A nave de Douglas pousou levemente na superfície do planeta. Levemente mesmo, como uma pluma caindo no chão.

- Bem senhores passageiros – disse Douglas, na frente da porta de entrada, se dirigindo à James e Caroline – chegamos ao planeta da deusa Démeter, para concluirmos a última missão!

Os professores ficaram olhando Douglas com olhares sérios, sem se impressionarem com nada do que ele dizia.

- Lembrem-se, que nossa missão é trazer a deusa Démeter de volta ao Olimpo, e James será curado de sua doença!

- Certo – disse Caroline, cansada daquilo tudo – vamos descer logo!

- Isso, vão logo – disse Marvin – quero ficar sozinho aqui, para me deitar de barriga para baixo sem vocês me encherem o saco.

A porta se abriu, e os humanos sentiram de imediato o cheiro do campo. O odor mais gostoso que já sentiram, a mistura do cheiro de vários grãos, trigo e tudo mais. Sentiram um prazer imenso com aquilo. Saíram da nave, e sentiram diferença na gravidade do planeta. Era mais... leve. Não era tão forte aquela coisa que os puxava para baixo.

Nota do Guia: Na verdade, os três humanos sentiram essa diferença na gravidade em todos os planetas que pisaram, mas essa diferença só foi mencionada aqui. Sempre se sentiram mais leves em todos os outros lugares. Acontece que a raça humana definiu a gravidade como: “uma simples merda que nos puxa para baixo”. Mas a gravidade tem uma função real é claro, essa função é impedir que as espécies deixem os seus planetas. Era do conhecimento de todos que a espécie humana é... extravagante. Até a gravidade do planeta Terra sabia disso. Por isso lá ela é forte, para que os humanos não saíssem do planeta, e ficarem soltos por ai fazendo idiotices. Infelizmente, a gravidade perdeu.

A vista era incrível. Tinham pousado num campo de grama verde, mas as outras terras ao redor daquele campo eram alaranjadas, estavam cercados de plantações de trigo. Todo o horizonte era laranja, com plantações diversas. Não muito longe havia uma pequena casinha, decidiram ir pra lá, já que não sabiam onde estaria Démeter ainda.

- Não vejo nada de ameaçador aqui nesse planeta – disse Caroline.

- Talvez quando encontrarmos Démeter, vamos ver o desafio que vamos ter de enfrentar para sairmos vivos daqui – disse Douglas – deve ter alguém ali naquela casinha, vamos perguntar se sabe onde esta a deusa.

Aproximaram-se da casinha. Era bem pequena e simples, de madeira e não muito grande. Douglas bateu na porta, que fez um grande eco lá dentro. Ninguém respondeu, então ele bateu novamente. Escutaram uma voz gritando lá de dentro:

- Não tem ninguém aqui! Não ousem entrar aqui dentro!

Os humanos se olharam, e decidiram fazer o óbvio: arrombar a porta. Bastou Douglas dar um leve chute na porta, para ela vir abaixo. O interior da casinha era escuro e mofado, parecia que ninguém entrava ali à séculos. Um homem no fundo do cômodo gritou com as mãos no rosto, para cobrir a luz do sol.

- Eu disse para vocês não entrarem para dentro!

- Quem é você? – perguntou Douglas – estamos procurando a...

- Eu sei, eu sei – disse o homem. Ele saiu das sombras, e os humanos viram que ele tinha a pele roxa, olheiras, e um chapéu de palha – vocês estão procurando a deusa Démeter, blá blá blá.

Os humanos se olharam estranhamente, e Douglas enfim disse:

- Como sabe disso?

- Todos aparecem por aqui procurando por ela, sem nenhuma exceção.

Ficaram em silêncio por um belo tempo, um olhando para a cara do outro. James percebeu que a pele daquele alien era escamosa, e tinha uns 10 dedos em cada mão. Não sabendo por que, ficou com uma sensação ruim depois daquilo. O alien olhou por um bom tempo os humanos, e foi ficando com uma cara de assustado. De repente, pediu para ver a mão de cada um deles. James mostrou sua mão ao alien, que se assustou, e depois viu as mãos de Douglas e Caroline, esboçando a mesma reação.

- Vocês são do planeta Terra? – perguntou ele, parecendo estar com medo dos humanos.

- Somos sim! Por que a pergunta? – disse Caroline.

O alien balbuciou por um instante, e então pegou um banquinho e sentou-se.

- Todos nós nesse planeta esperamos a eternidade toda pela chegada de três seres com 5 dedos em cada uma das mãos, vindos do planeta Terra. Nossos antepassados contavam que um dia vocês chegariam, levariam Démeter junto com vocês, e então não precisaríamos mais trabalhar tanto.

“Desde a chegada de Démeter, 4 gerações atrás, ela obrigou o nosso povo a trabalhar de forma incansável, todos os dias e noites sem parar. No começo até que parecia divertido, por que até gostamos de trabalhar. Mas depois foi ficando pior do que trabalho escravo...”

- Entendemos... – disse Douglas – então, nos leve até Démeter, para que possamos levá-la daqui! – o alien se levantou, e Douglas se lembrou de um detalhe fundamental – ah sim, senhor... como é o seu nome?

- Pleo Dito, muito prazer – disse ele, batendo no ombro de Douglas.

- Ah sim, senhor Pleo Dito, falaram para nós que só existe um jeito de não ser morto por Démeter e sair vivo desse planeta. Qual é?

Pleo Dito deu um riso, e disse:

- Démeter agora já os teria matado.

- Porque? – disse James.

- E mais uma vez. O único jeito de não ser morto por ela é... – Pleo Dito fez uma pausa, e enfim disse – falar gramaticalmente certo, respeitar a regra ortográfica, ou seja, não falar erros de português.