- Richard! – Disse Cathy se sentando a mesa da Sonserina na hora do jantar. – Soube que pegou detenção, mas por quê?
- Oi! – disse desanimado. – Espera aí! Você me chamou de Richard!
- Chamei, mas se quiser...
- Não!!! Está ótimo! Até fez valer a detenção!
- Como assim? Por acaso tem haver comigo?
- Eu estava discutindo com Malfoy quando o professor Snape entrou, deu razão a ele e fiquei em detenção! Só isso!
- Então porque você disse que...
- Hora, hora, hora! Se não é o cavaleiro da armadura brilhante e a Princesinha!
- Do que você está falando Malfoy!?
- O que foi? Seu amiguinho não falou?
- Malfoy!.. – rosnou McMille.
- O que está acontecendo? – perguntou Cathy para Richard.
- Eles provavelmente mexeram nas suas coisas. – disse num quase sussurro.
- O quê? – disse sem acreditar olhando para Richard.
- “Quanto ao seu pai, não morreu como você imagina, na realidade ele está vivo. Ele foi preso por um crime,..., ele está preso em Azkaban” – Parkinson leu trechos da carta.
- Devolve! – disse num tom baixo mais ameaçador.
- Que foi querida? Não quer compartilhar seus segredos com seus colegas de casa?
- DEVOLVE! – gritou levantando-se e estendendo a mão para Parkinson e chamando a atenção de todos para elas.
- Você não me põe medo Drum! – respondeu Parkinson.
- Manda a sua namoradinha me devolver essa carta! – disse olhando furiosa para Draco que a olhou com arrogância.
- Pansy pode queimar! – falou Draco com prazer em sua voz
Cathy ficou pálida, olhava descrente para o loiro a sua frente, quando percebeu que a outra pegava a própria varinha para poder lançar o feitiço.
- Se tiver amor a sua vida é melhor nem terminar de tirar essa varinha do bolso. – virou seu olhar para Parkinson que tremeu com seu olhar frio e olhou apavorada para Draco.
- Mas o que está acontecendo aqui? Parkinson me entregue esta carta e venha comigo, Malfoy, McMille e Drum também. – Disse o diretor da Sonserina. Parkinson obedeceu.
- Vamos! – disse Richard baixinho em seu ouvido enquanto a guiava com as mãos em seus ombros.
Cathy apenas se deixou guiar, ainda com ódio no olhar e se segurando para não pular no pescoço nem de Parkinson nem de Malfoy.
Os quatro alunos seguiram calados até o escritório do diretor da casa de Sonserina.
- Muito bem, agora expliquem! – esbravejou.
Malfoy, Parkinson e McMille começaram a falar todos ao mesmo tempo, irritando o professor.
- Chega! Drum! Fale você!
Cathy que até agora estava calada e mantinha seu olhar fulminante para Parkinson e às vezes para Malfoy, virou-se para o professor e começou a falar.
- Acontece professor que essa Cadela e esse... esse.. essa Doninha mexeram nas minhas coisas e pegaram uma carta de minha mãe para mim. A última que ela me escreveu, leram em voz alta trechos dela e ainda pretendiam queimá-la.
Snape olhou para a carta em sua mão e para os rostos de seus alunos, fechou por uns instantes os olhos e franziu um pouco a testa. Alguns segundos depois disse:
- McMille, Drum vão jantar e depois para seus quartos! Quanto a sua detenção senhor McMille, ela está cancelada. Agora vão! – eles obedeceram.
Malfoy não podia acreditar! Além de ter sido ofendido por aquelazinha, McMille havia se livrado da detenção e isso pelo jeito não seria nada bom para ele.
- Parkinson e Malfoy 50 pontos serão retirados de cada um e cumprirão detenção, a começar por agora.
Cathy e Richard puderam ouvir essa última frase do professor de porções antes de saírem de seu escritório e voltarem para o grande salão.
- Olha Drum! Realmente me desculpa! Eu deveria ter te avisado que eles pretendiam mexer nas suas coisas, mas...
- Catherine! – o interrompeu.
- O quê? – disse surpreso.
- Pode me chamar de Catherine, afinal pelo que entendi você ia levar uma detenção por me “defender” por assim dizer! – disse sorrindo. – Então não vejo porque não me chamar pelo meu nome.
- Catherine, então! – sorriu.
- Agora quanto ao pedido de desculpas, está aceito, mas da próxima vez avise! Não gosto de ser pega de surpresa em certas situações.
- Ok! Obrigado!
- Sabe dizer o porquê de o Malfoy perseguir você? Porque isso é perseguição! Nunca o vi fazer isso tão rápido, você praticamente chegou ontem!
- Acho que ele ainda não se recuperou do tapa que dei nele no Beco Diagonal!
- Como? Você bateu no Malfoy?
- Sim! Encontramos-nos no Beco Diagonal e ele falava mal de um amigo meu o que não gostei nem um pouco. Depois ele entrou numa loja que eu estava, começamos a discutir e acabei dando um belo tapa na cara e sai da loja sem dar tempo dele revidar ou falar qualquer coisa.
- Você bateu no Malfoy? No rosto? – disse incrédulo.
- É! – disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Sua vida aqui vai ser um inferno! – disse como se fosse a maior certeza do universo.
- Não! A vida dele vai ser um inferno, dele e da Parkinson. Se voltarem a cruzar o meu caminho. – disse controlando a fúria que sentia.