Goodbye

Draco Malfoy estava coberto com os lençóis negros. Sua esposa e filho choravam no andar debaixo. Ele estava morrendo. Não se sabe muito bem o que aconteceu. Nem deu tempo de descobrir do que se tratava. Apenas souberam que o rico e poderoso Draco Malfoy estava prestes a deixar este mundo.

Ele olhava para a janela. Estava chovendo, uma terrível tempestade naquela noite. Ele queria chorar, mas não era necessário, o céu parecia mostrar a todos como ele se sentia. Seu filho no andar térreo da mansão Malfoy, tão jovem. Apenas 14 anos. Tinha começado a namorar escondido com Rose Weasley.

Ninguém sabia disso, apenas Draco que havia descoberto a poucos minutos quando Scorpios veio ao seu leito onde revelou tudo e disse que faria qualquer coisa se ele sobrevivesse. Draco no início se surpreendeu. Pensou até em brigar com o filho, mas pensou bem.

Ele sabia o quanto uma Granger poderia mudar sua cabeça. Desde o primeiro dia que a viu, sentiu algo diferente. E começou a persegui-la, chamando-a de sangue-sujo, imunda e tantos outros nomes. Todos achavam que fazia isso por detestá-la.

Ele fazia isso por ter sido criado como alguém que detesta trouxas e qualquer coisa ligadas a eles. Era por isso no início, mas nos anos que se seguiram os motivos mudaram. Foi por ter finalmente conhecido alguém que fazia seu coração acelerar, que ficava em seus pensamentos antes de dormir.

Ele havia se apaixonado perdidamente por Hermione Granger e havia se perdido naqueles olhos castanhos que nunca mais poderia ver.

Um flash veio a sua mente e ele se lembrou daquela noite na mansão Malfoy, quando Bellatrix torturou Hermione. Ele usara todas as suas forças para não estuporar a tia e fugir dali com Hermione.

Ele se arrependeu de não ter feito isso e deixado que ela, sua Hermione acabasse junto com o Weasley. Agora ele estava casado com Astória Greengrass e tinha um filho com ela. Ele amava o filho de fato, mas se arrependia de não ter tido coragem de dizer a Hermione tudo que ele sentia.

Quem sabe agora mesmo tendo que partir pelo menos a tivesse ao seu lado. Lembrou-se de quando sua mãe desconfiara que ele esteve apaixonado e perguntou quem era a sonserina sortuda. Ele tivera vontade de cair na gargalhada, mas não diria nada ou sua família poderia machucar seus raios de sol. Seu sol castanho.

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Hermione estava sentada na janela do seu quarto. Olhava para a tempestade. Chorava em silêncio, pois Ronald Weasley, seu marido, estava dormindo na cama bem próxima a poltrona na qual se encontrava.

Ela descobrira por jornais que Draco Malfoy estava com pouquíssimo tempo de vida. De uma doença desconhecida pelos médicos, tanto bruxos quanto trouxas. No dia que lera a reportagem chorara tanto que ficou com o rosto vermelho por horas. Quem sabe até o dia todo.

Descobrira naquela manhã que Draco, seu Draco, estava prestes a morrer e agora ela nunca poderia dizer que o amava muito. Lembrou-se da noite do baile no quarto ano.

“Afastou-se de Viktor e escondeu-se em uma sala em algum lugar no castelo. Tinha os olhos igualmente vermelhos por ter chorado pelo idiota do Ron. Ele não poderia ser tão burro a ponto de não perceber que ela gostava dele.”

“Depois de alguns minutos ouviu um barulho. Alguém estava entrando na sala. Ela olhou imediatamente para a porta. Era o Malfoy. Ele vinha com uma garrafa de wísque de fogo.”

“-Porque está chorando sangue-ruim? – Perguntou ele”.

“Ela riu e respondeu:”

“-Por amor Malfoy. Algo que você não deve conhecer.”

“Hermione não sabia o quanto aquelas palavras haviam machucado Draco. Ele ameaçara ir embora, mas deu meia-volta e sentou ao lado dela. Ofereceu wísque a ela, dizendo que els podiam se embebedar juntos já que de acordo com ele, também sofria de amor.”

“Depois de abandonarem a sobriedade e entrarem no mundo maluco dos bêbados, começaram a conversar. Draco se declarou para ela, ela sorriu e o abraçou. Ouve um beijo digno de cinema. O incrível fora que no dia seguinte eles se lembravam de tudo perfeitamente, o que Fez com que eles tivessem alguns encontros no meio da noite.”

Ela chorara quando descobrira que ele era um comensal. E chorava agora por perceber que estava prestes a perdê-lo de uma vez por todas.

Mesmo com todos os encontros, eles nunca haviam dito que se amavam, pelo menos não em estado sóbrio. Ouve um barulho atrás de Hermione que virou-se assustada. Era apenas Ron que revirava-se na cama.

Ela olhou novamente para a tempestade e murmurou:

–Sempre saiba que eu te amo tanto. Eu te amo tanto. (Always know, that I love you so I love you so)

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Draco olhou uma ultima vez para a tempestade antes de suas órbitas caírem. Ele havia morrido e seu ultimo pensamento foi o beijo que tivera com Hermione. De como gostaria de ter passado seus últimos anos de vida ao lado dela. E de como estava feliz por ter percebido antes de morrer quem realmente importava para ele e quem ele amava de verdade.

–Adeus, olhos castanho. Cuide-se. Eu amo você tanto. – E com essas ultimas palavras, Draco Malfoy, o antigo inimigo do lendário Harry Potter, o filho de Lucios Malfoy, o fiel servo do Lorde das trevas... Morreu. De amor.

Adeus, olhos castanhos.
Adeus, por ora.
Adeus, raio de sol.
Cuide de si mesmo.
Tenho que ir, tenho que ir,
Tenho que ir e deixá-lo sozinho
Mas sempre saiba, sempre saiba,
Sempre saiba que eu te amo tanto
Eu te amo tanto,
Eu te amo tanto.