No Capitulo Anterior :

– Bom dia. - Disse Bella, animadamente entrando na sala de jantar. Edward reparou que em seus olhos havia um brilho diferente nos olhos, um brilho de superação.

– UOU, o que é tudo isso? - Alice perguntou, boquiaberta, olhando para mesa. Ali havia todo tipo de frutas, pães, liquidos e recheios que podiam imaginar, poderia alimentar muito bem 20 pessoas, e ainda deixa-las satisfeitas.

– Exageramos? - Emmett disse, com uma cara engraçada.

– Um pouquinho - Respondeu Rosalie - Mas tentaremos não desperdiçar.

Se sentaram e começaram a se servir, conversando com Emmett, Jasper e Edward, até que Carlisle e Esme entraram na sala, com expressões animadas e ansiosas.

– Bom dia, gostariamos de anunciar uma coisa.

– Falem - Alice pediu, enfiando uma torradinha na boca.

– Nós iremos voltar para a Itália.

A torradinha de Alice entalou na garganta.

*************

Rosalie estava sentada entre Alice e Isabella, apertando fortemente as mãos das duas e com os olhos bem fechados.Você está em um belo jardim, com os pés descalsos tocando na grama molhada, entoava mentalmente, para ver se ajudava.

Isabella apertou o botão que ficava em cima da sua poltrona.

– Em que posso ajuda-la senhorita? - Perguntou a aeromoça assim que chegou, apagando o botãozinho

– Você pode, por favor, me trazer um pouco de água.

– Claro. - Respondeu, se virando e indo buscar a água que a moça inumanamente linda lhe pedira.

– O que foi? - Sussurrou Edward, sentado na poltrona do corredor, assim como Isabella e ao lado da mesma.

– Rosalie morre de medo de altura, isso inclui aviões - Sussurrou de volta.

– Sério? Ela tá bem? - Perguntou Emmett, alarmado, ao lado de Edward.

– Uhum. Só não me lembre onde estou. - Rose falou baixinho.

– Aqui está senhorita. - A aeromoça interrompeu a tensa conversa, entregando a Bella um copinho com água.

– Obrigada. - Respondeu e sacudiu Rosalie, pedindo para tomar o liquido. A loura, com as mão tremulas, pegou o copinho e entornou de uma vez, tendo o cuidado de não engasgar. Já estava pagando um mico muito grande na frente dos Cullen, não queria ter que ser socorrida por não saber beber água.

– Hey - Jasper chamou a moça, antes dela ir embora. - Pergunte ao piloto quanto tempo iremos demorar.

– Sim, Sr. Cullen

Quando a aeromoça se virou para ir embora, os três desafivelaram os cintos e foram ocupar as poltronas que ficavam de frente para as garotas, virado para elas. Jasper sentou perto da janela, assim como estava antes, de frente para Alice. Emmett no meio, olhando preucupado para Rosalie, que permanecia com os olhos firmemente fechados e apertando tão forte as mãos das irmãs que os nós dos dedos jás estavam ficando brancos. E por fim Edward, de frente para sua petit e na poltrona do corredor.

– Acho que vocês vão gostar batante da Itália. - Começou Jasper. - Dizem que a comida de lá é ótima, gostaria muito de provar, mas pra mim, parecerá apenas um monte de borracha.

– É verdade, vocês não comem né? - Rosalie perguntou, com a voz fraca.

– Não, o nosso organismo não aceita muito bem comida humana. Só o que nescessitamos é sangue pois não temos nescessidades biólogicas. - Completou, mas ainda assim deixou um mistério no ar.

Alice notou o que Jasper fazia e lhe lançou um olhar agradecido. Ele queria fazer Rosalie perguntar mais e esquecer aonde estava, e a natureza curiosa da loura não a deixaria com poucas informações.

– Então vocês não podem comer?

– Não no sentido técnico da palavra. - Intrometeu-se Edward - Podemos ingerir alimentos, mas isso não nos beneficia então não há motivos para comer, além do que não é muito confortável ficar com um peso a mais no corpo então nós temos que... digamos, nós livrar dela. - Uma careta se formou no seu belo rosto.

– E como vocês fazem isso?

– Enfiando quatro dedos na goela. - Disse Emmett.

– Eew. - As três fizeram umas caretas idênticas, como se tivessem numa mesma sincronia e realmente, estavam.

Os rapazes riram e Jasper deu um tapa na cabeça de Emmett, o repreendendo.

– Senhores? - A aeroporta chamou, envergonhada por interromper a conversa entre seus patrões. - Chegaremos a Roma em meia hora.

– Obrigado - Edward sorriu e a aeromoça saiu corada e tonta. Isabella sentiu um aperto no seu coração e fechou a cara na mesma hora.

Mas não, não era ciúmes de namorada ou algo do gênero, era ciúmes de amiga, pelo menos assim que ela pensava. Aquela mulher era falsa demais para Edward, o corpo dela simplismente não era dela. Bella apostaria toda sua herança dizendo que aquele peito e aquela bunda tinham silicone. Naquele cabelo com toda certeza tinha progressiva e aquele sorriso que ela dava era falso. Aquela não era uma boa mulher para seu amigo. Na verdade, só Bella ensava assim, Alice achara a aeromoça muito simpática e prestrativa, isso por que ela não deu em cima de um certo loiro.

Passou-se uma semana desde o acidente - Rosalie e Alice preferiam usar esse termo, era menos trágico, mas Bella era dura e realista, quando se referia aquela noite, falava de assassinato– e as meninas aprenderam a gostar de Edward, Jasper e Emmett. Na verdade, gostar deles não era nem um pouco difícil, por eles serem absolutamente incríveis.

Havia Emmett, o grandalhão musculoso de cabelos curtos e pretos, bem estilo militar. Qualquer pessoa que preze por sua vida não ousaria enfrenta-lo ou sequer levantar a voz pra ele, mas quem o conhecia de verdade sabia que ele era uma criança presa no corpo de um adulto.

Jasper tinha uma cara de sério, as orbes douradas pareciam sempre em alerta, analisando cada movimento seu. No terceiro dia no castelo, as garotas descobriram que Jasper fora o guarda costas de uma pessoa muito importante, por isso estava sempre em alerta, porém, ao lado das pessoas em que ele realmente confiava, Jazz relaxava e ficava com um leve sorriso no canto dos lábios. Principalmente ao lado de Emmett e Alice, pois, como todo empata, ele gostava de emoções mais vibrantes, e aqueles dois estavam sempre sorrindo e pulando pelos cantos.

E por último, mas não menos importante, havia Edward. O ruivo parecia uma mistura dos seus irmãos, alerta, como Jasper e brincalhão, como Emmett. Alem disso, ele também tinha um dom : conseguia ler mentes. Quando souberam disso, as meninas ficaram animadas e constrangidas, pois, embora o dom fosse realmente empolgante, nenhuma delas queria ter seus pensamentos expostos, não importa o quão bobo eles sejam. Foi um grande alívio quando Edward disse que Bella, inconsientemente, bloqueava o dom dele contra as pessoas que estavam perto dela, então era raro conseguir pegar um leve teor das mentes de Alice e Rose, já que elas estavam sempre tão perto da morena.

A loura e a baixinha ficaram perguntando se também tinham dons, Carlisle disse que sim, mas não iria contar, deixaria que elas descobrissem naturalmente, Bella apenas riu da impaciência das irmãs, Alice e Rosalie conseguiam ficar bem chatas quando queriam e com toda certeza aquele assunto não estava acabado.

Naquela tarde, Bella conseguiu ficar um tempo sozinha, ela queria botar seus pensamentos em ordem. Todos naquela casa eram bastante simpáticos e prestativos, pareciam estar sempre prontos para ajudar. Ela já havia se acustumado com os Cullen, estranhamente, não gostaria de ver sua vida sem eles, afinal, foram sua família no século XVI e estão sendo agora. Mas nada que acontecesse iria apagar os Swan da sua cabeça, principalmente a pequena Marie.

Machucava demais, mas ainda assim ela teimava e ficava pensando no que a pequena estava fazendo naquele momento. Ela se achava a "porra de uma masoquista", porém não conseguia parar! Parecia que sempre que envocava aquele rostinho na sua mente, tudo se ficava bem para depois cair espetaculosamente em pedaços.

Bella e Marie sempre foram muito próximas. Quando Marie nasceu, Bella tinha 15 anos e nunca sem importou com a diferença de idade, quando Renné saia com Charlie - o que era quase toda noite - a morena preferia perder uma festa e ficar cuidando de Marie do que deixar sua pequenina nas mãos de outra pessoa, já que sempre foi muito protetora em relação a ela, e parecia que Marie retribuia todo esse amor. Seus primeiros passinhos? Foram para chegar em Bella, que estava do outro lado da sala. Sua primeira palavra? "Beia", ela gritou quando tinha acordado, com 10 meses. Seu primeiro sorriso? Pra Bella, quando a morena fazia caretas na frente dela, assim como sua primeira gargalhada que mais parecia um repicar de sinos.

Já que nem sempre seus pais estavam perto de Marie, Bella ganhou um cargo mais elevado do que "irmã". Não tinha uma definição, elas simplismente se amavam mais que tudo. Mal sabiam, que o passado tinha um forte motivo nessa relação.

Na segunda noite no castelo, Bella rolava na cama e não conseguia pregar o olho. Seu coração estava apertado e toda hora o rostinho de Marie vinha a sua cabeça. Ela sentou na cama e respirou fundo, decidindo fazer o que a machucaria muito, mas daria uma acalmada no seu coração. Ela decidiu ir ver sua pequenina.

Correu para o closet e pegou roupas em tons de preto e azul marinho, que poderia ser facilmente camufladas no escuro, prendeu seu cabelo num coque e desceu as escadas correndo. Não viu nenhum dos Cullen, e se visse, nenhum deles iria conseguir impedi-la, ela estava decidida no que ia fazer.

O vento gelado jogava seu cabelo pra trás, desfazendo seu coque, enquanto ela corria a toda velocidade em direção a Forks. Pegou alguns atalhos e não parou ou diminuiu a velocidade em momento algum. Quando viu a simples placa "Bem Vindos a Forks", seu coração deu pequenos saltos de alegria, nunca aquele pedaço de metal pareceu tão bonito para ela. Passou por vária casas, escutou corações batendo e pessoas dormindo, viu uma adolescente fugir pela janela de seu quarto, provavelmente iria para alguma festa, passou pelo centro de lojas e só parou quando viu o grande portão de ferro, protegendo a propriedade dos Hale, Brandom e Swan.

Respirou fundo. Não sabia se seria forte o suficiente para entrar ali e não anunciar que havia chegado, como sempre fez. Mas ela queria ver Marie, na verdade, ela precisava, ver Marie, logo pulou aquele portão.

Decidiu não entrar pela porta da frente, seria díficil demais pra ela, então escalou a parte de fora da casa e foi parar na sacada do quarto de Marie. A porta estava aberta, como sempre ficava durante a noite, e só agora Bella percebia o quanto isso é perigoso. A cortina balançava com o vento gelado, mas Bella nem se importou em fechar a porta, já que Marie sempre reclamava de calor a noite. Pois é, a garota morava num lugar onde a madrugada variava entre 2 graus e ficava com calor, vai entender.

Bella respirou fundo e sentiu o cheirinho de criança, o cheirinho tão único de Marie. Escutava a respiração dela e o seu coraçãozinho batendo num ritmo calmo. Andava devagar, com um nó na garganta, a respiração acelerada, logo chegou a beira da cama e não conseguiu prender as lágrimas e elas escorreram.

Marie tinha os cabelos castanhos espalhados pelo travesseiro, as bochechas coradas e estava com os lábios entreabertos, suspirando de vez em quando. O que mais emocionou a morena era que sua pequena estava agarrada a uma blusa que Bella gostava muito e ganhou quando tinha 16 anos da própria Marie. Não conseguindo se conter, ela esticou a ponta dos dedos e tocou a blusa e a mãozinha de Marie.

No mesmo instante veio uma imagens borradas na sua cabeça que ela não conseguiu identificar, logo essas imagens foram tomando forma e Bella começou a observar, assustada, como uma pessoa de fora, que via mais não podia interferir em nada que estava acontecendo.

A primeira cena ela via Marie em uma loja com sua antiga babá. A pequena menina apontou impetuosamente em direção a um cabide e falou "É essa, Malia, é essa" pegou a camiseta e entregou a babá, que sorriu em aprovação. Logo depois Bella viu Marie embrulhando o presente e entregando a irmã, que sorriu e a abraçou apertado, agradecendo. Veio um clarão e a cena mudou, Bella estava com Alice e Rose no jardim, já estavam indo subir pra se arrumar para festa quando Marie entra e pula no colo da morena, a abraçando apertado e dando varios beijinhos estalados por seu rosto. Animadamente, a menininha conta seu dia e como foi divertido o pouco tempo que sua mãe conseguiu passar com ela no parquinho e o quando sentiu falta de Bella. A"nova" Bella, a que observava não pode deixar de se emocionar, aquela fora a última vez que esteve com Marie daquele jeito, antes da festa a menininha apenas passou no quarto da irmã pra desejar bo noite.

Um novo clarão fez a cena mudar, dessa vez, uma Marie sonolenta entra no antigo quarto da irmã e pega a blusa que ela havia dado e presente e que foi a última coisa que viu Bella usar, cambaleante volta pro seu quarto e dorme abraçada a blusa, murmurando antes um "Boa noite m-Bella".

O que realmente tinha acontecido e que Marie não estava conseguindo dormir sem a pessoa que todos os dias a colocava na cama, contava uma história e espantava os montros do armario então decidiu tentar ficar um pouco mais próxima de Bella, dormindo agarrada a algo que havia seu cheiro. Mal sabia a criança que a pessoa que ela mais amava estava agora a observando dormir com o rosto banhado em lágrimas.

Isabella de inicio se assustou com as imagens que surgiram na sua mente, tinha até cenas que ela não estava presente e ela conseguiu ver!, Mas depois lembrou da explicações sobre os "poderes" que iam aparecendo aos poucos, esse devia ser um deles.

A morena só saiu do lado da irmã quando os primeiros raios de sol começaram a aparecer, ela voltou para a mansão dos Cullen e se jogou em sua cama. Agora, com o cheirinho de Marie em suas roupas, ela conseguia dormir.

A semana se passou com os preparativos pra viagem para Itália. Alice se divertiu comprando roupas com um "disfarce", já que ela não podia ser reconhecida nos grandes centros e arrastou Emmett com ela, alegando que ele era o que dava para carregar mais sacolas. Rosalie ajudou Edward a arrumar as coisas dos seis que estavam na mansão de Forks para levar pra Europa e Bella foi com Jasper a um homem para comprar identidades e passaportes falsos para as meninas.

No dia da viajem, quando Rosalie viu o mini jatinho dos Cullen, gelou da cabeça aos pés. A loura preferia ir de jangadinha pra Europa do que de avião, mas Bella pegou na sua mão direita e Alice na sua esqueda, as duas apertaram as mãos ao mesmo tempo, mostrando que estariam ali pra Rosalie, afinal, elas sempre estavam.

– Abelinhaaaaa – Emmett cantarolou, trazendo-a de volta a realidade. Bella sorriu para o vampiro que mais parecia uma criança. - Coloque os cintos, irememos aterrissar.

Nesse mometo, Rosalie se fez presente e apertou tão forte a mão das irmãs que elas emitiram um gemido baixo, só que a loura estava tão apavorada que não escutou o protesto das irmãs. Quando foi sentido o impacto delicado das rodas contra o chão e a pausa do motor no jatinho Rose suspirou e soltou as mãos de Alice e Bella, que automaticamente movimentaram-nas para ver se havia algum osso quebrado.

– Ragazze, - Disse Emmett, num sotaque engraçado - il benvenuto in Italia.¹

Bella esticou o pescoço para poder olhar pela janela do avião. Estranhamente, ela se sentiu em casa.

–-

¹ Meninas, bem-vindas à Itália.

Deem uma passadinha na minha nova-velha one shot, Um amor em dez minutos e se gostarem (ou não gostarem), comentem :)