Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente ): É que eu não estava muito motivada a escrever e eu prefiro não escrever assim porque fica uma bosta. Mas agora eu terminei capítulo *uuuuu* Espero que vocês gostem.



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A noite passa tranquila mesmo eu tendo sonhado com todos os tributos pegando fogo. Deve ser por causa da apresentação pacata do distrito 12. Hoje teremos o treinamento com os outros tributos. Sinto ansiedade de mostrar para todos meu potencial.

Quando chego à mesa para tomar café não encontro ninguém. Acordei cedo demais todos devem estar dormindo. Mas assim que me sento duas avoxs chegam e começam a servir o café.

Como sozinho pensando no treinamento. Terei que fazer ‘’amizade’’ com os outros carreiristas, e aquela garota loira é carreirista. Até que isso tem utilidade.

– Porque você está sorrindo? – Pergunta Clove sentando ao meu lado.

– Eu não estou sorrindo – Respondo, mas logo percebo que estava sim sorrindo, mas despercebido. A Idéia do treinamento ou de conhecer garota loira me alegra – Bom dia.

– Bom dia – Diz Clove colocando ovos fritos em seu prato.

– Animada para o treinamento?

– Claro.

Leonis chega nesse momento à mesa, seus olhos estão fundos e parece que ele não dormiu direito.

Ele começa a comer e não diz nada. Clove olha pra mim e sua expressão parece dizer ‘’ O que aconteceu com ele?’’. Levanto os ombros em resposta como se estivesse dizendo que não sei.

São quase dez horas, o nervosismo toma conta de mim. Vou ao meu quarto e visto a roupa. Reparo que tem um quadrado de pano marcando o número do meu distrito.

Quando chego ao elevador, onde estão a Mulher Azul, Leonis e Clove reparo que a garota parece estar tão nervosa quanto eu, mas dá para ver seu típico sorriso irônico no canto da boa.

As verdadeiras salas de treinamento ficam no subsolo de nosso edifício. Com esses elevadores a viagem não dura mais que um minuto. As portas se abrem para um enorme ginásio repleto de diversas armas e sequências de obstáculos. Algumas pessoas já estão lá em um circulo retesado. Todos possuem seus números na roupa e reparo que só faltam os tributos do distrito 12.

Assim que os pacatos do distrito 12 se juntam ao círculo, a treinadora principal, uma mulher alta e de porte atlética chamada Atala, dá um passo á frente e começa a explicar como será a rotina de treinamento. Os peritos que cada habilidade permanecerão em suas estações. Nós ficaremos livres para transitar de uma área para outra de acordo com a escolha que fizermos, seguindo as instruções de nosso mentor. Algumas estações ensinam técnicas de sobrevivência, outras técnicas de combate. Infelizmente nós somos proibidos de nos engajar em qualquer exercício de combate com outro tributo. Há assistentes á disposição se quisermos praticar com algum parceiro.

Quando Atala começa a ler a lista das estações de habilidades olhos para os outros tributos. Muito dos tributos tem meu tamanho, menos os dos distritos mais pobres com exceção do cara do distrito 11 que é enorme, mas nada que eu não possa cuidar. E do lado uma garotinha do distrito 11 tão pequena e frágil que eu tenho certeza que morrerá bem rápido.

Quando Atala nos libera eu e os carreiristas caminhamos diretamente para as armas com as aparências mais mortíferas do ginásio e eu as manuseio com facilidade.

Alguns dos outros tributos olham pra gente com uma cara de horror. Provavelmente devem estar morrendo de medo.

Clove está lançando facas enquanto eu quebro a maioria dos ossos de um assistente.

Os outros três dias transcorrem com eu e Clove treinando todos os dias na estação. Não tínhamos muito que fazer a não se intimidar os outros tributos. A única coisa que eu aprendi foi como acender uma fogueira.

Os idealizadores dos Jogos apareceram cedo no primeiro dia. Vinte e tantos homens e mulheres vestidos com túnicas lilases. Eles se sentam nas arquibancadas elevadas que circundam o ginásio, ás vezes andando para nos ver, tomando notas, outras vezes comendo o interminável banquete que foi instalado pra ele, ignorando-nos a todos.

Café da manhã e jantar são servidos em nosso andar, mas na hora do almoço, os vinte e quatro tributos comem na sala de jantar que fica fora no ginásio. A comida é arrumada em carrinhos que ficam espalhados pela sala e todos se servem. E nessa hora que todos nós carreiristas sentamos juntos.

Ao todo somos seis. Uma garota e um garoto de cada distrito 1, 2 e 4.

– Oi – Diz a Garota loira do distrito 1 – Acho que temos que ficar juntos não é? Meu nome É Glimmer e ele é Marvel – Conclui a garota apontando para um cara que está ao seu lado.

– Patéticos os outros tributos. – Diz Marvel.

– Concordo, vamos acabar com eles com tanta facilidade – digo.

Clove não diz nada e olha com cara de desprezo para Glimmer. Não sei o motivo de ela estar assim, talvez por que Glimmer é tão linda com seus cabelos loiros enrolados e seu sorriso encantador ou seu jeito de falar que parece conquistar todos da mesa, exceto ela.

A garota loira continua falando. Diz como resolveu começar a treinar para os jogos e quais armas se dá melhor.

No terceiro dia de treinamento, começam a nos chamar na hora do almoço para nossas sessões particulares com os Idealizadores dos Jogos. Distrito após Distrito, primeiro o tributo masculino depois o feminino. Esperamos até a sala de jantar. Como somos do Distrito 2 eu e Clove seremos os segundos a serem chamados. Ficamos sentados em silencio até que convocam Glimmer. Eu irei logo depois dela.

– Está nervoso? – Pergunta Clove.

– Não – Minto. Minhas pernas estão quase tremendo, me controlo para parecer confiante. Eu tenho que tirar uma nota alta para conseguir patrocinadores. – Você está?

– Nem um pouquinho – Diz ela abrindo um enorme sorriso.

Ela realmente não parecia nervosa, o que me deixava com raiva. Clove era pequena se comparado aos outros carreiristas, mas era bem confiante e ótima com facas. Mas como ela pode não ficar nervosa? Poderia até estar, mas não demonstrava. Deve ser uma boa atriz, só pode ser isso.

Depois de mais ou menos 17 minutos, eles chamam meu nome. Levanto-me e caminho em direção a porta.

– Boa sorte! – grita Clove.

Viro-me e pisco pra ela. Ela retribui com um sorriso e dessa vez não é um sorriso irônico. Na verdade nunca a vi sorrindo desse jeito, nem parece ser a mesma Clove durona que eu conheço. E sim uma garotinha frágil e sensível. Fico parando observando e a vejo sussurrar ‘’ Vai logo! O que está esperando?’’ e com isso saio do meu transe e entro no ginásio ainda pensando no estranho e doce sorriso de Clove.



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Notas finais do capítulo

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