“Seja bem vinda, Miesa. Você pode começar agora.”
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– Acho que aqui concluímos a primeira parte do seu treinamento – disse uma mulher perto de seus vinte anos, olhando para uma mais jovem. – Ah, um segundo! – ela avisou após ouvir um ‘bep’ sair de seu comp.

A mais nova das duas tinha cabelos castanhos e olhos verdes, vidrados numa entrada de um túnel aparentemente destruído, depois mudando de foco procurando uma sombra; ela estivera o dia inteiro treinando com Kuroe, a mais velha de cabelos vermelhos.

– Bom, Miesa, parece que vamos ter que investigar Home II. Aconteceu alguma coisa lá e nós somos as mais próximas do local, vamos?
Como sempre, Miesa não respondeu com palavras, mas com o clássico aceno com a cabeça. As duas se dirigiram para o local onde antes a inexperiente demon buster olhava. Não ficava longe de onde treinavam, mas era necessário descer várias ladeiras de terra até chegar lá. O local estava visivelmente abandonado.

Após entrar na antiga home II, Miesa e Kuroe foram direto para o elevador do local onde encontraram o corpo de um guarda ainda com vida, mas suas palavras não faziam sentido algum, eram apenas sussurros entre gemidos de dor.

– A situação parece feia – a mais jovem finalmente se pronunciou e olhou para o Cerberus de Kuroe. Cerberus balançou sua juba branca e olhou para a novata que era treinada por sua mestra. – Precisamos ir mais rápido, não?

– É a única coisa que podemos fazer. – A outra respondeu hesitante e olhou para os lados. Na pequena sala do elevador existiam três portas, a do elevador e mais duas laterais que davam para corredores diferentes. Era arriscado, o ambiente era escuro e podia existir vários inimigos nas salas que viriam a seguir. – Temo que devemos nos separar por momento, no fim creio que cheguemos ao mesmo lugar, o depositório. Se achar qualquer outra vítima, não hesite em avisar, ok? Reforços logo chegarão, mas mate qualquer ameaça no caminho. – Ela instruiu a novata em mais detalhes finais e se dirigiu a porta direita, enquanto Miesa foi para a esquerda. – Te vejo no fim. – Com um sorriso as duas seguiram em suas direções.

O caminho da menina foi sem complicações, poucos demônios, apenas meros slimes e nada de guardas feridos ou aviso de sua instrutora. Quando pensava em desistir de continuar avançando ela chegou à porta do depositório e lembrou que todas as saídas possíveis davam para aquele lugar, ela devia entrar... ou não.

Quando abriu a porta, encontrou Kuroe como haviam combinado, mas não era uma cena feliz. Um ser grande de aparência humana, porém com quatro braços e cada um portando uma espada e caveiras com chifres decorando seu cabelo e cobrindo os seios estava atacando a demon buster mais experiente e seu Cerberus.

– Droga – gruniu a ruiva atirando contra a Taraka que destruiu Home II. Para a infelicidade de Kuroe e Miesa, o monstro não tomava danos dos golpes da D.B mais velha, que recebeu junto de seu fiel demônio um golpe fatal que cortou seu corpo da cabeça aos pés. – Corra... – foram as últimas palavras que foram ditas por Kuroe e as últimas que Miesa escutou antes de apagar.