Santana P.O.V

Afinal, chegou o dia do casamento de Rachel. Um ano se passou desde o casamento de Quinn e a demora se deu pela indecisão com a cerimônia: Finn queria religiosa, Rachel não. Por ela, alugaria um vestido, Finn um terno, assinariam os papeis no cartório e faríamos um almoço depois.

Mas para ele era maior, ele queria que fosse maior. Pelo simples motivo: seria o dia em que, legalmente, ele adotaria Anna. Por fim decidimos que Quinn tiraria licença de juíza de paz e realizaria uma cerimônia simples, na qual assinariam os papeis de união e de guarda da pequena.

Rach queria um vestido simples, mas Quinn riu da cara dela e encomendou um luxuoso vestido, e enfeitou tanto o jardim que até para mim ficou irreconhecível.

_ Fabray, você é um gênio! – eu disse, analisando os arbustos decorados com pequenas luzes rosadas.

_ Obrigado baby! E é Puckerman, Quinn Puckerman.

_ É disso que eu gosto! – disse Puck, chegando com Sam e Leo.

_ E como está mi chico? – perguntei apanhando meu, já não tão pequeno, filho. Os cabelos castanhos claros estavam arrepiados com gel e ele mordia sua gravata, rindo.

_ Oia mama... Idual a do dada. – disse ele, com sua vozinha infantil.

_ Sí mi pequeno. – eu disse, ajeitando-a – Mas não a morda, senão estraga. E você vai entrar com a Emma e a Claire. Tem que estar bem bonito. Entiendes?

_ Sí mama. – disse ele, pulando para o chão e entrando na casa da tia correndo.

_ Cadê o Finn? - perguntou Quinn e Puck apontou o andar de cima.

_ Tá se arrumando no quarto da Annie. Mas relaxa, Kurt está de olho para os noivos não se verem.

_ Tia Sant, o Leo derrubou suco na roupa! – gritou Annie e eu suspirei. Ainda bem que trouxe roupa extra.

Quinn P.O.V

Sant entrou gritando com Leo e Sam foi atrás rindo, enquanto eu e Puck ficávamos no “altar”.

_ Ainda bem que quando casamos, ele era pequeno, ou aquele smoking tinha virado polenta. – disse ele, me abraçando por trás.

_ Pois é. – concordei, tremendo de ansiedade. Era hora, tinha que ser logo.

_ Sabe o que eu percebi? – perguntou e eu neguei – Só falta Mike e Tina para casar. Todo mundo já se amarrou. Até Kurt e Blaine. – Bingo, facilitou minha vida.

_ Só espero que o Mike e a Tina enrolem um tempinho, para que nosso pequeno possa entrar, nem que seja no meu colo. – eu disse, pegando sua mão e posicionando na minha barriga.

Ele me virou de frente para ele tremendo, sem tirar a mão e me olhou, em lágrimas.

_ Você quer dizer que...

_ Eu to grávida meu amor. – sussurrei – Nosso bebezinho vai estar aqui, com a gente, daqui a sete meses.

_ Vai ser um garotão. – disse ele rindo entre as lágrimas.

_ Ou garotinha. – ralhei, rindo e chorando também.

_ Se vier de você, pode ser até a Lady Gaga, que para mim estará perfeito. – sussurrou, ajoelhando-se – Porque será nosso. Nosso bebê. – ele beijou meu ventre liso e disse, chorando ainda mais – Bem vindo ao mundo meu anjinho apressado. Bem vindo ao mundo.

Eu chorava sem vergonha, quando ele se levantou e me beijou, sussurrando “Obrigado”.

_ Eu te amo. – sussurramos juntos antes de nos beijarmos.

Rachel P.O.V

Eu observava pela janela Quinn contando a Puck que estava grávida.

_ Você sabia? – perguntou Sant e eu neguei – Espero que eles sejam felizes. Eles merecem!

As lagrimas me impediam de falar. Eu me sentia mais leve e menos culpada, mesmo sabendo que o aborto não foi minha culpa.

_ Berry, saia da janela. – disse Kurt, entrando com meu vestido – Os convidados começaram a chegar.

Alguns minutos depois, Quinn entrou sorrindo e secando os olhos. Nem esperamos ela falar e já pulamos encima, começando as três a chorar. Quando entendeu o motivo, Kurt começou a chorar tanto que quase desmaiou. Logo, Puck entrou para nos apressar e Kurt pulou sobre ele, quase o matando do coração. Mas logo ele sorria todo bobo.

Descemos com ele e Quinn abraçados alegremente e isso aumentou a atmosfera de felicidade no grupo. Meus pais vieram de Boston, onde moram atualmente, para a cerimônia e minha mãe, o namorado e Lynn de Seattle.

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Minha pseudo-irmã entraria junto com a filha de Kurt jogando flores. Logo depois, minha mãe e Phil, Carole e Burt.

Em seguida, Quinn e Puck, Sam e Sant, Artie e Britt, Sugar e Rory, Kurt e Blaine. Então iria Leo de mãos dadas com Emma e Claire, cada uma com uma cestinha com uma aliança. Fechando o cortejo, Nigel e Harper, jogando mais flores e, de surpresa, meus pais atrás.

Pude ver pelo vão da porta a cara de surpresa de Finn, ao ver meus pais ao invés de Ann e ainda sozinhos, mas ai a porta se abriu.

Eu entrei no corredor de mãos dadas com Anabella que ia sorridente ao meu lado, enquanto todos aplaudiam.

Pude ver Finn chorando no altar e quando chegamos ao seu lado, ele apanhou a pequena do chão, beijando-a no rosto e meu beijou na testa, enlaçando nossos dedos. A nossa frente, uma Quinn segurando as lágrimas começava a cerimônia.

_ Eu não sou um gênio das palavras, - começou ela, apanhando um livro – então gostaria de começar com uma citação. “Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome, em breve, será esquecido, mas amei uma pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou.”

Ela nos olhou sorrindo, e seu olhar logo foi para Puck, parado ao seu lado, enquanto ao nosso redor, nossos amigos se beijavam e abraçavam, apaixonados.

_ Rachel, é de livre e espontânea vontade que você e Finn se unem hoje? – perguntou ela.

_ Sim. – eu respondi.

_ E você Finn, é de livre e espontânea vontade que se une a Rachel?

_ Sim.

_ Então, podem trocar as alianças. Emma, Claire, tragam as alianças por favor. – pediu ela para nossas sobrinhas, que vieram correndo do colo do pai.

Finn colocou Ann no chão entre nós dois, segurando as alianças e eu apanhei a dele.

_ Finn, recebe essa aliança como prova do meu amor, fidelidade, devoção e promessa de estar com você para sempre. – eu disse, deslizando o aro por seu dedo.

_ Rachel, aceita essa aliança como prova de que eu te amo e que passarei o resto dos meus dias fazendo você e nossa filha felizes. – disse ele, colocando a aliança no meu dedo.

Ann sorriu no chão e pegou nossas mãos. Nos viramos para Quinn,que chorava (hormônios, oi) e ela pegou os documentos que deveríamos assinar, enquanto o oficial de justiça vinha supervisionar a assinatura.

Primeiro, assinamos os documentos nos tornando marido e mulher. Assinei a troca de sobrenome de Rachel Barbra Berry St. James para Rachel Barbra Berry Hudson sorrindo, assim como Finn.

Depois, trouxeram o documento da guarde de Anabella. Finn assinou chorando, assim como eu, e Quinn e Santana que assistiam tudo. No final, ele pegou nossa pequena no colo e a beijou, enquanto ela o chamava de papai, chorando também.

_ Anabella Caroline Berry Hudson. – disse ele e ela sorriu.

_ E agora, eu vos declaro marido e mulher. – disse Quinn – Pode beijar a noiva Finn, porque eu quero beijar meu marido.

Ela e Puck deram um selinho rindo, enquanto Finn colocava Ann no chão e me beijava, erguendo-me alguns centímetros do solo sob o aplauso de nossos convidados.

Santana P.O.V

Enquanto Finn e Rachel desciam para a pista de dança, Leo puxou Anna pela mão e foi dançar com ela. Sobramos eu e Sam, observando a cena, com nossos amigos em volta.

_ Passou tão depressa... – sussurrou Sam – Num minuto ele era um menininho de alguns meses, sem saber comer ou falar. Agora já está um homenzinho, dançando sua primeira dança lenta.

_ Bom... – eu disse, colocando a mão dele sobre minha barriga – Daqui a alguns meses você pode matar a saudade!

Ele me olhou, todo bobo, como quando contei da primeira vez. Eu sorri e o beijei, e ele retribuiu, encaixando a cabeça na curva do meu pescoço, enquanto assistíamos a valsa dos noivos.

Quinn P.O.V

Malditos hormônios u.u Não sou tão chorona sabem? (mentira)

Puck me abraçava, sem tirar as mãos da minha barriga, enquanto víamos Rachel e Finn dançar sua primeira valsa, com Leo e Annie ao lado.

_ Você acha que pode ser ela? – perguntou Puck – A alma gêmea do Leo? Que você pode estar esperando a reencarnação da Ally?

_ Achei que você não acreditasse nisso. – eu disse rindo.

_ E não acredito... – admitiu ele, beijando meu pescoço – Só to com medo da nossa garota nascer com um safado em cima dela.

_ Achei que era um menino. – provoquei e ele revirou os olhos.

_ Acho que você fala muito Puckerman. – disse ele me beijando. Melhor do que falar se querem saber.

Rachel P.O.V

Eu e Finn dançávamos, testas coladas, mãos unidas, sorrisos no rosto.

_ Eu te amo Rachel.

_ Nós também te amamos Finn.

_ Nós? – perguntou ele rindo e eu confirmei.

_ Eu, a Ann e o nosso bebê.

Ele me encarou confuso, diminuindo a velocidade e eu sorri. Afinal, acho que Quinn não vai ser a única grávida. Se bem que Sant está dando bandeira também.

_ Obrigado. – disse ele, sorrindo largo.

_ Não Finn, obrigado você.

E naquele momento eu realmente não me importava com nada. Eu tinha Finn. Tinha Anabella. Tinha aquela criança no meu ventre. Tinha Quinn, Santana e elas teriam os bebês delas. A Broadway parecia um sonho distante, de outra vida também. E a vida que eu tinha agora... Nem todo o dinheiro do mundo podia pagar.