Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 21
Investigação - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Há, vou matar a curiosidade de vocês !
Boa leitura!



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POV: Katy.

Senti um friozinho na barriga de repente. O avião estava pousando.

Mal via a hora de descobrir os assassinos dos meus pais, no entanto que eu não comi nada durante o vôo. As aeromoças faziam piadinhas entre si que eu estava de regime, não podia deixar de rir de suas piadas também.

O pior de tudo é que eu não tenho um mistério, mas sim dois. O de descobrir o assassino dos meus pais e descobrir o que o Kyle esconde. Fico até em expectativa, esperando a decepção que ele vai me dar.

O avião pousou e todos começavam a levantar. Fiz o mesmo. Logo as portas se abriram e saí. Fui comer um pouco em um fast-food do aeroporto.

Enquanto comia, decidi não visitar minha avó. Não queria lhe explicar toda a situação e nem com quem Lily está. Lily está bem, segura e viva.

Depois, paguei e fui no cemitério. Me lembro até hoje do enterro dos meus pais.


Flashback on:

– Calma, minha querida! - me confortava a minha tia. - Seu papai e sua mamãe estão do seu lado, como sempre vão estar...

Por mais que as palavras dela me confortassem, nunca era o suficiente. Nunca será o suficiente para curar a cicatriz que sangra sem parar no meu peito.

Me levantei da cadeira que estava sentada e me aproximei dos caixões dos meus pais. Alí só há dois corpos pálidos, sem vida. Me aproximei mais da minha mãe. Olhei aquele rosto com olheiras e suas mãozinhas, segurando um tercinho que eu dei para ela.

– Desculpe, mamãe. Desculpe por todas as coisas que eu fiz de errado. Pelas minhas atitudes erradas. Pelos momentos que eu te deixei triste. - disse passando a mão pela testa dela.

Dei minha última olhada nela e me aproximei de meu pai, que também estava com olheiras e hematomas nas mãos, que seguravam uma cartinha que eu fiz para ele no dia dos pais.

– Oi, papai. - disse. - Lembra daquela promessa que fizemos de nunca mais chorar quando alguém cumprir a sua missão? - sussurei. - Desculpe por descumpri-la.

Fizemos essa promessa quando meu avô tinha morrido. Meu avô era a melhor pessoa do mundo. Era uma das únicas pessoas que eu desabafava e me entendia. Ele dizia que eu era parecida com a vovó. No dia do enterro, meu pai me disse, enquanto eu ainda chorava: "Sabe, filha, tudo que vai, volta. É uma lei da natureza. Seu avô já cumpriu a missão dele de vir, agora ele vai ter que voltar. Ele não gostaria de voltar sabendo que você está chorando... Não chore, querida, ele estava sofrendo muito, ele estava sentindo muitas dores, estava com muitos problemas, e agora ele foi para um lugar onde ele se livrou de tudo isso. Você não acha que ele ficaria triste em saber que você está chorando porque ele cumpriu sua missão?... Me promete, que nunca mais, nunquinha mesmo, vai chorar quando alguém cumprir sua missão?".

Depois disso, os homens enterraram meus pais, e começou a chover.

– Deus também está chorando, Katy. - sussurou titia em meu ouvido. - Não é só você.

Flashback off.

"Família Marshal."

Estava escrito no conjunto de lápides de mármore azul claro.

– Oi papai, Oi mamãe! - disse derrubando uma lágrima cair.

Logo, abri minha bolsa e peguei uma lanterna de luz cor roxa e iluminei parte por parte das lápides. Onde estava escrito "Família Marshal" podia ver com a lanterna que estava escrito: " Lago Starks".

Coloquei a lanterna na minha bolsa.

– Tchau pai, tchau mãe. - me despedi. - Prometo que vou achar o assassino de vocês e me vingar dele.

Depois dessa, fui para o Lago Starks.



POV: Kyle.

– Alô? Alex? - perguntei no telefone. - Aqui é o Kyle. Sabe onde a Katy está?

– Não, Kyle, a Katy sumiu. Ela disse que ia para um lugar e precisava que eu ficasse com a Katy. Já tentou ligar no celular dela?

– Já, mas está desligado, eu acho.

– Desculpe, Kyle, mas o que devemos fazer agora é esperar.

– Obrigada. - disse antes de desligar.

Soquei o coxão, mesmo sendo inútil para aliviar o ódio.

– Onde você tá, Katy?



POV: Katy.

No lago Starks, me sentei no chão e encarei o lago um pouco. Me lembrei que aqui dei o meu primeiro beijo em Brian Stevens, o garoto que eu gostava na minha quarta série. Depois do beijo, eu praticalmente, esqueci o garoto. Alex disse que era só uma "Vontadezinha inútil e idiota de beijar o garoto", hoje posso afirmar que isso e verdade.

Coloquei a mão na neve, pegar um pouco de neve, e senti um tipo do papel, peguei esse papel e vi que era uma foto. Uma foto dos meus pais no casamento deles. Peguei a minha lanterna e ascendi ali. Só estava escrito:


"Rua Francine Yard, nº 27. Como é sombria a traição dos homens."


Guardei a lanterna e a foto na minha bolsa. Fui até o primeiro taxi e perguntei:

– Moço, você sabe onde fica a rua Francine Yard? - perguntei.

– Sei. - repondeu. - Quer que eu te leve lá?

Entrei no carro e ele começou a dirigir. Ficamos em silêncio, na verdade, o silêncio era até bom. Como se fosse uma terapia.

Logo, ele chegou na rua e eu dei uma gorgeta para ele antes de sair do carro, que logo que sai, ele saiu da rua.

Começei a procurar a casa 27. Quando achei, percebi que era uma casa velha, que tinha impressão que era abandonada.

– Com liçença, senhora! - me chamou a atenção um rapaz. - Posso ajudá-la?

– Sim, sim... - respondi me virando para ele. - Por um acaso, essa seria mesmo a casa número 27?

– É essa sim. - respondeu. - Aí morava uma famíla, que só tinha duas filhas mulheres. - começou. - Um dia, uma de suas filhas se casou, e a festa foi aí. Durante a festa, a casa foi incendiada, e todos ali sairam com vida, mas o objetivo do cara que colocou fogo aí era matar todo mundo. E, por fim, eles fizeram a festa no lago Starks.

– Eu preciso entrar nessa casa aí. - disse. - Eu sou uma detetive, e há algo nessa casa que eu preciso encontrar. - menti. - Você pode me ajudar?

– Claro!

Entramos na casa. Havia algo naquela casa que me parecia familiar.


Flashback on:

– Mamãe? - chamei. - Me conta uma história de terror pra dormir?

Era uma noite de Halloween. Todas as mães das minhas amigas iam contar histórias de terror para elas dormirem, e eu queria que a mamãe fizesse a mesma coisa, só para não ser a única que a mãe não contara a história.

– Você vai ter pesadelos de noite. - respondeu minha mãe sentando na cama.

– Por favor! Eu juro que não vou ter! Por favor! - implorava.

– Ok. - disse antes de respirar fundo. - Tudo começou com uma família comum, que tinha duas filhas mulheres. A mais velha se chamava Margareth e a mais nova se chamava Catherine...

– O mesmo nome que o seu! - exclamei a interrompendo.

– Sim, é verdade. - respondeu sorrindo. - Certo dia, a mais nova, Catherine, se casou com David Marshal...

– O mesmo nome do papai!

Ela sorriu novamente.

– Os pais de Catherine inssistiram que ela fizesse a festa de seu casamento da casa deles, e assim foi feito. No meio da festa, alguém colocou fogo na casa dos pais de Catherine. Por sorte, ninguém saiu de lá ferido ou machucado. E até hoje, a busca por essa pessoa se continua pela família da Catherine.

– Mas todos foram embora depois da casa ser incendiada?

– Não. Todos foram para o lago Starks, que é um lugar muito especial para a Catherine. Todos comemoraram o casamento de Catherine e David lá...

Flashback Off.

– Minha mãe havia me contado uma história de terror igualzinha á essa daí. - disse. - Tenho certeza que ela contou aquela história fraquinha para não me dar pesadelos a noite com histórias de terror mais forte, digamos.

Agora, a ficha caiu que a festa de casamento era da minha mãe.

– Era para você dormir, é? - perguntou com um ar de deboche.

– Era. Quando ela me contou isso era Halloween, e todas as mães das minhas amigas iam contar histórias de terror para elas dormirem, e eu não queria que eu fosse a única que a mãe não tivesse contado a história.

Entramos na casa. A casa tinha três andares. Fomos lá em cima. Na última porta, havia uma espécie de cadeado com senha. A senha tinha 29 letras.

– Que legal. - disse o rapaz. - Você sabe a senha?

– Não. - respondi.

– Temos 725 possibilidades de ser a senha, vamos começar... - disse ele começando a mecher no cadeado.

– Não vou demorar muito tempo só pra isso!

– O problema é todo seu. - deu de ombros.

Peraí! "Como é sombria a traição dos homens." é isso! A frase tem 29 letras!

– Eu já sei como é a senha! - exclamei. - Me dê licença. - disse.

Ele saiu de frente da porta e eu coloquei as letras formando a frase, sem espaços entre as palavras. Quando terminei, pude ouvir o som da porta se destravando.

– Poderiamos ter arrombado a porta, afinal, já está velha mesmo. - disse o rapaz.

Revirei os olhos e entrei, ele fez o mesmo.

Era somente uma sala vazia, onde só havia um quadro no chão. Era um quadro de uma árvore genealógica da família Marshal. Acho que era só isso o que eu tinha que fazer aqui. Peguei o quadro, meti na bolsa (e ainda coube certinho), me despedi do rapaz e fui para o aeroporto.

Após comprar as passagens, liguei meu celular e liguei para o meu apartamento.

– Alô? - disse Alex.

– Oi, Alex! - disse. - É a Katy.

– KATY MARSHAL! ONDE A SENHORITA ESTÁ? - exclamou brava.

– Estou em South Park. Visitando minha avó. - menti. - A vovó está péssima, por isso não levei a Lily. Por favor, não conte isso para ela.

– Tá, e o que eu digo para ela?

– Diga eu eu voltarei para casa daqui a pouquinho.

– Além disso, o Kyle ligou atrás de você. - disse Alex. - Ele parecia bastante preocupado.

– Eu não quero saber dele por enquanto. - disse, seca. - Até logo. - disse desligando o telefone.

Logo, tive que entrar no avião. Me sentei perto da janela. Mas, alguma coisa na minha cabeça me dizia para ver melhor o quadro.

Peguei minha bolsa e começei a ver o quadro discretamente.

Analisei, analisei e descobri que, a família Marshal vem de um filho bastardo. Um cara chamado Tom Marshal se casou com Claire Thomas, e Tom acabou tendo um filho bastardo, que se chama... John Marshal, traduzindo, meu avô paterno.

Mas o que isso tem a ver com a morte dos meus pais? Será que foi alguém da família Marshal ou Thomas que acabou matando meus pais? Será que a morte do meu avô tem alguma coisa a ver com isso?



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Notas finais do capítulo

Eaí?