Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse escrevendo uma dissertação.

Albert Einstein

– Capítulo Trinta e Três –

Eles Vão Eu Fico

Jacob, Roxanne, Lílian e Frank, conseguiram chegar perto da casa das serpentes antes dos comensais, mas, eles tomaram cuidado para não aparecer antes da hora. Eles preferiram se manter escondidos atrás das moitas e das árvores.

Essa foi uma boa decisão por que ao lado de fora da casa, eles viram alguns comensais e o mais chocante é que eles estavam com os seus amigos.

- O que a gente faz agora? – perguntou Frank com a voz baixa.

- A gente sai daqui gritando e lançando um monte de feitiços neles. – sugeriu Lílian.

- Não gatinha, a gente vai morrer antes de abrir a boca. – disse Jacob pensativo.

- E então? – perguntou Roxanne nervosa.

- Vou tentar me comunicar com o Tiago. – disse Jacob – Pra saber se estão bem e o que está havendo lá dentro.

Jacob fechou os olhos e se concentrou o máximo que pode.

Tiago, você está me ouvindo? – pensou Jacob.

Jake é você? – pensou Tiago.

Claro que sou eu, idiota, quem mais entraria na sua mente pra bater papo? – pensou Jacob sarcástico – Estou perto da casa, mas, estou vendo alguns comensais ao lado de fora, com os outros. O que está havendo ai dentro?

Você não vai querer saber – respondeu Tiago, pois havia acabado de saber que os pais de Jacob iriam se divorciar – Mas Rodolfo está mantendo a gente e a sua mãe presos aqui dentro até o meu pai chegar.

Agora eu entendo por que vi o Sr. Potter com os comensais­ – pensou Jacob – A alguma possibilidade da gente...

Jacob parou de repente, alguém atrás deles, pigarreou alto, eles reconheceram a pessoa de imediato quando se viraram.

- Se expliquem. – disse Rony com os braços cruzados e cara de poucos amigos.

- Tio Rony. – disseram Roxanne e Lílian sorrindo e fazendo cara de inocentes.

- Isso não vai funcionar hoje. – disse Rony irritado – O que vocês estão fazendo aqui?

- Ok. Sr. Weasley, nós fizemos um plano e viemos resgatar os nossos amigos. – explicou Jacob – Eu acabei de me comunicar com o Tiago e parece que Rodolfo Lestrange, está mantendo presa também a minha mãe e eles estão esperando pelo Sr. Potter.

- Mantendo Agatha presa? Mas como?

- Eu acho que pode ter sido nossa culpa. – explicou Jacob cabisbaixo – Nós viemos ajudar e nos separamos em grupo, pode ser que um grupo tenha chegado antes e atrasado o plano de vocês...

- Nós sentimos muito Sr. Weasley. – disse Frank fazendo drama – Não conte nada para o meu pai, por favor.

- E você acha que o Neville já não notou a sua ausência? – disse Rony indignado. – Ainda bem que eu vim na frente, se fosse Draco que tivesse encontrado vocês... venham comigo, eu vou falar com os outros sobre isso.

Jacob, Lílian, Roxanne e Frank o seguiram, chateados.

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O clima ainda estava tenso dentro da casa das serpentes, Rodolfo falava alguma coisa com os outros comensais em voz baixa, ele havia tirado as varinhas dos que ficaram na casa, Agatha agora se encontrava perto das crianças.

- Me diz que não é verdade mamãe. – disse Kendra meio agressiva – Me diz que não vai se divorciar do papai.

Agatha respirou fundo, sempre foi tão difícil lidar com Kendra, pois, esta sempre tivera um gênio muito forte, igual ao de Draco.

- Meu anjo, é difícil de te explicar agora, o que está acontecendo. – disse Agatha cuidadosamente – Seu pai e eu estamos passando por algumas crises...

- Eu tenho certeza que a culpa é sua! – exclamou Kendra irritada – A senhora deve ter culpado o papai pelo nosso sequestro.

- Kendra, por favor...

- Mas quer saber? Eu acho que é porque a senhora não dá a atenção devida a ele. – disse Kendra.

- Kendra chega! – exclamou Scorpius irritado – Não fala assim com a mamãe, ela se arriscou vindo te salvar e é esse o pagamento dela?

- Não se intromete Scorpius.

- Eu me intrometo por que eles também são meus pais.

- Não briguem, por favor. – pediu Agatha fechando os olhos – Sobre o seu pai e eu, Kendra, é um assunto que nós vamos resolver – disse ela firmemente – E pra isso tem hora certa, que não é agora. Eu tenho que tirar vocês daqui antes. Entendeu?

Kendra bufou irritada e assentiu. Agatha virou para Rodolfo que ainda falava algo com alguns comensais.

- Rodolfo – chamou ela em voz alta – Precisamos conversar.

Rodolfo, virou para olhá-la, ele tinham uma expressão de pura malícia no rosto.

- Não temos nada para conversar, minha querida “conselheira” – disse Rodolfo se aproximando.

- Temos sim. – disse Agatha firmemente – Solta, eles, por favor, eles vão, eu fico.

- Nós na verdade queremos o Potter. – disse Rodolfo desinteressando.

- Pensa bem Rodolfo. – disse Agatha séria – Quando Voldemort voltar ele vai querer vingança, se eu não tivesse traído ele, talvez Voldemort ainda estivesse aqui. Eu tenho certeza que ele vai querer se vingar de mim primeiro.

- Você não me enrola mais com as suas conversas Agatha. – disse Rodolfo com um sorriso maldoso – Eu podia acreditar em você antes, mas, não agora. Você está tramando alguma coisa.

- Não estou tramando nada. – disse Agatha alterada – Esse é só um pedido de uma mãe desesperada. Deixa eles irem embora, eu fico.

- Eu não confio em você. – latiu Rodolfo – Você tem uma mente perigosa, não dá pra confiar em você.

- Estou de mãos atadas Rodolfo. – disse Agatha abaixando a voz – Libera as crianças e você pode fazer o que quiser comigo.

- Não! – gritou Scorpius – Deixa a minha mãe em paz seu miserável sem noção de moda!

- Eu nunca fui muito fã de matar crianças, ainda mais de sangue puro. – disse Rodolfo irritado – Mas estou pensando em abrir uma excessão.

- Você não vai tocar nele seu ridículo! – disse Rose em voz alta, inconcientemente pegando na mão de Scorpius.

- E nem na minha madrinha, quem você pensa que é? – disse Alvo indignado.

- Eu disse que eles eram os piores. – disse Hugo por trás de Tiago.

- Chega! – gritou Rodolfo – Eu prefiro dez maldições cruciatus seguidas, a ter que aguentar esses pirralhos. Livrem-se deles.

Imediatamente os comensais que ainda estavam na casa pegaram Alvo, Scorpius, Rose, Hugo, Kendra e Tiago, para levar pra fora.

- Espera! – gritou Agatha – Pra onde vão levá-los?

- Eu só não mando matá-los, por que o próprio Lord vai querer escolher o que fazer com eles. – disse Rodolfo tremendo.

- Ok. – disse Agatha cautelosa. – Só não faça mal a eles, por favor.

- Mamãe! – Kendra gritou desesperada tentando se segurar na madeira da porta, mas, foi em vão, em menos de segundos, só sobraram, Agatha e Rodolfo na sala.

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Draco obsevava entre as árvores, os comensais que caminhavam com Harry no meio deles, ele só precisava de um sinal dos outros avisando que já resgataram as crianças, então Draco e os aurores atacariam para libertar Harry. Mas ele estava sentindo uma angustia em seu peito, como se algo tivesse dado errado, não era pra menos, eles estavam demorando muito para avisar que conseguiram pegar as crianças.

- Draco – chamou Hermione perto de seu ouvido – Você acha que deu algo errado?

- Não sei. – respondeu Draco, ele não conseguia esconder uma nota de alarme na voz – Espero que não.

- Nós provavelmente já devemos estar chegando. – disse Hermione temerosa – E se eles não saíram de lá ainda?

- Ai a gente vai para o plano C. – respondeu Draco sério.

- Plano C? – disse Hermione confusa – E qual é o plano C?

- Criar o plano B. – respondeu Draco ainda sério.

Hermione não conseguiu evitar sorrir, e pensou que definitivamente Draco não se abalava diante das circustâncias, engano dela, Draco estava incrivelmente nervoso, mas, não conseguia entender do por que sua preocupação maior ser em relação à Agatha.

- Draco olha. – disse Hermione apontando para um lado mais distante, era um patrono.

Draco fez sinal para que os aurores continuassem seguindo os comensais, ele e Hermione se aproximaram do patrono em formato de cão.

- É do Rony. – disse Hermione olhando apreensiva para Draco.

Algo deu errado­ – o patrono começou a falar na voz de Rony – Rodolfo prendeu Agatha como refém, todos os nossos filhos, eu digo todos, estão com os començais, Jacob, Lílian, Roxanne e Frank estão comigo.

Draco e Hermione se entreolharam.

- Draco...

Draco fez sinal para que Hermione se calasse, ele se afastou, seu coração batia descompassadamente, então ele olhou para a aliança em seu dedo, Agatha.