Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 8
Um Passeio Quase Normal


Notas iniciais do capítulo

Cap dedicado pra InvaderJulianaBroflovski e SenoritaAlmodovarCartman, as únicas leitoras que me deram sinal de vida até agora u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/209759/chapter/8

POV: Kyle.

  

Acordei cedo, novamente.  

Fui tomar um banho e vi Katy na sala, me esperando.  

- Hey! O que você está fazendo aqui? - perguntei, surpreso com a visita dela.  

- Bom dia para você também, Kyle! - disse ela sorrindo.  

Stan estava saindo da sala.  

- Cara, onde você viu a droga do controle? Eu não consigo achar... - disse Stan, irritado.  

- Pergunta pro Kenny que ficou ontem até de madrugada assistindo TV. - disse sorrindo também.  

Stan foi para o quarto do Kenny.  

- Quer alguma coisa? - disse pegando o pão e uma geléia na geladeira.  

- Não, obrigada. Eu já tomei café... - disse se sentando na mesa.
   Me sentei de frente com ela e começei a comer.  

- Aí Kyle, eu estava pensando que já que você me convidou para sair ontem (e ainda comprou as coisas no supermercado sozinho) eu gostaria que você tirasse o dia para ficar comigo.  

- Você sabe que não precisa compensar, fui eu que te convidei, então a obrigação era minha de comprar as coisas no supermercado.  

- Qualé! Vai aceitar ou não?  

- Onde nós vamos?  

- Bem, vamos dar umas voltinhas pela cidade.  

- A idéia é fazer um tour em Nova Iorque? - perguntei em um tom de brincadeira.  

Rimos.  

- Bem, se é assim que você pensa.   

Dei um risinho.  

- Eu quero ir sim.  

- Vamos começar agora?  

- Ok, deixa só eu terminar de tomar café... - disse dando uma mordida bem grande no pão para ele acabar logo.  

- E outra coisa... você vai ter que me ajudar a comprar as coisas, ok?  

Dei um riso de boca cheia de propósito.  

- Ah! Isso é golpe baixo! - disse. - É excesso de fofura para um judeu ruivo e de olhos verdes como você!  

- Tá me chamando de fofura ou de gostosão? - disse engolindo o ultimo pedaço de pão, praticalmente.  

- Apenas de fofo.  

- Se quiser, o ursinho carinhoso aqui aceita abraços apertados e beijos demorados. - disse sorrindo. 

- Tá,  ursinho carinhoso... - disse antes de rir.  

Também dei um risinho.  

Quando ela parou de rir e ficou me olhando com seus olhos castanhos intensos.  

- Hey! Vai escovar os dentes! - disse.  

- Ah é... já volto! - disse me levantando correndo da mesa e indo pro banheiro do meu quarto escovar os dentes.  

Escovei com toda pressa possível e fui para a cozinha.   

Ela ainda estava sentada e apenas olhando casa detalhe da cozinha. A imagem dela naquele momento era algo hipinotizante demais.  

De repente, ela olha para trás e diz sorrindo:  

- Por que você tá me olhando desse jeito? É estranho...  

- Nada não... vamos? 

Ela se levantou e fomos ao elevador.  

Peguei meu celular, pois esqueci de avisar Stan que eu ia sair.
  

   " Hey cara, a Katy me convidou para ficar um dia fora.
   Qualquer coisa me liga ok?

   De: Kyle
   Para: Stan "

  

Então guardo meu celular no bolso e vejo que ela também estava me olhando.  

- Hey! Katy! Você tá bem ou tá boiando mesmo? - perguntei para ela sorridente.  

- Eu acho que é os dois... - disse sorrindo para mim.  

Quando as portas do elevador se abriram, Katy se virou para mim e perguntei:  

- Onde você vai querer ir primeiro? 

- Hum... Que tal ir á um lago? Sabe aqueles lagos em que tem aqueles barcos em formato de cisnes?  

- Hum, sei... Vamos lá então. - disse sorridente.  

Fomos á um taxi (que dessa vez, o motorista é comportado) e nos levou ao lago.  

Pegamos um cisne azul clarinho e começamos a andar nele, que é pedalar.  

- Desde quando pedalar um cisne é romantico ou divertido? - perguntei quebrando nosso silêncio.  

Ela olhou para mim e deu um sorrisinho.  

- Bem, acho que desde sempre - respondeu brincando também.  

Ficamos ali pedalando e rindo como retardados.   

Os casais que ali estavam fazendo a mesma coisa apenas olhavam para nós e riam também.  

Quando contei isso para Katy, que ainda não tinha percebido, ela corou de vergonha e decidiu ir embora dali.  

Tinha um taxi ali dando sopa, entramos nele com Katy tentando se esconder dos outros casais ali presentes.  

- Para onde vocês desejam ir? - perguntou o taxista.  

- Para a praça principal, por favor. - respondi e ele deu a partida no carro.  

A praça principal é o meu lugar favorito. Lá é um lugar calmo, bonito e um tanto romântico.  

Não que eu queira ter um lance com ela, mas é um passeio, certo?    

Após olhar para mim, que dei um sorriso torto para ela. E então, ela encostou sua cabeça em meu ombro.  

Quando chegamos lá, nos sentamos em um banco e eu fui comprar duas pipocas para a gente.  

- Oi gatinho... - disse uma mulher morena. - Tá acompanhado, é? - dizendo isso, se aproximou mais.  

- Estou, desculpe. - respondi me afastando dela.  

- É aquela ali? - perguntou apontando para Katy, que estava conversando desconforavelmente com outro rapaz.  

- É. - respondi. - E ela é minha namorada.  

Ela tentou me agarrar para me beijar ali na fila, eu já estava começando a ficar irado.  

- Dá pra se afastar do meu namorado? Caramba, eu não posso me afastar um pouquinho dele que as vadias já caem matando? - disse Katy ficando do meu lado.  

Ela abraçou minha cintura e eu o ombro dela. Aquela mulher não respondeu nada.  

Logo chegou a nossa vez, comprei duas pipocas e fomos para um banco bem distante daquele.  

- Nunca fiquei com tanto ciúmes como fiquei hoje... - disse Katy se sentando e pegando a pipoca da minha mão.  

- Digo o mesmo. O que aquele viado falou com você?   

- Calma, Kyle. Ele só estava me cantando. Mas graças a minha atitude para te salvar me salvou também dele. Fica calmo. 

- Tô tentando. 

- O que eu posso fazer para você ficar calmo?  

- Que tal apoiar sua cabeça no meu ombro denovo?  

Assim ela fez.  

Aquela mulher estava se aproximando com o rapaz que estava cantando Katy. Me agarro na cintura dela.  

- Aí gatinho, o lance é o seguinte... - disse a mulher para mim. - Eu e Jeff estamos desconfiando que vocês não são namorados.  

- O problema é de vocês. - disse seco.  

- Qual é? O que é que tem provar para a gente que vocês estão namorando? Se isso for verdade, é óbvio....  

- Tô pouco me lixando para a opinião de vocês. Será que vocês poderiam fazer o favor de nos deixar em paz?  

- Não até eu me divertir um pouco com essa aqui, hehe... - disse Jeff pegando Katy pelo braço.  

- Me solta, seu babaca! - disse Katy.  

Não me aguentei: dei um soco no nariz dele.   

- Você... você quebrou meu nariz, seu filho da mãe! - disse Jeff colocando a mão no nariz e soltando Katy.  

- Vamos pro hospital, Jeff. Parece karma isso, aff... - disse pegando Jeff pelos ombros e saindo das nossas vistas assim.  

Peguei Katy pelos ombros e sentei ela no banquinho comigo.  

- Bem, eu achava que esse lugar não era cheio de prostitutas e de babacas... - comentei a abraçando.  

Nesse momento, eu percebi que havia jogado o saco de pipoca no chão pra quebrar o nariz do cara. Mas como eu estava abraçada com Katy, decidi que a pipoca ficaria lá e eu e ela compartilharíamos a pipoca dela.  

- Pensei que você iria me beijar para prová-los que eramos namorados. - disse ela.  

- Bem, eu respeito seu namoro com Derek.  

Respirou fundo.  

- Bem, quem deve desculpas pelo passeio agora sou eu. - disse.  

- Claro que não, sua bobinha. Eu, por mais que tudo isso esteja acontecendo com a gente, eu tô gostando do passeio.  

- Sério?!  

- Aham.  

Vi ela dar um sorriso.    

- Bem, obrigada por quebrar o nariz do cara para mim. - agradeceu.  

- E obrigado por ter evitado que ela me agarrasse na fila. - agradeci.  

- Bem, parece que estamos quites. Vamos andar um pouco? - disse ela se levantando e jogando o saco de papel da pipoca em um cesto próximo do banco.  

- Ok, vamos. - disse me levantando também.  

Para que ninguém mais nos provocasse, andamos com ela abaçando minha cintura e eu abraçando os ombros dela.  

Parecia que, naquele momento, um sentimento crescia no meu peito, e quando eu estava com ela, parece que ela alimentava esse sentimento. 

Quando chegou a noite, pegamos um taxi e fomos para o teatro.  

Para variar, assistimos o teatro de Romeu e Julieta. No finalzinho da peça, ela começou a chorar.  

- Porque você tá chorando, Katy? - perguntei a abraçando.  

- Essa peça me faz chorar, Kyle. - respondeu.  

- De saudade ou de tristeza?  

- De tristeza por eles não terem ficado juntos.  

E então, o teatro acabou e fomos embora em um taxi para o apartamento dela. 

Lá, Alex não estava. Deixou um bilhetinho informando que estava trabalhando, como garçonete no McDonald's. Provavelmente, ela deixou isso de tarde, pensando que Katy voltaria aproximadamente, ao anoitecer.  

Eu e Katy ficamos lá, nos divertindo assistindo stand up no Comedy Central.  

Quando ela saiu para preparar alguma coisinha para comermos, meu celular toca.  

Vou até a sacada e atendo.  

- Alô? - digo.  

- Oi Kyle, é o Stan. Tudo bem por aí?  

- Sim, eu tô até no apartamento da Katy.  

- E aí? Se divertiu?  

- Muito. Um carinha lá apanhou pra mim em um parque que a gente tava.  

- Quer dizer que vocês nem almoçaram?  

- Na verdade, eu esqueci desse detalhe, eu nem sei se ela lembrou. Mas, pra compensar, a gente comeu pipoca.  

- E também aconteceu uma coisa legal comigo hoje... Eu finalmente achei o controle! - exclamou antes de rir.  

- E então? Tava com o Kenny o controle?  

- Tava.   

- Descobriu o que o Kenny tava assistindo?  

- Você tem dúvidas? Tava assistindo seus... programinhas básicos, e depois ficou com sono e foi dormir, levando o controle junto.  

- Que bobão... - ri.  

- Que horas você vai voltar? A gente precisa resolver uma coisa...  

- O que?  

- A gente esqueceu de comprar os presentes de Natal, cara...  

- Bem, a irresponsabilidade é a nossa cara, né? - disse antes de rir.  

- É verdade. E por isso, convida as meninas aí pra ia em um acampamento amanhã cedo. A gente vai fica até amanhã cedo lá.   

- Pra que?  

- Pra gente entregar os presentes!  

- E se elas não tiverem barracas e sacos de dormir?  

- Eu já comprei, Kyle, fica tranquilo.  

- E a gente vai comprar os presentes hoje?  

- É.  

- Mas tem um problema... A Alex arrumou um emprego e não vai poder ir.  

- Tudo bem, a gente entrega o presente dela depois.  

- Então eu já vou indo, tchau!  

Desliguei o telefone e voltei para a sala.  

Katy havia pegado duas cocas e uma bacia com salgadinhos mistos.  

- O que Stan queria? - perguntou.  

- Ele convidou você e Alex para ir a um acampamento amanhã cedo.  

De repente, Alex chega.  

- Oi Kyle... Tudo bem? Como foi o passeio? - disse Alex já se cumprimentando com beijinhos comigo.  

- Foi bem legal... Quebrei um nariz, vi Katy chorar por causa da peça Romeu e Julieta e pegar um mico comigo. - respondi olhando para Katy, que quase faltou jogar seu copo de coca cola em mim.  

Alex riu.  

- Como foi o trabalho, Alex? - perguntou Katy  

- Cansativo. - respondeu.  

- Alex, Stan me pediu para convidar você para ir em um acampamento amanhã cedo.  

- Desculpe, vou estar trabalhando. - respondeu Alex antes de abrir a boca de sono. - Vou tomar um banho...
      E então, estávamos nós sozinhos na sala de novo.
      - Eu vou, ok? - disse Katy.

- E o saco de dormir e a barraca? Eu não tenho...  

- Tudo bem. Não se preocupe com a barraca ou o saco de dormir, pois Stan já comprou.  

- Será que temos que passar no supermercado no taxi daquele cara de novo? - disse Katy no tom de brincadeira.

- Não me lembra disso... eu fiquei muito irritado!  

Ela riu.  

De repente, o telefone toca e ela vai atender:  

- Alô?... Oi amor, tudo bem?... Eu também tô, não adianta se dar uma de coitado não tá? Quem escolheu ir para essa faculdade em Berlin não fui eu!  

Decido ir embora. Dou um tchauzinho para ela, que pareceu um tanto inconformada e depois entrei no elevador.


POV: Katy.

- Alô? - digo ao atender o telefone.  

- Alô Katy! Sou eu, Derek! - diz Derek.  

- Oi amor, tudo bem?  

- Não, eu estou morrendo de saudades de você.  

- Eu também tô, não adianta se dar uma de coitado não tá? Quem escolheu ir para essa faculdade em Berlin não fui eu!  

Ele apenas riu. Kyle deu um tchauzinho e eu fiz um sinal que era para ele ficar, mas ele foi embora.  

- Será que dá pra parar de rir? - perguntei, sarcástica.  

- Ok, ok... - disse ele se recompondo.   

- Derek, me responda... você teve aula assim que chegou?  

- Tive, porque?  

- As pessoas geralmente vão mais cedo viajar, e além do mais, elas chegam de viagem casadas. Você está me escondendo alguma coisa, Derek O'Conner?  

Ele desligou o telefone.  

- Filho da mãe... - reclamei desligando também.  

Derek está fazendo alguma coisa errada e eu vou descobrir. Ele que me espere.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? =D Tá ficando legal?