menos eu.

Algo está errado eu devia estar dormindo. Meu estilista já foi a muito tempo , antes mesmo de eu acordar. Ouço o barulho de uma porta abrindo a rapidamente fecho os olhos.

_Acho que na próxima edição deveriamos levar cada um com seu estilista separadamente. -ouço uma mulher falando em uma espécie de rádio.

_É, talvez seja boa ideia, tanto faz. -alguém responde do outro lado.

_Mas senhor Snow é arriscado como estamos fazendo.

Ouço ainda mais atenta a conversa depois de ouvir que era com o presidente.

_Não me diga o que fazer Girla!

_Mas como sua acessora devo lhe avisar.

_Não é só porque tenho 14 anos que deve me dizer o que fazer!

Meus olhos se abrem abruptamente ao ouvir isso. Quer dizer que o todo poderoso de Panem não passa de um adolescente querendo um jogo para se divertir? Eu me sentia menos ridícula antes, agora sei que sou só uma peça num joguinho de uma criança malvada. Eu sou mais velha que ele! Provavelmente ninguém sabe sua idade. Imagino o que os distritos fariam se soubessem. Tenho vontade de sair daqui e berrar "Ei seu crianção vamos para arena juntos?". Afasto esse pensamento da minha cabeça e começo a sentir um sono fora do comum, provavelmente sono atrasado do sei lá o que injetado em mim

....

Acordo sentada em uma sala com meu estilista. Meu cabela está preso em uma maria chiquinha atrás. Estou com um roupão branco e pantufas.

_Fez boa viagem meu pequeno diamante? -pergunta Ruphus.

Só de vê-lo me sinto mais calma. Tenho vontade de contar o que ouvi, mas isso só causaria problema para nós dois.

_Claro... -faço um biquinho e continuo. -Dormi a viagem toda por causa de algo que me injetaram!

_Calma. -ele ri e isso me faz feliz. -Então, dessa vez não pude escolher sua roupa, a Capital tomou conta disso, o máximo que pude foi arrumar seu cabelo, unhas e maquiagem... -ele fala como se isso fosse a coisa mais triste do mundo.

_Relaxa, sei que vou ficar linda.

_Mas não vai brilhar! -rio da raiva dele.

Me olho no espelho enorme a minha frente a a poltrona que eu estava. Estou fofa, meu rosto está mais infantil, minha maquiagem é dócil, um lápis preto e gloss. Minhas unhas são francezinha. 

_Aonde está minha toupa?

Ele me entrega uma mochila.

_Ali tem um banheiro, vá se trocar.

Vou para o banheiro girando minha pulseira. Lembro de quem me deu... Será que... Oh não! Arrebento-a e jogo no lixo, se foi Dan quem me deu provavelmente foi Sally quem comprou. Posso até estar errada, mas não conseguiria usar.

Abro a mochila e vejo minha roupa. Tem uma calça leggin preta, uma calça jeans também preta e justa e uma blusa amarela. Visto a calça jeans por cima da leggin e coloco a camisa. Estou suando com essa roupa. Saio do banheiro e Ruphus me olha. Faz uma cara de reprovação e então me chama. Coloca um casaco de neve comprido em mim. Ele é prata, talvez combine comigo, mas não combina nadinha com a blusa amarela.

_O casaco deve ter uma cor que lembre seu distrito. -Ruphus me diz calmamente.. -Boa sorte pequeno diamante.

Vejo ele tentando secar sua lágrimas e quando estou prestes a soltar as minhas ele nega com a cabeça.

_Vai estragar sua maquiagem e você deve estar magnífica.

Concordo.

Ele me dá um beijo no alto da cabeça e deseja boa sorte. Dois homens entram e me tiram da sala. Sou levada até uma clapsula transparente ionde fico presa.

Alguns segundos se passam e eu começo a subir. Sinto um enorme frio na barriga. Fui alertada que lá em cima devemos esperar 60 segundos ou boom. 

A clapsula demora a atingir o topo e quando atinge estou tão perplexa que nem sei o que fazer.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Opss como será a arena hein? Hahaha falem como imaginam!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogos Vorazes - O Início" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.