Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 40
Capítulo 41 - Passado


Notas iniciais do capítulo

Por mais que tenteamos esquecer o passado certas feridas não cicatrizam...



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-          Enquanto discordarmos de coisas tão importantes para mim como a saúde e o bem estar dos meus amigos e familiares...

-          Potter! – quase rosnou.

-          Principalmente! Então, por enquanto é melhor nos relacionarmos apenas academicamente.

-          É assim que você reage ao que aconteceu entre nós antes de sermos interrompidos por aquele maldito fantasma? – perguntou irritado.

-          A escolha é sua Malfoy! Ou muda a sua atitude ou nem amigos poderemos ser.

-          Você quer que eu vire amiguinho do Potter? - perguntou ofendido.

-          Não! Só que respeite aqueles que são importantes para mim. Agora se me der licença, tenho coisas a fazer. – disse dando-lhe as costas e indo embora.

-          Você está louca! Só pode! – gritou para ela antes de seguir na direção contrária à dela.

 

                                                                              oO.Oo                        

 

Na torre de Astronomia algumas horas depois...

-          Argh! Porque ele não consegue entender?

-          Ah! Oi,estou bem!

-          Nada de mais, só o Malfoy me perturbando a cabeça. – riu.

-          Não!!! Não quero mais que se meta nisso! O Malfoy é problema meu! – disse séria.

 

-          Eu não estou protegendo-o. – disse irritada. – Só que os meus problemas resolvo eu. Se precisar de ajuda eu peço. – disse mais calma, mas ainda irritada.

 

-          Mas já? Vai vir amanhã?

 

-          Te espero então. Beijos.

 

-          Cathy? – chamou Harry entrando pela porta.

 

-          Ah! Harry! Eu estava querendo falar com você.

 

-          Eu sei, Neville me disse que estava me procurando. – disse sério. – Assim como me disse que você e o Malfoy estavam nos jardins e foram atacados por um dementador. – disse bravo.

 

-          E você está bravo comigo porque eu estava nos jardins com o Malfoy discutindo pela milésima vez? – respondeu no mesmo tom do primo.

 

-          Não. Estou bravo porque eu já tentei te ensinar o feitiço para você se defender e você não quis saber.

 

-          Eu já disse o motivo. – disse ela em tom baixo.

 

-          Sim, você não tem lembranças felizes no seu passado, porque elas te lembram das mentiras que lhe foram contadas. Mas o fato de que sou teu primo ou de quem você é filha não mudam isso?

 

-          Escuta Harry, eu sei que você se importa e se preocupa comigo, mas têm coisas que não se esquecem tão facilmente, às vezes mesmo com o tempo as lembranças só te fazem sofrer mais e mais.

 

-          Mas o que aconteceu de tão grave? Eu também tive a minha origem escondida de mim, está certo que no inicio fiquei revoltado com os Dursley, mas agora não.

 

-          Harry, durante muito tempo eu tive sonhos que eu tinha certeza que eram reais, acabei por descobrir que na realidade esses sonhos eram lembranças, lembranças que mesmo agora que eu sei que não tive culpa nenhuma no que aconteceu, não consigo deixar de me sentir culpada, eu não consigo esquecer. – disse com os olhos molhados.

 

-          Você fala como se tivesse matado alguém.

 

-          Por algum tempo eu achei que sim, bem, pelo menos indiretamente.

 

-          Como assim? – perguntou assustado.

 

-          Quando eu tinha cinco anos fui pega por comensais que me torturaram para que eu revelasse um segredo que eu sequer sabia corretamente!

 

-          É por isso a sua raiva? – perguntou entendendo completamente.

 

-          Eu achei por muito tempo que eu tinha traído os meus amigos, a minha família. Minha mágoa em relação às mentiras não é só pelo fato delas existirem, mas também o que elas ocasionaram o que elas me tiraram.

 

-          Como assim? – perguntou sem entender.

 

-          Por toda a minha vida eu tive um pai que achei que estivesse morto e depois achei que ele havia morrido por minha causa. Que ele havia morrido me protegendo. Bem essa era a minha lembrança...

 

-          Não estou entendendo...

 

-          No inicio do ano fui morar um tempo nos Estados Unidos e lá ocorreram diversas coisas, uma delas foi um acidente que pensaram que eu havia morrido, mas eu nem estava no carro!  Foi nessa época que parei de tomar a porção que minha mãe me dava, então algumas lembranças começaram a surgir.  Dentre elas a que aos três anos de idade fui atacada por um lobisomem, o que explicou o meu pânico por lobos. Meu pai estava lá e me protegeu. – disse ela rápido.

 

-          Como assim? Não entendi, ele não foi preso antes de você nascer? Como ele pode ter te protegido quando você tinha três anos?

 

-          Cada guardião possui um dom que me permite um alcance maior ao proteger quem deve proteger, o dom que me foi dado foi o de viajar no tempo, só que com as mentiras, os encantamentos e as porções eu não sei mais fazê-lo.

 

-          Você já viajou no tempo?

 

-          Sim. – sorriu. – Primeiro aos três anos para conhecer o meu pai, depois aos cinco para conhecer o filho do meu padrinho...

 

-          Espera, você viajou no tempo para conhecer o filho do seu padrinho e foi levada por comensais...

 

-          Isso!

 

-          E quem é o seu padrinho?

 

-          Você não consegue adivinhar? – disse divertida.

 

-          Você ta de brincadeira, não é? – perguntou rindo.

 

-          Eles eram os melhores amigos, além do mais era o maroto que eu tinha mais afinidade depois do meu pai.

 

O semblante alegre de Harry foi mudando para um de tristeza e dor enquanto ele absorvia as informações e o que elas escondiam.

-          O que foi? Não gostou de saber que seu pai era ou seria, tanto faz, o meu padrinho? – perguntou um pouco triste.

-          Você foi levada e torturada por minha causa. – Disse ele com tristeza e culpa na voz.

-          Não. – disse serena. – Fui levada e torturada porque um certo rato traiu os amigos mais de uma vez naquele dia.

Harry olhou para ela com os olhos arregalados pela surpresa, que foi logo substituída pela raiva.

-           Pettigrew... – disse com raiva.

-          O próprio, mas não vamos perder tempo nem energia falando dele, certo? – sorriu.

-          Como você escapou? Quem lhe salvou?

-          Eles cometeram um erro, afinal, não sabiam o que eu era. Eles acharam “divertido” me mostrar o mestre deles em sua “glória”. – riu com o seu próprio sarcasmo.

-          Então você...

-          Sim, eu vi como seus pais morreram, e, por favor, não me pergunte nada sobre isso.

-          Mas...

-          Harry, durante anos essas cenas assombraram os meus sonhos, eu sofria sem saber porque, sentia culpa, eu nem fazia idéia de quem eram, mas toda vez que eu sonhava me doía o coração.

-          Como assim? – perguntou confuso.

-          Minha memória foi alterada, mas não apagada. Eu não deveria me lembrar de nada, mas mesmo assim tinha os sonhos. Depois dos meus encontros com os dementadores é que as coisas começaram a clarear na minha cabeça, mas eu ainda não sabia quem eram... Você pode imaginar o que senti quando me mostrou as fotos de seus pais e eu os reconheci de meus sonhos?

-          Nossas piores lembranças...

-          Exatamente, é o que eles fazem, trazem à tona as nossas piores lembranças... Não gosto de tocar nesse assunto, portando...

-          Não tocaremos mais nesse assunto... – disse ele um pouco triste por tudo o que acabara de escutar da prima.

-          Harry, não conte nada disso para Vivian ou qualquer outro, sim? Ela vai ficar preocupada e vai deixar de agir naturalmente perto de mim, achando que pode falar algo que não deve e acabar me magoando... Os outros também.

-          Eu entendo, isso acontece com o pessoal em relação a mim, principalmente depois que o Sirius...

-          Muito bem! – disse batendo palmas. – Não vamos mais falar disso, pelo menos por hora, ta? – disse dando um sorriso.

Harry pode ver o esforço dela para não chorar e o quanto todo esse assunto a afeta, principalmente falar sobre o pai.

-          Certo! – concordou e ambos saíram sem perceberem que sua conversa havia sido testemunhada em silêncio.


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Notas finais do capítulo

(N/A) Desculpem a demora, mas tá um pouco complicado de escrever, não tenho tempo nem de ver tv quanto mais chegar na frente do pc e escrever...
Dedico este cap as minhas leitoras mais fiés, nane123 e Isabelle.
Galera, comenta....
Já tô sem tempo e sem comentários, desanima...
Bjs, Cat.



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