Destino escrita por Fe Neac


Capítulo 26
Capítulo 26 - A Força para Continuar


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!! Em primeiro lugar, quero agradecer os reviews recebidos!! Vocês são uns lindos!! ^.^
Este capitulo está mais leve, embora ainda tenha um pouquinho de drama... mas o que posso fazer, não é nada fácil estar separado do amor de sua vida, e encontrar a força para continuar...
Atenção: Kaien-dono é um fofo. Sempre terá muita importancia na vida da Kia, em qualquer universo... Mas Ichigo é o amor da vida dela. O homem de seu destino. Então, não importa quão lindo e fofo Kaien seja, Ichigo é mais e é com ele que a Kia vai ficar... Então, fiquem tranquilas!! ^.^
Esta é uma história de como o Destino os uniu, e não "se" o Destino os uniu...
Bem, já falei demais, como sempre... Sou uma tagarela. XD
Boa leitura!!
Até as notas finais.



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Ichigo observava da sacada de seu quarto a carruagem que partia às pressas. Estranhamente, tinha um sorriso no rosto:

– E lá se vai a terceira... – disse em tom divertido para seu fiel amigo e companheiro Hanatarou. A rainha Masaki afeiçoara-se tanto ao jovem que pedira para Unohana permitir que o mesmo morasse com a família real. Ele ainda ia regularmente ver sua mestra, afinal, seu aprendizado como médico não havia acabado, mas agora se tornara um dos habitantes do espaçoso castelo. E o melhor amigo de Ichigo.

– Ichigo-san é terrível! – disse Hanatarou, em reprimenda, mas sem poder conter um sorriso divertido – Coitada da Neliel-sama, Ichigo-san! Acho que realmente a deixou assustada...

– Ela não desistia por nada que eu lhe dissesse ou fizesse, Hanatarou!! - o ruivo comentou, com uma careta – pensei que não me livraria dela! Ainda bem que seu amigo Ichigo tem a mente mais criativa deste castelo...

– Mas francamente! Dizer à pobre princesa que uma bruxa o amaldiçoou, que virava lobo nas noites de lua cheia e que estava fadado a matar a sua esposa foi um tanto exagerado, não?

– Pode ser... – Ichigo respondeu, sorrindo – mas eu nunca vi alguém arrumar as malas e a carruagem tão rápido! – Ichigo não conteve uma gargalhada.

Era a terceira princesa que seu pai trazia ao castelo em um mês. De nada adiantou Ichigo lhe dizer que não queria uma esposa, que acreditava ser perfeitamente capaz de reinar sozinho. O rei não abria a mão de casar, e muito em breve, o seu primogênito. Mesmo a contragosto, teve que receber as princesas que seu pai escolhera. Mas até que aquilo o havia ajudado muito. O pai lhe providenciara um passatempo maravilhoso: botar para correr as princesas que esperavam ser por ele desposadas. As duas primeiras princesas desistiram rapidamente, mas a terceira fora realmente um desafio.

A primeira princesa que o rei escolhera fora Riruka, do reino Doukugamine. Era uma princesa muito bonita, simpática, até mesmo divertida. E muito sonhadora. Seu sonho era casar-se com um belo príncipe valente, o mais corajoso dentre os homens. Para Ichigo fora muito fácil afastá-la: ao perceber qual era o tipo de homem que atraía a princesa, demonstrou todas as formas possíveis de covardia, culminando com o dia em que subira em uma cadeira e gritara como uma princesinha assustada por causa de um rato (que ele mesmo soltara no ambiente). Em cinco dias, a princesa estava indo embora, dizendo que embora o príncipe certamente fosse um homem bonito e sensível (frisou o sensível), não acreditava que ambos estavam predestinados.

A segunda princesa que o rei trouxera fora Ise, do reino Nanao. Tão bonita quanto a primeira, mas não tão simpática. A princesa era deveras inteligente, e amante da boa literatura e das artes. Seu sonho era encontrar o príncipe mais inteligente e mais sábio de todos os reinos. Fora ainda mais fácil para Ichigo livrar-se dela. Agiu como um retardado em todas as conversas que tiveram, desagradando cada dia mais a princesa, que ao final de apenas três dias se fora, pedindo desculpas ao rei Isshin, dizendo que infelizmente apenas a beleza e a bravura do príncipe não lhe bastavam.

A terceira princesa fora realmente um desafio. Ficou por duas semanas. Neliel, do reino Odershivank. Era sem duvida mais bonita ainda do que as primeiras, com uma inocência e simpatia cativantes. O mais difícil nesta é que não importava o que Ichigo fazia, ela não se desagradava. Podia ser covarde ou bravo, inteligente ou burro, brincalhão ou sério: a princesa não se aborrecia com nenhuma atitude sua. Até que, enfim, percebeu para o que devia apelar: sua inocência quase infantil. Chamou-a, então, para um passeio, onde disse estar realmente se apaixonando por ela, e que por isso deveria contar-lhe algo sobre o seu passado: quando pequeno, uma bruxa lhe lançara uma terrível maldição: estava fadado a transformar-se em lobo todas as noites de lua cheia, e mataria sua esposa na noite de núpcias. A conversa fora tida pela manhã, e antes do chá da tarde, a princesa já havia arrumado suas coisas e se preparado para partir – não queria ser morta na sua noite de núpcias!

Qualquer um, ao ver o comportamento do príncipe e a que extremos chegava para desagradar as princesas, questionaria: onde estava o seu orgulho? Bem, era em prol dele que fazia tudo isso, a ponto de passar situações humilhantes. Falhara com sua amada quando não lhe contara quem era e acabara contribuindo para a sua morte. Havia prometido que não teria mais mulher alguma, e não falharia com ela de novo. Não importava o quanto isto pudesse lhe custar.

– Por que ao menos não tenta gostar delas, Ichigo-san? – Hanatarou se juntara a Ichigo na sacada, ambos olhando a carruagem partir.

– Porque eu fiz uma promessa, meu amigo – Ichigo olhou para o jovem médico.

– Uma promessa. Que promessa? – uma voz autoritária soou no quarto. Ichigo nem se deu ao trabalho de olhar para trás. Já estava esperando o ataque de fúria de Isshin por espantar mais uma princesa.

– Prometi que não amaria mais mulher alguma – Ichigo respondeu, sem se deixar abalar.

– Posso saber a quem prometeu?

– Isso eu prometi... – Ichigo hesitou por um instante – Eu prometi para a minha alma.

– Pois bem... Tenho sido um bom pai, Ichigo. – Isshin disse e seu tom era tão sério, que Ichigo virou-se para fitá-lo – tenho escolhido as melhores princesas, as trago aqui para que você as conheça, para que possa se apaixonar. Mas você não se esforça... – suspirou – por isso decidi que não trarei mais princesa alguma para conhecê-lo. Pois você só faz espantá-las!

– Bem, meu pai, deixei claro desde o inicio que não queria conhecer princesa nenhuma. – Ichigo disse – é realmente um alívio saber que não trará mais nenhuma princesa aqui... Posso ser um bom rei, mesmo sem ter uma esposa, meu pai...

– Ah! Mas eu não disse que permitirei que fique solteiro. – Isshin disse, enquanto o filho o olhava curioso – disse que não trarei mais princesa alguma para conhecê-lo. Eu mesmo irei escolher a dedo uma princesa, e a próxima princesa que pisar aqui será a sua esposa. Se não está disposto a se apaixonar, então vou procurar a aliança mais vantajosa para o reino. Reze para que seja uma mulher bonita! – dito isto, deixou os aposentos sem dar chance de o príncipe retrucar.

– E agora, Ichigo-san? – Hanatarou perguntou assustado, mas Ichigo mostrava-se tranqüilo.

– Tanto faz. Ele me trazendo pretendentes ou já uma noiva, darei um jeito de espantá-la. Só sei de uma coisa: não quebrarei minha promessa, jamais!

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– Rukia, este comportamento é intolerável! – Urahara falava seriamente com a jovem filha.

– Meu pai! Ele não me respeita! Sinto muito, mas minha paciência com Kira Izuru já se esgotou!

– Kira Izuru foi a gota d’água, Rukia!! Você tem que ser tão rígida com todos do esquadrão? – Urahara perguntou, exasperado.

– Enquanto não me respeitarem? Sim!

– Eu desisto. Vá para casa. Sem mais treinamentos por hoje. E se este episódio se repetir, mocinha, vou suspendê-la do esquadrão por uma semana! Entendeu?

Rukia apenas bufou em resposta, deixando a sala e batendo a porta.

Kira Izuru vinha testando sua paciência o mês inteiro. Insubordinado, questionava todas as ordens, e não perdia oportunidades de fazê-la de ridículo perante seus alunos. Devido à frieza com que o rechaçou quando o mesmo insinuou-se para ela, o maldito apelidara-a de Yuki-Onna. Sim, a mulher da neve, bonita como um anjo e fria como o gelo. Sabia que todos do esquadrão a chamavam assim pelas costas.

– E aí, Yuki!! – chamou uma voz zombeteira, infelizmente já conhecida da morena. Era o retardado, o único que a chamava assim na sua cara – parece que levou uma bronca, não?

– O que você quer, Shiba Kaien? – Rukia tratou-o com a costumeira frieza – já aviso que não estou de bom humor, portanto, deixe-me em paz, sim? – apressou os passos para escapar, mas o maldito correu até alcançá-la.

– Não foi nada legal o que fez com Izuru, ele poderia ter se machucado, sabia? – disse em tom de reprimenda, o que irritou ainda mais a pequena.

– Que comovente! Por que não vai demonstrar sua amabilidade e preocupação em outro lugar, Kaien? Realmente não estou com vontade de ... – parou de falar quando sentiu a mão dele segurar seu braço.

– Por que age assim conosco, sensei? – disse Kaien – Por que tanta frieza? Não vê que esta afastando todos de você?

– Quem me dera! Se estivesse funcionando tão bem, não estaríamos tendo esta conversa, não? – disse impaciente.

– Realmente, parece uma Yuki-onna. O apelido lhe cai perfeitamente. O extremo da frieza. – disse Kaien – Escute minhas palavras: você vai acabar sozinha, Urahara Rukia. Quem iria querer ficar perto de alguém como você?

As palavras dele atingiram-na. Soaram-lhe como uma sentença.

Estava especialmente irritada hoje. Sonhara com ele. Em seu sonho, o ruivo dizia que a amava, e a tomava em seus braços. Entretanto, no momento em que ela se aproximava para beijá-lo, Ichigo gargalhou, soltando-a, dando-lhe então as costas. Olhou por cima do próprio ombro e disse, com um sorriso maldoso: “Sua tola”. Fora neste momento que acordara. E agora, para melhorar seu dia, aquele idiota vinha dizer-lhe que ficaria sozinha!

– Solte-me! – Rukia disse, a cabeça abaixada, de costas para Kaien. O tom cortante de sua voz fez com que o rapaz a soltasse imediatamente. – E me deixe em paz – sua voz, sempre impassível, tremeu ao dizer isto, sinal das lágrimas que teimavam em subir aos seus olhos. Rukia se odiou por esta mínima demonstração de fraqueza. Com passos firmes e rápidos, afastou-se de Kaien.

Saiu do esquadrão, andando cada vez mais rápido. Quando deu por si, já estava correndo, mas não queria parar. Fazia quase dois meses que Ichigo a abandonara, e ainda não conseguira superar a dor. Será que aquela tristeza nunca iria embora? Parou para recobrar o fôlego, colocando as mãos nos joelhos. Olhou para a frente, e surpreendeu-se ao constatar em que lugar se encontrava: aquela praia, à qual jurara nunca mais voltar.

Com passos hesitantes, Rukia dirigiu-se à areia. Olhou aquele ambiente tão familiar que não via há um mês. Dirigiu-se automaticamente à arvore “deles” e, após mais uma vez passar a praia em revista, procurando pelo ruivo, caiu de joelhos no chão, e enterrando o rosto nas mãos permitiu que o choro há tanto contido finalmente fosse liberado.

Repentinamente, enquanto ainda tinha o rosto enterrado nas mãos, sentiu dois braços virem por trás e a envolverem carinhosamente. Sentiu um familiar espetar no pescoço. O espetar do cabelo dele. Levantando a cabeça com o olhar espantado, Rukia virou-se lentamente:

– Ichi... – entretanto, não foi o ruivo quem encontrou – Kaien, o que faz aqui? Ainda não me disse tudo o que tinha para dizer? Pois vou lhe ajudar: eu sou um lixo, um nada, que ninguém jamais irá querer por perto, e que morrerá sozinha – contra a sua vontade, dissera as ultimas palavras entre soluços – agora me solte! – disse ainda, tentando livrar-se do abraço do moreno.

– Me perdoe – ele disse baixinho, em seu ouvido, surpreendendo a morena – eu não deveria ter dito aquilo. Eu... – hesitou – eu reconheci. Naquele dia que te reencontrei. A dor. A dor de quando se perde alguém. Estava estampada na sua face. Mas desde então, você tem se mostrado tão forte, tão impassível, tão fria, que julguei que havia me enganado sobre o que vi. Pareceu-me impossível que alguém tão jovem conhecesse aquela dor que vi em sua face naquele dia. – o moreno hesitou mais uma vez, e então prosseguiu – eu também perdi alguém. Minha esposa. Estávamos casados há apenas um ano quando Myiako morreu. Já faz quase dois anos agora. Eu também a amava muito. Entendo a sua dor. Perdoe-me, Rukia – afastou-se por um momento, para fitá-la nos olhos – deixe-me ajudá-la.

– Como poderia me ajudar, Kaien? – a morena já não se afastava, tentando esconder o rosto no peito do rapaz. Precisava daquilo. De alguém para conversar. De alguém que pudesse entendê-la verdadeiramente.

– Me deixe ser seu amigo. Nas horas difíceis, não devemos afastar todos e ficar sozinhos. Precisamos de um amigo. Alguém com quem dividir as nossas dores. E assim, um ajuda o outro a seguir em frente. – Kaien finalmente voltou a abraçá-la, acariciando os cabelos negros – eu serei seu amigo, e você será minha amiga. E, juntos, superaremos nossa dor!

Rukia não disse que sim. Também não disse que não. Mas deixou-se ficar nos braços de Kaien, desabafando sua dor, enquanto o moreno a embalava suavemente. Ainda que algum deles não desejasse a proximidade, um laço havia se formado entre eles naquele momento.

Um laço que nasceu da dor. Um laço de companheirismo. Um laço de amizade.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é isso, minna!!
Espero que tenham gostado, e, como sempre, aguardo seus lindos, maravilhosos, amados e vitaminados reviews!! Façam esta escritora baka feliz, deixem seus olhinhos brilhando... Me dêem "A força para continuar" *drama para conseguir review on* ^.^
Gente, prometo que respondo os reviews até o final da semana. Ia fazer isto hoje, mas o site estava em manutenção...
Perdoem os erros de Portugues/Japones.
Bjokas, meus lindos, e até o proximo capitulo!
Deixem reviews!
Boa semana!



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