As Relíquias Da Morte - Nova Geração escrita por JessyFerr


Capítulo 27
Capítulo 27 15 Anos Antes


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos e perfeitos leitores, obrigada pelos reviews e pelo carinho de cada um de vcs. Quero dar um agradecimento especial para a senhorita Lupin pela indicação de "A descoberta e Transição", obrigada mesmo linda, amei as palavras. Mais um capítulo quentinho pra vcs, espero que gostem.
Bjos



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A vida é como uma sala de espectáculos; entra-se, vê-se e sai-se.

Pitágoras

– Capítulo Vinte e Sete –

15 Anos Antes

Voldemort, Agatha e alguns bruxos agora se encontravam um pouco depois da entrada da floresta proibida, eles haviam pego Hagrid que se debatia amarrado com algumas cordas. Agatha não se atrevia a olhar para ele, doía muito pensar que Hagrid também a achava uma traidora, mas, agora a preocupação era outra, Harry, ele não podia se entregar, mas, Agatha conhecia Harry o suficiente pra saber que ele faria algo assim se fosse para salvar mais vidas.

- Vai me dizer agora onde ele está? – perguntou Agatha novamente.

- Já que insiste tanto minha senhora. – disse Voldemort indiferente – Eu o deixei morrendo na casa dos gritos.

- O que? Como assim? Por quê? – a indignação no rosto de Agatha era visível.

- Ele nos traiu minha senhora. – disse Voldemort – Foi só por isso.

Agatha na mesma hora se afastou de Voldemort e foi se encostar em uma árvore. “Maldito! Ele nem ao menos sente remorso”. Sem que ninguém percebesse Agatha lançou um feitiço mudo e o seu patrono de águia sumiu por entre as árvores.

- Ele não virá milorde. – disse Bella se aproximando dele.

Voldemort apenas fez um sinal com a mão a ignorando e foi em direção a Agatha que estava encostada em uma árvore.

- O que acha minha senhora? – perguntou ele, faltavam cinco minutos para a meia-noite – Harry Potter virá?

- Tenho certeza que se for para salvar seus amigos ele virá sim. – disse Agatha respirando fundo – Mas se bem o conheço...

O patrono em forma de águia que Agatha lançara agora voava rapidamente para fora da floresta proibida, passando por Hogsmeade, Londres e finalmente o seu destino, o Beco Diagonal. O patrono foi direto em direção ao Hospital St. Mungus e entrou por uma das muitas janelas que ali haviam.

O Dr. Hastings olhou assustado o patrono que havia entrado em seu escritório.

Dr. Hastings, eu preciso de sua ajuda – o patrono em formato de águia começou a falar na voz de Agatha – Tem uma pessoa morrendo na casa dos gritos, preciso que vá até lá e o ajude, por favor. Se precisar de ajuda peça somente a uma pessoa de sua confiança, preciso também que leve o corpo de algum desconhecido para substituição. Seja rápido.

Ele não pensou em mais nada e logo chamou uma das enfermeiras de sua confiança.

- Mas Doutor. – disse a enfermeira temerosa – Está acontecendo uma guerra agora mesmo em Hogwarts, se formos à casa dos gritos, provavelmente seremos mortos.

- Se você não for comigo, eu irei sozinho. – disse ele pegando a sua capa – Agatha precisa de mim.

A enfermeira respirou fundo e concordou em ir, primeiro, eles passaram no necrotério do hospital e pegaram o corpo de um indigente e juntos foram até uma parte do lugar e desaparatam. Eles aparataram em frente à casa dos gritos em Hogsmeade, o Dr. Hastings rapidamente entrou e subiu uma escada com o corpo no ombro, seguido pela enfermeira.

Ao entrar em um quarto eles se depararam com quem estava caído no chão.

- Meu Deus! – exclamou a enfermeira – É o diretor Snape.

- Vamos levá-lo para o hospital. – disse o Doutor colocando o corpo do indigente no chão.

- Mas Doutor, é claro que ele está morto. – disse a enfermeira abalada.

- Talvez tenhamos uma chance. – disse ele tomando a pulsação de Snape – Ele vai para o nível zero.

A enfermeira assentiu.

- Você vai aparatar com ele, direto para um dos quartos no nível zero. – explicou o Dr. Hastings jogando um feitiço no pescoço de Snape – Faça-o engolir uma poção fortificante e depois o coloque em uma bolha de feitiços restauradores, eu irei em breve.

- Entendi. – disse ela apressada, se aproximando de Snape.

- Toma. – disse o Doutor entregando um cartão de visitas e enfermeira. – Ninguém pode saber dele ouviu?

Ela pegou o cartão e leu:

Bem vindo ao nível zero, localizado no subsolo no hospital St. Mungos para doenças e acidentes mágicos.

E sem dizer mais nada ela aparatou com Snape do lugar.

_______

Agatha se ajoelhou ao lado de Harry, Draco fez o mesmo, Rony e Hermione permaneceram perto.

- Me prometam uma coisa? – pediu Harry com a voz estrangulada.

- Qualquer coisa. – disse Draco sem hesitar.

- Me prometam que os herdeiros, nunca mais vão se separar.

Harry parecia uma criança implorando para que os pais cumprissem as suas promessas, definitivamente Harry não queria perder mais ninguém.

- Prometemos. – disseram Draco, Gina e Agatha.

- E vocês. – disse Harry agora para Rony e Hermione – Que nunca deixarão de serem meus amigos.

- Prometemos. – disseram Hermione e Rony.

Os seis permaneceram ali em silêncio por um longo tempo, talvez pensando em tudo o que passaram até aquele momento, como tudo começou como tudo acabou, era como o final de um filme ou de um livro ao quais os personagens, leitores ou telespectadores não esperassem por esse final. Eles lutaram, eles brigaram e mesmo com grandes perdas, eles podiam finalmente vislumbrar a vitória.

- Acho que devemos cuidar dos mortos agora. – disse Harry secando as lágrimas. – Snape ainda está na casa dos gritos.

- Deixa que eu cuido disso. – disse Agatha rapidamente – Eu era a Medibruxa dele, e sei que ele iria preferir assim.

- Você tem certeza? – perguntou Draco, passando a mão discretamente na barriga de Agatha – Você não precisa fazer isso.

- Eu preciso Draco. – disse Agatha pedinte – Quero fazer isso sozinha.

Eles assentiram e Agatha desaparatou, ali mesmo já que Hogwarts estava sem proteções. Ela aparatou direto no quarto da casa dos gritos.

- Que susto Agatha. – disse o Dr. Hastings colocando a mão no coração.

- Achou que fosse o Voldemort? – perguntou Agatha com nojo – Não se preocupe, ele está morto.

- Você quer dizer que...

- A profecia se cumpriu. – disse Agatha – Ele foi derrotado, onde está Severo?

- No nível zero. – respondeu ele – O que aconteceu com ele?

- Foi mordido pela Nagine. – disse ela – Temos que deixar esse corpo o mais parecido possível com o Severo.

O Doutor ia questionar a atitude de Agatha, mas, resolveu ficar quieto, ele já conhecia o gênio da mulher pra saber que ela não ia discutir essa insanidade.

________

- Severo reage, por favor. – pedia Agatha, observando o antigo professor através de uma bolha, que continha feitiços.

- Ele está em coma Doutora. – disse a enfermeira. – A senhora sabe que talvez ele não te ouça.

- Isso me dá esperanças enfermeira Collins. – disse Agatha lançando mais feitiços dentro na bolha.

- Como sabia que ele ainda podia ser salvo?

- Uma vez. – disse Agatha sorrindo – Uma pessoa muito sábia me disse que quando o coração para, o cérebro ainda funciona por algum tempo, eu me agarrei nisso.

- E quem era essa pessoa? Claro, se é que posso saber. – disse a enfermeira Collins curiosa.

Agatha respirou fundo e sorriu ainda mais.

- Acreditaria se eu te dissesse que foi Rowena Ravenclaw?

__________

Oito anos depois...

- Dra. Malfoy, Dr. Hastings. – gritava a enfermeira Collins pela lanchonete do hospital – Vocês têm que vir comigo.

Eles a seguiram imediatamente para um dos quartos do nível zero, e quando entraram a surpresa tomou conta dos Medibruxos.

- Sev você acordou! – exclamou Agatha com lágrimas nos olhos.

Severo apenas os encarava, sem mexer um músculo na cama, apenas seus olhos pareciam que tinham vida.

- Se você sabe quem eu sou. – pediu Agatha com a voz embargada – Pisca duas vezes, por favor.

Agatha chorou ainda mais quando seu antigo professor, piscou os olhos duas vezes.

__________

- Depois que ele acordou. – relatou Agatha com as mãos na cabeça – Se passaram três anos e ele começou a mexer os membros, ele anda com muletas, mas, se cansa rápido e dois anos atrás ele começou a falar, com dificuldade, por que Nagine mordeu bem nas cordas vocais, e nenhum feitiço ajudou muito nisso.

Todos na sala ficaram em silêncio tentando digerir tudo o que haviam ouvido.

- Me perdoem, por favor. – pediu Agatha com a voz falha – Eu só fiz o que achei certo, eu só queria protegê-lo, eu devia isso a ele, Severo salvou a minha vida uma vez.

- Protegê-lo de que forma Agatha? – perguntou Hermione pasma – Da gente?

- Não. – disse ela entre lágrimas – Tive medo que se os comensais foragidos descobrissem, eles tentassem matá-lo por vingança. Severo era espião desde a primeira guerra.

- Mesmo assim você errou. – disse Kingsley autoritário – Fingir a morte de alguém que está vivo, esconder a sua identidade e paradeiro, além de ir contra a ética do cargo que você exerce é contra a lei Agatha.

- Me condene. – disse Agatha se levantando para encarar o ministro – Tira o meu diploma de curandeira, me leve para Azkaban, mas eu não vou me arrepender do que eu fiz. E quer saber? Eu faria tudo de novo.

- Ninguém vai para Azkaban além dos comensais que sequestraram as crianças. – disse Narcisa em voz alta, encarando o marido.

- Eu não pretendia mandar prendê-la. – disse Kingsley dando de ombros.

Os outros membro na sala estavam atônitos demais para falar alguma coisa, foi então que Agatha olhou para o marido que estava em um canto na sala sem feição alguma.

- Draco. – chamou Agatha.

- Escritório. – ele disse simplesmente seguindo em direção ao escritório da casa, Agatha em seus calcanhares.

Quando entraram, Draco lançou o Abaffiato no lugar, e logo depois eles se encararam, foi Agatha quem quebrou o silêncio.

- Draco me perdoa...

- Eu quero o divórcio. – disse ele firmemente.

Agatha piscou duas vezes, tentando entender o que Draco havia dito.

- Como? – perguntou Agatha com dificuldade.

- Você me ouviu bem. – disse Draco frio – Se não existe confiança, não existe casamento.

- Eu sempre confiei em você Draco.

- Confiou o suficiente para me esconder que Severo estava vivo? – perguntou Draco sarcástico.

- Você não entende Draco. – disse Agatha desesperada – Se eu te contasse a sua mente ficaria exposta.

- Eu não sei se você se lembra de quem te ensinou oclumência.

- Eu falo do Harry.

- Eu não contaria pra ele. – disse Draco alterado jogando as mãos para cima.

- Mas ele é a única pessoa que consegue penentrar na sua mente sem Legiminen e você não consegue bloqueá-lo. – explicou Agatha – Se eu te contasse ele também saberia. Isso sim seria perigoso, existem muitos bruxos das trevas soltos por ai, com certeza tentando entrar na mente de Harry o tempo todo, então eles saberiam que Severo está vivo.

- E você pensou em tudo isso? – perguntou Draco cético.

- Quando a gente convive com Voldemort tanto tempo, a gente acaba aprendendo certas coisas. – disse Agatha com a cabeça baixa – Quando vocês disseram pela primeira vez que Voldemort poderia voltar, foi meio que automático eu voltar a chamá-lo de Lord e o Harry de Potter, eu comecei a me vigiar, foi como se tivéssemos voltado àquela época.

- Sinto muito pelo seu trauma. – disse Draco desinteressado – Mas isso não muda a minha decisão, não sei se posso mais, confiar em você.

- Mas Draco...

- Você sabe que eu daria um jeito. – disse Draco sério – Eu sempre dou um jeito, o que você fez é inadimissivel.

Agatha encarou o marido, indignada com a falta de senso do mesmo, mas, ela sabia desde o inicio que isso era arriscado, que ela poderia perder todos que amavam, e foi exatamente isso que aconteceu.

- Ok. – disse ela secando as lágrimas – Eu não vou implorar Draco, só peço que a gente encontre as crianças primeiro, depois de tudo resolvido, a gente assina os papéis.

Draco observou Agatha caminhar em direção à porta de saída do escritório, mas, esta parou e voltou a encará-lo.

- Só mais uma coisa. – disse ela tirando algo invisível do pescoço, que ao tirar logo se tornou visível, era o Alica Virtus. – Toma – disse ela colocando o Alica Virtus com cuidado na mão de Draco – Se você não confia mais em mim, não tem por que eu continuar com ele.

Ao dizer isso ela saiu do escritório, deixando um Draco com as feições frias para trás, mas, com o coração entristecido.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews!