My Words escrita por dontbeshybabe


Capítulo 8
Crazy In Love.


Notas iniciais do capítulo

Nooooossa, faz mais de uma semana que eu não posto nada? É isso mesmo? Pelos Deuses, me desculpem.. sério. Como eu sou uma pessoa má.
Gente, eu tentei fazer um capítulo grande para compensar os dias que eu fiquei sem postar. :O
Boa leitura.



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Depois da primeira vez que saímos, marcamos encontros duplos mais umas cinco vezes, mas isso em só uma semana. Estava sendo perfeito, tudo perfeito, mas só de pensar que as aulas começariam daqui uma semana, todo o meu animo diminuía, não que eu odiasse a escola, mas era tão bom ficar em casa e sair com os amigos, temos que perceber que tudo que é bom, dura pouco, o que é uma pena.

O meu relacionamento com Zac, se é que eu posso chamar o que estávamos tendo desse jeito, ia muito bem, eu estava realmente gostando dele, apesar de ele ser um pouco safado, mas ele fazia com que eu me sentisse bem, segura e até amada. Ele era sempre super carinhoso, se oferecia para pagar as coisas, me emprestava o casaco no frio, um verdadeiro cavaleiro.

Sempre que saíamos, marcávamos encontros duplos, com a Madeleine e o Gregory, mas em uma quinta-feira de noite, depois que eu voltei do Starbucks com Elle, recebi uma mensagem um tanto quanto agradável, era de Zac.

“ Hey, A.

Então, estava pensando se não queria sair comigo amanhã.

Beijos, me liga! Xx”

Fiquei meio confusa depois da mensagem, eu nunc a tinha saído só com ele, e pelo que eu sabia, o outro casalzinho iria passar o final de semana fora, saindo da Califórnia na sexta de manhã, iriam ficar esses dias em Paris, mas isso não vem ao caso, a única coisa que importa agora é que o Zac me chamou para sair, só eu e ele! Meu Deus. Como eu sou uma menina muito controlada e sã, resolvi de maneira casual e simples.

“Claro, pode ser, mas para onde? Aliás, achei que a Mad e o Greg viajariam amanhã!

Beijos Xx”

Então, alguns segundos depois, recebo a resposta, que era mais ou menos o que eu esperava, a única coisa que eu não sabia era o que fazer.

“Podemos ir para o Píer de Santa Monica ou até no cinema, depois você pode vir aqui na minha casa para jantarmos ou sei lá, ficar só de bobeira!”

“Ah, claro, só não sei se vou poder ficar por muito tempo, eu tenho compromissos amanhã de noite, mas eu adoraria sair com você!

Beijos, boa noite! Xx”

Me surpreendi com a minha resposta, mas eu não estava nem aí, queria mesmo era me divertir. Estranho, mas, é...

“ Ok, então espero você amanhã!

Boa noite, minha linda”

AH MEU DEUS, ele me chamou de linda mesmo? E de MINHA? SÉRIO?  Jesus, me segura, como minha vidinha em Los Angeles pode ficar ainda mais perfeita? Não acho que exista uma opção. Só espero que ela continue assim.

Então, mais rápido do que eu imaginava, a tão esperada sexta-feira chegou, me arrumei, não fui muito exagerada, seria apenas um cinema, então coloquei um short preto de cetim e uma blusa nude de seda bufante, como acessórios, coloquei um colar de ouro com pedras em tom de verde-água, brincos, pulseiras e um relógio de ouro, já o sapato, optei por algo mais ousado, pela primeira vez, para sair com eles, no caso ele, escolhi um salto alto, bem alto no caso, da mesma cor da blusa, que era bem clássico. Deixei meus cabelos soltos e simples, sem nada de muito chamativo. Sim, eu até que estava bonita.

Sete horas da noite quando o moreno me ligou, perguntando se eu estava pronta, disse que sim e ele disse que logo mais ele estaria chegando para me levar ao cinema. Peguei um clutch preta, espécie de carteira-bolsa, lá coloquei meu celular, batom, cartão de crédito e dinheiro de reserva e mais algumas coisas inúteis. Desci as escadas com certa pressa e me encaminhei para a cozinha, estava com muita sede.

Quando cheguei lá, Elle estava sentada em cima da banca, ao lado da pia, comendo uma maçã verde, ela olhou para mim surpresa e parou a mordida na metade.

- Oi gatinha, aonde vai assim tão sensual? – ela brincou, então continuou a morder a maçã.

- Há-há, boba, vou sair com o Zac – ela me olhou e fez uma cara maliciosa – Nossa Elle, você só pensa em besteira, né? Só vamos sair.

- Tá, me desculpe, não queria ser maldosa, mas vão só os dois? – assenti e ela riu – depois me pergunta porque eu ajo dessa forma, fala sério, priminha, vou subir, beijos, boa saída – ela riu novamente – aliás, você está linda.

- Valeu, sexy – quando ela passou por mim bati de leve em sua bunda, fazendo-a rir e sacodir a cintura, ri ainda mais.

Por fim, peguei um copo no armário e o enchi com água, e quando ia começar a beber, minha avó entrou na cozinha.

- Pipoquinha, você está linda, vai sair? – ela perguntou, enquanto pegava o resto do sulco de laranja natural que estava na geladeira, apenas assenti e ela sorriu.

- Já estou de saída, só estou esperando o Zac passar aqui, tudo bem por você? – perguntei com medo da resposta.

- Claro, tenha uma boa noite, te amo – ela se aproximou e beijou o alto da minha testa.

- Também te amo vó – ela sorriu e caminhou para fora da cozinha, no mesmo instante em que me vi sozinha, meu celular tocou o som costumeiro e vi a mensagem de que o meu queridinho já estava lá fora, saí animadamente ao seu encontro.

Ele estava fora do carro apoiado no capô, olhando diretamente para mim enquanto eu descia as pequenas escadas em frente a casa. Nossa, ele estava lindo como sempre, os cabelos negros e compridos pareciam ainda mais brilhantes a luz da lua, e seus olhos ainda mais hipnotizantes. Uma calça jeans escura com um all star branco, uma blusa lisa branca com um blazer azul marinho por cima com detalhes em vermelho, lindo como sempre.

- Nossa, você está mais bonita do que o de costume, acho que posso me acostumar com isso – olhei para o chão e corei levemente – vem vamos.

Ele se aproximou de mim e me deu um leve beijo na bochecha, segurou a minha mão e me levou para o banco do passageiro, abriu a porta para mim e me ajudou a entrar no carro., logo ele estava no banco ao meu lado me levando para o cinema. Chegando lá, ele fez o mesmo ritual para me tirar do carro, me fazendo rir.

Assistimos um filme meio drama ou suspense, eu não sei, sinceramente não prestamos atenção ao filme, ok, pode rir, mas é verdade.

Depois da sessão, fomos para o carro, lá eu fiquei meio indecisa, não sabia o que fazer, mas ai ele quebrou o silêncio e pegou a minha mão que repousava na minha coxa nua.

- Então, princesa – eu corei levemente – o que faremos agora? Quer ir lá em casa, meus pais saíram para uma festa, não acho que voltarão cedo – olhei assustada para ele, fazendo-o rir – relaxa, pequena, não faremos nada que você não quiser.

- Zac... – ele riu de novo – eu não sei!

- Calma, Alex, eu só estava brincando, achei que você pudesse estar com fome, se você não quiser, não tem problema.

- Tá, acho que posso ficar lá um pouquinho – eu sorri fracamente e ele puxou a minha mão que ele ainda segurava e a beijou.

- Então vamos lá, pequena – ligou o carro e assim partimos para a sua casa.

A casa de Zac era maravilhosa, tão bela quanto as de todas as pessoas da vizinhança, sua casa era perto da minha, apenas cinco quarteirões de distância. Ele me levou em direção à cozinha, pegou algumas coisas doces na dispensa e me puxou pela mãe me sentando em cima da bancada.

- Gosta de doces? – ele sorriu e eu assenti, olhando em seus olhos – que bom!

Ele pegou um morando em um pote e mergulhou em outro pote com chocolate derretido, esperou o chocolate parar de pingar e com uma mão embaixo da sua, veio com a fruta em minha direção. Abri um pouco a boca, mas para falar a verdade, eu estava com vontade de rir, quando o morango estava perto o suficiente eu dei uma mordida de leve e metade da fruta. Estava uma delícia, eu quase babei e ele riu da minha careta.

Peguei o pote e fiz o mesmo com ele, que quase babou, mas ele foi ágil o suficiente para não deixar o chocolate o sujar. Quando ele pegou outro morango para me dar, me fazendo babar de novo, mas dessa vez, ele não me deixou limpar com um guardanapo, em vez disso, ele me puxou para um beijo lambendo o líquido e escorreu da minha boca. Eu ri entre o beijo e sorri.

Continuamos nessa brincadeirinha de comer alguns doces e depois dar alguns beijos, estava tudo muito, ele estava sendo muito gentil, eu já estava ficando apaixonada pelo jeito carinhoso e cavalheiro de Zac.

Estávamos na cozinha, eu estava sentada na bancada, ele estava na minha frente entre as minha pernas, suas mão repousavam uma na minha cintura e outra na minha coxa, ligeiramente acariciando a mesma, as minhas mãos estavam envoltas em seu pescoço, entrelaçando meus dedos em seu cabelo sedoso.

Olhei para o relógio quando ele se separou de mim e assustei-me ao ver o horário, eram quase onze da noite, incrível como o tempo passa rápido perto desse rapaz.

-Zac, acho que eu tenho que ir – comentei , afastando ele gentilmente – já são one da noite, prometi que não chegaria tarde, é eu sei, que coisa de criança.

- Poxa, pequena, fica só mais um pouquinho – ele falou suplicante e a cara que ele fez me deu dó, então eu cedi, o que seriam só mais uns minutinhos, não é?

- Está bem, ficarei mais um pouco, mas não vale fazer essa carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança – ele riu e puxou meu queixo para mais um beijo, um pouco mais intenso.

Então, ele me puxou para mais perto e me puxou da bancada, fazendo com que eu entrelaçasse as pernas ao redor de sua cintura, uma de suas mão agarrou a minha cintura enquanto a outra ia me segurar pela bunda, achei um pouco rude de sua parte, mas achei melhor não reclamar. Depois, ele me tirou da cozinha e, ainda em seu colo, me levou para a sala, me deitando no sofá e cobrindo seu corpo com o meu, a cena não estava tão indecente quando parecia, mas eu sabia que ele queria algo mais, só que eu ainda anão estava pronta, então só fiquei ali com ele nos beijos, não insinuei nada de mais.

Quando ele esquentou o beijo e escorregou a mão pela minha coxa até minha cintura, subindo cada vez mais, rompi o beijo e olhei para ele, com uma insegurança enorme estampada nos olhos.

- Eu.. Eu, sinto muito! Eu acho melhor eu voltar para casa – abaixei os olhos e não falei mais nada por um tempo, até que ele quebrou o silêncio.

- Hey, Alex, não tem problema, por que você não deixa rolar? – ele perguntou olhando fundo nos meus olhos.

- Eu não sei, não estou preparada, me desculpa, ok? – ele assentiu, mas percebi que ele estava chateado.

Então, ele apenas se levantou e me encarou.

- Quer que eu te leve para casa? – ajeitou o blazer ainda me encarando.

- Se não for incomodar – eu me levantei arrumando a blusa e o cabelo –eu queria, mas se não der, eu chamo um táxi.

Ele apenas saiu andando em direção a porta e eu o segui.

- Vamos, eu te levo – ele abriu a porta e esperou que eu saísse, fez o mesmo ritual para eu entrar no carro e então partimos para minha casa, quando chegamos lá eu fiquei paralisada – aqui estamos, nos falamos depois, pode ser?

Eu assenti e olhei para ele, dei um beijo rápido demais em sua bochecha e ele saí do carro, mas antes de ele sair virei para o carro e abaixei onde a janela estava aberta e falei:

- Zac, se você está assim pelo que aconteceu, eu sinto muito, eu só.. – ele me interrompeu.

- Não tem problema, Alex, tchau! – ele foi grosso, eu sabia que tinha feito merda, estragado minhas chances.

Ele arrancou com o carro e saiu do meu campo de visão, eu só fiquei ali estática sem saber o que fazer, alguns minutos se passaram e eu me vi de pé, quase chorando, sacodi a cabeça e me forcei a entrar em casa.

Subi para o meu quarto, não queria falar com ninguém, só tinha um objetivo na minha mente, algo que me perturbava desde que tive meus últimos problemas, eu tinha feito besteiras o suficiente para me segurar mais do que isso.

Cheguei ao quarto e tranquei a porta, e me deixei escorregar contra madeira dura da porta, as lágrimas começaram a correr antes que eu me desse conta dos acontecimentos. Me vi saindo do chão, absorta em pensamentos, indo em direção a minha bolsa que estava em cima da cadeira, desde o dia em que chegamos nos Estados Unidos. Lá, no fundo da bolsa, encontrei o que tanto queria, uma caixinha de veludo preta e cinza, três lâminas prateadas brilhavam contra a luz, peguei uma delas e me deixei cair na cama, posicionei aquele pedaço de metal no meu pulso esquerdo e comecei a cortar o meu braço, a sensação que eu sentia a cada corte era alucinante e me deixava sempre melhor, o sentimento era bom, eu sabia que era errado, mas eu não queria saber, só queria que aquela sensação me invadisse e aliviasse a dor que eu sentia no momento, eu tinha estragado tudo, era sempre assim, eu sempre fazia as coisas erradas. Quando me dei conta dos meus atos, aquele pedaço do meu pulso estava mais para mutilado do que cortado, eu tinha exagerado um pouco, mas eu me sentia melhor, só as lágrimas que não paravam de cair, eu já soluçava, era bem provável que alguém já tivesse me escutado.

Eu estava tão mal que nem percebi o sangue escorrendo do meu pulso e manchando a roupa de cama inteira, até que a porta do meu quarto se abre e vejo minha empregada entrar no quarto tirando uma chave da fechadura do lado de fora, então me lembrei que elas tinham a chave para todos os quartos. Olhei desesperada para o meu braço e para ela, que assustada veio correndo até mim, me abraçar e depois me levantar e depois me encaminhar para o banheiro, sem perguntar absolutamente nada, deixou a lâmina ao lado da pia e pegou o kit de primeiro socorros.

                Lavou todos os ferimentos e limpou, fez com que eu tomasse um banho enquanto me dava um pijama e trocava a roupa de cama, quando sai e me troquei ela fez apropriadamente os curativos em meu braço e me levou até a cama.

                -Vamos, está tudo bem, Alex – ela me deitou na cama, arrumou o quarto e a bagunça que estava lá e ficou fazendo cafuné na minha cabeça até que eu dormisse, sem comentar nada, apensa ficou comigo, sem me deixar pior do que eu estava, quando consegui dormir eu ainda chorava e meu pulso latejava com a dor, mas eu estava mais tranquila.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, ficou meio triste, mas me digam, o que acharam? Péssimo? Muito dramático? Nha.. sei lá! Só tá meio que expressando o que eu sinto, heheh!
Espero que tenham gostado, Beijoooos! Quero Reviews *-*



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