56th Hunger Games Begin escrita por Muitaz


Capítulo 6
Vingança


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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A noite não diminuiu minha irritação, na verdade a aumentou, a final eu passara a noite me remoendo de culpa por ter tratado à todos mal, fazendo-me  voltar então ao auge da irritação e à vontade de esganar, cozinhas e servir com batatas a primeira pessoa que eu visse.

E o azarento do dia fora Guilherme, como sempre, ele bateu na minha porta enquanto eu ainda tinha os meus agourentos gritos abafados pelo travesseiro. Além da minha natural irritação, as malditas lágrimas ainda marejavam os meus olhos.

-Que é – Gritei, percebendo então que a minha voz fora reduzida a um ganido agudo de sofrimento, como quando pisam na cauda de um gato e continua-se pisando, neste caso é claro se leva uma bela mordida.

Guilherme entreabriu a porta deixando apenas um olho muito inchado e vermelho a minha vista, ele tinha andado chorando, ou então havia “caído poeira em seus olhos”. Ele parecia cauteloso em relação a se aproximar de mim, depois de minutos de contemplação ele decidiu se aproximar, talvez tivesse chegado a conclusão de que se eu quisesse arrancar a sua cabeça já o teria feito no tempo anterior.

-Podemos conversar? – Ele perguntou calmo.

Confirmei vagarosamente, a fim de eternizar o seu olhar espantado e ansioso.

-Eu queria pedir desculpas por...  – Ele parecia arrependido, na verdade a expressão em seu rosto era de quem havia matado o meu irmão, parecia arrependido de mais por um erro ridículo de mais, por isso o interrompi.

-Não abaixe a cabeça, sinta orgulho de tudo que você fez até agora, principalmente de seus erros – Falei demorando o máximo possível em cada palavra – esquecer os erros dá a possibilidade de comete-los novamente. Era só isso?

Poderia apenas ter dito “tudo bem”  mas minha irritação quanto a ele não tinha diminuído,  e não havia pedido de desculpas que fizesse tal milagre, eu precisava esfriar a cabeça, mas em uma situação como a que me encontrava tal tarefa era quase impossível. Por isso eu continuaria sendo fria e calculista.

-Não – Ele retomou após longos minutos – eu também queria me explicar a respeito da nossa conversa no elevador antes de... – ele não falou o nome de Klaus...

-Klaus  - ... a forma de me obrigar a fala-lo.

-É isso, bom, acho que deixei uma frase incompleta, e achei que você gostaria de ouvir o seu final, mas é uma longa história.

Me arrumei na cama a forma de dar espaço para ele se sentar.

-Eu diria que tenho todo tempo do mundo, mas decerto não tenho, então você tem... hum.. – Consultei o relógio que trazia no colar – cerca de 20 minutos até Aby acordar, menos 5.... e menos 5...

-Resumindo – Pediu.

-Tem 5 minutos – Disse formalmente.

Ele coçou os dedos com as unhas.

-Eu ia dizer que eu...

A porta novamente foi aberta, e ele foi outra vez interrompido.

-Dejá vú – Ironizei, me levantando para fugir de Aby antes que ela pudesse chegar a mim, escorreguei pela porta e me uni a Beetee à mesa.

-Bom dia – Ele saudou, recebendo de mim somente um meio sorriso em retribuição.

Pus um pão com mel em pasta na boca, me sentindo incomodada. Eu queria explodir, e matar a todos, fugir. Isso era normal comigo, não podia ficar muito tempo em um lugar sem enlouquecer, e nem com as mesmas pessoas. Na verdade eu não era do tipo que se dava muito com pessoas, eu preferia ficar quieta no meu canto, em silêncio. Também nunca fiquei muito confortável com demonstrações de carinho, ou de mínimo afeto, para mim o máximo que se deve ter com uma pessoa é um aperto de mãos bem rápido e discreto, então chega alguém como Klaus e me beija a força, isso já seria motivo o suficiente para eu entrar em estado de fúria permanente, mas pior do que aquilo eu estava fechada em um apartamento com as mesmas pessoas e vozes, tendo meus últimos dias de vida como os mais desconfortáveis de toda ela, isso era no mínimo injusto.

Guilherme se sentou a mesa, irritado.

-Por que você me deixou sozinho com ela?

Dei de ombros sem fazer esforços para disfarçar o sorriso que agora cortava meu rosto.

-Pelo menos ela não te beijou – Eu disse vingativamente – ou beijou?

Ele corou furiosamente, e enfiou um pãozinho de queijo na boca, depois tomou diversos goles de suco  de laranja, mais parecia que ele queria se afogar no suco.

-Responda a minha pergunta Guilherme – Exigi.

-Não, não beijou – Ele disse tomando mais longos “mergulhos” do suco de laranja – E a proposito me chame de Gui.

-Hum então suponho que não deva me sentir culpada – Peguei mais um pão e o enfiei na boca.

Corri para o elevador, entrei e a porta se fechou começando a subir, um frio se apoderou de minha barriga, e se a capital assistira a cena do dia anterior e eu estivesse fadada a descer todos os dias no mesmo elevador de Klaus? Bom isso seria pior para ele acabaria morto em menos de 3 dias. Mas logo o elevador desceu, como se estivesse indeciso, alguns minutos depois a porta se abriu, mostrando o centro de treinamento vazio tirando por uma pessoa, apertei os olhos em busca de reconhecer a face que se encontrava a poucos metros de mim no escuro.

-Belo pijama – Disse o tributo do 8.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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