Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 4
Capítulo 3: Sentimentos Controversos


Notas iniciais do capítulo

Ooi flores, tudo bem? ^^
Aqui estamos com mais um capitulo fresquinho de YS!
Queriamos agradecer a todos os lindos reviews que recebemos no capitulo anterior e cada uma que acompanha a fic. Muito obrigada lindaass!
Bom, eu percebi que algumas de vocês ficaram meio receosas com o Chase. ;D Nesse capitulo vocês conhecerão mais um pouquinho ele. ^^ E esperamos que amem tanto ele quanto nós autoras amamos. hehe.
Bom, sem mais, boa leitora e até lá em baixo!



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No capitulo anterior...


‘’ –Levanta bebê, tenho que ir para casa. E você vem comigo.

Levantei-me para voltar a lavar o cantil e depois enchê-lo. Apesar das dores e ocasionais cãibras tínhamos uma longa caminhada até em casa. ‘’


POV. Chase Darren:

Joy moveu-se pela fenda em que acampáramos com a agilidade de uma gata apesar de ter corrido mais de uma maratona sem paradas na noite passada. Ela era tão forte... Não apenas externamente, mas internamente também... Decidida, cabeça-feita sobre o que queria da vida, e conseguia ver um futuro abrindo-se a sua frente, coisa que eu não fazia há muito tempo. “Um dia de cada vez”, dizia meu irmão Charlie. Ele era o mais velho de nós, o mais experiente e o último a me deixar. Éramos os irmãos CD antes das Almas. Charlie, Carl, Cameron e Chase Darren.

Nossos pais queriam que todos nossos nomes começassem em C em homenagem a eles, Charlene e Charles. Quando eu ainda nem era nascido, cada um dos meus irmãos se alistou e serviu no exterior e voltaram quando eu tinha quatro anos, todos juntos. Naquela época, eu já sonhava em ser como eles, como nosso pai fora, e o pai dele antes dele, os Darren sempre foram militares. Eu brincava com meus soldadinhos de chumbo e corria pela casa com a bandeira dos Estados Unidos pendurada nas costas flamulando atrás de mim, imitando barulhos de tiro, me sentindo o próprio capitão América. Mas meus sonhos e planos para o futuro acabaram no dia seguinte ao retorno dos meus irmãos para casa.

Durante a festa de boas-vindas, eles pareciam ser os mais desconfortáveis, trocando olhares estranhos e desconfiados como se soubesse algo que não pudessem contar a ninguém. Perguntei a minha mãe o que era, mas ela disse que eles só deviam estar cansados, só isso. No dia seguinte minha mãe disse que precisávamos ir ao médico. Levantei meus olhos dos soldadinhos que encenavam a minha frente alguma guerra fictícia e disse que me sentia bem e se me sentia bem não precisava ir ao médico, mas ela insistiu, dizendo que era preciso e era para o meu bem. Quando íamos saindo pela porta, eu e ela de mãos dadas, Cameron apareceu na cozinha.


“-Onde está levando o Chase, mãe?

Ele perguntara.

–Ao médico, querido. - Ela respondera com um sorriso.

–Você está bem garotão? - Ele perguntou ainda com o olhar estranho que eu percebera no dia anterior. Como alguém podia estar cansado depois de dormir?

–Estou. Mas mamãe diz que eu tenho que ir para o meu próprio bem.

Algo naquela frase pareceu acender algo dentro de Cam. Ele correu até nossa mãe e segurou seu rosto de modo rude, forçando-a a olhar para ele. Eu não sabia na época, mas mais tarde descobriria que minha mãe estava invadida, e Cameron evitou que ela me entregasse às Almas.

–Não vai levá-lo!

Ele gritou. Charlie chegou correndo na cozinha sem saber o que se passava. Ele também parecia cansado. Cam prendeu os braços da nossa mãe atrás das costas.

–Ora menino... - Ela disse, mas ele a interrompeu, gritando com ela como ela nunca me deixara fazer.

–Quieto seu demônio devorador de corpos! Corra Charlie, leve o Chase!

Charlie não precisou de mais tempo para pensar. Chamou Carl com um grito e me pegou no colo correndo para a garagem, me prendendo na cadeirinha no banco de trás da minivan. Eu estava confuso, não entendi nada do que acontecera lá dentro. Porque estavam todos bravos com a mamãe? Ela só queria me levar ao médico. Era para o meu bem, ela dissera. Mamãe não mentiria para mim, mentiria?

–Nós ainda vamos ao médico?

Perguntei. Charlie fez que não enquanto Carl chegava na garagem com as chaves em uma mão e um maço de dinheiro na outra. Sua pistola estava presa no cinto enquanto entrava no banco do motorista.

–Não Chase. Não precisamos ir ao médico, nenhum de nós. Não pode deixar que eles o convençam. Mamãe e papai são eles agora. São maus...”

Joy me chamou, tirando-me da minha memória do passado. Ela jogava areia em cima das cinzas da fogueira que nos tinha aquecido na noite passada. Tinha uma expressão preocupada que eu não via ser dirigida a mim desde que Charlie se fora no ano anterior.


Não mandarei
Cinzas de rosas

 

–Está tudo bem? A mão está doendo? - Ela perguntou.

–Não – Menti. – Não, está tudo bem. Estou bem.

Ela fez que sim, desconfiada e ainda preocupada, mas voltou ao trabalho sem mais perguntas.


Nem penso em contar
Os nossos segredos


Começamos a andar pelo deserto e em minha opinião, Joy parecia caminhar em círculos. Na praia onde eu crescera sempre fora quente, a Califórnia dificilmente tinha tempos ruins, mas o cheiro da maresia sempre melhorava tudo. Ali tudo era quente, seco e completamente sufocante, porém a mocinha de cabelos negros e olhos azuis parecia perfeitamente em casa. Prendeu o cabelo com o elástico do casaco que rasgara para enfaixar minha mão e andava com determinação, fazendo o rabo de cavalo balançar atrás de si como a bandeira dos Estados Unidos que eu costumava usar como capa. Entre os imensos círculos que ela fazia em momento algum ela parecia perdida, consultando as formas das montanhas como se fosse um mapa a sua disposição.

Por fim ela apontou uma abertura nas rochas e sorriu para mim, apesar de eu não conseguir ver o que de tão bom havia naquilo. Entramos na rocha e caminhamos por um túnel, e o alívio da sombra foi enorme sobre minhas costas queimadas pelo sol. Caminhamos até que o túnel foi se abrindo até virar um corredor bem largo. Achamos um portal que dava para uma câmara. Catres clínicos estavam dispostos como em um hospital e caixas de papelão formavam torres ao lado de alguns criotanques. Um homem idoso estava sentado atrás de um caixote que ele usava como mesa, com as pernas cruzadas sobre ele, sentado em uma cadeira de plástico, lendo uma revista.

–Oi Doc. - Joy o saudou sorrindo. O homem se assustou e deixou cair à revista.

–Joy?! Sua mãe está louca atrás de você! Ela está... Ah, aí está ela.

Virei a tempo de ver um furacão loiro e baixinho abraçar Joy e examiná-la de cima abaixo com os dedos finos de frágil pele clara e leitosa. Devia estar na faixa dos 40, talvez mais, talvez, menos era difícil dizer, e a palavra que eu usaria para descrevê-la além de frenética seria exuberante. A experiência caía tão bem sobre ela de um jeito que eu nunca vira cair em ninguém. Ela só podia ser a mãe de Joy.

– Achei que tinha ouvido você... Está machucada? Ferida? Quebrada? Encostaram em você? Pegou doença? Gripe? Catapora? Caxumba? Gripe? Gripe eu já disse não é? Joy, você me deixou tão preocupada!

–Pára mãe. Respira. – Pediu Joy segurando suas mãos delicadas e carinhosamente sorrindo – Eu estou bem graças àquele cara.

Ela disse olhando para mim, ainda sorridente. Acenei com a mão enfaixada timidamente, percebendo que eu era o centro das atenções. A mulher e o homem – Doc - me analisaram de cima a baixo, procurando algum sinal de perigo assim como eu fizera com Joy na noite passada. Podia ver a cautela em seus olhares.

–Sou Chase Darren.

–Ele é um Solitário.

Explicou Joy. Eu era um o quê?

–Um Solitário? Não víamos um há algum tempo... De onde você é?

Perguntou a mãe de Joy. Percebi com um sobressalto ao olhar em seus olhos que eles possuíam o reflexo prateado que ela era uma Alma, mas Joy e Doc não pareciam se incomodar.

–Colorado, mas cresci na Califórnia.

Respondi ainda tímido. Joy virou-se para Doc.

–O Buscador feriu a mão de Chase, será que você podia...

–Claro.

Ele respondeu de imediato antes que ela terminasse a frase catando sua revista do chão e colocando-a em cima da mesa, dirigindo-se para as torres de caixas de papelão. Pensei comigo mesmo, “Por favor, que não envolva whisky, não envolva whisky, não envolva whisky...”, lembrando da dor da noite anterior pouco nublada pela bebida. Depois completamente pelos beijos de Joy. “Deixe de ser indecente Chase!”, diria Charlie.

–Enquanto isso mocinha, você vem tomar um banho e ver se acalma a sua irmã que está desesperada no quarto de vocês.

Disse a mãe de Joy puxando-a pela mão a passos ligeiros. Ela acenou para nós antes de sair.

–Tchau Doc, tchau Chase. Cuidado com as cobras. E as aranhas. E os morcegos. E os escorpiões...

Ela disse com um sorriso maligno. Sua mão puxou-a e ela desapareceu ainda sorridente pelo corredor. Doc indicou com a mão um dos catres para que eu me sentasse e eu obedeci enquanto ele levava com ele dois tubos. Sentei-me e ele me entregou um quadradinho colorido com as cores do arco-íris e umas tantas mais.

–Coloque em baixo da língua. – Instruiu. Coloquei o quadradinho ele logo derreteu enquanto Doc desenfaixava minha mão devagar e com cuidado. – Uma menina e tanto, não é? – Perguntou deixando a mão feridade lado e abrindo um dos potes com a palavra “Limpar” no rótulo. Ele encarou minha mão ferida e pude ver que as coisas não estavam nada boas, mas pelo menos não estava infeccionado graças ao álcool que Joy passara. Ele espirou o conteúdo do frasco sobre o ferimento – É a maior preocupação dos pais. A irmã não é santa, mas sabe o seu lugar. O irmão é sapeca, mas é só um menino. Já ela, desde pequena tinha estrelinhas no lugar dos olhos, brilhando e faiscando toda vez que punha uma ideia na cabeça.

Ele colocou os “Limpar” de lado e pegou outro pote onde estava escrito “Fechar” e segurou os dois lados do ferimento juntos, o que surpreendentemente não doeu. Ele espirrou o novo remédio sobre minha palma e a carne milagrosamente juntou-se e sem dor. Pegando um último pote escrito “Curar” e espirrou sobre o corte já fechado. E diante dos meus olhos eu assisti crescer pele nova e rosada, um processo de recuperação de um mês ou mais reduzido há alguns segundos, poucos segundos. Fiquei olhando boquiaberto. Abri e fechei a mão e passei os dedos pela leve cicatriz, e era como se nunca tivesse existido. Que tipo de magia negra era aquela? Na praia em que vivíamos não conseguíamos remédios e um simples corte demorava meses para curar. Por isso que quando Charlie fora baleado um ano atrás no braço não resistiu ainda que fosse um ferimento não tão grave. Ele ainda podia estar vivo, percebi reprimindo um soluço, mas Doc não pareceu notar ainda encarando minha mão.

–Incrível não é? Essas coisas são fascinantes, faz quase 20 anos que mexo com isso e até hoje fico maravilhado com o efeito.

–É. É incrível. - Eu disse encarando melancolicamente a minha mão, fechando-a e abrindo-a distraidamente, pensando com nostalgia nos meus dias com meus irmãos nas praias da Califórnia. Só perdia para a noite passada com Joy.

Eu precisava muito descansar.


POV. Joy:



Mamãe assentiu para que eu entrasse. Mesmo do lado de fora eu podia ouvir os soluços ecoarem. Era Jullie. Abri a porta do quarto devagar, para não assusta-la. Jullie estava sentada em minha cama, encolhida como um feto, abraçando uma das minhas camisetas. Suspirei aliviada ao ver que ela estava bem.

– Jullie? – Chamei-a baixinho. Ela levantou seu rosto surpresa, e me seus olhos totalmente vermelhos pelo choro me encaravam incrédulos.

– JOY! – Ela exclamou correndo até mim e me abraçando com força, quase nos derrubando no chão. – Pensei que você... Não tivesse que conseguido escapar, estava desesperada!

– Eu estou bem. – Assegurei puxando-a pelas mãos até a cama.

– Você ainda é você, não é? – Ela perguntou especulativa me fitando com seus olhos idênticos aos meus.

– Sim. – Respondi aos risinhos. – O que? Acha que vai se livrar de mim tão fácil?

Ela riu enxugando as lágrimas que caiam em seu rosto. Ela fungou, respirando fundo antes de continuar a falar.

–Mamãe quase teve um colapso... – Ela murmurou baixinho – Papai não sabia mais o que fazer para acalmá-la.

Assenti. Agora, com a adrenalina baixa eu podia perceber o perigo que eu havia corrido. Se não fosse Chase, eu nunca mais voltaria pra casa. Nunca mais voltaria pra minha família. E por isso, eu seria eternamente grata a ele. Eu devia minha vida a ele.

– Jullie, o que... O que aconteceu depois que nos separamos!? – Perguntei curiosa.

–Ah, nada demais... Eu só...

Estreitei os olhos para ela.

–Você o que?

Ela deu de ombros.

–Só dei início a uma perseguição em alta velocidade, fui perseguida por três viaturas e um helicóptero. - Disse, fazendo charminho. Fiquei de boca aberta.

–Um helicóptero?

Ela deu de ombros novamente.

–Dos carros eu me livrei rapidinho, mas tive que ir meio caminho até Phoenix até o helicóptero me deixar em paz. Enfim, nada demais. E você? O que você fez esse tempo todo?

–Bem, para começar, eu conheci um cara...


POV Sarah :


Eu estava no meu quarto lendo meu livro tranquilamente, quando Ryan entrou, furioso.

– Sua imbecil!

– Hei, o que é que eu fiz?

– O que é que você fez?!? Sharon me deu detenção por sua culpa!

– Ah, é isso! – Falei fazendo carinha de anjo. Bom, na verdade, eu tinha mesmo feito Sharon colocar Ryan na detenção. Bom, eu estava tacando papelzinho no chato do meu irmão, enquanto Sharon estava de costas. Daí Benji começou a jogar os papeizinhos de volta, em mim. Daí quando eu fui revidar, o papelzinho que eu joguei acertou em cheio Sharon. E bom... Ai eu simplesmente falei que foi o Ryan, por que eu não estava nem um pouquinho a fim de ficar de detenção... Outra vez.

– É, é isso! Agora estou de castigo por sua culpa, ‘’priminha querida’’!

– Acredite, eu sinto tanto mesmo por você, priminho! - Falei com um sorriso malicioso, voltando a ler meu livro.

– URHG! Por que é que tínhamos que nascer na mesma família! – Ryan resmungou, revirando os olhos. – Não tem espaço suficiente pra nós dois nesse planeta!

– Concordo plenamente!

– Chata!

– Imbecil!

– Mimada!

– Irritante!

– Nerd!

– Maluca!

– Ah, sai logo do meu quarto Ryan! Está me atrapalhando!

– Isso não vai ficar assim, Sarah! – Ryan disse antes de sair do quarto, batendo a porta. Céus, que gênio forte! Ele com certeza puxou tio Ian!

Não demorou muito para eu voltar a ler tranquilamente meu livro. Mas logo eu comecei a me sentir culpada pelo que eu tinha feito. Droga, eu não devia ter feito isso. Foi injusto.

Não demorou muito e eu acabei adormecendo...


Isso é o quanto eu te amo


Isso é o quanto eu preciso de você

E eu não suporto você

Tudo o que você faz me faz querer sorrir

Eu posso não gostar de você por um instante? (Não....)

POV Ryan:

– Ryan, tem certeza que vai fazer isso? Sarah vai nos matar quando descobrir que pegamos o diário dela. – Scott murmurou enquanto caminhávamos até o quarto da Sar.

– Scott, você vai me ajudar ou não?

– Sim. Mas você não a conhece priminho. Ela vai fazer da sua vida um inferno, acredite!

– Ah, com a Sarah eu me entendo. Agora, anda logo moleza!

Abri devagarzinho a porta do quarto da Sar. Pensei que ela não estivesse mais lá, afinal, todos estavam na Sala de Jogos, conversando, mas tive uma grande surpresa: Sarah estava lá, dormindo profundamente, abraçada ao seu livro.

Mas você me não deixa

Você me chateia garota

E então você beija meus lábios

De repente eu esqueço (que estava chateado)

Não consigo lembrar o que você fez


Ela parecia um anjo dormindo. Seu rosto sereno. Seus longos cabelos castanhos que iam até o meio das costas, sua pela bronzeada, igualzinha a da Tia Mel... Ela estava deitada de lado, dormindo com a cabeça em cima do braço, e as pernas entrelaçadas que só ela faz quando dorme, desde pequena Sarah dormia assim... Estava encantadora e linda como só ela é quando dorme. Eu podia passar o resto da noite em pé, ali mesmo a admirando... Céus, o que é que deu em mim! Sarah é minha prima, fomos criados juntos... Algo deve estar errado comigo. E MUITO errado. Balancei a cabeça, tentando tirar aqueles pensamentos confusos da minha cabeça. Então, fui até a velha cômoda de madeira onde eu sabia que Sarah guardava algo valioso – o seu diário.


Peguei o caderno pequeno que minha mãe tinha comprado pra ela. Era um e estava escrito: ‘’ Sarah. ‘’ Agora, eu tinha a minha vingança!


POV Sarah :

– Seu idiota! – Gritei exasperada, entrando a toda no quarto de Ryan.

– O que é que é que eu fiz dessa vez? – Ele perguntou, fingindo não entender.

– Não se faça de desentendido! – Falei pulsando de cólera – Você pegou o meu diário! Me devolve ele, AGORA!

– Ah, é isso que você está procurando? – Ele disse cínico, tirando meu diário debaixo de seu travesseiro.

– Se você leu alguma página, eu juro que te mato Ryan O’Shea!

– Relaxa, eu AINDA não li nenhuma parte.

– Sorte a sua – Falei estupefata – Agora devolve o meu diário!

– Não!

– Ryan!

– Agora estamos quites! Isso é por você ter feito Sharon me colocar na detenção!

Bufei, enfurecida. Ryan estava com um sorriso cínico no rosto. Um silencio perturbador caiu sobre o quarto. Foi ai que eu aproveitei um momento de distração de Ryan para tentar pegar meu diário. Era tudo ou nada. Mas antes que eu pudesse pegá-lo, Ryan o puxou rapidamente.

– Solta! – Gritei enquanto tentava puxar o diário da mão dele, mas em vão, por que Ryan ainda segurava firmemente em sua mão. Eu o puxava de um lado e Ryan do outro. Foi ai que o pior aconteceu, o diário se partiu ao meio.

– Tá vendo o que você fez! – Falei desolada, olhando pra os pedacinhos de papel caírem no chão.

– Sarah... Desculpa... Eu só...

– Não adianta mais se desculpar agora... Está rasgado... Satisfeito? - Falei magoada, saindo em passos fortes do quarto, caminhando pelos corredores rochosos da Caverna.

– Sarah... Espera!– Ryan chamava, tentado me alcançar – Sar...

– Me deixa Ryan!

– Espera! – Ouvi os passos dele se aproximarem mais e mais de mim. Então, senti mãos fortes segurarem meu braço, me impedindo de sair do lugar. Levantei os olhos do chão rochoso, e então, nossos olhares se encontrarem. Meus olhos encontraram aquele lindo par de olhos Neve, Safira, Meia- Noite.

– Sar... – Ryan murmurou baixinho, e suas mãos foram para minha bochecha, limpando delicadamente com a ponta dos dedos as lágrimas que escorriam teimosamente pelas maçãs do meu rosto. Espera... Ele tinha me chamado de Sar? Era a primeira vez que ele me chamava pelo meu apelido!

Eu não conseguia desviar meu olhar de seus lindos olhos azuis. Na verdade, era a primeira vez que eu me perdia em seu olhar. Era a primeira vez que eu me sentia daquela forma... Meu corpo parecia gritar para que ele ficasse mais próximo de mim e seu olhar... Parecia me hipnotizar... Eu estava confusa, atordoada, louca.

Você sabe exatamente o que fazer

Para que eu não fique brava com você

Por muito tempo, isso é errado


– Me perdoa? – Ele perguntou e quando me deparei, ele estava se aproximando do meu rosto.


Meu coração disparou e, de repente, seus lábios estavam nos meus. Começou com um beijo carinhoso, mas depois ele se aprofundou e quando nossas línguas tocaram, um choque percorreu meu corpo. Eu... Nunca tinha beijado ninguém... E eu não sabia direito como fazer... Era uma sensação indescritível... Como se um vulcão estivesse entrando em erupção dentro de mim... Todo o meu corpo pulsava, e meus pulmões se negavam a trabalhar. Não entrava nem saía ar, e acho que a única coisa que se mexia no meu corpo, além dos pelos eriçados da minha nuca, eram os meus olhos, que piscavam bastante para ter certeza que eu não estava sonhando tudo aquilo.


Ryan parou de me beijar, sem se afastar um centímetro de mim, colocando a sua testa contra a minha, fazendo nossos narizes se tocarem. Por sorte ele era forte o bastante, porque se ele tirasse a mão de minhas costas, eu certamente desabaria como uma fruta podre no chão.

– Por que... Fez... Isso? – Perguntei arfante. Por algum tempo, nós apenas nos encarávamos.

– Eu... Não... Sei...

– Qual é o nosso problema? – Ryan perguntou, atordoado.

– E-Eu não sei. Só sei que eu estou muito confusa agora... – Falei.

– A gente tem que parar de fazer isso.

– Concordo... – Eu disse. – Eu acho que a gente devia voltar a se odiar para poder esquecer isso tudo. Lembre-se de quanto você me achava MUITO irritante.

– Ah, eu lembro. – Ele sorriu. – Bem melhor assim.

E foi ai que Ryan fez uma coisa que eu jamais imaginaria que ele fizesse no momento. Ele me beijou de novo... Pela segunda Vez... Seus lábios eram cálidos... Quentes... Macios.

– Pra guardar de lembrança – Ele disse com um sorriso malicioso. – Afinal ,isso não vai acontecer de novo não é?

– Deixa de ser idiota, garoto. – Eu o empurrei de leve e ele riu. Então, fomos para Sala de jogos, onde todos estavam, como se nada tivesse acontecido... Mas na verdade... Eu nunca iria esquecer aquele beijo.


Mas eu simplismente não posso deixar você ir


Mas eu odeio te amar tanto assim

Hate That I Love You (feat. Ne-Yo)Rihanna




 


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Notas finais do capítulo

E ai e ai, gostaram? ^^
Esperamos que sim! Que tal reviews,recomendações?
Pois é gente, nesse capitulo vocês conhecerão mais um pouqunho sobre o Chase. Ele sofreu bastante até chegar aqui gente, e logo vocês conhecerão mais um pouco sobre ele. ^^
Ui ui, que gostou do beijo da Sarah e do Ryan levanta a mão! Eu eu eu! hehe. E ai, será que eles finalmente vão se acertar? Hate That I Love You. hehe. Isso só vamos saber mais pra frente. ^^
Por hoje é isso flores, esperamos que tenham gostado do capitulo e não se esqueçam de comentar!
Um beijão e Até o próximo capitulo!



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