1 mês depois:

“Então é isso, Quinn Fabray voltou a andar” disse a fisioterapeuta com um sorriso no rosto ao ver a loira caminhando em sua direção “Eu sabia que você ia conseguir.”

“Obrigada” respondeu Quinn contendo a emoção na voz e mantendo sua mão firmemente apertada contra a de Rachel.

“Agora, só porque você voltou a andar não significa que deve relaxar” falou a mulher “E você deve ficar de olho nela” completou olhando para Rachel.

“Eu sempre vou cuidar dela, não importa o que aconteça” e então sorriu ao sentir o corpo da loira envolvendo o seu em um forte abraço.

XxxX

“Estrelinha!” disseram em uníssono os pais de Rachel assim que a porta da casa se abriu.

“Pai! Papai!” e como uma criança, a pequena foi saltitando ao encontro dos dois homens “Essa é a Quinn...”

“Você está andando!” exclamou Hiram analisando a loira de cima a baixo.

“Não aprontaram nada durante nossa ausência, não é garotas?” perguntou Leroy com ar de riso.

Após alguns minutos de risadas e perguntas que pareciam não ter fim, Rachel tomou Quinn pela mão e a levou para o quarto.

“Eles são sempre assim?” perguntou Quinn entre risos ao ver a cara da morena ruborizar.

“A maioria das vezes, sim.” ela respondeu ao se tacar na cama e fazer sinal com a cabeça para a loira fazer o mesmo.

“Eles demoraram mais que o previsto para voltarem,” comentou ao aconchegar-se na morena “Você não se sente sozinha?”

“Dessa vez não, você estava aqui comigo.” ela sorriu e depositou um beijo no topo da cabeça da garota deitada ao seu lado.

Os carinhos já haviam se tornado bastante comum entre as duas, nada com segundas intenções, ou parecia não ter segundas intenções. Sempre dormiam na mesma cama abraçadas, pois Quinn alegava ter pesadelos da noite do acidente.

“Eu me lembro!” ela deu um pulo da cama ao acordar do breve cochilo que tirava “Eu me lembro da noite da festa!”

Quinn engoliu em seco e corou. Aquilo definitivamente não poderia ser uma boa coisa, pensou. A morena agora lhe encarava com certa curiosidade.

“Como você não me lembrou disso?” perguntou exaltada enquanto a loira permanecia estática.

“Eu só não queria estragar as coisas entre a gente...” começou a falar entre gaguejos.

“Nós nos beijamos!” ela gritou “E foi completamente erótico, e eu me lembro de ter gostado...”

“Você gostou?” era a vez da morena corar, havia falado demais.

“Sim, e pelo o que eu me lembro, você também” a pequena jogou sujo.

“Isso não é nenhuma novidade” sorriu sínica “Mesmo bêbada você beija bem, Finn pode confirmar”.

“Eu não quero ouvir suas gracinhas agora, Fabray!” ela surtou “Imagine como as coisas vão ficar tensas agora e....”

“Por favor, cala a boca?” disse Quinn.

“Não! Você não pode simplesmente ignorar o fato que nós nos beijamos e você escondeu isso de mim.” reclamou a morena.

Dedos longos e brancos seguraram sua face, em seguida sentiu os lábios quentes sobre os seus. Não contente com apenas o roçar de lábios, pedia permissão para ir mais fundo e a garota cedeu, dando passagem para as línguas se encontrarem. Tudo estava calmo, sem gosto de álcool e sem nenhuma pressão, eram apenas duas garotas experimentando uma das melhores sensações do mundo.

“Parece que eu achei um jeito de te manter calada” disse Quinn nervosa enquanto observava a morena ficar estática.

“Vou começar a falar bem mais a partir de agora” riu maliciosamente antes de atacar os lábios da mulher a sua frente.