Odiava ter que vê-lo todos os dias sem poder beija-lo, queria pelo menos agir como antes mas isso não era possível! Nada iria apagar o passado como se nada tivesse acontecido, os nossos momentos rodavam todos os dias em minha cabeça.

- Oi – Ele falou me acordando de meu “bla bla bla” interno, eu me desencostei do armário e olhei para ele tentando mostrar um sorriso.

- Oi – Eu falei com o mesmo tom do garoto mesmo que doe-se por dentro.

Eu sinto falta de seus lábios macios

Eu sinto falta das suas bochechas brancas

Eu sinto falta do arranhar do seu rosto com barba

Por fazer na minha bochecha

E isso é tão difícil porque eu não vi

Que você era o amor da minha vida

E isso me mata

Porque não posso ficar ao seu lado agindo como antes? Por que parece tão errado falar com ele? As perguntas enchem minha cabeça sempre que estou com esse garoto, eu tentei esquecê-lo mais é impossível.

Amor de adolescente é o que todos dizem, mas para mim não era só isso! Tinha algo a mais, eu queria poder descrever os sentimentos mais a minha tentativa era inútil, fazia uma semana que Carly tinha se mudado de Seattle e eu sabia que dai para frente eu não o veria com tanta frequência, eu estava sozinha agora!

- Você vai para o baile? – Ele perguntou sem olhar para mim.

- Acho que não! – Eu falei olhando para o garoto que fitava o chão.

- Por que? – Ele perguntou sério e finalmente olhou para mim, eu me arrepie por um segundo.

- Eu nunca fui a garota mais desejada da escola! – Eu falei e nós dois rimos e eu lembrei que fazíamos isto com mais frequência.

- Você é linda Sam – Ele falou e eu fitei o chão envergonhada – Qual garoto não iria querer sair com você? – Ele perguntou e eu ri sem reproduzir som.

- E você? – Eu perguntei finalmente tirando os olhos do chão – Vai para o baile? – Eu perguntei e ele mostrou um sorriso.

- Não – Ele balançou a cabeça negativamente – A garota com que queria ir nem deve estar afim – Ele respirou fundo e olhou para mim sério, eu tinha que aguentar ouvir suas palaras mesmo que elas me atingissem no momento.

- E você vai deixar de ir a festa por uma garota? – Eu perguntei num tom irônico e ele riu.

- Eu não sei ainda – Ele falou e eu assenti com a cabeça.

- Deixa de ser idiota e vá! – Eu falei – Esse é o ultimo baile! – Ele balançou a cabeça afirmativamente.

- E você também vai perder? – Ele perguntou olhando para mim e eu revirei os olhos.

- Eu tenho muito no que pensar Nerd! – Quando eu falei o seu apelido o garoto riu.

- Eu sinto falta disto – Ele falou sorrindo.

Eu vejo seu rosto

Em estranhos na rua

Continuo a dizer seu nome quando eu estou falando em meu sono

E no centro das atenções

Eu o jogo fora

Mas eu não posso lidar com isso

Quando eu desligo minha luz noturna

Mas eu não posso lidar com isso

Quando eu desligo minha luz noturna

- Eu também! – Eu falei sorrindo para ele.

- Por que não vamos? – Ele perguntou e eu mostrei uma expressão confusa.

- Para aonde?- Eu perguntei e ele riu.

- Para o baile – Ele falou e eu sorri – Faz tempo que não saímos e seria legal conversamos – Ele falou e eu balancei a cabeça afirmativamente.

- Faz muito tempo! – Concordei.

- E então? – Ele perguntou com uma carinha de cãozinho abandonado e eu ri.

- Eu vou – Eu falei e ele sorriu.

- Te pego as oito? – Ele perguntou e eu revirei os olhos.

- Porque sempre as oito? – Eu perguntei num tom irônico.

- Sem perguntas Puckett – Ele falou e eu ri.

Ele era o único que me chamava assim e faz um bom tempo que não escuto sua voz, que não vejo o lindo sorriso em seu rosto! Faltava pouco para nos separarmos oficialmente, o nosso colegial esta acabando e por incrível que pareça eu não quero que isso aconteça, não quero ficar completamente sozinha nesta cidade.

Eu já havia perdido a Carly e Spencer que eram como uma família para mim, agora eu estava prestes a perder o Nerd que me fazia feliz por um motivo que nem eu mesma sei explicar, eu não iria chorar agora mais eu sabia que no futuro isso me traria muitas feridas.

Eles dizem que o verdadeiro amor dói

Bem, isso poderia quase me matar

Assassinato de um amor jovem

É o que

Isso deve ser

Eu daria tudo

Para não estar dormindo sozinho

A vida está desaparecendo de mim

Enquanto você assiste o meu coração sangrar

Assassinato de um amor jovem

É o que isso

Deve ser

Eu daria tudo

Para não estar dormindo sozinho

O vestido azul que eu havia comprado estava lindo em mim, pela primeira vez em minha vida eu gostei de um vestido! Essa seria talvez a ultima noite com o Nerd, a ultima noite que eu o faria rir e que ele iria me fazer sorrir, quando chegou a tão esperada hora eu desci as escadas e como se eu tivesse adivinhado ele estava lá encostado em seu carro preto que havia ganhado da mãe, quando ele olhou para mim vi sua boca formar o perfeito “O”.

- O que foi? – Eu perguntei assim que estávamos um de frete para o outro.

- Você – Ele falou apontando para mim com a ponta de seu nariz e eu olhei para baixo envergonhada – Você esta linda – Ele falou e eu sorri feito uma idiota.

- Obrigada – Eu falei envergonhada olhando para ele.

- Vamos?- Ele perguntou com um sorriso sugestivo e eu balancei a cabeça afirmativamente.

- Vamos, Nerd! – Ele riu e abriu a porta para eu entrar em seu carro.

Estava tocando uma música num estilo eletrônico e eu sorri, quando ele entrou no carro girou as chaves e acelerou, meu apartamento foi ficando cada vez mais distante de meus olhos.

- Você sente falta dela? – Ele perguntou olhando para mim.

- Todos os dias – Eu falei e ele sorriu.

- Eu sinto falta do iCarly – Ele falou rindo e eu assenti com a cabeça.

- Eu também – Eu falei.

O clima no carro estava ficando cada vez mais pesado, eu não tinha mais o que falar parecia que a nossa intimidade de anos havia desaparecido e que nós dois éramos completos estranhos, quando chegamos em nossa escola ele estacionou o carro e nós dois saímos do carro.

- Então... – Eu falei olhando para a escola onde haviam alguns casais seguindo para ela.

- Chegamos – Ele falou sorrindo.

- Eu sei Nerd! – Eu falei e ele sorriu.

- Vamos? – Ele perguntou e eu balancei a cabeça negativamente, o garoto me olhou confuso.

- Quem é a garota? – A pergunta tinha me deixado maluca o dia inteiro.

- Por que quer saber? – Ele perguntou curioso e eu manti uma postura séria.

- Depois de tudo você ainda me pergunta isso? – Eu falo num tom irônico.

- Sam pare! – Ele falou baixinho e eu ri.

- Parar? – Eu perguntei irritada – É mais forte que eu! – Eu falei sem pensar duas vezes – Eu queria que tudo estive-se do mesmo jeito – Eu falei.

- Eu não – Ele falou baixinho e eu senti uma grande pontada em meu coração.

- Então porque me chamou? – Eu perguntei com os olhos ardendo, eu já sabia que faltava pouco para eu criar lagrimas em meus olhos.

- Porque eu não poderia desistir tão fácil da garota que gosto – Quando nossos olhares se encontraram eu senti uma lagrima descer em meu rosto.

 Ele se aproximou de mim e me beijou, eu estava sentindo falta do calor de seu corpo e de sua língua se entrelaçando na minha, o nosso beijo estava calmo e romântico como costumava ser, quando nos separamos eu vi o seu sorriso radiante.

- Eu amo você Sam Puckett – Ele falou sorrindo e eu mordi o lábio inferior.

- Por que me deixou? – Eu perguntei com a voz fraca.

- Eu só percebi que preciso de você quando nos separamos – Ele falou me olhando nos olhos – Mas eu não podia voltar para você no dia seguinte pois sabia que eu tinha te magoado! – Ele falou e eu balancei a cabeça afirmativamente com as lagrimas descendo lentamente em meu rosto.

- Essa é a ultima noite? – Eu perguntei com a voz chorosa e ele balançou a cabeça negativamente.

- Não Sam – Ele falou sorrindo – Essa é a primeira noite de muitas – Ele falou.