Pov Grissom.

Fomos para o local do crime. Chegando lá havia muito movimentação, desci do carro e Cath me seguiu. Fiquei paralisado com o que vi Cath que vinha logo atrás de mim parou bruscamente e agarrou em mim.

–Gil... - Ela disse em um tom choroso.

–Cath vai lá pra fora. –Eu falei. –Vai.

–Grissom eu não posso... –Ela falou.

–Vai logo, não quero que você veja isso. –Eu falei chocado com a cena e acredito que Catherine esteja pior que eu. O crime era um estupro seguido de morte, e a vitima era uma menina de apenas 12 anos.

–Mas é meu trabalho, Gil! - Ela falou mal.

–Vai pro carro Cath, eu cuido disso! –Eu falei firme.

Pov Catherine.

Não acredito no que estou vendo. Uma menina de apenas 12 anos morta por estupro, como alguém tem coragem de fazer isso com uma criança e uma covardia. Eu queria sair daqui mais não podia, era meu trabalho e eu tinha que cumpri-lo.

–Gil é o meu trabalho, eu não posso ir. –Eu falei triste.

–Catherine eu dou um jeito, apenas vai pro carro. –Ele falou. Eu não podia ficar ali, então praticamente fugi para o carro, tentei respirar em meio às lágrimas que escorriam pelo meu rosto, eu deveria aguentar a cena afinal é meu trabalho, mas... não dava. Tenho que me acalmar não quero que o Gil me veja assim!

Fiquei um tempo dentro do carro me acalmando e depois me recompus e fui ate a cena do crime. Já haviam recolhido o corpo e o Gil estava olhando a cena.

–Gil. –Eu falei da porta. –Precisa de ajuda?

–Hm... Não Cath já resolvi tudo, você está bem? –Ele falou e se aproximou

–Acho que sim, e você? –Eu falei.

–Eu? Bem, a cena foi chocante, mas... -Ele não terminou

–O que foi? –Eu perguntei.

–Nada, Vamos? -Ele falou

–Claro! –Eu falei e saímos. Voltamos para o Labs. Grissom foi pra sua sala e eu pra minha,eu estava desolada.Eu não tinha ido ao almoço com o Justin por causa do caso e não estava com vontade de falar com ninguém.Eu estava inconformada. Como podem fazer isso com uma criança. Eu não me conformo. Eu vou pra casa, meu turno acabou e eu realmente estou mal. Fui até o vestiário me trocar e a cena invadiu minha cabeça, acabei chorando novamente. Me sentei no banco de frente para o meu armário e comecei a chorar, a cena estava me corroendo por dentro. Senti alguém se sentar no meu lado e envolver seus braços envoltos de mim. Gil... Retribui o abraço, deixei as lágrimas rolarem, estava segura em seu braços.

– Vem Cath, vou te levar pra casa e cuidar de você! - Nem me dei ao trabalho de negar, eu precisava dele. Senti os olhos de todo o laboratório em nós, mas dessa vez não me preocupei. Fomos ate o meu carro e eu dei minha chave pra ele. Ele me botou no carro e me levou pra casa. Chegando lá ele parou o carro e saiu e foi ate mim.

–Cath olha pra mim. –Ele pediu. –Não chora, não gosto de te ver chorar. –Ele falou e eu olhei pra ele, ele era tão gentil e atencioso comigo. Tinha tanta paciêcia, nunca ninguém me tratou assim.

–Gil,eu... –Eu tentei falar.

–Shhh, não fala nada, vem! –Ele falou e abriu a porta pra mim, seguimos para minha casa. Ele abriu a porta pra mim entramos e ele me levou pro meu quarto.

–Catherine, onde está Lindsay? –Ele perguntou.

–Vai para casa da minha mãe depois da escola. –Eu falei e tirei meus sapatos e me sentei na cama e comecei a chorar. Ele se ajoelhou na minha frente e me abraçou.

–Toma um banho, você vai se sentir melhor. –Ele falou ainda abraçado a mim. -Eu vou fazer um café pra você! -Ele beijou o topo da minha cabeça e saiu. Entrei no banho e tentei relaxar, minha mente me levou ao... Gil, como ele está sendo maravilhoso comigo, agora tenho certeza que o amo...Grande problema, se prepare para sofrer Catherine. O meu coração escolheu ele e eu não posso fazer nada pra mudar, mas não quero sofrer novamente, vou fazer de tudo para tentar impedir mais não sei se vai adiantar muito. Terminei meu banho, me enrolei na toalha e fui pro quarto. Estava procurando uma roupa e de repente o Gil entrou.

–Desculpe... desculpe. –Ele falou vermelhou me fazendo rir.

–Ta Gil, eu te desculpo. –Eu falei.

–Achei que você ainda estivesse no banho. –Ele falou de costas.

–Tudo bem, Gil, eu não estou nua, não completamente. –Eu falei sorrindo.

–Eu... te espero lá em baixo. -Ele saiu quase que correndo do quarto, eu soltei uma enorme gargalhada. Achei uma roupa e desci rápidamente, Gil estava na cozinha.

–Hey Gil. –Eu falei e ele se virou para me olhar.

–Seu café. –Ele falou me dando uma xicara de café.

–Obrigada meu anjo. –eu falei e ele sorriu.

–Gostei disso! -ele sorriu largamente pra mim.

–Eu também. –Eu falei sorrindo. A situação está fugindo do meu controle, já estou me entregando. Droga.

–Sabia que você fica mais linda quando esta sem a roupa do Csi. –ele falou sorrindo.

–Obrigada Gil. –Eu falei um pouco envergonhada. –Obrigado por me ajudar tanto e por ser meu amigo. –Eu falei e tomei um pouco do meu café.

–Eu vou estar sempre com você, Cath, eu nunca vou te deixar. –Ele falou e eu peguei sua mão.

–Gil... ai. -Gemi, senti uma pontada na minha cabeça seguida de tontura só não cai porque, em... Gil me segurou.

–O que foi Cath? -Ele perguntou preocupado

–Minha cabeça, está girando. –Eu falei e ele me pegou no colo e me levou pra cama.

–Dorme Cath. -ele falou me cobrindo e saindo do quarto.

–Gil... –eu falei ele voltou.

–Sim? –Ele perguntou.

–Muito obrigada, mais uma vez por me ajudar e cuidar de mim. –Eu falei acariciando seu rosto.

–Não tem oque agradecer minha querida. –Ele falou e beijou a palpa da minha mão.

–Quando eu acordar você vai estar aqui né? -Eu perguntei querendo que ele ficasse mesmo não tendo direito.

–É claro que vou agora dorme, você precisa descansar. –Ele falou e acariciou o meu rosto. Fechei os olhos e dormi. Quando acordei, olhei pela janela e já estava escurões levantei devagar e sai do quarto, fui andando ate a sala e vi o Gil sentando no sofá lendo uma revista. Me encostei na parede e fiquei parada por um estante, pois minha cabeça ainda doía e girava.

–Catherine. –Ele falou se levantando e veio ate mim. -Tá tudo bem?-Ele perguntou e envolveu seus braços na minha cintura e me conduziu ate o sofá.

–Minha cabeça ainda dói. –Eu falei e deitei minha cabeça no seu ombro.

–Acho melhor irmos a um médico, Cath. -Ele falou acariciando meu rosto.

–Não! Eu não quero ir ao médico. -Falei decidida.

–Mas... -nem o deixei terminar.

–Por favor, Gil... eu não quero, só...só não me deixa sozinha. -Eu não tinha o direito de pedir isso a ele, mas e dai?

–Não vou te deixar. –Ele falou acariciando minhas mãos. –Você quer que eu peguei algum remédio pra você?

–Sim, por favor. Pegue um analgésico na minha bolsa. –Eu pedi ele foi pegar. Ele pegou e me trouxe com um copo de agua. Tomei o analgésico e depois deitei no sofá. Ele se sentou no mesmo sofá que eu e colocou minhas pernas sobre a dele.

Pov do Gil

Cath adormeceu no sofá e eu a levei pro quarto depois,sai do quarto, fui ver tv, não tinha nada de bom então deixei em qualquer canal... Olhei no relógio e vi que estava tarde 01:28 da madrugada,eu teria problemas com Sara. Outra briga, meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos de Catherine subi as escadas correndo, entrei no quarto ela estava chorando. Me aproximei dela.

–O que foi Cath?-falei me sentando ao seu lado.

–Eu... eu tive um pesadelo! -Ela falou arfando.

–Calma, já passou! -eu a abracei e deitei ao seu lado apenas para consola-la ela soluçava alto, passei a fazer carinhos em sua cabeça, os soluços foram diminuindo até parar e minha lucidez também, acho que adormeci. Acordei com o despertador tocando, o desliguei e abracei mais a Catherine. Era bom dormir com ela, por mais que tenha sido apenas para consola-lá era bom. Sentir o seu toque, o seu cheiro que me inebriava...Gil, não pode pensar isso!! Você esta aqui apenas para ajuda-la, não pode se aproveitar desse momento de tristeza dela para conquista-la, por mais que ela te ame.

Olhei pra ela que estava dormindo tranquilamente em meus braços e senti um grande alivio. Mas que droga, eu adormeci novamente e agora estava atrasado, sai delicadamente da cama para não acordar, Cath. Coloquei meus sapatos e escrevi um bilhete pra Cath dizendo que fui embora e a via no laboratório, eu não queria sair assim mas eu não podia acorda-la, sai rapidamente peguei o carro e fui pra casa eu precisa de um banho. Tomara que Sara não esteja em casa, mais provavelmente ela iria estar só para me interrogar, como sempre. Assim que eu entrei ela perguntou furiosa.

–A onde você estava? A onde você dormiu?

–Ahh, eu estava por ai. Não enche Sara. –Eu falei e fui pro quarto.

–Você estava com ela né?Tava com a vagabunda da Catherine. –Ela falou furiosa.

–Não fale assim dela. –Eu gritei furioso. Já estou cansado, dessa sua desconfiança, dessa sua palhaçada, desses seus ciúmes doentios. –Eu falei furioso.

–Não é desconfiança e nem ciúmes, é prevenção. A Catherine é uma piranha vai pra cama com qualquer um. –Ela falou furiosa.