Entre o bem e o mau, eu fico com a paz! escrita por Lucy


Capítulo 17
Raiva e decisão


Notas iniciais do capítulo

uiii! o negoço ta pegando fogo! =D



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No dia seguinte, Sophia estava abalada com o enterro e irritada com Bruno. Ao sair do quarto foi em direção ao quarto do menino, que estava deitado olhando a vista pela janela.

--- uou! Não sabe bater?--- disse ele ironicamente

--- não terminamos nossa conversa--- Sophia foi curta e grossa, se sentando na cama. O menino sentou--- por que está me ignorando?

Bruno abaixou a cabeça e não encarou Sophia nos olhos. Ela também não reclamou, continuou ali, aguardando a resposta em silencio...

--- é... complicado--- ele disse. Sua voz tremia, então na mente de Sophia, um filme passou em sua cabeça.

O sonho... ela no corpo de alguém que estava apaixonada por ela e estava sendo castigado. Os castigadores haviam matado seus pais por um demônio está apaixonada por ela. O único demônio que ela conhecia era... Bruno

--- você...--- ela iniciou, tomando cuidado com suas palavras--- está... apaixonado por mim?--- Bruno olhou para ela. Seus olhos transmitiam surpresa e medo.

--- co...co...--- ele iniciou e foi interrompido

--- isso não importa--- ela pôs uma das mãos no rosto do menino, alisando de leve.--- eu também... gosto de você...--- seu rosto estava vermelho de vergonha.ele segurou a mão da menina que estava em sua face com delicadeza e as segurou com  carinho.

--- fico feliz em saber disso--- ele sorriu.

Ela sorriu de volta e foi em direção aos seus lábios. Os dois encostaram seus lábios e devagar começaram a se beijar, um beijo lento, mas com desejo. Então o beijo ganhou velocidade e mais intensidade. Então os dois foram diminuindo devagar, até o beijo parar naturalmente.

---eu já decidi--- sussurrou ela, de cara a cara com bruno.

---  o que?--- perguntou também sussurrando.

---Que tipo de anja serei.--- ela disse e ele ficou branco.--- Anja baixa.

--- não, não--- disse ele saindo de perto de Sophia e ficando de pé no meio do quarto--- por minha causa?

---sim--- ela disse.

--- não, não!---ele falou mas alto.--- foi por minha causa que seus pais morreram sabia?

--- eu já sei tudo isso bruno.--- ela revirou os olhos--- castigadores.

--- não!--- ele repetiu--- essa maldição... vai matar todos os seus amigos!--- ele disse para ela quase gritando.

--- uma hora meus amigos vão acabar--- ela falou baixo.

--- o que?--- ele gritou--- vai sacrificar a vida de todos que ama por causa de uma paixão boba de adolescente?--- ele disse indignado.--- mesmo assim! Se seus conhecidos acabarem, você será morta!

--- não tem como evitar isso?--- ela disse.

--- não--- ele falou de cabeça baixa.--- não enquanto eu for um demônio.

---tem que ter um jeito!--- Disse Sophia indignada. Bruno abaixou a cabeça e se calou por um tempo.

--- me esqueça--- disse Bruno de repente.

--- o que?--- disse ela surpresa.

--- me esqueça!--- repetiu Bruno--- nós não nascemos um para o outro...

--- claro que sim!--- disse ela.

--- claro que não!--- Disse Bruno então seus olhos se encheram d’agua e ele virou de costas.--- você não serve para mim.

--- e quem serve pra você?--- perguntou Sophia indignada.

--- Larissa, por exemplo--- disse Bruno tentando disfarçar sua voz de choro.--- qualquer uma gostosinha, menos você

--- o que?--- Sophia tinha água nos olhos e não tinha vergonha de esconder--- você acabou de dizer que estava... estava apaixonado por mim!--- disse ela--- agora, chega pra mim, do nada, e diz que eu não sirvo pra você?

--- não serve--- repetiu. Sua voz era firme, mas seu coração doía cada vez que dizia que ela não servia. Ela era perfeita. Bonita, senso de humor, legal... perfeita. Uma garota do jeito que ele sempre sonhou.

--- tudo bem...--- ela disse inconformada. Ela podia não servir para ele, mas ele era perfeito para ela. Ela tinha raiva dele, porem sentia mais raiva de si mesma do que dele. Ela queria ser perfeita para ele. Ela soluçava e olhava o cabelo castanho claro de Bruno.

Os dois ficaram ali, em silencio, por um tempo. Então Sophia não aguentou e saiu correndo, chorando desesperada, do quarto e bateu a porta. Ao ouvir que Sophia havia saído, Bruno caiu de joelhos no chão e escondia o rosto nas mãos. Seu coração doía. Sua mente doía. Seu corpo doía. Ele doía. Naquele momento ele desejou morrer, preferia isso a ter que ficar longe da menina que ele fez chorar. “eu a fiz chorar...” isso repetia em sua cabeça... “ você não serve”, seu tom grosso nesta frase o fez chorar ainda mais.

Ela correu em direção a seu quarto, se jogou na cama e escondeu o rosto no travesseiro. Chorava desesperadamente. “como? Ele... ele... havia acabado de assumir que estava apaixonado por mim!” ela pensava. “você não serve”, essa frase não saía de sua cabeça, foi o que mais doeu em tudo o que ele disse. Depois de chorar por mais de duas horas, concordou com Bruno: “Me esqueça”. Era o que ele iria fazer.

Sophia se levantou, limpou seu rosto e foi tomar um banho. Depois desceu as escadas, a procura de Ferdinando. Na sala estava Ferdinando sentado e Bruno de pé na janela olhando para o céu. Ele abaixou a cabeça ao perceber a presença de Sophia.

--- Ferdinando--- ela disse sem emoção.

--- oi Sophia--- Ferdinando respondeu no mesmo tom de sempre.--- que cara é essa?

--- Preciso te perguntar uma coisa--- disse Sophia ignorando totalmente a pergunta do anjo.

---fale--- disse ele dando os ombros.

--- eu tomei minha decisão--- disse ela, seca--- como faço para anuncia-la o mais rápido possível?

--- daqui a pouco--- ele disse olhando em seu relógio--- a meia noite, eu e Bruno te levamos.

--- certo.

Sophia deu as costas e subiu em direção ao quarto e lá se trancou até dar onze horas da noite. Foi quando desceu, tomada banho e já arrumada para anunciar sua decisão. Cada anjo pegou em um braço da menina e saíram voando acima das nuvens.

Então, passaram por nuvens que pareciam lâmpadas. Sophia fechou os olhos e quando os abriu, estava em um lugar lindo. Havia no chão um lado negro e outro branco. “anjos e demônios” pensou. No lado negro, só haviam demônios com suas lindas asas douradas e cintilantes, no lado branco, haviam apenas anjos com suas grandes e lindas asas brancas. Na frente, havia um grande palco que brilhava cor-de-rosa. Bruno e Ferdinando colocaram a garota de pé na frente, e se posicionaram atrás, um de cada lado.

Sophia respirou fundo e começou a dizer:

--- tomei minha decisão--- ela falou e foi interrompida por uma voz misteriosa.

--- diga o motivo de sua escolha--- pediu. Sophia pensou então se lembrou da promessa que fez aos seus pais no cemitério.

--- prometi aos meus pais que os encontraria... --- ela falou e então a voz se silenciou. Ela continuou--- eu escolho me tornar uma anja divina.

Então o palco de rosa claro, se tornou branco e ela começou a brilhar juntamente com o palco. Então no meio do brilho, uma silueta de duas asas apareceu e o brilho se cessou.Lá estava Sophia de pé, com um vestido de seda branco até os joelhos, tomara que caia, com uma faixa rosa abaixo dos seios, e atrás de seu corpo, um par de asas branca lindas e cintilantes.


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Notas finais do capítulo

antes, eu tinha pensado e nao ter beijo nessa cena, pra deixar o primeiro beijo quando tudo se resolve, mas essa cena ia ficar chata sem o beijo! =)
gostaram?