Elemento7 escrita por arthur_ryu7


Capítulo 41
Capítulo 41 - Pesadelo Temporal


Notas iniciais do capítulo

Max tem que lidar com trechos de seu passado em meio a ataques de Mest. Será que ele vai conseguir sobreviver a toda essa pressão?



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Max estava emocionado com o que estava vendo. Sua mãe estava do outro lado da ponte. Muitas memórias circulavam sua mente nesse momento e ele estava muito feliz. O sonho dele sempre foi o de vê-la novamente. Ela havia falecido misteriosamente quando ele era mais novo. Max sofreu demais, pois era bem próximo dela. Depois disso, viveu por um tempo só com o pai e o seu avô Marco o levava para passar um tempo com ele. Recentemente, seu pai havia se casado com uma mulher. Ela considerava que Max deveria ir estudar em um colégio interno para garotos, algo que a mãe dele nunca quis que o filho fizesse. Tudo por detalhes que cercam o passado do garoto. Muitos ocorridos quando ele ainda estudava no Yamada. Era perfeitamente normal que seu coração estivesse cheio de satisfação ao ver sua mãe outra vez.

                 Ela sorri e faz um gesto para que o garoto viesse ao encontro dela. Sem pensar muito, ele percorre a ponte correndo. De repente, ela desmorona e o garoto cai. Ele grita por sua mãe e apenas sentia que estava caindo. Cai dentro de um rio e é levado até descer em uma pequena cachoeira. Max se levanta e observa que estava em uma floresta ou algo do tipo. Como isso era possível dentro daquele lugar?

                – Algo me intriga nesse momento... O que minha mãe estava fazendo nesse lugar? Será que era mesmo ela? Mas não... Ela nunca iria me expor ao perigo daquele jeito.

                – Com certeza não...

                Max olha e vê a sombra de alguém, que estava atrás de uma árvore.

                – Quem é você?

                – Não lembra mais de mim, Max? Venha! Me siga!

                A pessoa se mostra rapidamente e corre floresta adentro. Max fica chocado.

                – Phil... O que você... Espera!

                Max corre o máximo que pode para alcançar o garoto. Ele cai algumas vezes, mas não desiste e se esforçar ao máximo para não perde-lo de vista. O garoto vai parar de frente pra um templo e vê sua mãe de longe. Ela parecia estar fugindo de alguém. Max corre na direção dela e escuta uma explosão. Algumas pessoas estavam rindo enquanto ela estava caída. Max vai até ela e chora ao notar que ela estava morta. Essa era a realidade. Ao encostar em sua mãe, ela desaparece e ele vê várias pessoas ao seu redor. Todos riam dele. O cenário havia mudado para uma sala de aula. Max é atingido por bolas de papel e as pessoas o chamavam de aberração. Ele pede para pararem com aquilo e sai de dentro da roda. Ao chegar no corredor, vê o garoto que havia visto na floresta. Max se aproxima dele e pergunta o que estava acontecendo. O garoto sorri e diz que tinha o avisado antes para que não se aproximasse dele ou sua vida se tornaria um inferno.

                – De novo com essa história? Eu já não te disse que não ligo pra isso?

                O garoto some e Max aparece dentro de um armazém que começa a pegar fogo. Ele tenta usar seus poderes e percebe que não conseguia. O fogo aumentava cada vez mais e ele começa a passar mal com a fumaça. O chão desmorona, ele escorrega por uma passagem na terra e sai diretamente em um quarto. Max caminha um pouco e de repente uma voz surge em sua mente dizendo “Os seus dias estarão contados. Vinte e um passos através desse reluzente e belo aposento...”.

                – Essa... Essa é aquela mensagem que eu recebi!

                Ao abrir a porta do quarto, sai de frente para uma cidade movimentada e encontra duas ruas. Uma delas tinha a pista cor de rosa e a outra era azul. Exatamente como dizia na mensagem. Um grande edifício com o número vinte e um estava ao fundo. Max se aproxima e vê escadas para todos os lados. Ele tem uma rápida visão de que nesse edifício havia sete andares no subsolo, sete andares visíveis e mais sete invisíveis. Sete relógios de ponteiro surgem ao seu redor. Nenhum estava sincronizado e marcavam horários diferentes. Max não estava entendendo nada e escuta uma voz:

                – Tempo... O elemento mais precioso, não acha?

                – Você...

                Mest aparece. Ele mostrava que estava bem calmo, porém Max começa a sentir algo estranho.

                – Fico impressionado que tenha chegado aqui. A sua memória temporal é realmente fascinante. Porém, pode te destruir como uma gota de veneno fatal pode destruir o maior e mais valente dos animais.

                – Você é o responsável por tudo isso? Quem é você?

                – Mest... Humilde membro número um da Sociedade M. E você é Max Cavallini, não é?

                – Sim... Você foi o responsável pelo sequestro da Karen?

                – Acho que esse tipo de pergunta você mesmo deve descobrir a resposta... Os relógios ao seu redor... Eu ficaria mais atento a eles se fosse você...

                Max nota que todos estavam sincronizados no ponteiro ‘X’ e já pulavam instantaneamente para o ‘IX’ e depois ‘VIII’. Aquilo era uma contagem regressiva. Max salta para fora do círculo, mas é atingido pela explosão.

                – Ora, ora... Acho que entendi. Me diga como a minha mãe e... Bem... Alguém que eu conhecia há um tempo estava aqui.

                – São apenas suas memórias... O tempo... Eles trouxeram quem você queria. Porém, tudo isso vem acompanhado de consequências.

                – Já notei que você não parece dizer as coisas de forma tão direta. Acho que entendi o que você quer.

                – Interpretações errôneas de sua parte... É o que você faz todo o tempo, garoto. Não percebe tantas coisas ao seu redor. As pessoas muitas das vezes não são o que parecem ser. As coisas também.

                – Isso se aplica a você?

                – Possivelmente...

                Max aparece ao lado de Mest e usa o ‘Mizu no Ryuu’. Ele atinge o homem em cheio.

                – Nada mal... Porém não vou cair só com isso.

                Mest desaparece e surge atrás de Max. Ele o atinge com um forte golpe de luz. Max usa sua técnica de criação e faz um canhão de água. Ele tenta atingir Mest, que consegue desviar de tudo.

                – Atacar com coisas desse tipo. Parece o Malthus... Mas sei que você gosta de um combate próximo, estou certo?

                Mest desaparece. Max fica atento a todos os movimentos do homem e vê um relógio ao seu lado. Ele brilha e seu canhão evapora.

                – O que é isso?

                – Magia do Tempo. Essa é apenas uma das minhas técnicas.

                – Isso é muito interessante, mas não posso me render aqui e agora. Todos os outros contam comigo também.

                Max cria uma espada de água. Aquela criação era uma novidade que ele havia feito durante as férias. Ele se prepara para atingir Mest e de repente sua mãe surge no lugar do homem. Max para rapidamente. Mest surge ao seu lado e o derruba com um belo chute. O garoto se levanta e nota que o inimigo havia sumido outra vez. De repente ele sente algo ruim e volta à cena da escola.

                – Olha só esses dois! O novo casal da escola! – gritava um garoto em tom de deboche.

                – O que estou fazendo aqui? – se pergunta Max – Esse homem está me fazendo viajar no tempo ou o quê?

                – Agora que descobrimos tudo, que tal se amarrarmos os dois juntos na fonte da escola?

                Várias vozes de garotos apoiavam e Max sente sombras que o seguravam, como se ele realmente estivesse ali de volta. Em seguida, o garoto vê o seu pai com um olhar de reprovação e se volta ao momento que em um momento de fúria, ele havia destruído o presente de aniversário que Max havia feito para ele. O garoto não se contém e uma lágrima sai dos seus olhos ao ver a figura de si mesmo quando era mais novo chorando.

                – Que história mais interessante, não é mesmo? Estou descobrindo mais coisas sobre você do que imagina – diz Mest.

                – Pare de brincar com as minhas memórias!

                Max usa um forte ataque de ondas e quando estavam quase atingindo Mest, param. Como ele usava um tapa-olho, só era possível ver um de seus olhos. Max nota que ele brilha e a letra ‘M’ surge. As ondas regridem e desaparecem.

                – Ele usa magia do tempo e a longas distâncias. Não é possível derrota-lo com coisas que sejam criadas, porque logo são destruídas – pensa o garoto – Já sei!

                Max cria um reflexo de água e Mest fica confuso ao ver dois do garoto. O reflexo o distrai e o ataca. Mest usa de sua técnica e o reflexo desaparece. Max corre rápido na direção do homem para ataca-lo com um golpe final e algo acontece. O cenário onde estavam simplesmente desaparece. Max estava parado e tinha acabado de bater contra uma parede de aço muito forte. Mest estava encostado atrás dela e se levanta.

                – Ora, ora... Essa é toda a sua força, herdeiro de água? Digamos que não precisei nem me mover para vê-la. Interessante, não é?

                – Quer dizer que... Tudo não passou de meras ilusões?

                – Eu te disse que você acreditava muito em tudo que via e nas outras pessoas. Esse é o preço por agir tão tolamente...

                – Esse cara... O que é essa sensação de dor e de tudo começar a ficar escuro? Desculpa pessoal... Desculpa Karen.

                Max desmaia logo em seguida. Mest se aproxima do garoto e aparentava estar pronto para lhe dar o golpe final.


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Notas finais do capítulo

Próximo: Capítulo 42 - Garota, Sacrifício e Amor.



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