Capítulo Trinta e Seis.

Eu simplesmente não acreditei que ele tinha me deixado.  A carta não dizia quase nada, apenas “ Me desculpe por isso, fique sabendo que não era o que eu queria, mas se for pra te ver feliz e livre eu faço! Só quero ver você feliz pequena, e eu não estava ajudando. Te amo hoje, amanhã e sempre. Zayn =(“  Feliz? Desde quando eu não estar com ele ia me fazer feliz? Eu olhei para Giulia com os olhos cheios de lágrimas e ela me puxou para um abraço. Enxarquei seu pijama e não sabia fazer mas nada do que chorar.

- Calma! – ela dizia.

- É um pesadelo não é? – Eu dizia em meio ao meus soluços de choro. – Me bate, me beslica, faz qualquer coisa pra eu acordar. – ela me apertou mais forte.

- Eu queria te confortar Emly, mas eu não sei como. – Ela começou a chorar junto, mas tentou se manter forte.

- Só fala que isso não é verdade. – me separei dela.

- Eu não quero mentir pra você. – ela secou uma das várias lagrimas que escorriam pelo meu rosto. A campainha tocou e na esperança de que fosse o Zayn desistindo dessa ideia maluca e ridícula atendi correndo,  mas não era ele, era o Harry.

- Harry, me diga onde ele está? Eu sei que você sabe, por favor me diga?  – eu agarrei o Harry chorando e puxando ele pra dentro.

- O que? O que aconteceu? – ele falou assustado e confuso.

- Você não sabe? – perguntou Giulia

- Não, não sei de nada. – ele disse isso e meu coração se quebrou em mais partes, e então Giulia entregou o papel pra ele e ele leu e me olhou. – Emily... – ele disse e voltou a olhar o papel. – Eu queria te ajudar, mas eu realmente não sei.

Quando ele disse isso, eu nem sequer quis responder, sai correndo para o meu quarto e peguei imediatamente o celular, comecei a discar o numero dele sem parar e a única coisa que falava era : “Seu número não está permitido para fazer essa chamada.” Ótimo, além de tudo ele bloqueou meu número, mas eu não estava desistindo, não ia ser essa voz dizendo que eu não podia que ia me fazer desistir.  Eu acho que tentei ligar umas 30 vezes pra ele, sem sucesso, quando ia ligar de novo, uma mão me impediu.

- Não adianta você ficar ligando Emily, ele não vai atender. – Como essas palavras me doíam, eu tinha um pingo de esperança de que iria escutar ele falando “oi”. – por favor, você tem que se arrumar pra ir pra escola.

- Escola Gi? – Olhei pra ela desapontada. – Eu não vou.

- Você não pode mais faltar Emily. – disse Harry se sentando ao meu lado na cama. – Vai ser expulsa se continuar assim. – Ele mexeu nos meus cabelos e eu deitei em seu ombro e comecei a chorar mais, Giulia veio  e nos abraçou, fazendo a gente ficar assim por uns 3 minutos.  – Vamos, você vai encontrar a Abby, a Lucy, vai ser bom pra você estar com elas. – Olhei pra ele e resolvi aceitar, então balancei a cabeça positivamente.

- Vamos deixar ela se trocar amor. – Giulia disse e estendeu a mão pro Harry e saíram do meu quarto.

Me arrumei sem nenhum pingo de vontade, coloquei qualquer coisa e nem pentiei o cabelo, nem passei sequer um gloss na boca e sai do quarto. Já que tudo isso aconteceu, Harry iria deixar a Gi na escola, depois me levaria e iria seguir em direção a sua escola. Deixamos a Giulia e estavamos parando em frente a minha escola.

- Vai dar tudo erto, confia em mim. – sorri fraco pra ele, o que poderia dar certo? Ele foi embora! – Fica bem ok? Você tem a gente pra te ajudar.

- Eu queria ficar bem Harry, mas não dá. – falei e tentei segurar o choro.

- Eu não quero ver você triste. – ele parou o carro

- Então tras ele de volta. – Uma lagrima caiu e ele abaixou a cabeça, enxuguei meu rosto. – Obrigada por me trazer Harry. – dei um beijo em seu rosto. – Boa aula! – Ele me desejou o mesmo, mesmo sabendo que não seria, e então eu sai do carro e deu um tchauzinho pela janela antes dele ligar o carro.  

Olhei em volta e todos estavam me olhando, como eu odeio isso. Passavam encarando meu rosto, talvez seja porque eles estavam totalmente vermelhos e inchados. Olhei a minha volta e vejo Lucy e Louis, Niall e Abby, e Liam sozinho, eles estavam felizes, bom até agora sim, porque quando eu vi o Niall a primeira coisa que eu fiz foi largar todo meu material no chão e sair correndo em direção a ele.

- Niall. – o abracei e voltei a chorar.

- O que aconteceu meu amor, me diga, pelo amor de Deus. – Ele se soltou de Abby e me abraçou  e eu não conseguia responder. – Para de chorar meu amor, me diga o que aconteceu.

- Eu não consigo... – disse com dificuldades por causa do solução do choro.

- Cadê o Zayn? – Lucy disse fazendo todos se entre olharem e eu a me soltar de Niall.

- Ele não veio, e talvez nunca mais venha. – Todos me olharam e voltaram a se olhar de novo com cara de assustados. – Vocês sabem de alguma coisa? – perguntei por causa das expressões deles.

- Sim, mas não é muita coisa. – Disse Abby. – Na verdade, quem sabe não é eu, quer dizer.. – ela se enrolou e olhou para Lucy. – Nós vamos te contar, mas precisamos entrar na escola. – Assenti a ela e me despedi dos meninos.

Zayn POV.

Acabei de tomar a pior decisão da minha vida, e eu não estava me sentindo  nada bem. Deixar Emily foi a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida, mas eu tinha prometido ao seu pai, que se ele anulasse seu casamento eu sumiria de vez. E ele concordou em fazer isso, e então eu tinha que cumprir a minha parte da promessa. Foi uma briga em casa quando eu disse que iria sair da cidade,  quer dizer... do país, meus pais não queriam aceitar, mas depois de um tempo eles viram que não tinha como tirar isso da minha cabeça. Eu só queria ver a Emily livre, sem essa pressão de casamento dos pais, na verdade, da mãe. E isso só se resultou nisso porque eu e Emily estavamos namorando, parei pra pensar bem e vi que era EU o motivo daquilo tudo estar acontecendo. Não queria ver ela se casando, e eu tendo que ver tudo isso sem poder me manifestar. Afinal era isso que ia contecer, eu não estava vendo outra solução, apesar de Emi ter esperanças, eu não estava conseguindo encontrar nenhuma. Eu a amava. Amava não, eu a amo e com todas as forças, e é por isso que eu resolvi ir embora, eu a amo tanto que se ela estiver feliz mesmo não estando comigo, eu já estava feliz também, não tanto quanto eu estaria se ela estivesse ao meu lado, mas mesmo assim iria ficar feliz só por ela.
Na manhã em que eu peguei o avião a minha futura cidade, eu fiquei pensando o voo inteiro qual teria sido a reação dela ao ler meu papel. Logo depois que aterrissei  e cheguei na minha nova casa, onde todas as minhas coisas já estavam lá, pois já tinha mandado por um amigo que moraria comigo que veio pra cá ontem a noite antes de eu ir para casa de Emily, peguei meu celular e várias chamadas dela começaram a tocar, como eu havia bloqueado seu numero para não correr o risco de largar tudo isso e voltar a trás, as chamadas davam dois toques e automaticamente se desligavam, deu no total de 30 chamadas e ela finalmente desistiu. Cada toque que dava e eu via seu nome no visor do meu celular, minha vontade era de pegar o primeiro avião, ônibus, carro, tudo e ir correndo até Londres. Mas eu não podia, eu tinha que ficar ali, aonde eu estava. Eu tinha que me acostumar a minha nova cidade, e dormir agora. Porque amanhã já começo na minha nova escola.