Entre a Luz e a Escuridão escrita por zariesk


Capítulo 15
Capítulo 12 - O Pacto


Notas iniciais do capítulo

pode-se dizer que a fic chegou na metade.
os deuses fazem sua ultima jogada, a partir de agora o destino está nas mãos de isawa e ela deve decidi o que fazer com tal responsabilidade, e chegou a hora de dar uma resposta.



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Entre os habitantes desse mundo existe a forte crença de que os deuses não se rebaixam a conversar com os mortais, que mesmo os grandes reis estão tão distantes dos deuses quanto um camponês está distante de um rei.

Alias para as pessoas comuns até mesmo receber a visita de um clérigo já significa uma grande mudança, pois eles são os portadores da palavra divina e carregam uma parte ínfima do poder dos deuses, clérigos são reverenciados como sábios poderosos onde os mais fracos deles podiam apenas curar pequenos machucados (ou causa-los através de suas magias) ou benzer uma espada para cortar melhor, mas aqueles que são os mais poderosos podem ressuscitar os mortos, criar (ou destruir) a vida ou literalmente invocar a ira dos deuses sobre os pobres mortais, definitivamente pessoas comuns não se envolvem com isso.

Mas Isawa já estava começando a se aborrecer com as constantes visitas divinas e não se impressionou com aquele deus de pé diante dela (embora ela o achasse um gato).

 

- O que você quer comigo? – perguntou Isawa ríspida.

- O assunto diz respeito a serva de Azgher também – respondeu Khalmyr sem se alterar.

 

Ao ser mencionada Menefer se desvencilhou dos braços de Isawa e ficou ajoelhada diante de Khalmyr.

 

- Como você não me conhece é apropriado que eu me apresente – disse Khalmyr – sou Khalmyr, deus da ordem e da justiça e líder do panteão.

- Então você que é o marido daquela puta vampira? – perguntou Isawa.

 

Menefer deixou escapar um risinho pelo canto da boca mas logo sufocou a gargalhada que ela queria dar, ela sabia que Isawa não respeitava nenhuma autoridade, habito do dia em que um policial resolveu revista-la e intencionalmente passou a mão nela, ato respondido com um belo chute nos testículos do policial.

 

- Guardarei seu comentário para mais tarde – respondeu Khalmyr – estaria interessada em uma trégua temporária entre os dois lados?

 

Agora ele tinha a atenção de Isawa que desviou o olhar para Menefer que parecia tão interessada quanto ela para ouvir.

 

- Eu estive analisando todos os problemas envolvendo você Isawa – começou ele impassível – após estudar esse caso cuidadosamente conclui que você é inocente.

- Você só chegou a essa conclusão por que é um deus ou por que tava na cara que eu era inocente? – reclamou ela.

- Guarde essa língua enquanto pode sua peste doida! – reclamou Menefer.

- E você princesa do deserto? Que opinião tem sobre ela? – perguntou o deus juiz.

 

Menefer parou para pensar um instante, era obvio que o assunto já se tornara pessoal, mas ela também sabia que isawa não escolheu ser a portadora desse destino e que inicialmente ela não era má, então diante de um deus ela teria que dar uma resposta correta e sincera.

- Eu concordo que ela seja inocente e que não deseja fazer mal a ninguém, mas ela é um instrumento de Tenebra que trará a ruína do meu povo e de muitos outros.

 

Isawa se sentiu ofendida por isso, mas principalmente triste por não ter a confiança de Akiko.

 

- Escute Isawa – começou Khalmyr – desde o seu nascimento até os últimos passos foram previstos por Thyatis em suas visões, mas assim como um rio pode se dividir o futuro também possui variações em suas possibilidades, cada escolha que você faz implica numa nova divisão do rio.

- Então está dizendo que posso alterar meu destino mesmo que essa tal Thyatis tenha previsto lá na bola de cristal dele? – perguntou ela interessada.

- Na verdade ele usa o poço de um vulcão, mas isso não vem ao caso – comentou o deus – existe verdade em sua pergunta, mas Thyatis sempre prevê o curso do futuro que possuem mais possibilidades de ocorrer, e é muito difícil para os mortais alterar isso.

- Mesmo assim eu não desistirei! – afirmou ela com uma convicção anormal – desde ontem que eu decidi que corrigiria toda a injustiça que caiu sobre esse povo!

 

Khalmyr quase sorriu ao ouvir isso, Isawa apesar de ser uma hibrida de humana e dragão parecia mais humana que muitas pessoas que ele já viu, na verdade ela lembrava Valkaria, a deusa da humanidade com sua impetuosidade diante de tudo.

 

- Então escutem minha proposta atentamente jovens mortais, o futuro pode depender disso.

 

Então com uma seriedade incomum Isawa se preparou para o que viria, Menefer também tinha uma grande responsabilidade em mãos.

 

- Contando a partir de hoje todas as disputas cessarão por exato um ano – explicou Khalmyr – nenhum dos lados começará qualquer hostilidade contra o outro e isso se aplica desde disputas particulares até guerras em geral.

- E por que isso meu senhor? – perguntou Menefer.

- Dentro desse período Isawa será destituída de qualquer autoridade ou direito como herdeira desse país, passando a ser uma cidadã comum.

 

Isawa ficou espantada com essa regra da trégua, logo agora que ela decidira ocupar seu lugar de dever e direito esse deus aparece e tira isso dela.

 

- Alem disso ficará expressamente proibido que qualquer autoridade ou aqueles que trabalham para essas autoridades tentem qualquer coisa contra ela a menos que Isawa cometa algum crime, e também devem limitar as restrições que impõem ao povo desse país.

 

Isso significava que as leis ficariam mais brandas para os injustiçados, ninguém mais seria feito de escravo, humilhado ou abusado durante um ano, e ninguém poderia tocar em Isawa nesse período, mas ela própria nada poderia fazer sobre quase nada e isso a limitava muito.

 

- Você terá esse ano inteiro para se preparar Isawa – continuou Khalmyr – um ano para conseguir meios de reconquistar seu país, seja através de acordos ou até mesmo guerra, mas depois desse ano você terá apenas um mês para conseguir isso de forma legitima e inquestionável, caso falhe será executada por Azgher, caso consiga terá seu reino de volta e poderá reconstruí-lo como achar melhor.

- Você está me dizendo que tenho apenas um ano para encontrar um meio de reconquistar um país inteiro em apenas um mês? – questionou Isawa irônica – isso é alguma piada?

- Sou incapaz de fazer piadas embora seja capaz de compreendê-las – respondeu Khalmyr – esse foi o melhor acordo que a deusa da paz conseguiu negociar com Azgher, e é sua melhor opção.

- Então na falta de uma opção melhor eu aceito essa porcaria que você chama de acordo.

- E quanto a você Menefer? – perguntou Khalmyr – como princesa do país do deserto você tem autoridade para negar ou aceitar o pacto, mas caso não aceite o acordo será cancelado e poderá continuar de onde parou.

- Se o meu lorde Azgher aceitou tal pacto não há por que eu questionar ou recusar! Aceito esse pacto!

 

Khalmyr fez surgir dois rolos de pergaminhos e entregou um para cada uma das duas, eram copias do pacto escritas detalhadamente e um símbolo mágico no papel indicava quanto tempo faltava exatamente para o fim do prazo de um ano e o prazo de um mês.

 

- Você precisa de permissão do seu deus até pra cagar Akiko-chan?

 

Menefer não respondeu com palavras, mas com um belo soco de direita no queixo de Isawa.

 

- Hãã esse soco não significou a quebra do pacto não é? – perguntou Menefer preocupada.

- Não, ela mereceu – respondeu Khalmyr antes de desaparecer.

 

*********************************************************

 

O reino criado e governado pelo deus da guerra parecia um mundo arrasado por guerras nucleares, um mundo dominado por um céu vermelho igual a sangue e com a terra coberta de ossos e armas, um mundo governado pela ira, intolerância e ganância onde as cidades ao invés de governantes possuem generais e ao invés de camponeses apenas existem recrutas e soldados.

No centro do reino a fortaleza da fúria é uma construção do tamanho de uma metrópole imponente como seu dono, muralhas tão altas quanto montanhas, torres que alcançam os céus em meio às nuvens turbulentas, pátios ocupados pelas mais variadas armas de guerras e exércitos que parecem populações de cidades inteiras.

Keen estava em reunião com Tenebra no seu salão de estratégias, alem deles dezenas de generais participavam da reunião com seu comandante supremo observando.

Uma cobra gigantesca entrou no salão serpenteando calmamente até próximo a mesa, ao se aproximar suficientemente a cobra se transformou em sua outra forma que era o deus Sszzas.

 

- Está feito – informou o deus da traição satisfeito – Khalmyr e Marah conseguiram negociar com Azgher.

- Minha tola irmã nem faz idéia que seu desejo por paz apenas nos concedeu meios de criar uma guerra ainda maior – comemorou o senhor da guerra.

- Suspeito que a trégua concedida não lhe incomoda – comentou Tenebra.

- Minha cara dama negra, uma guerra começa muitos antes dos soldados tomarem o campo de batalha – explicou Keen – as preparações para a batalha, as estratégias elaboradas, o treinamento dos soldados e a criação de armas, tudo isso tem um significado tão importante quanto a batalha em si.

- E qual será o próximo passo agora? – questionou Tenebra.

- Incentivar sua protegida a se preparar para a guerra – respondeu Keen – de nada adianta se ela não desejar lutar.

- Mas meu senhor, não devemos nos envolver diretamente nesse assunto – informou um dos generais presentes – umas das regras do pacto proíbem tal interferência!

- Não será um problema se fizermos de forma sutil, diferente de Azgher nos já nos preparamos desde antes dessa menina chegar ao nosso mundo.

- Deixem Isawa comigo – sugeriu Sszzas – farei com que ela deseje destruir todos os seus inimigos.

 

Keen parecia satisfeito com o que Sszzas disse e Tenebra apenas sorriu como se já soubesse o que aconteceria.

 

********************************************************

 

- Como estão as duas? – perguntou Karin preocupada.

- Você está se saindo uma excelente irmã pentelha viu? – zombou Vulthar.

- Mas depois que a Isawa nee-chan nos contou sobre o que o deus Khalmyr disse ela se trancou naquela sala com aquela moça.

- Ela estará bem – consolou Daneth – pelo menos sabemos que ela ficará bem a partir de agora.

 

O único que permanecia calado era Turok, apesar de ser duro ele não queria dizer na frente de Karin que a partir de agora Isawa correria mais riscos ainda.

 

- Pelo que eu entendi aquelas duas tem uma historia, a senhorita sempre disse que elas já foram amigas – continuou Daneth.

- E eram, elas faziam tudo juntas – respondeu Vulthar – agora que há uma trégua entre elas acho que Isawa ta tentando reconquistar a amizade dela.

- Então vamos torcer para que a princesa fique em paz – disse Turok catando umas coisas em meio ao tesouro real.

- Ta procurando o que tigrão? – perguntou Vulthar.

- Se a princesa precisa se preparar para uma guerra nos também devemos nos preparar.

 

Já em outro cômodo Isawa estava sentada num canto escuro enquanto Menefer olhava a paisagem através da janela, mesmo com o ar sombrio e destruído a cidade possuía uma certa beleza que Menefer aprendeu a apreciar quando viveu no Japão.

 

- O que você está fazendo enfiada ai no canto? – reclamou Menefer diante da atitude de Isawa.

- Com o passar do tempo a luz do sol tem me incomodado mais – explicou Isawa – na terra eu só achava o calor desagradável, agora a luz me irrita.

- Não sei se é por que Azgher te odeia ou se é por causa do seu legado – explicou Menefer – se você pudesse apreciar isso se sentiria bem melhor, é tão confortante ser banhada pelo poder de um deus!

- Eu sempre preferi a noite – respondeu Isawa sorrindo lembrando do passado – eu adorava o frescor da noite, os aromas que só surgem tarde da noite e as estrelas, sabia que os poetas preferem muito mais a noite e toda a magia que há nela?

- Somos lados opostos da mesma moeda – reparou Menefer – por que você aceitou minha amizade lá na terra?

- Por que você a ofereceu – respondeu Isawa sem duvida alguma – você foi a única pessoa que quis se aproximar de mim, eu não tinha amigos, só conhecidos de turma que no momento que se afastavam de mim me esqueciam, você era a única que sempre estava lá ao meu lado.

- Por que era minha missão – disse Menefer triste – eu tinha que vigia-la de perto e o único jeito de conseguir isso seria se confiasse em mim.

- Você se arrepende de ter sido minha amiga? – questionou ela aflita.

- Me arrependo sim – respondeu a outra igualmente triste – por que agora não importa o quanto eu tente fingir que você é só minha inimiga eu não consigo esquecer os bons momentos que passamos juntas.

 

Menefer caminhou até onde estava Isawa e se abaixou para ficarem niveladas, depois colocou a mão em seu ombro.

 

- Desista de tudo Isawa, desista de tentar re-erguer essa nação condenada e viva em paz em qualquer outro lugar, tenho certeza que se concordar Azgher pode ser grato o suficiente para mandá-la de volta a terra e esquecer que você um dia existiu.

- E o que eu faria com o vazio que sentiria assim que pisasse os pés de volta a terra?

- Mas que vazio você está falando?

- Minha vida nunca mais será a mesma – explicou ela – eu descobri que não sou humana, descobri que meu passado era uma farsa e que nem pertenço a aquele mundo.

- Então fique por aqui mesmo, não precisa voltar para um mundo que nada pode lhe oferecer.

- Mas ficar aqui e ver que as pessoas que dependiam de mim estão sofrendo me destruiria ainda mais, independente do que eles são ou o que acreditam tem gente nesse mundo que acreditam que eu posso salva-las.

- Você estaria disposta a sacrificar sua vida por seres que não sabem nem viver? – Menefer parecia indignada.

- Você pode me responder por que está tão determinada a sacrificar tudo por Azgher? – perguntou Isawa.

 

Menefer se levantou e se afastou de Isawa, depois sentou numa cadeira de frente pra ela mas sem encara-la.

 

- Uma parte disso está no meu sangue, minha mãe era um celestial – explicou ela – herdei dela uma parte da admiração que tenho por Azgher.

- Então você é como eu né? – reparou Isawa um pouco aliviada – quer dizer.... você pelo menos descende de uma criatura que não é odiada por ninguém e tem orgulho disso.

 

Menefer sentiu um pouco de raiva por ouvir sua mãe ser chamada de “criatura”, mas compreendeu que a mente limitada de Isawa não compreende a diferença entre um dragão e um celestial.

- Mas eu fui ensinada desde cedo que Azgher é o pai do mundo – continuou ela – um pai que protege seus filhos das trevas, que alimenta a vida com seu brilho e calor e ilumina nossos passos.

- Deve ser bom ter algo em que acreditar – comentou Isawa.

- Azgher também é um pai exigente, ele cobra trabalho duro e esforço em troca de sua benção, e nos do deserto que temos uma vida muito dura sabemos demonstrar toda a nossa gratidão por sua proteção.

- Por que a guerra começou Akiko-chan? Eu não posso acreditar que tenha sido culpa da minha mãe.

- Culpa é uma questão de ponto de vista Isawa, eu me lembro das aulas de historia que Hitler acreditava que seu povo era o único que tinha o direito de governar e que ele não tolerava diferenças, mas o mundo não queria aceitar sua tirania e se uniram contra ele.

 

Isawa sabia que sua mãe usou métodos traiçoeiros para chegar aonde chegou, mas ela só fez isso pelo bem do povo desse país, poderia ela ser comparada a uma tirana?

 

- Sua mãe não pretendia começar uma guerra, e nunca se voltou contra as outras nações – explicou Menefer – mas a medida que o império dela crescia e prosperava Tenebra ficava mais poderosa, e quanto mais poder ela tem mais as trevas crescem e se fortalecem.

- Então decidiram acabar com minha mãe por que temiam o futuro? Isso é injusto!

- Injusto seria se o resto do mundo sofresse por que decidimos não fazer nada! Tem idéia de quantas pessoas seriam massacradas se Tenebra decidisse manipular sua mãe como faz com você?

- A rainha Kyara jamais se deixaria manipular por ninguém!! – Turok gritou enquanto abria a porta.

 

As duas ficaram surpresas com a entrada repentina dele, atrás de turok estavam Daneth, Karin e Vulthar.

 

- A rainha Kyara amava e idolatrava lady Tenebra por que esta compreendia perfeitamente como vossa alteza pensava e se sentia, mas se ela percebesse que estava sendo usada no mesmo instante ela esqueceria sua fé em Tenebra e cuidaria do povo com suas próprias forças.

- Como pode ter tanta certeza disso licantropo? – questionou Menefer – como pode ter certeza que ela não cederia a vontade de Tenebra?

 

Turok se aproximou mais de Menefer ficando só a alguns passos de distancia dela, perto do homem fera ela parecia pequena e frágil.

 

- Por que a rainha Kyara acreditava mais nos seus próprios ideais do que no poder dos deuses – disse ele – ela acreditava que os ideais de uma pessoa estavam acima da fé!

 

Essa afirmação caiu como uma bomba para as duas, essa era a peça que faltava pra que Isawa tomasse sua decisão de uma vez.

 

- Obrigado Turok-san – disse Isawa se levantando e limpando a roupa – eu já sei o que eu vou fazer a partir de agora.

Ela se voltou para Menefer que permaneceu estática, por um momento a jovem do deserto sentiu uma presença quase divina naquela garota a sua frente, uma determinação que era incomum para mortais.

 

- A partir de hoje defenderei os mesmos ideais que minha mãe acreditava, ela acreditava que as pessoas tinham o direito de serem donas de si mesmas, tinham o direito de acreditarem no que quiserem e não serem julgadas por sua raça ou origem, acreditava no direito de lutar pelo que acredita e o dever de arcar com as conseqüências dos seus atos.

 

Menefer ficou seria e encarava Isawa com uma determinação quase igual, depois de um curto tempo ela se pronunciou.

 

- São ideais bonitos, mas o que fará quando seus ideais baterem de frente com os ideais de outras pessoas? O que fará se meus ideais forem contra os seus?

- Eu continuarei em frente defendendo o que eu acredito mesmo que isso seja errado do ponto de vista dos outros, se precisar entrar em guerra contra quem não me aceita então guerrearei sem medo ou piedade e caso os ideais de outras pessoas sejam mais fortes que os meus então serei derrotada.

- Eu ainda não tenho certeza de quais são meus ideais – revelou Menefer – mas assim como você eu os defenderei com minha vida.

- Você tem um ano para descobrir – brincou Isawa.

 

Menefer não respondeu, apenas sorriu e passou pelo meio da comitiva de amigos de Isawa, na verdade ele acompanharam a guerreira até a saída e chegando lá Menefer assobiou, e com o assobio Dalap apareceu.

 

- Fez o que eu pedi? – perguntou Menefer.

- Como pediu mestra, avisei a todos os soldados que eles não eram mais necessários aqui e os dispensei, também levei o pobre Oreades pra dar uma volta e matar o tédio.

- Bom trabalho, já estamos indo pra casa.

 

Menefer fez suas asas angelicais aparecerem, inegavelmente era uma visão impressionante.

 

- Ouça o que lhe direi Isawa – avisou Menefer – o único jeito de provar que um ideal está certo é colocando-o em teste e defendendo-o, eu quero lutar com você de uma forma definitiva para provar que eu estou certa.

- Eu acho que isso será inevitável no final – respondeu Isawa.

- Portanto não ouse ser derrotada por ninguém mais alem de mim! Sobreviva e fique forte para nosso confronto para que possamos ter uma luta digna!

 

Dizendo isso ela bateu asas e alçou vôo, quando estava a uma certa altura o dragão Oreades apareceu para servir de montaria a ela.

 

- È impressão minha ou ela estava preocupada com você? – perguntou Daneth.

- Acho que ela realmente estava preocupada comigo desde o inicio.

 

Inesperadamente a fada Dalap apareceu na frente de Isawa sorrindo como uma boba.

 

- Posso ajudá-la?

- Daqui pra lá arranje um namorado e faça bastante putaria com ele, ai as duas poderão disputar isso também!

 

Antes que qualquer um pudesse dizer alguma coisa Dalap gargalhou e explodiu em chamas, provavelmente voltando para sua mestra.

 

- hehehehe gostei dessa dai, ela é “das minhas”! – Vulthar disse isso olhando maldosamente para Isawa.

- Caso a senhorita esteja interessada eu....

- Nem pense nisso safado! – avisou Isawa apontando o dedo pra Daneth – comigo seu papo furado não cola não!!

 

Nem Turok pode deixar de rir com isso.

 

******************************************************

 

- Então vocês ficaram esse tempo todo se preparando? – perguntou Isawa diante das 4 mochilas.

 

O grupo inteiro estava um pouco diferente, Karin segurava um bastão do tamanho dela e usava um manto roxo com vários símbolos arcanos, Daneth tinha uma capa nova e Turok usava uma armadura muito mais impressionante e carregava um machado nitidamente mais mortal que o anterior.

 

- Tomamos a liberdade de fuçar o tesouro real em busca de coisas que pudessem ajudar – explicou Daneth – espero que não se importe.

- Bom, ele tem que servir pra mais alguma coisa alem de enfeite né?

- hei nee-chan, eu descobri que consigo ver magia! – Karin parecia empolgada – minha mochila ta cheia de poções, pergaminhos e outras coisas.

- Foi essa danadinha que localizou os objetos mágicos – avisou Vulthar – e essas mochilas também são mágicas: são duas vezes maiores por dentro do que por fora e da pra levar 50 quilos sem nem sentir o peso.

- Também estamos levando muitas jóias, diamantes, esmeraldas e outras coisas valiosas para que você não passe necessidade e possa negociar com quem precisar – avisou Daneth.

- Mas vocês pretendem mesmo me acompanhar até o final? Vocês têm certeza que querem se arriscar por uma causa que não é de vocês?

- Eu seguirei minha princesa até o fim – disse Turok – eu darei minha vida se necessário pra que você consiga alcançar seus objetivos.

- Que tipo de irmã eu seria se deixasse minha nee-chan sozinha – brincou Karin.

 

O único que não explicou seus motivos foi Daneth, mas ele deixou bem claro que prefere o futuro que Isawa deseja do que o presente que ele vê hoje, portanto ele também ajudaria nessa empreitada.

 

- Talvez seja impossível pra mim fazer tanto em tão pouco tempo, ainda assim vocês querem me ajudar?

- Vai ser mais fácil pra 4 do que pra uma só pessoa – respondeu Daneth.

- Esqueceram de me incluir nessa conta? – reclamou Vulthar.

- Você tem o papel mais importante: levar a gente pra onde for necessário – brincou Isawa.

- Ótimo, agora eu sou só um burro de carga – Vulthar parecia chateado.

- Então vamos em frente pessoal – disse Isawa pegando sua nova mochila – eu sinto que esse ano vai passar rapidinho.

 

 

Continua.

 


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Notas finais do capítulo

baseado nesse cap o que voces acham que isawa vai fazer?
qual será o proximo passo de azgher e seus seguidores?
voces acham que menefer voltou e ser como era na terra quando intepretava akiko?