Harry’s POV

–Liz, mamãe acabou de ligar e disse que elas já chegaram. Só vão dar uma passada no apartamento para não virem carregadas de mala para cá. – falo, entrando na cozinha e vendo Kaitlin dar pulinhos tentando pegar um saquinho de balas de ursinho, aquelas Haribo, mas sem obter sucesso. Só dou um esticado no tronco e com facilidade pego o saquinho, entregando para minha menina.

–Tá ai, uma das vantagens de ter um namorado alto. Obrigada. – ela fala, me dando um beijo na bochecha.

–De nada. Aí, a gente vai contar para tia Beth e pra mamãe hoje sobre nós?- pergunto, meio tenso, encostado na bancada da cozinha vendo Liz pegar um copo de água. Eu queria contar logo, deixar tudo claro. . Pelo menos para a família, sabe? Eu e minha mãe sempre fomos muito unidos, então seria uma merda não contar isso pra ela.

–Posso ser bem sincera com você, bebê?- Kay pergunta, bebendo um gole d’água.

–Óbvio, pequena. Sinceridade sempre entre a gente.- falo, dando uma piscadinha, fazendo Liz rir.

–Eu queria contar logo. E mesmo se a gente não as contasse iam perceber! Fala sério, tia Anne me conhece quase como minha mãe e minha mãe te conhece quase como tia Anne. Elas não são bobas. – Kaitlin fala, colocando o copo em cima da pia e abrindo as balinhas, comendo uma. Eu sei que ela comeria todas as vermelhas e verdes e deixaria o resto. Ela sempre fez isso, desde criança. – Você não acha que deveriam vender um saquinho só com as verdinhas e vermelhinhas? – ela analisa as balas.

–Ta bem então, vamos contar!- falo, sorrindo. Ando até ela e a seguro pela cintura, beijando seu maxilar. Liz pega uma balinha vermelha e coloca dentro da minha boca, logo depois depositando um selinho na minha boca. -Na boa gata, porque a gente demorou tanto para ficar junto?

–Um, será porque eu não sabia direito o que eu sentia por você ou por você me ver só como uma irmãzinha nada atraente e pegar várias putas na minha frente?- ela fala, rindo comigo quando percebemos eu rimou.

–Só quero deixar uma coisa bem clara: Eu sempre te achei atraente! Você acha que aquele nosso primeiro beijo quando você tinha quatorze e eu dezesseis foi sem nenhuma segunda intenção?- pergunto, como se fosse óbvio.

–Harry! Eu achava sim... – Kay dá um sorrisinho de lado.

–Eu queria ver se você beijada realmente tão bem como falavam.

–Falavam que eu beijava bem?- ela pergunta, toda vermelhinha.

–Nossa, e como. E eles ainda falavam coisas tipo: “A Kaitlin é perfeita. Linda, meiga, educada e gostosa pra caralho.”. Eu morria de raiva. – falo, me lembrando dessa época. Eu odiava que falassem do corpo dela. Odiava.

–Nossa, não tinha noção que falavam isso.

–Ah, e você realmente beija muito bem. – Falo, chegando perto dos lábios dela. – Mas só pode me beijar.

–Eu só quero te beijar. – ela me corrige e, para minha surpresa, cola seus lábios nos meus e começa a me beijar. O melhor beijo do mundo é o dela, sério. Nossos lábios tem o encaixe perfeito e nós temos uma certa conexão que deixa tudo melhor.

Começamos a nos animar um pouquinho e subo Kay em cima da bancada, ficando entre suas pernas. Kaitlin levanta um pouco a parte da frete da minha camisa e passa uma mão pelo meu abdômen enquanto a outra está em meus braços. Sei que ela adora isso. Coloco a mão em seu quadril fazendo carinho ali. Liz começa a beijar meu pescoço e ali me dá um chupão (que provavelmente deixaria um hematoma), me deixando... animado. Pego seu rosto e coloco sua boca na minha, a beijando com força. Desço a minha ao seu pescoço, deixando minha marca lá também.

–Amor... – ela fala, enquanto beijo seu maxilar.

–Fala linda.

–Acho melhor a gente parar por aqui, né? Elas estão chegando e pá... – Kaitlin fala e eu paro de beijar.

–É verdade... Merda.- falo e ela me dá um último selinho, descendo da bancada e se ajeitando.

Uns cinco minutos depois a campainha toca e eu vou abrir a porta.

–Filho! Que saudades que a mamãe estava de você!- Minha mãe fala, entrando em casa e me agarrando, me enchendo de beijos e abraços. Percebo que tia Beth está fazendo a mesma coisa com a Liz. Eu estava morrendo de saudades da minha mãe. Nós sempre fomos muito grudados e com a One Direction tive que me mudar, então não nos vemos mais sempre (mas isso não quer dizer que eu não fale com ela por telefone todos os dias).

–Eu também estava com saudades, Sra. Anne Cox. – falo, dando um abraço na minha mãe.

–Cada dia o meu filho fica mais bonito, gente. – ela olha para mim, apertando minhas bochechas.

–Kay querida!- minha mãe vai até Kay e as duas se abraçam, felizes.

–Tia Beth!- dou um abraço da mãe da minha namorada, que me retribui fortemente. Eu amo a tia Beth, ela é a melhor!

–Harry querido! Como você está bonito! Anda malhando? Porque estou perguntando, óbvio que anda. Quantas vezes por semana? Olhe, já já pode virar modelo de cuecas!- Ela fala, divertida. Não disse que minha sogrinha era a melhor?

–Como eu tava com saudades de você, sogrinha! – falo, e as três me olham. Kay vermelha, mas sorrindo. Minha mãe e Tia Beth com uma vara de “o que é que nós não sabemos?”.

–Filho, você chamou a Beth de sogra? Eu ouvi direito?- minha mãe pergunta, confusa.

–Aham, ouviu.- falo, com a maior normalidade.

–E por que você, exatamente, você me chamou de sogra?- Tia Beth pergunta.

–Ué gente, pelo fato óbvio, né? Dona Elizabeth é mãe da Kaitlin, que é minha namorada. – Assim que falo isso minha mãe e a mãe da Liz começam a pular uma segurando na outra, falando coisas do tipo “Até que enfim!” e “Aleluia!”. Cena épica. Eu e Liz começamos a rir e nos abraçamos.

–Até que enfim, né? Demoraram mais que a tartaruga sem uma pata do Liam em maratona no verão!- Minha mãe fala, e todos rimos.

–Gente, e eu achava que ia ser uma surpresa para vocês... – Liz fala, sorrindo.

–Óbvio que não! Eu e Anne já planejávamos o casamento de vocês desde o parquinho!- Elizabeth fala, fazendo eu e Kay ficarmos de boca aberta.

–Lembra quando eles eram pequenininhos e eles ficavam andando e mãozinhas dadas para lá e para cá? Eram as coisas mais lindas!