Vampire Days escrita por Chiharu


Capítulo 13
Tsugumi, Haruka, Fuyuki: Bocolo Day 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.
Desculpem o demoro para postar...
Espero que gostem ^^



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Tsugumi

Eu e eles tomávamos sorvete juntos, uma vez ou outra um assunto surgia, mas logo era concluído e novamente voltávamos ao silêncio. Algumas vezes nossas mãos se encontravam a procura de algo, mas logo eram separadas.
– Tsugumi-chan, o que acha de quando sairmos daqui, irmos à praça?
– É uma excelente idéia, Atsushi-kun!
Após o café, fomos à praça, lá estavam várias pessoas com rosas nas mãos, mulheres andavam abraçadas e felizes com seus parceiros. Atsushi andava alegremente olhando as pessoas, parecia que não as via á séculos.
– Atsushi-kun, o que viemos fazer aqui?
– Veja, ainda é muito cedo para voltarmos para casa, pensei em vir aqui ver o que tem de bom. - Ele sorria gentilmente, olhava tudo com a curiosidade de uma criança.
Atsushi arrastou-me até uma banca com algumas rosas, comprou três delas para mim.
– Para você, Mademoseille... - Ele curvou-se estendendo o braço em minha direção.
– Rosas de cortesia? - Questionei-o curiosa, geralmente só se dava rosas de cortesia para amigos.
– Pode ser... - Ele levantou-se e ficou a olhar a rosa em minhas mãos. Fitava-a com um olhar distante, como se seus olhos estivem naquela rosa e sua mente em outro lugar.
– Atsushi-kun?- Olhei-o com certa curiosidade.
– Ahh, Tsugumi-chan! - Fiz com que desperta-se, ele pediu desculpas e seguimos para o Ministério.
Haruka: Eu e Ishimoto seguíamos em direção a um lugar desconhecido de minha pessoa, toda a viajem seguimos calados,passávamos por uma estrada que se não me engano, passava dentro de um bosque, estávamos cercados por árvores, a chuva que caíra a noite deixou a terra molhada, eu realmente adorava isso.
 –Ishimoto, diga-me: Aonde vamos?
 –Já estamos chegando, quando chegarmos lá você saberá. - Dito isto, ele olhou-me por poucos segundos e voltou a dirigir.
Após aproximadamente dez minutos, chegamos ao tal lugar, Ishimoto pediu-me que tapasse os olhos.
 – Está louco, Ishimoto?? Eu posso cair se tentar andar de olhos fechados!
– Não se preocupe, eu te guiarei. - Ele estendeu a mão em minha direção, um sorriso confiante de sua parte foi o que me encorajou.
 Após pouco tempo, chegamos até um penhasco, todo ano do dia de Bocolo Day havia um momento da noite em que o céu ficava iluminado por fogos de artifício.
 – Pronto, chegamos. - Disse Ishimoto retirando o que impedia minha visão. Calei-me por alguns minutos e olhei em volta, era um lugar muito bonito, com flores um pequeno lago, e parecia que Ishimoto estivera ali mais cedo arrumando tudo.
– Ishimoto-kun... -Pretendia dizer mais, mas Ishimoto calou-me pousando delicadamente seu dedo indicador sobre meus lábios.
– Não precisa dizer nada. - Ele sorriu e me acompanhou até o lugar onde havia uma pequena e humilde barraca. – Ainda é cedo para vermos os fogos... Ficaremos aqui, está bom para você?
Acenei com a cabeça positivamente, sorrindo sentei-me de frente a uma lareira enquanto esperava Ishimoto acênde-la.
Fuyuki: Era por volta das 6 horas da tarde quando cheguei a Alameda das Lápides. Era um nome muito "original" para um lugar aonde moravam vampiros.... Mas isto é melhor relevar.
Subi até o topo da Alameda, era bonita, lá havia carvalhos grandes, grama verde e uma calçada de pedras brancas, agora um pouco cobertas pelo barro.
 No topo havia um banco de madeira, pintado de branco. Ele embaixo de uma cerejeira em flor, decidi ir até lá para descançar de minha pequena corrida. Chegando ao topo, olhei o horizonte. Aquele lugar era excelente para trazer paz. Sentei-me no banco até que ouvi uma voz masculina que me fez levantar.
– Oh! Já há alguém aqui... - Atrás de mim surgiu um rapaz, aparentava ter 17 ou 18 anos, olhos roxiados e cabelo variante entre preto e azul-marinho.
– Não se importe comigo! Pode ficar... - Levantei-me e olhei em sua direção, ele olhou para o chão.
– Não irei te atrapalhar?- Ele era realmente gentil, diferente dos outros meninos que eu conhecia.
– Não, eu já estava indo embora... Pode ficar - Olhei-o com certa curiosidade.
– Algo errado, senhorita? - Ele corou levemente ao perceber que eu o olhava.
– O livro em suas mãos, é de poesia, certo? - No pouco tempo em que fiquei em City Of The Coffins, Tsugumi e Haruka ensinaram-me a ler as letras estranhas, só mudavam as letras, pois as regras grámaticais eram as mesmas. Ishimoto também tentou ensinar-me, mas nós discutiamos na maior parte do tempo...
– Sim... Gosta de poesias? - Ele perguntou curioso.
– Gosto, já escrevi algumas inclusive- Respondi-lhe com um sorriso vitorioso no rosto.
– Meus parabéns - Ele sorriu brincalhão.
– Qual o seu nome? - Sentei-me ao seu lado.
–Yuusuke, Tachibana Yuusuke, e o seu?
– Fuyuki, Saionji Fuyuki. Yuusuke-san, pode ler uma poesia para mim? - Seu rosto corou e desviou o olhar para o chão.
– Bom, eu posso tentar, mas não sei se você vai gostar...
–Leia e deixe que eu decida se gosto ou não! - Disse-lhe sorrindo vitoriosamente. Acho que só sei sorrir assim...
–Certo... - Ele respirou fundo e passou a olhar somente o livro.
   "Flor..
Os olhos daquela que tanto olhei, agora já são sem vida.
Uma delicada flor que agora jaz sem esperança, não pode fugir do destino.
Uma alma congelada por mentiras, lágrimas que não lhe cessam...
Como um pássaro engaiolado.
Sua mente está retida em um mundo de sorrisos falsos e olhos mentirosos.
Oh Bela flor não murche assim, não deixe que façam isso contigo!Reaja,
A dor já lhe é insurportável... Suas dores saem através dos olhos...
Murche rosa... Murche... Deixe de sofrer..."

Olhei-o por alguns segundos, havia gostado do poema.
– É muito bonito - Olhei-o com certa ternura, mas sem um sorriso.
– Obrigado - Ele sorriu. Neste momento, pequenas gotas de água tocaram minha face, olhei para o céu e vi que nuvens negras se aproximavam.
– Parece que irá chover... - Ele olhou para o céu com uma expressão desanimada.
– Tenho que ir agora... - Olhei novamente o caminho a ser seguido, era longo.
– Sayonara, Fuyuki - san - Ele sorriu gentilmente.
– Sayonara, Yuusuke-kun - Olhei-o pela última vez e lhe dei as costas. Desci a ladeira e cheguei em casa não muito molhada.

Haruka


        A chuva que começara, parara em pouco tempo. Ainda algumas gotas de água escorriam pela janela. Olhava aquelas gotas que lentamente escorriam e juntavam-se com outras até encontrar o para-peito da janela. Ishimoto suspirava pesadamente.
– O que ouve Ishimoto? - Perguntei-lhe ainda olhando as gotas que escorriam.
– Provavelmente, com essa chuva, os praparativos para os fogos molharam. - Mais uma vez ele suspirou, mas desta vez após o suspiro passou as mãos entre os cabelos desarrumando-os.
– Ah sim... - Continuava a olhar a janela, a chuva voltara novamente. Se os fogos não molharam antes, molharam agora.
– Poderia olhar para mim enquanto fala? - Eu estava sentada no sofá, a janela ficava do lado oposto ao de Ishimoto.
– Oh... Desculpe. - Sorri-lhe gentil, e virei-me na direção de Ishimoto quando percebi que este vinha em minha direção. Obsevei-o: Ele veio até mim, sentou-se ao meu lado e passou a olhar também pela janela.
– O que você vê de tão interessante nessa janela? - Exitei por alguns segundo, mas depois lhe respondi sorrindo:
– Eu vejo o seu reflexo nele. - Ele virou-se na minha direção e olhou fixamente para mim. – Algum problema? - Deixei as pupilas cairem em direção ao chão.
– Você é tão... Linda. - Ishimoto lentamente começou a se aproximar de mim enquanto eu e afastava.

    Ishimoto infelizmente foi mais rápido. Suas mãos rapidamente enlaçaram-me pela cintura levando-me para perto dele. Ishimoto olhava nos meus olhos, eu, hipnotizada pelos olhos de Ishimoto, não me movia.
Ele aproximou os lábios de meu ouvido e sussurrou: "Desta vez, Tsugumi-sama não está aqui..." ele sorriu maliciosamente e passou a ponta da língua pela ponta da minha orelha. Senti um calafrio passar pela espinha. Ishimoto posicionou-se novamente à minha frente, já com os olhos fechados, ele se aproximou de mim, olhei para o chão e quando seus lábios quase tocaram os meus... Atirei-me ao chão.
– Haruka! - Ele imediatamente saiu do sofá e veio até mim, pegou-me nos braços e sacudiu-me de leve.
– Ai... - Passei as mãos pelos cabelos.
– Você está bem?
– Estou eu apenas escorreguei... - Deixei novamente as pupilas caírem.
– Não minta você se jogou no chão. Por que fez isso?
Mais uma vez deixei as pupilas caírem, nem eu sabia  porquê que  fiz isso, apenas o fiz. Ishimoto me soltou e voltou a sentar no sofá. Ficamos alguns minutos em silêncio.
– Haruka... - Tirei minhas pupilas do chão e as joguei em direção a ele. – Se você não quer que eu a beije, eu entendo, mas pelo menos não se jogue no chão. - Ele passou as mãos entre os cabelos e olhou para teto. Eu estava feliz. Após isso ficamos mais algum tempo naquele lugar conversando e fomos para casa.
Chegando em casa, encontrei Tsugumi e Fuyuki sentadas no sofá, Fuyuki lia um livro e Tsugumi estava com uma expressão mais séria que a de costume.
– Tadaima... Tsugumi-chan, algum problema?
– Nada, Haruka. - Ela colocou a mão frente a boca e franziu a testa.
– Certo... - Jantamos e dormimos, mas algo estava estranho com Tsugumi, estava muito calada.
Virava-me na cama pensando no que poderia ser, mas... Ela disse que não havia nada de errado... Pensar a noite me dá sono.


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Notas finais do capítulo

No proximo cap, alguém que não vemos a muito vai voltar =X



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