Highway To Hell - Seven Days escrita por ManuLem


Capítulo 4
Dia 04


Notas iniciais do capítulo

reeeleitee aqui, pois é, alguém """""shippa"""" nate e thiago? pq......... aff, vou matar a manu qualquer dia. Enfim, desfrutem.



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DIA 4


 Acordei meio grogue e só os deuses sabem lá o porquê. Me levantei rapidamente fui escovar os dentes e sai para respirar o ar fresco.

— E ai Natalie? – Alguém me gritou de longe e eu acenei com a mão. Não estava muito concentrada com o mundo, mas eu me lembrava de uma coisa, hoje o dia era de meu queridíssimo Thiago Lancaster. Não é lindo? Lancaster? Ah, é maravilhoso imagina, Nate Greely Lancaster... Certo o que eu estou fazendo exatamente? Não que eu nunca tenha fantasiado o sobrenome do Nico no meu nome, mas... certo, tinha aquela pequena chance, minúscula, ou talvez nem tanto de eu estar me apaixonando por Thiago... Mas era pequena, certo? Certo? Me obriguei a sair de meus devaneios de uma garota na porta da morte... O que era verdade e obriguei meu cérebro a tentar achar um lugar onde Thiago poderia estar. Acabei me decidindo a ir aos campos de arco e flecha. Eu não sabia o exato motivo, mas os campos de arco e flecha ficavam ao extremo leste do campo de batalha... Os deuses às vezes podiam ser estranhos. Ouvi relâmpagos explodindo nos céus.

— Claro, vocês realmente tem que ficar com raiva de qualquer coisa que eu digo, mas não podem me ajudar em nada? – De repente começou uma chuva. Bem forte e a ventar. – Certo me desculpem. – Eu disse começando a correr, a chuva só aumentava assim como a velocidade do vento. Me sentia sendo levada por ele, de repente eu cai em uma pequena inclinação da floresta por onde eu passava para chegar aos campos. Comecei então a rolar. Soltei um pequeno grito que foi abafado pelos trovões. Mas o que raios estava acontece ali? Fui jogada contra um tronco de uma arvore caída. Eu vi um vulto bem rápido e depois na minha frente pulou um monstro com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Mas o que diabos um grifo fazia ali? Não tive muito tempo de pensar quando ele me jogou contra outra arvore. Certo, eu pelo jeito ia morrer mais rápido do que eu havia pensando. Senti cada pequena parte do meu corpo doendo de uma forma impensável. Ele me puxou pelos cabelos com o bico me levantando, eu gritava de dor, mas ninguém iria ouvir com aquele tempo, novamente o monstro me jogou para longe. Eu já estava muito entorpecida pela dor para sentir muita coisa quando ele começou a me bicar, me furando em cada parte do corpo já praticamente desfalecido no chão. Eu conseguia chorar, já que uma de suas bicadas pegou em meu pescoço me impedindo de gritar. Quando eu pensei que já iria morrer ele me pegou com suas patas traseira e levantou vôo. Eu ainda estava com um olho aberto então pude ver as pessoas em baixo quando passamos pelo campo de treinamento. Meu olhar encontrou um de um Nico desesperado, eu tentei, mas não sei se consegui sibilar um ‘Eu te amo.’ O monstro voou para o mais alto que podia. Quando ele deu um impulso mais forte pude perceber que ele me carregava pelos cabelos. Rapidamente alcançamos o mar, quando ele me soltou. Enquanto caia pude vê-lo voando para longe. Meu corpo foi rápido de encontro com a água, meu rosto foi o primeiro a receber o impacto, e logo depois todo o meu corpo, se chocando contra aquilo que parecia ser uma parede feita de diamante, que se estilhaçou e entrou em todo o meu corpo. Eu fui afundando, afundando, então eu toquei o fundo do mar. Não entendia o porque de eu ainda não ter morrido. Os deuses deviam estar se divertindo com aquilo, enquanto minha dor vacilava entre o martirizante e o insuportável. Senti movimentos na água e varias mãos me puxando ao mesmo tempo.

— Nate, pelo amor dos deuses fala comigo. – Eu ouvi a voz de Nico, e pensei em um sorriso já que eu não tinha mais controle de nenhuma parte do meu corpo.

— Nico, ela esta muito machucada. – Disse... Percy. Eu ouvia o choro compulsivo de Annie ao fundo.

 — Nate por favor... – Ouvi um pedido com dor de Thiago. Senti me levantarem, se eu pudesse eu gritava, pois a dor havia piorado, se é que aquilo era possível. Ficou uma parte em borrão e eu só comecei a me lembrar quando fui deitada em uma cama, provavelmente da enfermaria. Eles tentavam abrir minha boca, para provavelmente enfiar néctar e ambrosia, mas eu não senti nenhum dos dois.

 — O que houve? – Perguntou Nico parecendo desesperado, e com a voz... embargada.

— A mandíbula dela esta quebrada não vai conseguir receber nada. – Uma garota disse. – O único jeito de receber é se quebrarmos ela em outra posição. – Ela disse.

— De jeito nenhum. – Nico gritou.

— Ela pode morrer Nico. – Disse Thiago irritado. Senti mãos na minha boca e uma dor pior ainda vindo daquele lugar, ouvi um grito agudo e interminável. Quando senti uma mão segurando a minha e algumas gotas no meu braço que percebi que aquele grito era meu. Eu senti a ambrosia e o néctar passarem pela minha garganta. Eles começaram então a enfaixar meus machucados.

— Bom é isso que podemos fazer por ora. – Disse a mesma voz feminina.

 — Acho melhor alguns saírem para deixar mais ar entrar pra ela. – Disse uma voz masculina.

 — Eu fico! – Disseram Thiago e Nico ao mesmo tempo. Ouvi alguns passos e a porta sendo aberta e fechada. – Porque ainda esta aqui, não tem que ir se encontrar com alguma garota? – Perguntou Nico com raiva e com a voz ainda embargada.

 — A única garota que me importa é a Nate. – Disse Thiago.

 — O nome dela é Natalie. – Disse Nico um pouco mais alto.

 — Sinto muito se ela só te deixa chamá-la assim. – Disse Thiago provocando. Senti a mão que segurava a minha, que supus ser de Nico soltar.

 — Você quer que eu te ajude a sair ou você sabe o caminho? – Perguntou Nico possesso.

 — Não sou tão ignorante igual você e não vou sair. – Disse Thi e senti mãos encostando em minha cabeça me fazendo sentir dor, me remexi um pouco.

 — Olha o que você fez. – Disse Nico e pude sentir ele saindo do lado da cama, talvez indo para cima de Thiago. – Eu juro pelos deuses que eu vou fazer você sentir o dobro da dor que ela sentiu agora. – Ele disse. Pude sentir Thiago se levantar.

 — Olha quem fala, você ai se diz todo preocupado com ela, mas não liga de verdade, tanto que começou uma briga que você sabe que ela não iria gostar. – Disse Thiago.

 — Eu a amo. – Nico disse com um pouco de dor.

 — Você é um idiota isso sim, não sei como... – Thiago parou. Eu estava enlouquecendo com aquilo, não estava suportando ouvir os dois brigando. Thiago quase contou a Nico. Ele se sentou tentando se acalmar. – De qualquer jeito só não esperava que fosse assim que ela morresse. – Disse ele. Senti-o levantar rapidamente.

 — Como assim morrer assim? – Perguntou Nico.

 — Não te interessa. Se ela quisesse ela teria te contado, mas não o fez. – Disse Thiago completamente irritado. – Quer saber o que mais? Uh, eu sou Nico di Ângelo e eu me acho O especial porque a Nate sempre me escolheu. Quer saber? Olha só no que deu ela sempre escolher você, da primeira vez ela morreu. Você só a faz quebrar a cara desde que ela voltou, e agora ela esta aqui numa cama de enfermaria a beira da morte. – Gritou Thiago.

 — Mas do que você esta falando? – Perguntou Nico ainda com raiva.

 — Só estou dizendo que se você não estivesse no caminha a Nate ia sim ter um futuro. Quer saber ela poderia estar namorando um garoto legal agora, eu não digo eu, mas porque não?! Nos poderíamos estar sendo muito felizes nesse momento. Poderíamos ter feito planos, quem sabe um dia até nos casarmos, mas não. Tudo graças a você. – Disse Thiago e Nico deu uma risada seca.

 — Isso é tudo ressentimento. Porque ela não escolheu você. – Disse Nico. – A Nate sempre me preferiu a você não é?! Desde o começo dessa semana. A Nate sempre preferiu estar comigo e eu sei, porque eu a conheço o tanto que ela sabe ser teimosa, que ela não vai mudar de opinião. – Disse Nico.

 — Você não passa de um pirralho, mimado que tenta compensar suas frustradas tentativas de se aproximar da Nate, em um egoísmo que não a deixa evoluir, e isso tudo porque hein? – Perguntou Thiago e ouvi uma porta sendo aberta e batida com força. Pude sentir Nico se sentar.

 — Porque eu não gostaria que ela fosse altruísta. – Ele disse e eu senti dedos passarem pelo meu rosto, mas não senti dor, pelo contrario. – Porque ela é a mulher da minha vida. – Ele disse e eu fiquei feliz... Será que... talvez, só talvez mesmo... O Thiago tinha ido embora? Eu fiquei nervosa, como ele ousa me deixar. Eu sei que estava sendo egoísta, mas eu precisava dele e ele não tinha o direito de me deixar e... Ouvi um barulho estranho e uma dor no peito. Nico gritando pessoas entrando no quarto. Senti minha vida se esvaindo de mim novamente. Eu conhecia aquela sensação. Era a mesma que eu tive quando meu coração foi esfaqueado antes de eu morrer... Meu coração, estava morrendo novamente. Porque sempre a droga do coração?! – Nate, por favor, eu já te perdi uma vez. – Eu ouvi Nico.

 — Saia daqui, Nico. – Alguém disse e eu senti varias mãos em mim, de repente eu senti algo nos meus lábios rapidamente.

 — Se ele continuar parado eu faço ele voltar ao socos. – Nico sussurrou em meu ouvido e de repente um barulho surgiu na sala. Parecia que a tensão que há segundos se instaurava havia desaparecido.

 — Se você fizer isso de novo eu te mato. – Eu pude ouvir Thiago ameaçando alguém, eu não estava entendendo nada, mas acho que a ambrosia e o néctar fizeram efeito por consegui semicerrar o olhos, todos congelaram me olham.

 - Nate? – Perguntou um cara moreno na minha frente. – Você consegue me entender, pisque uma vez para sim e duas para não. – Ele disse eu pisquei uma vez. – Ótimo! você consegue falar? – Ele perguntou e eu pisquei duas vezes –, Certo, certo. Você sabe onde você esta? – Ele perguntou e eu franzi um pouco o cenho olhando para os lados para ter certeza de que eu estava na enfermaria, voltei meu olhar ao cara a minha frente e pisquei uma vez. Ele mexeu com a boca, mas eu não entendi. Ele mexeu novamente, mas eu não podia ouvir nada, só um ruído horrível. Eles então pegaram ambrosia e colocaram na minha boca. – Esta me ouvindo agora? – Ele perguntou, eu pisquei uma vez. – Ótimo você voltou. – Ele disse sorrindo. – Você sabe o que aconteceu? – Ele perguntou e eu pisquei uma vez. – Ótimo. Acho que é tudo o que podemos fazer por enquanto. – Ele disse e olhou ao redor, depois me olhou. – Nico e Thiago ficarão com você agora, certo? – Ele disse algumas pessoas passaram pela porta. Eu olhei para o teto, olhar para os lados, ou mover o olhar me dava dor de cabeça.

— Nate? – Eu ouvi Thiago chamar e pisquei uma vez.

 — Me desculpe por não estar lá. – Disse Nico e eu me esforcei um pouco para revirar os olhos. – Você vai ficar bem ouviu? – Ele afirmou, acho que mais para si mesmo do que para mim. Eu abri a boca, não a mandíbula, somente a pele da boca tentando expelir algum som. Saiu mais como uma respiração descontrolada. – Você esta bem? – Perguntou Nico nervoso e eu pisquei uma vez.

 — P-pel... – Eu comecei e vi a cabeça dos dois acima de mim. – P-pelo jei-to, eu, eu só ar-r-ranjo encren-ca. – Eu disse pausadamente e pude ver um sorriso no rosto de Nico. Ele parecia muito abatido. Thiago também sorriu.

 — É, você é mestre nisso. – Disse Nico. Eu olhei para Thiago.

 — Quan... Do, eu saio? – Perguntei em um sussurro.

 — Eu espero que ainda hoje. – Ele disse, vi Nico o olhar.

 — Sem chances dela sair daqui hoje, ela esta muito fraca. – Disse o Nico.

 — Eu... Tenho. – Eu disse fazendo-o me olhar.

 — Por quê? – Nico perguntou, mas eu não o respondi, não podia. Ficamos ali por algumas horas, Percy veio e curou meus machucados e eu já estava bem melhor.

 — Posso sair agora? – Eu perguntei para Caio, o rapaz moreno da enfermaria pela vigésima nona vez, ele riu.

 — Eu preferia quando você não conseguia falar. – Ele disse e abriu a minha boca jogando luz com uma lanterna lá dentro. – É pelo visto Percy fez um ótimo trabalho aqui. – Ele disse apagando-a. – Pode ir. – Ele disse e eu quase pulei da cama.

 — Como os deuses são bons. – Eu gritei correndo para porta.

 — Você tem que correr? – Ele perguntou e antes de eu sair me virei e afirmei com a cabeça. Sai e parei quando cheguei ao topo das escadas. Vi Annie, Percy e Nico sentados olhando para frente. – Confraternizando? – Perguntei me aproximando. Nico se levantou e me deu um abraço.

— Tá fazendo o que aqui fora? – Ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

 — Fui liberada, acredite, eu não vou fugir de uma enfermaria. – Eu disse dando um tapa de leve na sua cabeça e abraçando Percy que já estava de pé. – Fez um bom trabalho Jackson. – Eu disse sorrindo ele negou com a cabeça. Annie também estava de pé, ela tinha olheiras horríveis. – O, Annie, eu to bem. – Eu disse a abraçando e ela retribuiu bem forte por sinal. – Costelas que acabaram de voltar ao lugar. – Eu disse e ela me soltou.

 — Desculpa. – Ela disse. Nico colocou um braço ao redor do meu ombro.

 — Que eu saiba a senhorita não almoçou. – Ele disse e me entregou um embrulho de lanche.

 — Você é um anjo. – Eu disse dando um beijo em sua bochecha.

 — A gente já vai. – Disseram Annie e Percy saindo andando, sem nem se encostar.

 — Eles ficam fofos juntos. – Eu disse.

 — Você acha? – Perguntou Nico e eu confirmei com a cabeça. Ele começou a me empurrar. Sentamos em um tronco no começo da floresta. Eu abri o pacote e vi um sanduíche de peito de peru.

 — Meu favorito. – Eu disse dando uma mordida.

 — Nate eu... – Nico começou a falar e eu o olhei. – Eu tive tanto medo de te perder de novo. – Ele disse franzindo o cenho e olhando para baixo. – Sem poder fazer nada de novo eu me senti tão inútil. Eu quase vi você morrer de novo, foi... Horrível. Eu sei que eu estou sendo egoísta é só que eu não consigo enxergar minha vida sem você. Esses 3 meses que você ficou fora estavam me matando já e... Eu não posso ficar sem você. – Ele disse, eu olhei para o alto tentando impedir que as lágrimas chegassem, seria tudo bem mais simples se eu ainda estivesse morta.

— Vai ficar tudo bem. – Eu disse apoiando minha cabeça em seu ombro e fechando os olhos. Aquilo foi mais para mim do que para Nico. Ele me obrigou a voltar para minha cabana para descansar. Só mais dois dias para aquela tortura acabar. Só dois dias.



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Notas finais do capítulo

comentários são sempre bem vindos.



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