Forever Young escrita por Valerie


Capítulo 45
Capítulo 45: O certo também perde o controle


Notas iniciais do capítulo

gente obrigada pelas 40 indicações na fic, amo vocês liamdas *-*



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Liam

Meu objetivo? Agora é tirar a Izabella daquele namoradinho dela, que por sinal é um estúpido. E como sempre eu não consigo deixar passar o que eu posso resolver.

– E aí? – Falo quando sento na mesma mesa em que a Izabella estava. Não havia ninguém com ela.

– Hum... Oi. – Ela diz sem olhar pra mim, pois observava todos que iam pegando seus almoços e sentando-se nas mesas. Ela parecia procurar alguém.

– Está procurando quem? – pergunto, mas ela não presta a atenção. IZABELLA! – bato na mesa, ela toma um susto.

– Credo Liam! O que você quer? – ela diz impaciente, largando o garfo na mesa.

– Uau, ontem você estava bem agora vai me tratar assim?

– Olha, foi muito legal ontem, seus amigos também são legais. – ela olha para onde meus quatro melhores amigos estão, eles acenam para ela, mas ela logo se vira. – Porém, não é fácil assim. Eu não quero ser sua amiga nem amiga de mais ninguém. As pessoas me magoam, eu sofro, e eu estou cansada disso. – ela bufa. – Mesmo assim obrigada por tentar me ajudar, mas não dá. É melhor deixar como está.

– Mas... – engulo em seco e paro por um tempo. Ela suspira e eu franzo a testa. Bipolar ela? Ou não? – Eu ia te pedir uma coisa.

– O que? Liam eu já falei... – ela para quando faz uma cara de assustada. – Ai meu Deus, ele está vindo. – Izabella engole em seco. Olho para trás e vejo o mesmo cara que a fez chorar, seu namorado. Reviro os olhos e volto minha atenção para ela. – Saia! – ela diz entre os dentes, sorrio.

– Eu só saio depois que você aceitar fazer um trabalho comigo. Topa? - cruzo os braços, ela fica desesperada.

– Que trabalho? – sussurra baixo.

– Você saberá, me encontre na biblioteca a noite, ok?

– Tá, agora caí fora pelo amor! – ela suplica, agora mordendo a boca. Reviro os olhos e saio indo em direção à mesa dos meninos.

Assim que me sento eu olho para Izabella e seu namorado. Ele me olhava de cara feia enquanto parecia discutir alguma coisa com ela. Certamente avisando que ela não devia falar com ninguém. Bufo. Como um idiota desses se acha um máximo maltratando a namorada e a proibindo de ter amigos? Ele tem que aprender muita coisa. E é por isso que não vou desistir de ser amigo da Izabella.

Viro para frente. Alice, Melissa e Lorena haviam chegado pra ficarem com seus namorados. Todos na mesa riam sem parar, mas dessa vez eu estava quieto. Com os pés na mesa e totalmente largado na cadeira eu penso sobre o que decidi ontem à noite. O trabalho de redação é entrevistar alguém, então pensei... Porque não a Izabella? É uma forma de conhecê-la melhor.


[...]


– Diz como é o trabalho porque tenho que ir para o meu quarto cedo. – Izabella diz assim que senta na cadeira ao meu lado. Estávamos na biblioteca, como eu havia combinado com ela.

– Oi pra você também. – forço um sorriso. – Ele te disse pra ir para o quarto cedo?

– Liam... Por favor. – ela revira os olhos. – Vamos falar sobre o trabalho. – hesita.

– Tá ne. É assim... É um trabalho de redação e eu tenho que entrevistar alguém, alguém com uma boa história. Quem ganhar viaja. – dou de ombros, ela me olha sem entender.

– Por que eu?

– Por que... – engulo em seco. Eu não tinha pensado sobre isso. – Por que... Não sei. Topa?

– Ah eu não sei... Eu não tenho uma história interessante e além do mais não é legal saberem da minha vida, eu acho que...

– Sim, por favor, Bella! – suplico. Ela fica séria de uma hora para outra. – O que foi? – fico sem entender.

– Não me chame assim. Meus pais me chamavam assim.

– Mas...

– Comece colocando que eu odeie que me chamem de Bella. Isso lembra meus pais. - ela aprecia angustiada. – Eles morreram, e quando me chamam assim, me dá a sensação de que estou sozinha. – ela engole em seco.

– Sinto muito. – digo.

– Ninguém sente Liam. Meus pais faleceram e eu estou sozinha desde então. Sim, o colégio é uma bolsa que a minha tia conseguiu pra mim, mesmo com sua má vontade. Meus parentes me odeiam, eu não faço ideia do por que. – ela da de ombros, parecendo ainda mais angustiada. Eu a ouvia atentamente. – Talvez seja por causa das minhas roupas ou as músicas que ouço, ou o meu jeito fechado. – ela suspira. – Eu só tenho Derick. Se eu puder dizer que tenho, porque nem isso eu sei. Mas mesmo assim, ele não me faz tão bem quanto eu queria que fizesse, você já percebeu isso. – balanço a cabeça afirmativamente. – Não acho que você devia fazer essa entrevista comigo, a minha vida é uma merda, não tenho o que – contar.

– Não tem o que contar? – bufo, debochando-a. – Você aguenta seus parentes que a odeiam sem nenhum motivo. Você aguenta ficar sem amigos por causa de um namorado estúpido, que ainda te maltrata, pois só tem ele para não ter de ficar sozinha. Você aguenta a morte dos seus pais, que certamente a amava como ninguém, e mesmo assim... Você está aqui. Você é forte. – pego em sua mão. Ela me olha com um sorriso fraco. – Tem certeza que você não tem o que contar?

– Eu não sou tão forte como parece... – Ela tira sua mão da minha e logo em seguida tira suas pulseiras pretas, então põe o seu braço sobre a mesa, mostrando claramente o seu pulso. Vários cortes. Marcas bem profundas. Engulo em seco. – Eu fazia isso há um tempo. – ela olha para o pulso. – Desse jeito a gente perde a vontade de viver.

Eu fico sem falar nada. Completamente sem ação depois do que vi. Eu toco seu pulso e posso sentir as cicatrizes perfeitamente. Sinto meu estômago embrulhar. Isso me faz lembrar algo. Contenho uma lembrança triste. Eu a olho nos olhos. Ela me observava atentamente parecendo querer saber o que eu estava pensando. Suspiro. Ela me contou tudo isso, sem nem ao menos sermos bastante amigos. Ela também merece saber coisas sobre mim.

– Sabe... – começo a falar enquanto aliso seus cortes. – Eu gostava de uma garota. Uma garota da minha cidade. Eu a amava tanto – bufo - , quer dizer, nós nos amávamos. Só que... Ela passava muitos problemas em casa, mas eu não sabia de alguns, pois ela não gostava de contar nada para ninguém. Nem mesmo para mim. – digo agora lembrando perfeitamente. – O nome dela era Samantha, mas eu a chamava de Sam, mesmo ela não gostando, pois o apelido era muito popular. – eu ri lembrando de quando ela implicava comigo quando eu a chamava assim. – Então, Sam veio fazendo essas coisas... – olha para seus cortes. Izabella engole em seco. – E em uma sexta-feira, recebi a notícia de que ela havia se suicidado. – engulo em seco. – Ela achava que ninguém a amava, que ninguém se preocupava com ela, mas não era verdade. As pessoas pareciam não a amar, mas no fundo todos sentem culpa. Ela só não pensou em mim. – eu a olho com dificuldade agora que meus olhos lacrimejavam. – Eu era muito novo e foi muito difícil pra mim. Perder alguém é horrível, principalmente quando esse alguém decide tirar a própria vida. Então... Eu não sei por que, mas... Eu quero estar próximo de você, eu quero ser seu amigo, e pra provar isso, eu queria que você não fizesse mais... – olho novamente seus cortes e engulo em seco. – Mais essas coisas.

– Eu... – Izabella tentar falar, mas desisti rapidamente. Ela me puxa para um abraço apertado. Fico surpreso no começo, mas logo retribuo. – Obrigada por me contar isso. Obrigada por... Por estar sendo um amigo.

– Eu disse que iria te mostrar como é bom ter um amigo, mais uma vez. – sussurro em seu ouvido. Sinto seu rosto no meu e posso adivinhar que ela havia sorrido. Nós paramos de nos abraçar e nos olhamos. Ela sorri sem graça.

– Bom, já que me convenceu, eu vou aceitar fazer essa entrevista.

Sorrio animado.


[...]


Morrendo de sono, lá estava eu parado com a testa encostada na parede, bem ao lado da porta da minha sala. Porque ter aula é tão chato? Suspiro. Ontem eu havia ficado até tarde na bioblioteca com a Izabella. Ela havia me contado mais coisas, falado com mais detalhes, coisas que iam servir muito para minha entrevista e me fizeram entender melhor como ela era. Mas eu estava preocupado. Logo quando ela havia saído, seu namorado havia chegado. Ele não tinha nos vistos juntos, mas chegou a me ver. E bem... Ele pode ter feito alguma coisa com ela. Mas foi tão estranho, pois ele a cumprimentou com tanto amor, e nos olhos da Izabella havia tanta paixão. Ela estava cega por ele. Como ele conseguia fazer isso? Bufo. É melhor eu entrar na sala.

Assim que me viro para entrar, sou encostado com força na parede. Derick me olhava com raiva. Seu braço estava apertando meu pescoço, fazendo com que eu ficasse com falta de ar. O corredor já estava quase vazio. A porta da minha sala já estava fechada. Não tinha ninguém para testemunhar aquilo.

– Fique longe da minha namorada! – Derick fala a centímetros do meu rosto. Eu o empurro com força.

– Não encoste em mim, imbecil. – reviro os olhos e ajeito minha roupa, mas ele pareceu não escutar e me empurrou novamente na parede. Bufo. Eu viro o jogo e com um chute em sua barriga o faço ficar paralisado enquanto aperta seu pescoço contra a parede. – Eu disse pra não encostar em mim. – cuspo as palavras. – Nçao me ameace, jamais! Eu não irei ficar longe da sua namorada, você querendo ou não. Trate ela melhor ou se não...

– Ou se não o que? – ele sorri com maldade, então se solta. – Vai fazer o que? Está defendendo ela por quê? Só mais uma mal amada no mundo, deixe eu me divertir com ela, não se meta nisso. O brinquedinho já é meu!

– Como você é estúpido e nojento. – reviro os olhos. – Você acha que ela é um brinquedo? Porque você não volta a ser criança e brinca de carrinho? É melhor do que brincar com o coração de uma garota! – digo sério, mas ele ria.

– Você falando desse jeito parece ser gay! Estamos no século 21, acorda idiota! Romantismo já acabou. A gente tem que se divertir! - ele começa a andar em voltas pelo corredor, eu o sigo com o olhar.

– Eu não vou perder meu tempo discutindo com você, mas eu também vou te avisar uma coisa. Se você encostar a mão nela eu acabo com você! – forço um sorriso.

– Pago pra ver. – ele sorri com maldade e para em frente a sua sala. – Ninguém tira o que é meu. – então entra.

Suspiro. Eu não sou de brigas, estou evitando isso ao máximo. Digamos que eu sou o responsável entre todos os meus amigos. Sou conhecido também por quase nunca perder o controle. Mas essas coisas... Esses assuntos... Me irritam! Simplesmente me tiram do sério, mas eu sinto que isso não vai durar muito.

As aulas passaram, chatas, bem chatas! E estava com duas coisas na cabeça. O que o Derick faria com a Izabella e onde ela se meteu. Ela não apareceu em nenhuma aula.

– Liam, porque está com essa cara de ‘’mano, eu estou com muita raiva’’. – Zayn me imita. Todos riem, forço um riso.

– Nada demais cara, só preocupado com uma coisa. – Ou melhor, uma pessoa. Engulo em seco.

Fico observando a cantina. De um lado todas as patricinhas, os rockeiros, os melhores jogadores de futebol, as meio assanhadas (Sim, Mary estava no meio), os garotos do clube de xadrez, os estudiosos, e os machões. Era onde o Derick estava. Ele me lança um olhar como se dissesse ‘’eu vou acabar com você’’. Bufo. Olho para a outra entrada da cantina que dava para o pátio. Uma garota de óculos escuros, entra, encostando-se na parede. Cerro os olhos. Aquela era Izabella. Olho rapidamente para o Derick. Dessa vez ele sorria com maldade. A raiva me sobe. Ele fez alguma coisa com ela. – Liam se lembra daquele dia que a gente...

– Agora não Niall. – digo com a raiva engasgada na garganta e levanto em um pulo, andando em direção a Izabella. Assim que ela me vê, tenta sair, mas logo desisti.

– Liam, ele está aqui...

– O que ele fez? – eu a interrompo. Minha voz sai um pouco alta. Percebo o tom irritante que saiu dela. Uma garota ao lado me olha desconfiada, sussurro dessa vez. – Porque está com óculos? Hoje está nublado. – aponto para fora.

– Eu... Nada, eu gosto. – ela engole em seco. Reviro os olhos e tiro seus óculos rapidamente. Ela põe a mão no rosto. – Para Liam! Me devolve! – ela sussurra parecendo desesperada. Levanto seu rosto com o polegar. Olho para o Derick que observava irritado. Só faltava a boca espumar. Volto à atenção para Izabella.

– Deixa eu ver... – Izabella hesita, mas tira a mão. Eu levanto seu rosto e logo me assusto. Debaixo do seu olho havia uma marca roxa. Ele havia batido nela, mas dessa vez da pior forma. Toco levemente seu hematoma. Ela puxa o ar entre os dentes simulando dor. – Que imbecil...

– Liam, por favor, não faça nada... – ela segura minha mão e aperta com força. Ignoro.

– Eu disse que se ele encostasse em você, eu acabaria com ele. E minhas palavras não são em vão.

– Liam! – dessa vez ela me grita. Mas é tarde. Eu já estava andando em direção ao Derick.

Derick se vira assim que um amigo seu o cutuca para mostrar que eu estava indo em sua direção. Olho rapidamente para o lado. Meus amigos me observavam curiosos. Eles ainda não sabiam de nada. Paro na frente do Derick e o puxo pela gola da camisa.

– Ela já foi chorar em seu ombro? – Derick diz rindo.

– Quem vai chorar é você, otário! – sem mais delongas eu dou um soco em seu rosto com tanta força que o faz cair no chão. De repente toda a cantina para e nos olha.



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Notas finais do capítulo

Gente eu n aguento mais vcs me perguntando isso, pelo amor, LEIAM E PRESTEM ATENÇÃO.
Harry e Alice, Zayn e Melissa, Niall e Lorena JÁ TIVERAM UM ''FINAL FELIZ'' Mas falta Liam e Louis, portanto so vai ter pov deles até ACABAR A 1ª TEMPOADA (simv ai ter a segunda), eu sei q vcs sentem falta deles, mas seu n forcar no liam e Louis como vou acabar essa temporada antes do nyah excluir as fics? pelo amor gente, entenderam agr pq eles n aparecem tanto? mas eai, acharam o que?