Clato - Entre Barreiras - One Shot escrita por Clove Flor


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira one shot. Por favor, não liguem se estiver ruim '3'
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POV Clove

Só nos restam 5 tributos vivos na arena, contando com Cato. Oh, claro, não vou mata-lo, se é que ele pensa que não. Observo seus cabelos loiros esparramados no chão, sujando de terra e folhas. Ele está dormindo. Tão suave...

Acordo-o com uma voz delicada, chamando-o por teu nome. Logo, seus típicos olhos claros se abrem, me deixando contente. Dês que entrei na arena, nunca estive tão feliz ao estar com Cato. Dês que Glimmer morreu, sinto que perdi uma concorrente forte.

“Bom dia, luz do dia” retirando as folhas de seu cabelo “ Hoje é o dia da ágape...”

Cato percebe o que estou querendo dizer e agarra meu punho.

“Você não vai”

“Eu preciso ! Lá vai haver nossa chance de ganhar, e além disso, nossa armadura para combatermos a Katniss.”

Ele me encara

“Você me deixa ir e eu prometo dar um show na garota do 12!”

Ele pensa, suor escorre de sua testa, uma lágrima se cai, dando o contorno de suas bochechas. Limpo-a e digo:

“Vou voltar, não se preocupe”

“Eu fico na floresta, esperando Thresh, pode ser?”

“Pode!” digo “Falta uma hora para a ágape, tenho que me preparar”

Cato pega minha mão direita e pressiona seus lábios nela, logo me puxa para me levantar. Ele me dá o odre de água. Bebo 3 goles e o devolvo. Pego a faca e traço cortes numa árvore perto de nós, escrito “ Cato & Clove”. Ele sorri.

“Tenho que ir” aviso

“Boa sorte Clove” diz ele

Saio correndo rumo a Cornucópia, parando para respirar apenas duas vezes.

Vejo a garota do Distrito 5, saindo correndo com sua mochila. Fito Katniss, que sai correndo a toda velocidade. Saio também, com minha faca na mão e pulo sobre ela.

“Onde está seu namorado, Distrito 12 ? Ainda está vivo?” pergunto

“ Ele deve estar aí, caçando Cato. Peeta!” ela berra

Pressiono o punho em sua traqueia de modo bem efetivo, cortando sua voz. Olho de um lado para outro, com medo de Peeta aparecer. Como ninguém aparece, me volto para ela.

“Mentirosa” acuso, rindo “Ele está quase morto. Cato sabe muito bem onde enfiou sua espada. Deves ter amarrado ele em alguma árvore enquanto tenta manter o coração dele batendo. O que tem nessa linda mochila? O remédio para o Conquistador? Pena que ele nunca vai experimenta-lo” digo com sarcasmo

Abro minha jaqueta que contém uma coleção razoável de facas. Seleciono um exemplar de aparência quase requintada, com uma lâmina curva de aspecto cruel.

“Prometi a Cato dar um show se ele deixasse você por minha conta. O público não vai esquecer” digo

Ela tenta se livrar de mim, mas não consegue.

“Esquece isso, Distrito 12. Nós vamos te matar. Da mesma forma que fizemos com sua ridícula aliada. Como ela se chamava? Rue? Bem, primeiro Rue, depois você, e deixo a natureza cuidar do Conquistador. O que acha disso ? Agora, por onde começar?” digo

Pego seu rosto e o viro de um lado para o outro, fingindo estar examinando. Ela morde minha mão e a puxo de volta para o chão pelos seus cabelos.

“Eu acho...Que começaremos pela boca !” com a faca, traço o contorno de seus lábios para provoca-la “Pois acho que não terá o que fazer com essa boca. Quer mandar um último beijo pro Conquistador?” pergunto. Ela gospe sua saliva e sangue em minha cara “Tudo bem então, vamos começar”.

Pego a faca e começo a cortar seus lábios quando uma força descomunal me empurra para longe. Começo a berrar, mas Cato não deve estar por perto. Pendurada no ar pelos braços de Thresh. Ele gira meu corpo e joga no chão.

“O que você fez com aquela garotinha ? Você a matou?” grita ele

Recuo. Estou apavorada de mais para gritar por Cato.

“Não! Não! Não fui eu!” digo

“Você falou o nome dela. Eu ouvi. Você a matou? Você a cortou como iria cortar essa garota aqui?” ele aponta para a garota do Distrito 12.

“Não! Não! Eu...” vejo a pedra em sua mão que parece um pão de forma “ Cato! CATO!” berro

“Clove!” ouço a resposta de Cato, mas ele está longe de mais para me dar auxílio.

Thresh bate a pedra com força em minha têmpora. Não sangra, mas há reentrância em minha cabeça e sei que vou morrer. Thresh conversa com a garota do 12 e sai correndo. Ouço a voz de Cato se aproximando.

POV Cato

Minha voz chega a ser um sussurro ao ver Clove deitada no chão com uma deformidade em sua cabeça. Me aproximo dela e me agacho ao seu lado.

“Não vá...” digo, sentindo minhas lágrimas descendo pelo rosto

“Não tenho para onde fugir, não é mesmo?” sua voz fraca soa e seus olhos castanhos se abrem.

“Fica comigo...” digo, com minhas lágrimas fazendo a curva em meu queixo e caindo sobre seu rosto.

“Cato...Eu... Am...Vo...” sua voz não consegue soar

Abaixo minha cabeça e pressiono meus lábios em seus lábios mornos. Um beijo.

"Podemos ter algu...guma chance..." sei o que ela quis dizer com isso. Oh, Clove, gostaria de acreditar que sim.

“Sei disso"  sua mão passa pelo meu rosto, tento me levantar mas ela me puxa.

“Não, fique comigo” sua voz está rouca

Minhas lágrimas escorrem mais rápido, não aguento vê-la assim.

Seus olhos se fecham e fico ao seu lado, esperando que sua vida se esvazie completamente de seu corpo. A culpa foi minha, se eu não tivesse a abandonado, se eu não estivesse na direção errada para matar Thresh. Thresh. A morte de Clove será vingada. Olho para Clove e o canhão soa. Eles vão querer que eu me afaste do corpo dela. Eu não quero, mas devo. Beijo sua testa e me levanto. Tenho que ser forte. Fico de costas quando o aerodeslizador aparece e retira seu corpo.

“Adeus Clove. Talvez nos veremos” sussurro para o nada.

Viro-me para a Cornucópia e observo que a mochila que deveria ter o número 2 não está lá. Sei quem pegou. Saio correndo em direção em que vi esta pessoa correndo.

Temos contas para acertar, Thresh.


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Notas finais do capítulo

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'3' Beijokas