Greggory Field: Desvendando O Passado escrita por L Chandler


Capítulo 6
Capítulo 6 - Uma hospedagem grátis


Notas iniciais do capítulo

Desculpem novamente a demora. Esse capitulo tá bem interessante, espero que gostem.
Queria agradecer a minha amiga, Thalia, que mesmo sem internet, está companhando a Fic. Te amo amigaaa!
Boa leitura, te vejo lá em baixo o/



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Greg logo achou descomunal, o fato de suas irmãs não estarem na sala, assistindo os programas mais sem graça do mundo. O garoto, apesar de não gostar muito delas, resolveu procurá-las.


- Tiffany?! Kimberly?! – berrou, começando a ficar intrigado. Talvez, elas estivessem tentando pregar uma peça nele... Mas tinha algo muito esquisito. Um clima pesado, um cheiro estranho, diferente do que ele estava acostumado...


De repente, ouviu gritos ensurdecedores e agudos que o fizeram ficar arrepiado. O menino foi só seguindo os berros incessantes, que clamavam por ajuda e socorro, até que, finalmente, chegou ao quarto das irmãs, cujo se encontrava com a porta fechada, e pior; Trancada. Ali era o cômodo proveniente do barulho, elas estavam ali dentro. Ele teria de fazer algo.


- Cheguem para trás, eu vou arrombar! – alertou Greggory, desesperado com os gritos crescentes das irmãs, que pareciam apavoradas.


- NÃO, SEU IDIOTA! LIGUE PARA OS BOMBEIROS, VOCE NÃO VAI PODER FAZER NADA! – berrou uma voz, que Greg reconhecera que era a de Tiffany.


Ele estava atordoado demais para encontrar o telefone. Começou jogar seu corpo, insistentemente, contra a porta. Ele ficou tentando, sem sucesso, arrombá-la, para libertar suas irmãs (que gritavam cada vez mais alto: PEGUE A PORCARIA DO TELEFONE, SEU BABACA!). Suado, do calor que fazia, e de tanto tentar, Greggory parou e respirou, tentando acalmar-se. Puxou o ar pelo nariz e soltou pela boca.


Mantenha a calma.


Repentinamente, ele ouviu sua respiração desacelerar, como se o mundo estivesse sendo passado em um filme, em câmera lenta. Ele olhou para a maçaneta, desejando, involuntariamente, que ela abrisse de algum jeito. Então, decidiu fez a última tentativa: Distanciou-se da porta e correu em sua direção, para pegar impulso. Em seguida, ele bateu na porta com toda a força, que em segundos, tombou-se no chão. Como ele havia conseguido essa proeza não importava, ele estava mais preocupado com suas irmãs.


O que ele conseguiu ver, inicialmente, já dentro do quarto, fora apenas uma fumaça densa e escura. O lugar estava em chamas, e as irmãs tossiam freneticamente, tentando, a todo custo, achar oxigênio. Porém, Greg respirou até melhor na presença fumaça. Ele não reparara nisso, afinal, estava nervoso demais.


Nenhuma das duas o abraçou, na verdade, nem o agradeceram; Tiffany saiu correndo em direção à sala, e tateou a estante a procura do telefone. Greggory e Kimberly ficaram estáticos em frente à porta tombada no chão, contudo, podiam ouvir Tiffany berrando ao telefone:


- ALÔ? É DO CORPO DE BOMBEIROS? PELO AMOR DE DEUS, VENHA ATÉ MINHA CASA! FOGO! FOGO PELO MEU QUARTO! ANDE RÁPIDO, MANDE REFORÇOS! FOI OBRA DO “Homem do Fogo”, SÓ PODE TER SIDO! – berrava Tiffany ao telefone. Em seguida, ela começou a ditar o endereço de lá, ainda aos gritos.


- Como assim ‘só pode ter sido’? Vocês não viram nada? – ele perguntou, já se conformando com a ingratidão das irmãs.


- SEU DEMENTE, VOCE NÃO ACHA QUE VAMOS TER TEMPO SUFICIENTE PARA CONVERSAR QUANDO ESSE INCENDIO FOR APAGADO? POR FAVOR, NÉ! – bradou Kimberly, que depois soltou um palavrão cabeludo vendo sua cômoda nova de madeira sendo engolida sem piedade pelas chamas, cada vez maiores. Elas se alastravam com facilidade, por conta da casa ser praticamente toda revestida em madeira. Porém, as chamas estavam se espalhando apenas na parte traseira do lado exterior da casa.


Fazia alguns minutos que os três tinham deixado a casa. Todos estavam aguardando o resgate chegar. Vizinhos saíram e vieram ver o que tinha acontecido, mas ninguém dirigiu uma palavra sequer à Greg. Eles apenas falavam com suas irmãs, que pouco se importavam com as frases tranquilizadoras, apenas se abraçavam, e ficavam falando sobre suas perdas. Não era bem uma conversa interativa.


Greggory achou que tinha algo de estranho com os vizinhos também, todos estavam com olhares vidrados, ou coisas assim... Pareciam estar em uma espécie de transe. Também, não havia um manual de “como reagir a um incêndio no seu vizinho”, é claro.


Depois de uma meia hora, ouviu-se uma sirene bem fraca vinda do final da rua. É, parece que os bombeiros estavam chegando.


Em questão de menos de uma hora, eles acabaram com o indesejável incêndio.


- Hey, vocês três, vão ter de nos acompanhar para a Delegacia Oficial de Niceville. – falou um bombeiro que saia da casa, com a roupa um pouco chamuscada.


- VOCE ESTÁ BRINCANDO COMIGO, NÃO É? PERDEMOS MUITOS PERTENCES NESSE DESASTRE! E VOCE ESTÁ FALANDO PARA NÓS LHE ACOMPANHARMOS? VAI ME DESCULPAR, MAS NÃO DÁ PRA ACREDITAR QUE O SENHOR SEJA TÃO INSENSÍ... – ia berrando Tiffany, dando ênfase em “muitos” e “acompanharmos”, mas logo fora cortada pelo bombeiro.


- Se a senhora está reclamando do prejuízo, é exatamente por isso que temos de ir a Delegacia... É pra dar queixa, entende? Fazer um registro para tentar recuperar todas as suas coisas e...


- E DEIXAR A NOSSA CASA TODA ABERTA PARA OS CURIOSOS VIREM VER? – surtou Kimberly, balançando violentamente a cabeça, coisa que só fazia quando estava REALMENTE irritada.


- Ah, eu vou pra Delegacia, gente. – interrompeu Greg.


- Por mim tudo bem. – concordaram as duas, em coro.


- Certo, moleque. Vamos. – falou o bombeiro, arrepiando os cabelos de Greggory, feito um cachorrinho.


Eles dois adentraram no caminhão de bombeiros. O garoto olhava frustrado para a janela, pensando se as irmãs sabiam ou não de algo. Greg não conversou absolutamente nada durante o trajeto, porque, o máximo que poderiam falar seria sobre como o incêndio começou, se tinha mais alguém na casa, etc... Só que ele não acompanhara o incêndio desde o inicio, então, teria de inventar algo...


Finalmente eles desceram. Greggory permaneceu em silencio.


Eles entraram na Delegacia e o Xerife o examinara atentamente. Era como se fosse um raio X... A primeira impressão de Greg teve do tal “Policial”, foi que ele tinha cara de ser caubói.


Dentro do local, ofereceram água e café para o garoto. Ele recusou. Apenas entrou na sala do homem. Era mal iluminada, e tinha uma cadeira de couro bem grande. A altura de sua mesa lia-se: “Xerife Wood”.


- Olá! Você deve ser o Greggory, estou certo? Por mil cavalos! O que é que houve com você, meu jovem? – falou o homem, acariciando seu bigode, que mais parecia um guaxinim acima de sua boca.


-Um incêndio, Cal. – respondeu o bombeiro que o trouxera para cá. O cara ia arrepiar novamente os cabelos de Greg, só que dessa vez, o garoto não deixou: Greggory deu um passo para frente, deixando as mãos do bombeiro acariciando o ar. – Vou ser breve, senhor: Estamos aqui para ouvir a testemunha dele sobre o incêndio.


- Ah, sim. Pode começar filho. – falou o Xerife, agora apoiando os pés na mesa. Usava botinas feias, pretas e encardidas. O Bombeiro saiu da sala e fechou a porta.


Greg disse que ele chegava da escola, quando ouviu os gritos das irmãs. Contou toda a verdade. O homem foi apenas sinalizando positivamente com a cabeça, porém, parecera meio descrente na parte que Greggory lhe disse que fora ele que derrubara a porta. Logo depois, ao final do depoimento, Xerife Wood disse:


- Rapazinho, eu quero colher a testemunha de suas irmãs, sim? Pode ser esse final de semana, avise a elas. Ah, não saiam da cidade. Agora está liberado, pode ir.


O garoto não pensou duas vezes: Saiu correndo, em direção ao caminhão de bombeiro, que ia dar-lhe outra carona para casa. Por sorte, não era o mesmo homem, era uma com uma aparência mais severa.


Não demorou a chegar a sua casa com aspecto carbonizado, onde a viatura da policia iria dar-lhes uma carona até um hotel, que ficava no inicio da rua deles, chamado “Resort L. Niceville”. Greg conseguiu pegar suas roupas, porém, suas irmãs não tiveram tanta sorte. Eles iriam ficar naquele hotel até reconstituírem o quarto de Tiffany e Kimberly.


 Não tinha nenhum pertence que iria fazer falta para o garoto naquela casa, então, ele não tinha muito com o que se preocupar.


Deitou-se, numa cama bem melhor, mais macia e mais confortável que a sua convencional e pôs-se a pensar: Por qual motivo alguém botaria fogo na casa de um recém-chegado à cidade? Será que alguém tinha algo contra ele? Bom, só havia uma pessoa que odiava Greggory a esse ponto... Será que fora ele que ateara fogo na casa? Ele seria capaz de ir tão longe? Bom, depois da surra que Greg recebeu, não duvidava de mais nada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? ~le eu mestra da suspense~ tem muita coisa boa vindo por ai, estou cheia de ideias! Muahaha! Beijos, te vejo nos Reviews e no próximo capitulo =D



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