Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 8
Restaurante no Fim do Universo - 2


Notas iniciais do capítulo

Hey! Mais um (: Esperamos que gostem.
(É. Dessa vez eu não esqueci que era minha vez de postar =p)
Beijos



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A comida chegou, e me deliciei com toda ela. Estava realmente muito boa. Os outros dois estavam pensando o mesmo presumi. Uma banda estava tocando um jazz suave, quando um homem falou: “E agora para apresentar a vocês o fim do Universo, substituindo mais uma vez nosso querido apresentador original... o deus Apolo!” Tocaram uma música de abertura de programas de entrevista enquanto o deus entrava, sob aplausos.

– Obrigado, muito obrigado – disse ele – bem vindos ao Millways o Restaurante no Fim do Universo, espero que tenham aproveitado o jantar, pois essa foi a ultima refeição de suas vidas! – conseguiu arrancar umas risadas – hoje temos presentes aqui algumas caravanas, e alguns amigos meus – tirou um papel do bolso, onde provavelmente estavam escritos os nomes – vejamos... os Soldados Veteranos da 1ª Guerra Krikkit estão ai?

Alguns velhos levantaram as mãos, e a luz se direcionou a eles

Nota: a primeira Guerra Krikkit foi uma das maiores guerras de toda a história universal. Só é necessário saber disso, e que o planeta Krikkit está até hoje, trancado dentro de um Portão de Tempo Lento. Ou seja, enquanto se passa 500 anos fora do planeta Krikkit, 3,14 segundos passam nele.

– Muito bem! – disse Apolo – como ainda estão em boa forma não? Quem mais... ah, os Fundadores da Igreja Salmão da Exclamação dos Últimos Dias! Estão aqui? – a luz se direcionou para uma mesa, em que estavam sentados alguns salmões, que não demonstraram interesse ao serem apresentados - Certo, e também contamos com a presença... dos Beatles! Onde estão vocês? – perguntou ele, e a luz se direcionou a uma mesa.

Os Beatles? No espaço? Num restaurante a bilhões de anos a frente do tempo deles? Virei para ver onde estavam, e lá estavam eles mesmos. John, Paul, George, Ringo, e George Martin.

– Incrível senhoras e senhores – disse o deus – poderiam cantar um pouquinho pra gente?

– Infelizmente não – disse John – precisamos voltar logo para o nosso tempo, temos de continuar gravando nosso ultimo disco.

– Ah, sim, claro – disse Apolo – e também temos... os representantes da ONG Águia Rulpestre: Salve a Natureza – a luz se direcionou, e um grupo levantou as mãos.

Nota: Muitos grupos no Universo tentam “salvar” ou re-fazer a amizade com a natureza. Mas a natureza é uma menina esperta, e não faz amizade, ou confraterniza-se com gentalha. Em entrevistas, a natureza sempre diz isso “não gosto desses seres inteligentes, que querem me consertar, ou fazer amizade comigo. Eu faço pegadinhas com eles, e os idiotas nem percebem!” Um exemplo dessas pegadinhas é o recente ditado popular: “Por que temos 2 olhos, 2 orelhas, 2 pulmões, 2 braços, mas só um coração? Por que temos de encontrar o outro!” Lindo o ditado, mas comédia é igual tragédia mais tempo. Se encontrássemos o outro coração – a alma gêmea – ai teríamos 4 olhos, 4 orelhas, 4 pulmões e 2 corações. Ai teríamos de encontrar mais 2 almas gêmeas. Mas ai teríamos 6 olhos e 4 corações, e por ai vai, até ficarmos igual baratas tontas procurando corações e almas gêmeas. Algumas civilizações já chegaram a ser extintas por conta disso, mas é inútil entrar em mais detalhes.

– Certo, já apresentei todos, e aproveitem a banda, e as sobremesas, pois daqui a 45 minutos o Universo acabará! – disse ele, se retirando do palco, e a banda começou a tocar músicas agitadas e legais.

Nesse intervalo decidi ir falar com os Beatles é claro. Eles bem ali, na minha frente em carne e osso! Caroline também estava muito entusiasmada, e disse que iria comigo. Douglas decidiu ficar na mesa e provar uma das várias sobremesas.

Quando estávamos chegando perto deles, um segurança nos barrou e disse:

– Senhores esta é uma área restrita, não aproximem-se dos Fab4. Não permitimos que pessoas como... vocês cheguem perto dos astros e estrelas, para não causar tumulto. Se insistirem jogaremos vocês para fora do restaurante, e acabarão junto com o Universo.

Ele disse tudo. Então, começamos a nos afastar. Mas vimos George Harrison saindo da mesa e indo em direção do banheiro. Eu e Caroline nos olhamos e tivemos a mesma idéia. Fomos em direção do banheiro também, e conseguimos falar com George.

– George Harrison!!! – nós dissemos – é um prazer encontrar com você! Ok, queríamos falar com o Paul mas... você também é ótimo! Pode nos dar um autógrafo??

– Ah, desculpe – disse ele – mas estou sem caneta aqui... – logo que ele disse isso, Caroline tirou uma caneta do bolso, e ofereceu as nossas toalhas para que ele autografasse. Ele olhou para elas com estranheza, mas autografou mesmo assim.

– O medley de Abbey Road ficou ótimo! Something é a sua melhor! – começamos a encher ele de elogios – e Here Comes the Sun também! Muito Boa!

– Medley? Abbey Road? Here Comes the Sun? – ele perguntava. Claramente não sabia do que estávamos falando. Mas isso era genial! Ele não havia pensado em nada disso ainda, poderíamos dar as idéias para ele!

– Olha George, pegue as músicas de Abbey Road e faça um Medley! – começamos a dizer desesperadamente – Escreva uma música, que simboliza a chegada da alegria, do verão! Here Comes the Sun!!!

– Bem, é melhor que voltem para suas mesas – disse ele confuso – o segurança está vindo ai...

Olhamos na direção que ele estava apontando, e voltamos para a mesa, extremamente animados. Conhecemos George Harrison! Um Beatle!

Logo voltamos para a mesa, e conversamos sobre os Beatles, e tudo mais. Então, a luz se direcionou para o palco principal, e Apolo começou a falar:

– E agora vamos ao nosso espetáculo! O Fim do Universo! Peço a todos agora olhem para cima, para o Universo, que irá acabar dentro de 6 minutos!

Todas as luzes se apagaram, e olhamos para cima. As supernovas e as pequenas explosões estavam cada vez mais frequentes. Só quando as luzes se apagaram, que percebi um detalhe interessante no restaurante: na base da grande cúpula de vidro, haviam vários e vários televisores. Cada um mostrava um canal diferente de televisão, e todos os canais eram de noticiários. Eram coberturas ao vivo dos desastres que ocorriam em todo o Universo: furacões, tsunamis, terremotos, chuvas de fogo, estrelas explodindo ou engolindo planetas e muito mais.

Nota: “Muito Mais” nesse caso, são uma lista de vários desastres naturais, que nosso personagem não percebeu e não prestou atenção. Alguns itens da lista: planetas explodindo, maremotos, desermotos, suicidios e homicidios em massa, sexo em massa (pois é necessário aproveitar os ultimos momentos) gigantes brincando de derrubar prédios igual dominó, vulcões entrando em erupção, campos magnéticos de planetas se desfazendo, luas desmoronando e caindo sobre seus mundos, viagens no tempo canceladas e o maior mal de todos: a caída da rede universal de computadores – internet.

– Viram só – Apolo continuava a sua cobertura do Fim – a estrela TetraMantis acabou de explodir. Tem alguém desse sistema aqui hoje? - uma mesa ergueu a mão – ah sim, sinto muito mesmo, e agora é muito tarde para conferir se deixaram o fogão ligado não é?

Enquanto Apolo continuava arrancando risadas e dizendo quais estrelas estavam explodindo, percebi que a coisa ficou séria: as explosões estavam maiores e mais fortes. Até que Douglas me disse:

– Não se preocupe. O restaurante tem (tinha) um forte campo de força ao redor dele. E 5 bilionésimos de segundo antes do Universo realmente acabar, ele começará (começou) a viagem de volta, e deixará (deixou) todos em suas determinadas épocas. Não entre em pânico!

É, tenho de confessar que a explicação de Douglas me acalmou. Mas ainda não estava seguro. Não tinha mais coragem de olhar para cima. Mas olhei. E vi o Caos.

Difícil descrever o que eu estava vendo. Bem, imagine uma explosão atômica. Agora, imagine 5 bilhões dessas explosões ao mesmo tempo cada uma de cor diferente, e de tamanhos diferentes. Se ficou difícil imaginar mesmo assim, um LSD ajudaria. Mas era um espetáculo fascinante. E era absolutamente bonito.

– Percebam só as cores variando e explodindo ao mesmo tempo... - até que ele foi interrompido por um estalo enorme. A cúpula havia rachado.

– O que? - ele disse desesperado – mas... isso nunca aconteceu! Fiquem todos em seus lugares, isso n-não foi... nada – disse ele, e todos ficaram sentados.

Mas a cúpula rachava cada vez mais. Não ia demorar para quebrar, e todos morreríamos. É, esse era o fim. Caroline olhou desesperada pra mim e disse:

– James! Olha pra mim!

– Hã? – Obedeci e encarei seus olhos verdes. Ela estava apavorada.

– Me beija! Agora! Eu te amo!

Fiquei um segundo paralisado. Caroline Price dizendo que me amava? EU? O professor quadrado que dança mal?

Nesse segundo, ouvimos um barulho. Outra rachadura aparecera. Bem na janela que estava ao nosso lado.

– Vai logo, James! – Ela gritou. - Eu te amo, te amo, te amo, mais do que tudo, me beija agora!

Ela estava desesperada. Eu também gostava muito dela. Estava tudo perfeito. Se é que isso fosse possível. Então gritei pra ela, pois o barulho era muito grande.

– Eu também te amo mais do que tudo! E tem outra coisa, Carol...

BUM! E acabou o Universo.


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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim?
É o fim da fic?
Reviews?
Ok. Parei.
Beijos!