Capitol Hunger Games escrita por Azula, AnaCarol


Capítulo 1
A Primeira edição do Capitol Hunger Games.




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Há um ano ele foi morto e a Presidente Paylor tomou seu lugar. Estou falando do meu avô, Coriolanus Snow, ex-presidente de Panem. Ele era magro, possuía olhos de cobra, lábios estranhos, e tinha certa afetividade por rosas brancas. Nunca tivemos uma relação típica avô e neta, não havia espaço para amor na vida do Presidente Snow. Meu nome é Lynn Snow, tenho 14 anos e sou neta da pessoa mais odiada de Panem.


Não contarei toda a história desse país, contarei o essencial. Com a morte do meu avô, houve uma votação e criaram os Capitol Hunger Games, este ano teremos a primeira e única edição, e venho me preparando para o caso de ser sorteada, pois sei que vou ser. No porão da minha casa tem um centro de treinamento, uma réplica menor do verdadeiro, onde todos os tributos treinam quando são sorteados. Atiro facas desde que tenho 13 anos, e melhoro cada vez mais, tenho um pouco de conhecimento sobre plantas, por causa do jardim do meu avô, e sou boa em autodefesa, mas nada muito além. Como uma garota da capital, não tinha muito conhecimento sobre nada, era fútil, mas sempre fui uma boa observadora, assisti todas as edições dos Jogos Vorazes, pois temos tudo gravado. Preciso provar para todos que não sou como meu avô era.


Hoje é o dia da colheita, a própria Presidente Paylor vai sortear os nomes, doze garotas e doze garotos. Como nos antigos jogos, porém eram dois tributos de cada distrito, e agora todos são da Capital. Cada um terá um mentor, alguém que sobreviveu aos jogos, e eles também serão sorteados.


Ao chegar à praça principal, abraço meus familiares e vou me inscrever. Chego perto das crianças da minha idade, elas me olham com desconfiança. Não gostam de mim e provavelmente torcem para que eu seja sorteada. A Presidente Paylor, sem animação, se dirige a grande urna com os nomes e faz um discurso sobre os antigos jogos, meu avô e sobre a revolução. Percebo que a Capital perdeu a cor e a vivacidade que tinha antes.


– Bem vindos a 1ª edição do Capitol Hunger Games. Boa sorte a todos. Vamos começar pelas meninas. – Paylor coloca sua mão dentro da urna, tira um papelzinho e lê em voz alta.

Silena e seu mentor Sky, vitorioso do distrito 5! – ela anuncia e a garota sobe ao palco, seu rosto possui uma mistura de surpresa e medo. Sky se levanta sorrindo e a acompanha até o palco.


Paylor anuncia os nomes, já tem nove garotas no palco, fecho os olhos. Não quero ser escolhida.

Lynn Snow e seu mentor Hasse, vitorioso do distrito 7.


Droga. Abro os olhos, todos estão olhando para mim surpresos, tenho vontade de gritar, pois sei que todos queriam que eu fosse escolhida e morresse na cornucópia. Meu rosto está sem expressão, vejo Hasse se levantar e me guiar até o palco, vi seu jogo há alguns anos, ele tem 16 anos e é loiro, como eu. Normalmente está mal-humorado, mas pela primeira vez o vejo sorrir.

– A neta do velho Snow sendo sorteada? – ele murmura para mim e tenho vontade de socá-lo, mas ignoro.


Paylor continua sorteando, não presto atenção no resto das meninas nem nos meninos, quero que isso acabe logo. Quando acaba, cada um é levado a uma sala, meu irmão, minha mãe e meu pai entram juntos, todos, sem dizer uma palavra me abraçam com lágrimas nos olhos, eles não têm esperança que eu vença. Nem eu tenho.

Meu irmão beija minha testa, ele não tem mais idade para participar e está chorando. Os pacificadores chegam e os levam embora.

– Tenho mais alguma visita? – pergunto ao pacificador mais próximo.

Ele não me responde e fecha a porta. Dois longos minutos depois a porta se escancara e outro pacificador vem até mim. Sem dizer uma palavra sequer agarra meu braço e me conduz até o carro que vai me levar ao Centro de Treinamento. Eu me remexo e me ajeito. Resmungo e ele retira um pouco do aperto em volta de meu braço.

Praticamente me joga dentro do carro e bate a porta.

–Grosso. - Eu o encaro enquanto ele vai embora.

–E aí, netinha? - Eu ouço a voz de Hasse e dou um pulo para trás. Ele parece se divertir.

–O que foi? - Eu reclamo. Ele não responde. Vira-se para sua janela e mantém o olhar cruel e viajante que sempre esboça.



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