Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 4
Por que toalhas?!


Notas iniciais do capítulo

Mais um! (A va Roli ¬¬')
Esperamos que gostem!



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O Gerador de Improbabilidade Finita era um motor que equipava a nave em que os três humanos estavam no momento. Esse motor é um tanto menos eficiente que o seu sucessor, o Motor de Improbabilidade Infinita, mas ainda é muito útil. Ele funciona assim: você descreve o lugar em que quer chegar, e o motor automaticamente começa a fazer com que a nave chegue ao destino através de pequenos tele transportes. Não demora mais do que 5 minutos, dependendo do lugar em que você quer chegar.

Douglas havia acionado o Motor de Improbabilidade Finita, para chegar ao sistema estelar Sirus. A nave pousou em um planeta e Douglas antes de descer, disse para James e Caroline ficarem ali mesmo. Em alguns instantes voltaria.

- Nossa... Não acredito que estamos mesmo no espaço... – disse James.

- Pois é. Como é estranho...

De repente, James olhou no seu relógio de pulso, e viu que eram 11h30min.

- Não acredito! Eu tinha de dar uma prova hoje de manhã!

– Deixe-me ver se eu entendi. – Caroline o olhou, incrédula. – Nós estamos no Universo. Com essa imensidão de estrelas. A pouco de conhecermos o Olimpo e, você está preocupado com uma maldita prova???

– Ao contrário de você. Eu me preocupo com o trabalho. – Ele se levantou e ficou andando de um lado para o outro.

– Eu me preocupo com coisas importantes. – Carol retrucou.

– Ah, é mesmo? – Ele a olhou com sarcasmo. – Como o que?

– A vida. Seu imbecil.

James a encarou por vários minutos. A loira havia tocado em um ponto sensível para ele.

– O que? Vai me criticar? – Ela estreitou os olhos, pronta para um bate-boca.

– Não. – James voltou a se sentar e encarou o chão. Atordoado.

– O que foi? – Ela foi para perto dele. De repente ela sabia que algo estava errado, e era melhor não estar com raiva.

– Nada. - Ele respondeu, apoiando os cotovelos no joelho, servindo de apoio, enquanto enfiava o rosto por entre as mãos.

– Ok. Não é nada e o diretor Julio não olha para meus peitos, quando eu passo na sala dele. – Ela o olhou com uma sobrancelha levantada. – Vamos. Me conte o que aconteceu.

– Não, não. – Ele balançou a cabeça lentamente.

– James. – Caroline chamou. – Olhe nos meus olhos.

Ele virou o rosto e encarou a imensidão verde que eram os olhos da loira.

– Você pode confiar em mim. – Ela sorriu e, pela primeira vez em sua vida inteira, o professor teve a certeza que poderia contar aquele segredo sem se sentir culpado.

Ele suspirou.

– Tá. – James concordou, afinal. – Mas você tem que estar preparada.

– Meu amor. – Ela sorriu com sarcasmo. – Eu já nasci preparada. – E piscou um olho. Ele riu.

– Ok. Ok. Mas não diga que eu não avisei!

– Conte logo. – Ela sorriu.

– Hn... – Ele hesitou. – Eu... Tenho uma doença grave.

– Grave? – Ela o encarou. – Como assim, grave?

– É... – Ele olhou para o teto, para o chão e para a janela. Mas Caroline continuava encarando-o. – É uma doença mortal.

Carol não conseguia acreditar. Ele iria morrer por causa de uma doença?

– Que doença? – Ela perguntou. Cheia de carinho e compaixão.

– Não sei direito. O nome é muito complicado.

– Ai, ai, ai James. – Ela entortou a boca, cheia de dó, e o abraçou. – Vai ficar tudo bem. Tudo bem.

– Não, não vai! – Ele retrucou, enquanto abraçava-a de volta. – Eu vou morrer Caroline. Morrer.

– Calma. – Ela tentava acalmá-lo. Um pensamento meio impossível passou por sua cabeça, mas a loira não pôde falar, pois, na mesma hora, Douglas apareceu na porta da nave. Com um robô logo atrás.

– Opa. – Ele parou assim que viu a cena. – Estou atrapalhando alguma coisa?

Eles logo se soltaram, e Caroline ficou de pé. O robô atrás de Douglas era... bonitinho. Era quase da altura dela. Tinha uma enorme cabeça, e olhos em forma de triangulo, de cores verdes.

- Veja Marvin – disse Douglas para o robô – esses são Caroline e James. Eles vão nos acompanhar por um tempo sabia?

- Eu disse que não ia gostar – disse o robô Marvin, com uma voz extremamente desanimada.

- Não se assustem, ele é depressivo sabe...

- Um robô depressivo? – perguntou James.

- É – respondeu Marvin – medonho não?

– Ah sim professores, comprei uma coisinha para vocês...

E Douglas tirou de sua mochila três toalhas. Jogou uma rosa e macia para James, e uma verde claro para Caroline.

- Por que toalhas?! – disse Caroline – nós precisamos tomar banho?

- Senhores, as tolhas são os itens mais úteis de todo o Universo! Existem milhões e milhões de usos para elas! Primeiro que...

- Não! Não Douglas, não fale nada – interrompeu James – não precisa falar as milhares de funções de uma toalha, nós vamos descobrir sozinhos.

- Certo, certo, certo – disse Douglas indo aos controles principais – pra onde vamos agora mesmo?

- Tanto faz, eu não vou gostar mesmo – disse Marvin, indo até um canto.

- Nos leve de volta para a Terra! – disse James.

- Nem pensar, só depois que passearmos um pouco. Vamos até Magrathea, encomendar um planeta. Depois vamos a qualquer outro lugar e pronto.

- Ah meu Deus – disse James irritado e se sentando em um sofá. Marvin estava do lado dele.

- É, eu sei como é. Te levam pra onde você não quer ir.

- Mas você é um robô, tem de obedecer os outros. É diferente.

- E você é um simples mortal. Tem de obedecer o governo. É a mesma coisa.

James pensou naquilo, e viu que fazia sentido. Então tentou responder:

- Não, por que eu... – então percebeu que estava discutindo com um robô, e desistiu.

Douglas ativou o Gerador de Improbabilidade Finita, e começaram a viajar até Magrathea.

***

Senhor Julio Dragneel era o grande diretor da escola em que James Brandini e Caroline não-sei-das-quantas (sim, o senhor Julio não era bom com nomes, nem com rostos, nem com marcas de carro). Aqueles dois professores não haviam comparecido à escola naquele dia, por isso o diretor Julio estava bravo.

Acontece que o professor James tinha de aplicar uma prova em 4 salas naquele dia, e vários alunos estavam sem aula. Um aluno idiota (um dos alunos idiotas, pois aquele diretor achava que todos os alunos eram idiotas) durante o recreio, pegou o velho projetor e conectou seu celular nele.

E foi exibido na parede do pátio um vídeo em que o professor James e a professora Caroline bebiam feito loucos, e ficavam falando sobre sexo e putaria. A escola estava um caos, e agora estava o diretor lá, tentando restaurar a ordem. Ele ligava desesperado para os professores, mas nenhum atendia, e eles não estavam em casa.

Estava quase desistindo, mas precisava de explicações dos professores. Continuou ligando para eles, muito nervoso. Ele não estava bravo pelos professores ficarem bebendo até tarde da noite. Ele estava bravo por que os professores ficaram bebendo até tarde da noite, e ele não.


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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim? Esclarecedor? Horrível?
Inté o próximo!