Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 42
Capítulo 42 - Consequências


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!!!! *se esconde* Em primeiro lugar, peço desculpas pela falha no final de semana... Gente, tive uma séria crise da terrível SFC... Então, sorry... ^.^
Mas aqui segue o capítulo, e espero que gostem dele.
Agradecimentos à todos os lindos que comentaram, amo vocês! Agradecimentos também à querida Bloodyrose por betar o capítulo, e por me aguentar hehehe. Não é facil gente, acreditem... :P
Lindos, vou deixá-los em paz.
Boa leitura!
Vejo vocês nas notas finais.



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As espadas se chocavam com ferocidade, fazendo com que um ruído metálico se espalhasse pela praia. O duelo entre Ichigo e Renji permanecia equilibrado, sendo impossível determinar quem seria o vencedor. Estavam tão envolvidos que nenhum deles havia percebido que a morena montara o cavalo de Renji e saíra em disparada da praia.

Mesmo enfurecido pela cena que presenciara há poucos minutos, em seu íntimo Ichigo tinha desejo de cessar aquela luta. Sabia o quanto a pequena amava sua família e não desejava de maneira alguma ser responsável por trazer dor à sua amada.

- Não vou permitir que saia com vida daqui! – Renji bradou, enquanto forçava sua espada contra a de Ichigo, pressionando-o.

- Eu não consigo entendê-lo, Renji. Pensa que pode conquistá-la matando o homem que ela ama? – tentou chutar o adversário, que se esquivou.

- Ela não te ama! – girou o corpo, tentando acertar o outro por trás.

- Ficar repetindo isto não vai fazer com que se torne verdade! Ela me ama, assim como eu a amo! Não percebe o sofrimento que tem causado à sua irmã? – defendeu-se do golpe com facilidade.

- Cale a boca! É você quem a faz sofrer! Ela era muito feliz antes de te conhecer! – gritou transtornado. – Não quero ouvir mais nada, príncipe! Nada fará com que eu poupe sua vida hoje! – correu para cima de Ichigo, golpeando-o diversas vezes.

Ishida, que a tudo assistia calado, estranhou o súbito silêncio da morena. Estaria bem? Virou-se, no intuito de confortá-la.

- Não se preocupe, Urahara-san... – parou de falar assim que notou que Rukia havia sumido, bem como um dos cavalos. – Merda! – exclamou, em seguida correndo na direção da batalha.

- Kurosaki-sama! Kurosaki-sama!

- Ishida, fique junto de Rukia! – gritou sem dar atenção ao rapaz.

- Kurosaki-sama, o problema é que ela sumiu! – respondeu.

- O quê?! – gritou, metendo um forte chute no estômago de Renji e o atirando a uma boa distância.

- Ela estava do meu lado, gritando para que vocês parassem. De repente, ficou quieta demais e quanto me virei para verificar, ela e um dos cavalos haviam sumido!

- Merda! Ela não sabe que é perigoso ficar andando sozinha por aí? – começou a correr em direção ao cavalo.

- Ei! Nossa luta não acabou! Vai mesmo fugir, príncipe? Além de tudo, é um covarde? – Renji gritou enquanto se levantava.

- Não vou cair numa provocação tão barata! – respondeu. – Você não ouviu que Rukia pegou um dos cavalos e saiu sozinha por aí?

- E o que têm isso?

- Você faz mesmo parte do esquadrão? – Ichigo perguntou incrédulo. – Por acaso não sabe que, ultimamente, há diversas tropas dos Schiffer por estas bandas, preparando-se para um ataque ao castelo?

Renji ficou alarmado ao ouvir aquelas palavras. Desde que voltara de sua missão, a única coisa em que havia pensado era que Rukia estava no castelo e que tinha que trazê-la de volta. Havia mesmo esquecido de toda a situação que o reino vivenciava.

- Então faremos uma trégua até que a encontremos – disse Renji. – Mas na próxima vez que nos encontrarmos, um dos dois morrerá.

Sem responder, Ichigo correu na direção de um dos cavalos e o montou, sendo seguido de perto por Ishida, que montou o outro.

- Ishida, volte ao castelo e relate ao meu pai tudo o que aconteceu. Eu vou ver se consigo achar qualquer sinal dela.

- Sim, Kurosaki-sama – respondeu, em seguida cavalgando rapidamente na direção do castelo.

Ichigo começou a cavalgar na direção das marcas de cascos de cavalo, mas se deteve ao ouvir as palavras de Renji:

- Incontáveis princesas à sua disposição... Por que não escolheu uma delas? Por que tinha que amar justo a Rukia?

- Como eu poderia não amá-la? – respondeu simplesmente, em seguida adentrando a mata e saindo em busca da morena.

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- Burra! Burra! Burra! – Inoue exclamava, transtornada. – Tatsuki-chan, como eu pude pensar que um plano tão besta iria funcionar? Agora que eu perdi qualquer chance de conquistar o Kurosaki-kun!

Fazia cerca de meia hora que Masaki trouxera a princesa para seus aposentos. Tatsuki ficara chocada com a cena: sua soberana seminua, o rosto manchado de lágrimas e em estado letárgico. Apesar de todas as perguntas da pequena dama, a rainha apenas deixara a ruiva ali, e se retirara sem dizer qualquer palavra.

Inoue permanecera deitada até minutos atrás, quando repentinamente começara a andar pelo quarto, ainda vestindo o roupão cor-de-rosa e gritando consigo mesma, enquanto agarrava os próprios cabelos, puxando-os com violência.

- Inoue-sama, eu ainda não consegui entender o que aconteceu... Explique-me, por favor, para que eu possa ajudá-la!

- Ninguém pode me ajudar, Tatsuki-chan! Eu fui enganada! – sentou na cama, caindo num choro compulsivo.

- Inoue-sama... – Tatsuki se aproximou da princesa, tomando as suas mãos nas próprias, mas ela a repeliu, levantando-se e andando pelo quarto novamente.

- Aquele maldito! Vai sair de bonzinho na história, já que aquela idiota não sabe nem metade do que ele fez. Enquanto eu... Eu fiz com que Kurosaki-kun me desprezasse! – vendo o olhar de confusão de Tatsuki, Inoue riu amargamente. – E para minha grande sorte, parece que você é a única que não sabe o que aconteceu, não é, Tatsuki-chan? Pois bem, eu vou lhe explicar.

Inoue se sentou novamente na cama e, fitando sua dama nos olhos, começou a narrar os últimos acontecimentos:

– Eu tive a felicidade de conhecer mais um ilustre membro da família Urahara. O irmão de Rukia. Ah! – exclamou como se lembrasse de algo. - Antes tenho que te dizer que descobri quem é a “amada” do príncipe: Rukia! Você pode acreditar nisso? – suspirou inconformada. – Bem, o irmão dela e eu fizemos um pacto: separaríamos os dois, e eu ficaria com Kurosaki-kun, enquanto ele levaria a irmãzinha de volta para casa. Aposto que aqueles dois tem um caso... – Inoue divagou.

Tatsuki fitou a princesa, espantada. Como ela podia insinuar tal coisa? Afinal, aqueles dois eram irmãos, certo?

- Inoue-sama, tal coisa seria... – começou a dizer, sendo interrompida pela amiga.

- Enfim, falamos com a rainha sobre aqueles dois. Contamos como aquela mulher deseja se infiltrar na realeza. E os dois foram para o quarto da plebeia, para tirá-la daqui de uma vez por todas. E eu fui pro quarto do Kurosaki-kun... – Inoue cobriu o rosto com as mãos, envergonhada. – Eu me ofereci pra ele, Tatsuki-chan! Eu disse que ele não precisava mais dormir com uma qualquer, eu ficaria feliz em oferecer meu corpo a ele... E ele me rejeitou. Disse que a amava... E me disse outras coisas horríveis... Na frente de todos do castelo...

Voltou a chorar compulsivamente, mas desta vez Tatsuki não fez nenhum movimento para consolá-la. Estava horrorizada diante das atitudes de sua soberana e amiga. Após criticar tão duramente Urahara-san, ela fizera algo infinitamente pior: oferecera-se a um homem que ela sabia estar apaixonado por outra.

- E o Ishida-kun viu tudo... Eu pude ver o desprezo nos seus olhos... Ele deve me odiar agora...

Tatsuki estranhou o comentário de Inoue. Há dias que ela sequer citava o nome de Ishida, e, de repente, se importava até com a opinião que ele tinha sobre ela?... Pensou em como, algumas vezes, o moreno falava sobre a princesa como se ele a conhecesse profundamente. Com isto em mente, perguntou:

- Inoue-sama... Você... Sente alguma coisa pelo Ishida-kun?

Inoue levantou os olhos e fitou o rosto de sua dama, em choque. Sentir algo por Ishida? Claro que não sentia, não é mesmo? Afinal, ela era uma princesa e ele... Um servo. “O moço dos estábulos”, como seu irmão costumava chamá-lo. Qualquer relacionamento entre os dois seria tão inaceitável quanto o relacionamento entre o príncipe Kurosaki e Rukia. Mas então... Então por que sentia aquele aperto horrível no coração ao pensar que o moreno agora a desprezava? Será que ela o amava? Balançou a cabeça furiosamente, numa veemente negativa, tanto para Tatsuki quanto para si. Ela era da realeza e jamais poderia se rebaixar ao ponto de amar um servo. Desviou o olhar do rosto da amiga, balbuciando:

- Só não quero que um servo de meu reino perca o respeito pela sua soberana. Vamos, Tatsuki-chan, quero fazer as malas. Não me interessa se não é seguro sair em viagem: Não fico neste reino nem mais um dia.

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 Yoruichi olhou pela janela da sala, sem conter um suspiro. Estava tão preocupada com a atitude de Renji e a possível reação de Rukia que sequer encontrara ânimo para se dirigir ao esquadrão. Quando viu o filho entrar pelo portão da propriedade sozinho, seu coração se encheu de esperança, pensando que talvez o rapaz tivesse refletido melhor sobre seus planos e desistido daquela busca obsessiva pela irmã. Saiu de casa e correu ao seu encontro, um sorriso iluminando seu rosto.

- Filho, você voltou! Eu estava tão preocupada e...

- Rukia está aqui? – o rapaz perguntou, tomando-a pelos ombros e a olhando nos olhos.

- Não... Por quê? Ela não estava no castelo?

- Sim, ela estava. Mas... – parou de falar abruptamente, sem saber o que dizer à mãe.

- Renji, o que aconteceu? – ele desviou o olhar, e ela o segurou fortemente pelos ombros, fazendo com que ele a encarasse. – Renji! Não admito que esconda nada de mim! O que aconteceu?

- Rukia fugiu.

- Fugiu? Do castelo?

- Não... De mim – balbuciou, a verdade o atingindo violentamente. – Ela fugiu de mim – sussurrou para si mesmo.

- Filho, o que você fez?

Olhou para a mãe, buscando palavras para responder àquele questionamento. O que fizera? Amara Rukia mais do que a si mesmo, apenas isso. E como ela lhe pagara? Tratando aquele sentimento único e especial que ele nutria como se fosse algo errado, até mesmo doentio. Mas ele sabia que sua pequena jamais o magoaria propositalmente. O problema era que estava enfeitiçada, e a culpa era daquele homem que, como uma erva daninha, tomara posse de todo o coração dela, de tal maneira que ela parecia incapaz de amar a qualquer um que não fosse ele.

Sentindo-se extremamente cansado, Renji sentou num dos bancos do jardim, enterrando o rosto nas mãos, enquanto tentava explicar o que tinha acontecido:

- Eu cheguei no castelo, e me deparei com uma moça chorando. Ela estava histérica, dizendo que tinha acabado de ver Rukia... Rukia... Na cama, com ele. Disse que Rukia e o príncipe eram amantes. Eu... Eu fiquei louco! Então... – pensou por um momento, por fim decidindo não relatar sua conversa com a rainha. – Então a princesa contou tudo à rainha, que decidiu expulsar Rukia do castelo, porque não podia aceitar que seu filho se envolvesse com uma plebeia.

- Ela não fez isso! – Yoruichi gritou, inconformada. – Aquela... Aquela hipócrita. Como pôde? – olhou para o filho, os olhos endurecendo. – E o que você fez para proteger a sua irmã?

- Bem, ela desmaiou... E eu a estava trazendo para casa quando ela acordou. Eu disse que não permitiria que ela voltasse ao castelo, e ela ficou... – hesitou, buscando as palavras corretas - Realmente zangada. Acertou-me com tudo no nariz – com um sorrisinho torto, apontou para o nariz inchado. – E fugiu.

Obedecendo a uma voz em seu interior, o ruivo decidiu não contar para a mãe que havia se declarado para a irmã. Afinal, os resultados daquela declaração haviam sido catastróficos. Sua amada o rejeitara, incapaz de compreender aquele sentimento que transbordava sua alma e, em seu desespero, ele fora longe demais na tentativa de fazê-la entender seu coração. E, consequentemente, decidiu que não contaria sobre sua luta com o príncipe.

Renji levantou a cabeça e numa questão de segundos, a mão de Yoruichi foi de encontro à face do filho, acertando-o com tamanha força que o mesmo caiu do banco onde estivera sentado. Levando a mão ao rosto, olhou para a mãe, extremamente surpreso.

- Como você pôde? Você sabe melhor do que ninguém quem Rukia realmente é! Como pôde deixar que a rainha fizesse isso com sua irmã? Fazê-la sofrer deste jeito? – os olhos de Yoruichi pareciam mesmo queimar, tamanha a raiva que sentia naquele momento. – Você ainda se atreve a dizer que a ama? Isso não é amor, Renji, por Kami! Isso é uma doença, um ridículo sentimento de propriedade que você cultivou! Bastava uma palavra sua, e a alegria de sua irmã estaria garantida!

Deu as costas ao filho e entrou na casa, indo para o quarto e pegando sua espada, bem como o colar. Assim que a filha estivesse em segurança, anunciaria a verdade a todos. Mas primeiro precisava garantir que ela estava bem.

Saiu de casa passando pelo filho, que continuava parado, estarrecido. Este, vendo que a mãe saía portão afora, correu em sua direção:

- Yoruichi-san, aonde você está indo?

- Vou ao esquadrão relatar ao seu pai o que aconteceu, e formar equipes de busca para encontrar a minha menina. E depois vou fazer aquilo que já devia ter feito há muito tempo!

- Eu vou com você!

- Não! – esbravejou, e Renji viu ira e decepção nos olhos da mãe. – Você já fez muito mais do que devia. Agora, por favor, fique em casa e tente não fazer mais nenhuma bobagem. Eu não preciso de sua ajuda. Basta que não nos atrapalhe.

Após dizer estas palavras, saiu em direção ao esquadrão, deixando para trás um Renji desolado.

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- Hei! Atenção! – gritou Stark, atraindo a atenção de todos os soldados. – Diversão! – gritou, atirando Rukia com força no meio do acampamento.

Rapidamente, a morena ajoelhou, tentando em vão cobrir o corpo com o que restava do robe branco que ainda vestia. Depois que retiraram o cavalo de cima de seu corpo, Stark e Szaiel a arrastaram por todo o caminho até o acampamento, deixando suas pernas muito arranhadas e seus braços doloridos.

- Mas ela merece tratamento especial, hein, rapazes – Szaiel gritou, atraindo a atenção para si. – Afinal, ela é a filha do Comandante do Esquadrão Shinigami! Apresento-lhes: Urahara Rukia!

Uma algazarra teve início entre os soldados, todos tentando ser o primeiro a ter seu “momento de diversão” com a mulher.

A mente de Rukia fervilhava, enquanto tentava encontrar uma saída, uma maneira de evitar o que estava por vir. Se não agisse depressa, seria violentada repetidas vezes. Não podia permitir tal profanação de seu corpo! Nenhum homem a tocaria sem seu consentimento, e o único homem que ela permitia que a tocasse era Ichigo. Começava a se desesperar, quando uma voz muito conhecida se sobressaiu no meio da multidão.

- Sinto muito rapazes, mas eu mereço ser o primeiro, e por diversas razões: primeiro de tudo, meu trabalho inestimável coletando informações para o rei Ulquiorra. Segundo, porque já faz muito tempo que desejo fazer com que esta mulher baixe sua cabeça. Somos velhos conhecidos, não é, Rukia-san? – dirigiu-se à pequena, um sorriso lascivo se espalhando por seu rosto.

- Kira! Kira Izuru! – a morena gritou, exasperada.

O que ele fazia ali? O que ele dissera? Coletando informações? Então... Aquele bastardo era... Um espião!

- Seu maldito! Esteve todo este tempo trabalhando por nossas costas, não é? Servindo a dois reis ao mesmo tempo! Você me enoja, seu traidor! – a morena gritou, partindo para cima do loiro, que a segurou pelos pulsos.

- Viram do que estou falando? Nosso caso já é antigo, não é, Rukia-chan? – alargou o sorriso. – E não, minha querida, eu não estava servindo a dois reis. O único a quem sirvo é o rei Ulquiorra Schiffer. Jamais obedeceria a um idiota como Kurosaki Ishin. Mas não se preocupe, apesar de seus péssimos modos, lhe mostrarei o que é um homem de verdade!

A morena começou a se debater, tentando se livrar das mãos de Kira, que ainda prendiam seus pulsos. O rapaz a empurrou com força, fazendo com que Rukia perdesse o equilíbrio e caísse sentada. Segurou-lhe os cabelos, puxando-os com força enquanto a arrastava na direção de uma das barracas.

- Sempre quer fazer do jeito difícil, não é, minha querida sensei?

Ignorando o protesto dos outros homens, Kira alcançou a entrada de uma das barracas. Entretanto, quando foi adentrá-la, uma voz retumbou por todo o esquadrão.

- Um momento, moleque. Quem pensa que é para decidir qualquer coisa? Solte-a imediatamente! – ao ouvir aquela voz, Kira a soltou.

Rukia se sentou no chão, levando as mãos à cabeça dolorida. Mantinha os olhos fechados, numa tentativa vã de aliviar a dor. Com um gemido, finalmente abriu os olhos, e o alívio que sentira quando aquela voz ordenou que Kira a soltasse desapareceu assim que conheceu o dono da mesma. Um homem moreno, alto e corpulento, de longos cabelos negros e sorriso sinistro, acabava de sair de uma das barracas e caminhava em sua direção.

- Se alguém tem o direito de ser o primeiro, meu caro, sou eu. Não se esqueça de que, embora o rei tenha lhe feito algumas promessas, aqui neste acampamento quem manda sou eu! E não permitirei que alguém passe na minha frente... Eu serei o primeiro a ver o que esta belezinha tem para oferecer. – pegou-a e a jogou sobre seu ombro com violência, fazendo com que perdesse o ar por um momento.

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Enquanto aquele homem levava a pequena para sua barraca, Kira teve ímpetos de tomá-la de seus braços. Aquela mulher havia se tornado para ele um desafio pessoal e o irritava imaginar alguém a possuindo antes dele. Nunca se conformara com o fato de ter de ser submisso àquela jovem arrogante. Entretanto, refreou seus instintos quando se lembrou da promessa feita pelo rei Ulquiorra. Ele não podia se rebelar, não enquanto não tivesse alcançado aquilo que mais desejava.

“- Então, majestade, eu me voluntario... A ser seu espião no reino inimigo, se assim o desejar – Kira estava ajoelhado diante do rei Ulquiorra, que o olhava com o costumeiro olhar vazio.

- Interessante. Seria mesmo interessante ter alguém no reino dos Kurosaki, principalmente no esquadrão, observando cada passo de Urahara Kisuke. Diga seu preço, Kira Izuru.

- Meu preço, majestade... Como eu poderia pôr preço neste trabalho? – disse, com falsa subserviência. – Gostaria apenas de receber o que pertence à minha família... O governo do reino dos Kurosaki.

- Pertence à sua família? Poderia ser mais claro, Kira Izuru?

- Terei prazer em explicar, Vossa majestade. Há muito tempo, antes do reino Kurosaki ser assim chamado, ele era conhecido como Reino Genryusai. Naqueles tempos, o reino vivia uma situação inusitada: não havia descendentes para reinar quando o rei se fosse. A esposa do rei Yamamoto Genryusai havia morrido sem deixar filhos. Genryusai era o único filho homem, e não possuindo irmãos para assumir o trono, quando esteve próximo de sua morte, chamou os parentes mais próximos que possuía: uma irmã, que se casara com Kira Uzumaki e um primo, filho da irmã mais velha de seu pai, que se chamava Kurosaki Hiro.

- Estou próximo da morte. E não há quem governe o reino quando eu me for. Portanto, antes que eu pereça, vejo como minha obrigação deixar acertada a minha substituição. A lei aponta que, quando não mais houver herdeiros na linha de sucessão, o irmão varão do rei deverá ser o soberano. Entretanto, sou o único filho homem que Kami deu a meus pais, e meu pai também não teve irmãos homens. O que deixa a decisão a cargo do rei – olhou para a irmã. – Minha irmã, eu sei que posso contar com sua compreensão. Seu marido não é sensato o suficiente para governar nosso reino. Portanto, a minha decisão é nomear o nosso primo, Kurosaki Hiro, como meu sucessor. Hiro tem sabedoria para liderar nosso povo, uma boa mulher e filhos inteligentes e saudáveis.

- Meu bisavô, Kira Uzumaki, obviamente se enfureceu. Sabia que era seu direito governar quando Genryusai se fosse, e que ele só escolhia Kurosaki porque era seu amigo de longa data, bem como seu conselheiro. Mas ele se calou diante da injustiça, prejudicando toda a nossa linhagem. Somos governantes de direito deste reino, e, obviamente, se estivéssemos na liderança, teríamos a inteligência de nos curvar diante de sua majestade, pois servir a um reino tão poderoso quanto o dos Schiffer é uma honra.

- Hum – disse o rei. – Está bem, Kira Izuru. Prove sua fidelidade, sendo meu espião no reino dos Kurosaki. Se me servir bem, lhe garanto que será o governador do reino, e poderá dar à descendência dos Kurosaki o destino que desejar. Eu só quero por as mãos no rei e em seu sucessor”.

Respirando fundo, Kira não replicou nada do que aquele homem disse. Ele aguardaria até que aquela promessa fosse cumprida. Não podia fazer nada, ainda. Mas muito em breve chegaria o dia em que até mesmo valentões como aquele teriam que se ajoelhar perante ele.

 _________________

Entrando na barraca, o homem colocou a morena no chão. Sem forças para sustentar o próprio corpo, Rukia caiu sentada. Levantou os olhos e observou o rosto viril, enquanto um sorriso estranho se espalhava pelo mesmo.

- Então, você é a filha de Urahara? Bem, vejamos o que você é capaz de fazer...


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Notas finais do capítulo

Meus queridos, é isso!! Espero que tenham gostado.
Aguardarei seus lindos, amados, vitaminados, maravilhosos e unicos (ufa!) reviews! Vocês sabem como a Fe-chan fica com os olhinhos brilhando quando vocês comentam. Então, façam a autora mais-que-baka feliz e comentem!! Onegai!!
Mais uma vez, me desculpem pelo atraso. Estou numa correria danada, então pode ser que isto ocorra mais algumas vezes. Mas me esforçarei ao máximo para postar um por semana, e minha correria só dura até 2 de dezembro então... Farei o melhor que puder, juro!!
Bjokas meus queridos!
Até o próximo capítulo!