Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 34
A Divina Tragédia


Notas iniciais do capítulo

Heeeey leitores, tudo bem?
Enfim, aí está um capítulo enoooorme para vocês, aproveitem!
Neste, nossos heróis finalmente retornam ao Olimpo!
Ah, esse capítulo é dedicado a minha cunhada fofa, Paula Di Angelo :3 :3 :3
Espero que gostem,
Boa leitura ;)



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Tudo voltou ao normal. As luzes acenderam-se, todos pararam de entrar em pânico. Démeter simplesmente havia resolvido tudo. Destruiu todas as naves Vogons e salvou a nave de Douglas.

                Simples assim. Tudo era simples para os deuses.

                E passaram mais algum tempo viajando pelo espaço. O tempo parecia tão devagar... e na verdade era mesmo, por conta da Teoria da Relatividade. A viajem toda os humanos ficaram quietos. Os humanos, Démeter não. Ela ficou falando sobre as plantações no seu planeta e muito mais.

                Mas enfim, chegaram ao Monte Olimpo novamente. Douglas anunciou a todos:

                - Chegamos ao nosso destino!

                Todos foram olhar pela janela, mas logo Douglas apertou um botão que fez com que as janelas fossem cobertas, e assim nem os professores nem Démeter conseguiram ver o planeta lá fora.

                - Por que fechou as janelas Douglas? – perguntou Démeter, desconfiada.

                - Ora... – o escritor tentou achar uma desculpa rápida – por que... Durante o pouso as janelas não podem ficar abertas.

                Démeter continuou olhando desconfiada pra Douglas, mas acabou acreditando.

                O pouso foi suave e tranquilo. James e Caroline estavam num canto, conversando e muito ansiosos por que iriam completar a terceira missão, e o professor seria curado.

                - Conseguimos James! Em instantes você vai estar curado da sua doença!

                - Sim sim! – disse o professor – Mas ai quero só ver o que faremos depois que eu ficar curado...

                - Isso a gente decide depois... Agora vamos nos concentrar em entregar Démeter e o que dizer aos deuses como agradecimento.

                Sorriram um para o outro. Mas parecia até que Caroline estava mais feliz do que James. Na verdade, estava.

                Os quatro tripulantes da nave (sem contar Marvin) foram para a porta principal. Agora estavam naquele clima legal antes de conseguirem algo igualmente legal. Douglas estava enrolando para abrir a porta, mas ninguém se importava com isso. De repente ela abriu devagar, e uma forte luz iluminou-os.

                Démeter foi a primeira a sair. Ela olhou para tudo, e então percebeu que estava no Olimpo. Tentou correr, mas soldados surgiram do nada e a trancaram dentro de uma enorme bolha. Apareceram mais soldados que ficaram apontando suas lanças, flechas e espadas para a bolha em que a deusa estava. Ela entrou em pânico e começou a gritar:

                - Uma armadilha! Seus idiotas, vocês me trouxeram para o Olimpo! Deixem-me sair daqui! – ela berrava batendo na bolha.

                - Isto é inútil Démeter! – disse uma voz entre os soldados. O dono da voz logo apareceu.

                O deus da guerra Ares saiu de trás de seus soldados. Ele estava de cadeira de rodas, mas ainda tinha uma aura de grande autoridade e deixava qualquer um com medo.

                - Vamos, levem-na para o salão principal! – ele gritou, e a tropa de soldados subiu a rua que levava ao salão. Ares virou-se para os humanos que tinham acabado de por o pé pra fora da nave e disse-lhes – muito bem humanos! Conseguiram completar esta última missão! Vamos logo para o salão falar com Zeus.

                Ares era um tanto esquisito. Metia medo nos humanos e gritava como um general, mesmo com um braço enfaixado e sentado numa cadeira de rodas. Ele virou-se e foi rapidamente para o salão principal. Os humanos andavam até lá, e imaginavam o que Zeus iria lhes dizer, como James seria curado, etc.

                Chegaram ao salão. Ele estava todo arrumado, havia mesas de Buffet por toda a sala, todos os cantos estavam enfeitados com fitas e flores. Um globo de discoteca estava no teto e um monte de outras luzes do tipo. Logo logo iria começar uma grande festa pelo jeito.

                Diferente da primeira vez, todos os deuses estavam no salão, sentados em seus tronos. Démeter estava acorrentada no seu, e amordaçada. Os humanos dirigiram-se ao centro do salão, Zeus levantou, pegou seu cajado e disse em bom tom:

                - Parabéns humanos! Vocês trouxeram Démeter até aqui, o Olimpo está unido novamente! Agora, como vocês fizeram as três missões, eu... – então Zeus foi interrompido por Hades, que levantou e gritou:

                - Onde está Perséfone?!

                Um silêncio constrangedor se fez. Hades olhava fixamente com um olhar de raiva para os três humanos. O ambiente ficou tenso ao extremo. Até Zeus se sentou.

                - B-bem, é... – Douglas tentava explicar – ela... não ia d-d-deixar que trouxéssemos Démeter ao ao ao... ao Olimpo! P-por isso... jogamos ela no aparelho de tele transporte – Douglas disse essa ultima frase rapidamente.

                - E onde ela está agora?

                - N-não sabemos, coloquei coordenadas aleatórias...

                - O QUE?!

                - Então – Zeus disse – para completarem a missão, vocês terão de encontrar Perséfone, e...

                - IMPOSSIVEL! – gritou Hades, furioso. Lá fora o sol se pôs, tudo ficou escuro. As flores murcharam, e as trevas tomavam conta de tudo – VOCÊS SÃO INCOPETENTES! EU PEDI PARA TRAZEREM PERSÉFONE EM PRIMEIRO LUGAR!

                Enquanto ele gritava, James, Caroline e Douglas entravam em pânico por dentro. O que fariam agora?

                - MAS NÃO, VOCÊS DEIXAM MINHA AMADA ESPOSA E TRAZEM SÓ A MINHA SOGRA!

                Nessa hora, Douglas não aguentou e deu uma risadinha. Hades percebeu e ficou mais bravo ainda. O deus tirou (não se sabe de onde) sua grande foice, e se preparou para atingir os humanos. Ia falar algo, mas Caroline foi esperta: puxou Douglas e James para trás, e os três correram para fora do palácio.

***

                Hades nunca tinha ficado com tanta raiva.

                Juntou todo o seu poder, e tentou foiçar os humanos antes de eles saírem do palácio. Mas eles corriam rápido, e Hades acertou apenas as paredes que racharam.

                Tudo o que Douglas, James e Caroline pensavam era chegar até a nave, e Hades com certeza já havia percebido isso. Desceram correndo as escadas, James chegou a cair, mas Caroline o ajudou a levantar. Hades vinha logo atrás deles, atacando-os com toda sua força. Os humanos conseguiam desviar dos ataques, sem saber como.

                Hades era um deus, e mil vezes mais rápido que os humanos, então os alcançou e ficou de frente com James. Bateu no professor com o lado de trás de sua foice, fazendo-o cair no chão. “Merda” pensou ele. Hades tinha acertado em seu peito, que ficou doendo muito. O deus ia dar outro golpe, mas Caroline se jogou na frente do professor, levando o golpe e caindo em cima de James. O deus dos mortos virou sua foice e ia dar o golpe fatal nos dois, mas Caroline tirou de sua bolsa uma arma infalível: spray de pimenta. Borrifou no rosto de Hades, fazendo o deus cair para trás.

                - Vamos logo! – ela gritou, ajudando James a levantar pela segunda vez.

                Continuaram correndo. Douglas tinha parado para esperar os dois. Alcançaram-no, e continuaram. Hades logo se recuperou, levantou sua foice e gritou numa língua desconhecida aos humanos:

                - Βοήθησέ με τους νεκρούς ηλίθιοι!

                Assim que gritou isso, a terra tremeu, e vários guerreiros-esqueletos-do-Inferno saíram do chão. Eram mais ou menos 30, e todos investiram nos humanos. Atacaram-nos com as espadas, facas, martelos e todas as armas conhecidas. Tinha até um morto com um travesseiro, que usava-o para bater em Douglas.

                James pegou a espada de um dos mortos e começou a lutar. Nunca tinha usado uma espada antes, mas até que estava indo bem. A cada 10 golpes que dava, 9 ele errava e 1 ele acertava nele mesmo.

                Uma confusão estava sendo feita. Cada um dos humanos lutava com mais ou menos 10 soldados ao mesmo tempo. Nunca conseguiriam vencer.

                - Ares, deus da guerra, nos ajude! – gritou Caroline, tentando invocar o deus. Nada aconteceu.

                - Zeus, deus do trovão, nos ajude! – ela gritou novamente, e nada aconteceu.

                - Poseidon, deus dos mares, nos ajude! – ela continuou apelando aos deuses, e nada acontecia.

                Até que aconteceu uma “benção”. Mísseis vindos do nada acertaram os mortos e acabaram com eles. Infelizmente, os humanos estavam perto dos mortos e foram atingidos também.

                James estava com o peito e a cabeça abertos, um braço quebrado e suas roupas todas rasgadas. Caroline tinha quebrado uma perna, estava com a cara ensanguentada, e com os cabelos todos queimados. Douglas estava sem uma orelha, todo manchado de sangue e rolando no chão, pois estava com uma flecha na barriga. O escritor viu que os mísseis tinham vindo de sua nave. Deixar Marvin na nave sempre servia pra alguma coisa.

                - É o melhor que pode fazer, deus dos defuntos? – Caroline gritou para Hades.

                Ele ficou ainda mais furioso e invocou um mostro: Cérbero. O chão entre a nave e James se abriu, e o monstruoso cão de três cabeças saiu de lá. Ele latia num volume estupendo, cada latido acabava com os ouvidos de James.

                O professor de filosofia teria de lutar, pois Douglas e Caroline não estavam em condições. Mas como iria vencer aquele mostro? Ele não devia ter um estomago fraco como o do Gerion. “Mas ainda é um cachorro” pensou James. Ele pegou um pedaço de pau que estava no chão, jogou longe e gritou:

                - Cachorrinho, pega!

                - Cachorrinho, mate! – gritou Hades logo depois, e Cérbero avançou em James.

                O professor conseguiu desviar da mordida da cabeça do meio, e correu para dentro de uma casa. Fechou a porta rapidamente, e sentia as batidas do cão na mesma.

                - Saia e lute como um verdadeiro guerreiro! – gritou Hades lá de fora.

                James continuou segurando a porta, mas logo toda a casa em que ele estava escondido de despedaçou por conta de um ataque de Hades. O professor viu novamente as faces assustadoras do Cérbero. E percebeu uma coisa: o cão era praticamente cego. Os olhos do animal estavam cheios de catarata. James lembrou que os cães orientam-se pelo olfato, não pela visão. Então ele tirou seu casaco, jogou no chão e jogou ali também o frasco do perfume que estava usando (sim, James carregava o frasco do perfume que usava) e saiu correndo.

                Cérbero atacou o lugar em que James havia deixado seu perfume, mas não abocanhou nada. O professor agora estava atrás do monstro, pronto para atacar, mas não sabia como. Enxergou uma espada no chão, mas antes que pudesse pegá-la, ele levitou.

                Hades havia pego o professor pelas costas, e o fez levitar entre suas mãos.

                - Pode descansar Cérbero – disse lentamente Hades, sem tirar os olhos de James.

                James olhava fundo para o deus. Nos olhos dele viu cenas de guerras, mortes, torturas e muito mais. O professor foi consumido por um grande medo, tinha perdido. Hades iria matá-lo agora.

                Hades desviou o olhar por um momento: Douglas estava correndo na direção da nave. O deus dos mortos controlou a nave com seus poderes, e a amassou completamente. Em seguida jogou uma maldição em Douglas e Caroline, deixando-os paralisados. Voltou a olhar para James.

                - Agora professor, receberá o pior dos castigos por não ter cumprido corretamente sua missão – Hades o olhava profundamente – um castigo pior do que a morte...

                “Vou cortar o tempo de sua doença para apenas 3 horas. Quando ela chegar ao final, sua vida também terá chegado... E onde você vai passar essas ultimas horas da sua vida? No fundo do Tártaro, junto com seus ‘amigos’. Quando sua hora chegar, eu mesmo vou me encarregar de te castigar por toda a eternidade!”

                Hades disse isso, deu um sorriso, e todo o Olimpo estremeceu. Um grande buraco no chão se abriu, de onde saiam fogo e uma horda de mortos-vivos. Eles carregaram os destroços da nave, Douglas e Caroline para dentro do buraco.

                - Aproveite professor – disse Hades, e em seguida o deus jogou o professor no chão.

                James sentiu todos os mortos o carregando para dentro do abismo quente. Não tentou lutar, porque não tinha mais nenhuma esperança. Os mortos o mordiam e o arranhavam, mas ele não reclamava da imensa dor. Em questão de segundos, perdeu a consciência.


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Notas finais do capítulo

Caaaaaaaaaalma a fic não acabou ainda u.u kkkkk
Como será o tártaro? Como James vai se salvar agora? Ou melhor, será que ele vai se salvar?
Só lendo o próximo pra saber ;)
Até!