As Relíquias Da Morte - Nova Geração escrita por JessyFerr


Capítulo 25
Capítulo 25 Se Arrependimento Matasse


Notas iniciais do capítulo

Lindos, obrigada pelos reviews, amei todos eles, espero que gostem desse capítulo. Só pra dar um gostinho pra vcs o proximo capítulo terá o título, "O Homem Na Cadeira De Rodas" Finalmente kkk.
Bjos



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Quem, em prol da sua boa reputação, não se sacrificou já uma vez - a si próprio?

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Vinte e Cinco –

Se Arrependimento Matasse

O Hospital St. Mungus, para doenças e acidentes mágicos, possuía em seu interior os melhores profissionais que um hospital poderia ter. Era necessária essa grande eficiência, pois, não eram bruxos com uma gripe a toa que eram internados lá.

Os Medibruxos, eram distribuídos em níveis de acordo com o seu grau de instrução, os níveis iam de cinco e zero e nem todos eles tinham acesso a todos os níveis do hospital, e nem queriam, pois, no nível zero, era onde ficavam os bruxos, que já não tinham chance de sobreviver ou com doenças perigosas e transmissíveis.

A Dra. Agatha Malfoy, cuidava de pacientes do nível três ao zero, era certo que os outros curandeiros sempre a viam mais no nível zero, e eles achavam que ela era louca de cuidar tanto de um paciente de lá, por que poderia pegar uma doença, mas, ela sempre alegara que tomara as precauções devidas e que o Dr. Hastings sempre a ajudava.

Hoje em especial outra pessoa que não era doutor, iria descer ao nível zero, Agatha conseguiu autorização com o diretor do hospital, afirmando que essa visita poderia ajudar na melhora do paciente, nem foi preciso muita insistência com o diretor, pois, ele sempre fazia o que ela pedia.

- Oi. – disse Agatha entrando no quarto de sempre – Tenho uma surpresa pra você.

Em seguida o homem na cadeira de rodas, se deparou com Lúcio Malfoy na sua frente, não se sabia quem estava mais espantado em ver o outro. O homem logo ficou agitado e dirigiu a cadeira para o lado mais afastado do quarto.

- Por favor. – disse Agatha abaixando para ter contato visual com ele – Não se preocupe, Lúcio veio ajudar.

Ele a encarou de forma fria.

- Eu sei. – disse Agatha respirando fundo – Sei que não era pra ninguém saber ainda, mas... Draco está desconfiando de alguma coisa e eu temo pelo que ele possa fazer.

- Se me permite Agatha. – disse Lúcio se aproximando deles.

Agatha se afastou e Lúcio se sentou na cama, para olhar para o homem de frente.

- Eu nunca pensei que você resistiria à morte. – disse Lúcio audacioso – Todos nós vimos você morto, e agora vendo você aqui, é muito estranho. Mas eu não estou aqui pra ameaçar a integridade de ninguém, eu fiz uma bela traição na guerra passando para o outro lado, mas, eu não vou trair a Agatha agora, eu vou ajudar por que eu tenho uma dívida com a minha nora, e um Malfoy sempre honra as suas dívidas.

Eles se encararam por um tempo, mas depois o homem na cadeira de rodas assentiu e Agatha sorriu aliviada.

________

Rabicho abriu a porta da sala onde se encontravam amarrados Tiago, Hugo e Kendra. Os três pareciam tristes e abatidos, por um breve momento ele sentiu simpatia por eles, mas, esse momento passou quando Hugo abriu a boca.

- É o baixinho de novo. – disse Hugo desinteressado.

- Eu trouxe a comida de vocês. – disse Rabicho ignorando Hugo.

Ele colocou os pacotes no colo de cada um deles e soltou uma das mãos das amarras.

- Depois eu volto para amarrar vocês de novo. – disse Rabicho.

- Escuta. – disse Tiago – Por que vocês nos deixam presos? Quando nós vamos ao banheiro, tomar banho ou comer, nós ficamos soltos, não tem como sair daqui sem uma varinha.

- São ordens. – disse Rabicho simplesmente se virando para a porta de saída da sala.

- Espera. – disse Kendra rapidamente, Rabicho se virou para encará-la – Por que você se submete as ordens deles?

- Eu não me submeto às ordens de ninguém! – exclamou Rabicho irritado.

- Não é o que parece. – disse Hugo – Eu mesmo já vi que eles fazem de você o capacho deles, principalmente aquela mulher.

- Você não sabe de nada pirralho!

- Perdoe o Hugo. – pediu Kendra calmamente – Ele está estressado pelo tempo que estamos aqui.

Rabicho assentiu irritado.

- Desculpe, mas qual é o seu nome? – perguntou Kendra inocentemente.

- Rabicho. – respondeu ele sério – Bom, esse é o apelido que meus... amigos me deram, eu me chamo Pedro Pettigrew.

- Pedro Pettigrew? – disse Kendra pensativa – Você é o...

- Rabicho! – exclamou Tiago estupefato – Mas é claro! O traidor dos meus avós! Traidor dos seus próprios amigos!

Kendra e Hugo encararam Tiago, assustados.

- Seu desgraçado! – continuou Tiago com fúria – Já não basta fazer o que fez e agora também sequestra a gente! O que você tem contra a família Potter?

- Calma Tiago. – pediu Hugo alarmado.

- Calma o ca...

- Tiago! – disse Kendra em voz alta encarando o garoto, então ela se voltou para Rabicho, que parecia ter se encolhido com a explosão de Tiago – Sr. Pettigrew, nós não sabemos o que vocês querem de verdade, mas, Voldemort está morto, acabou. Mas, uma amizade verdadeira nunca acaba, eu não sei qual foi o motivo da sua traição...

- Do que você está falando garota? – perguntou Rabicho agora menos irritado.

- Estou falando que, você pode se redimir agora. – disse Kendra cuidadosamente – Se redimir com os seus amigos que agora estão mortos... soltando a gente.

Rabicho hesitou, ali estavam três crianças, que não tinham nada a ver com a guerra, três crianças inocentes e uma delas tão parecida com Tiago, tão parcida com o seu melhor amigo. Isso o fez refletir do por que ele realmente havia traído os seus amigos, os seus amigos que por sua culpa, agora estavam mortos. Não tinha um por que, a única explicação é que ele foi um fraco, um verdadeiro covarde, será essa a hora de se redimir? Se até Lúcio Malfoy fez isso anos atrás na guerra, por que não ele? Terá Lúcio Malfoy um coração e Rabicho não?

- Rabicho? – chamou Hugo desconfiado.

Rabicho saiu de seus pensamentos e voltou a encarar os garotos, e então ele decidiu.

- Temos que ser rápidos. – disse Rabicho se aproximando deles, para soltar as amarras. – Eles podem voltar a qualquer momento.

Tiago ainda emburrado, não acreditara que o traidor de seus avós agora estava prestes a soltá-los. Mas houve um momento de hesitação pela parte de Rabicho, ele parou no meio da sala, e os três puderam perceber a mão prateada de Rabicho se erguer. Os olhos de Rabicho se arregalaram, era como se mão prateada tivesse tomado vida própria, eles perceberam uma luta que travava entre Rabicho e a mão, por que esta se aproximava de seu pescoço.

Tiago, Hugo e Kendra permaneceram estáticos, quando viram a cena seguinte, a mão prateada se fechou em torno do pescoço de Rabicho, ele lutara contra ele mesmo, mas, a mão dada por Voldemort foi mais forte e no minuto seguinte, Rabicho caíra no chão, morto.

Hugo conseguiu tampar a boca de Kendra antes que essa gritasse de pânico. Kendra soluçava enquanto lágrimas caiam de seus olhos, Tiago continuava parado, olhando para o corpo de Rabicho caído no chão, Hugo parecia o mais conciente ali, naquele momento.

- Eu vou tirar a mão da sua boca agora, ok? – disse Hugo para Kendra.

Kendra assentiu com a cabeça e o garoto tirou a mão de sua boca.

- O que foi isso? – perguntou Tiago em voz baixa sem tirar os olhos de Rabicho.

- Não tenho certeza. – disse Hugo se desfazendo das amarras de sua outra mão e dos pés – Essa foi à mão que Voldemort deu para o Rabicho quando ele cortou a outra não foi?

Kendra balançou a cabeça positivamente, ela estava chocada demais para falar.

- Então eu acho. – começou Hugo caminhado em direção a Rabicho, logo ele estava procurando algo nas vestes do bruxo – Que Voldemort enfetiçou essa mão para que se Rabicho resolvesse traí-lo de alguma forma...

- A mão se voltaria contra ele. – terminou Tiago – Soltando a gente seria uma afronta a Voldemort. Mas ele não teria que estar vivo, para que isso acontecesse? Quero dizer a magia não quebra quando a pessoa morre?

- Não sei. – respondeu Hugo.

- Foi minha culpa – finalmente Kendra se manifestou.

Ela estava muito pálida, lágrimas ainda caíam sobre sua face, e ela parecia um tanto frágil, Tiago percebeu. Então ele viu que a dama de ferro, sabia chorar, que ela tinha um coração, Tiago entendeu que foi por essa pessoa que seu irmão Alvo havia se apaixonado.

- Não foi sua culpa. – disse Tiago amigavelmente – Ele pediu por isso.

- Se eu não tivesse insistido... – sua voz sumiu.

Tiago se desfez das amarras e abraçou a garota intocável fazendo com que está se deitasse em seu ombro.

- Tudo vai dar certo. – ele não sabia se era essa a coisa certa a se dizer, mas foi o melhor que pôde fazer – Droga Hugo! O que você está procurando?

- Achei. – disse Hugo segurando triunfante a varinha de Rabicho.

- Você não pode tirar a varinha de um bruxo morto, isso é covardia. – disse Kendra em prantos.

- Kendra, por favor, a gente precisa de você agora. – disse Hugo escondendo a varinha nas vestes e voltando a se sentar. – Se você ficar sensível assim, ta todo mundo ferrado.

- O que a gente vai dizer quando eles voltarem? – perguntou Kendra agora encarando o corpo de Rabicho.

- Eu esperava que a gente saísse daqui antes que eles voltassem. – disse Tiago levantando uma sombracelha.

Kendra limpou as lágrimas e respirou fundo.

- Ok. – disse ela firme – A gente não sabe o que tem lá fora, tudo o que eu consegui ver pela janela foram árvores, eu acredito que estamos em uma floresta. Só temos uma varinha, então dois de nós estão desprotegidos, se escaparmos agora, com certeza eles vão nos encontrar antes que alcancemos uma civilização, nossa maior chance é esperar o melhor momento e estuporá-los sem que nos vejam, como somos menores de idade o ministério iria detectar a magia e enfim alguém nos encontraria e Potter tira as mãos de mim, por que está me abraçando?

- Ótimo ela voltou. – disse Tiago girando os olhos e se afastando da garota.

- Então nós devemos esperar. – disse Hugo respirando fundo, vendo que finalmente eles tinham uma ponta de esperança de sair de lá. “Será que se Kendra chamar um dos elfos dos Malfoy´s, ele nos encontraria?”.


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Notas finais do capítulo

Comentem, quanto mais reviews, mais rápido eu posto o próximo capítulo.



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