Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 41
Capítulo 41, L.A Baby - Part I


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal :) Desculpa a demora pra postar... Mas enfim, mais um capítulo, eu gosto muito desse ):



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POV JOE

Dois dias tinham se passado desde o dia da festa de despedida. Posso dizer que meu comportamento não foi dos melhores na festa, as vezes eu sou mesmo um pouco explosivo, ainda mais quando estou bêbado. Sim, o sangue me subiu na cabeça quando ouvi o tal do Ian falando que era apaixonado pela minha namorada, e acho que nenhum namorado iria gostar de ouvir isso, pelo menos algum normal. Prometi a mim mesmo manter a calma, pois o que eu menos quero é chatear Demi, morro de medo de perdê-la. O que me conforta é que eu tenho noção do que ela sente por mim, e eu sei que é grande. 

Nick e Kevin já estavam em Los Angeles, tinham ido no dia anterior. Miley e Selena já tinham voltado para Berklee, mas antes delas irem embora eu e Demi nos despedimos com muitas lágrimas delas. Nós estaríamos presentes para quando elas se formassem, essa era a maior certeza, mas enquanto isso... Tudo estava pronto para a nossa mudança, e eu também já tinha comprado a minha passagem e a de Demi para Los Angeles. Nosso horário de embarque é daqui a três horas, mas nós já tinhamos que ir pra o aeroporto pelo fato do trânsito de Boston ser horrível e também que é sempre bom chegar antes no aeroporto. Um novo capítulo na minha vida, e com certeza, um capítulo mais sério. Eu já estou casa dos vinte, não me considero tão novo assim, e tenho certeza que estou indo bem. Passou pela minha cabeça pedir Demi em casamento, mas é muito cedo e o passo de nós dois morarmos juntos primeiro foi melhor. 

– Tudo certo com a suas malas? – perguntei a Demi.

– Sim, eu não tenho muita coisa. – Demi deu um riso abafado ao olhar para minhas malas. – Com certeza iremos pagar um preço alto por elas.

– São poucas... Apenas 25 malas. – falei com um tom normal.

– Joseph, eu estou levando três malas e você 25. – olhou para mim séria.

– Não tenho culpa se eu tenho muita coisa! – dei de ombros. – São seis malas só de sapatos...

– Meu Deus, como você é consumista e vaidoso. – socou de leve meu ombro. – Te amo, meu vaidosinho. 

– Eu também te amo, implicante. 

Meus pais me ajudaram a levar as malas para o carro junto com os empregados da casa. Bom, como eram muitas malas, não couberam e eu necessitaria que meus pais levassem o resto com os carros deles. Eu realmente estava levando todas as minhas roupas, sapatos, acessórios, já que era uma mudança provisória. Tinha umas roupas minhas muitos antigas, de 2007, 2008 que eu gostava de guardar. Algumas nem serviam mais em mim pelo fato de eu ter ganhado mais músculos, mas era bom ter essas lembranças. Meu violão favorito eu levaria comigo, como bagagem de mão. Eu tinha muito ciúme dele, e ninguém nunca vai ter noção do quanto.

Eu e Demi fomos no meu carro com algumas malas, enquanto meus pais foram em carros separados levando as outras. Como da primeira vez que Demi entrou em meu carro, coloquei John Mayer para tocar. Eu ainda faria Demi conhecê-lo, e não demoraria muito.

''Caramba, baby

Você me perturba

Sei que você é minha, toda minha, toda minha

Mas você é tão linda que chega a doer às vezes''

Cantei essa parte e olhei para Demi com um sorriso.

''Seu corpo é o país das maravilhas

Seu corpo é uma maravilha 

Seu corpo é o país das maravilhas

Seu corpo é o país das maravilhas

Nunca irei falar disso novamente

Agora não há razão

Eu tenho um tipo de amor nas minhas mãos

Para durar toda a estação''

Canções de amor nunca fizeram tanto sentido para mim como fazem agora. Realmente, eu tenho eu tenho um amor nas minhas mãos para durar toda a estação... Ou todas as estações.

Demi colocou sua mão em minha perna e coloquei a minha mão que estava livre por cima dela e sorri. Your body is a wonderland acabou de tocar, e começou a tocar outra aleatória do John Mayer.

Dessa vez não fui eu que cantei, foi Demi com sua voz delicada e doce. Perfeita e equilibrada. Todas as melhores características possíveis. Não é pelo fato de eu ser seu namorado que eu digo isso, mas é a melhor voz feminina que eu já ouvi. Maravilhosa. 

''Agora o médico

Me diz que preciso descansar

Antes eu preciso

Da ternura dele

Me ponha

Na lista de pacientes críticos

Quando tudo que eu preciso

É do doce beijo dele... ''

Paramos em um sinal e eu consegui beijar Demi. Eu estava me segurando fazia minutos; a vontade de beijá-la era imensa e se eu fizesse isso enquanto estivesse dirigindo, provavelmente me perderia nos lábios dela... Foi isso o que aconteceu, mas o sinal estava fechado porém quando fui perceber, os outros motoristas que estavam atrás buzinavam para mim.

– Meu Deus, esse sinal durou muito pouco tempo. – Demi falou espantada.

– Eu concordo... – falei limpando minha boca do batom vermelho de Demi, embora não quisesse. 

Olhei para trás e o carro dos meus pais estavam vindo na mesma direção. Faltava pouco para chegarmos até ao aeroporto.

Passaram-se várias músicas, e quando fui ver, já estávamos na entrada do aeroporto. Estacionei meu carro no estacionamento do aeroporto e eu e Demi descemos do carro. Eu estava de boné e óculos, não era uma boa hora para ser reconhecido, mas isso era um pouco impossível. Quando comprei as passagens, paguei por um serviço no qual eu tinha privilégios com o check-in e não precisava enfrentar nenhum tipo de fila, ou algo do tipo. Assim que eu chegasse, era pra chamar um funcionário do aeroporto que ele encaminharia minhas malas imediatamente e foi isso o que eu fiz. Não queria chamar a atenção com todas aquelas malas. Assim que eu chamei, vieram mais três funcionários ajudar o outro e cada um com um carrinho extremamente grande aonde couberam todas as malas. Levei apenas meu violão como bagagem de mão, e Demi levou uma bolsa com algumas coisas pessoais dela. Meu carro seria levado para a casa dos meus pais e assim que eu chegasse em Los Angeles, compraria outro novo. Eu, Demi e meus pais entramos no aeroporto e como meus pais não poderiam entrar na sala de embarque, me despedi logo deles antes de entrar nela.

– Eu vou sentir muita falta de vocês. Sempre que puderem, vão me visitar... Aliás, nos visitar. – falei aos meus pais. 

– Nós também vamos. – meu pai falou. Logo em seguida, abraçou-me fortemente. – Boa sorte com esse novo capítulo de sua vida, Joseph. – falou me soltando.

– Obrigado. Mesmo. – sorri largo.

Minha mãe estava parada com as mãos juntas  e se derramava em lágrimas. Abracei minha pequena mãe que em meus braços começou a chorar mais ainda.

– Meu filho morando junto com uma garota... Com Demi. Não poderia ter garota melhor para você namorar. Cuide dela, assim como eu tenho certeza que ela irá tomar conta de você. – falou ainda abraçada em mim.

– Pode deixar. – falei.

– Eu te amo, filho. – falou, já separada de mim.

– Eu também te amo. Eu amo vocês dois demais.

Demi também estava emocionada, e abraçou meus pais. Conversou baixo com minha mãe, e logo em seguida deu uma risada. Me despedi novamente dos meus pais, e eu e Demi fomos para a sala de embarque. Como eu tinha privilégios, não precisava ficar aonde todos os outros passageiros ficavam e passei por outro lugar, entrando primeiramente no avião que já estava pousado. Agradeci por isso, não queria tumultos pelo menos por hoje, pelo menos aqui. Em Los Angeles seria algo impossível.

–  Como essa poltrona é macia. – Demi falou.

– Demais.

– Alguém vai sentar do nosso lado? – apontou para a poltrona vazia que ficava no corredor.

– Não amor. Eu comprei ela, para nós não sermos incomodados.

– Aww. – ela falou e beijou-me na bochecha. 

– Eu te amo, sabia? – falei.

– Sabia. E eu te amo mais. – Demi falou, dessa vez beijando-me na boca.

Aprofundei o beijo passando minha língua pela boca de Demi, e levei uma de minhas mãos até seu pescoço, levemente. Poderia beijá-la eternamente, mas nós não estávamos mais sozinhos no avião, os passageiros estavam começando a entrar, então encerrei o beijo. Demi e eu agimos normalmente e ficamos conversando baixo. 

Ficamos a maior parte do tempo na paz, até quando houve um período de turbulência no avião e Demi se encolheu morrendo de medo. 

– Hey, vai ficar tudo bem... É assim mesmo. – abracei-a ternamente.

– Eu espero... Não gosto dessas coisas. Faz tempo que eu não ando de avião, e eu já tinha me esquecido de como era. Morro de medo. – falou, com a voz baixa e trêmula.

– Shh. Apenas fique abraçada em mim. Tudo ficará bem, não é nada.

Me manti abraçado em Demi até quando a turbulência acabou. Disse novamente para ela que tudo ficaria bem, e ela sorriu grande para mim. 

Quando o avião se manteve estável, as pessoas voltaram a trafegar pelo corredor dele aos poucos, para ir ao banheiro e etc. Resolvi tirar um pouco meu óculos, até que uma adolescente que passava me reconheceu e começou a gritar. Demi olhou para a menina assustada, que ficava pulando e tentava falar alguma coisa, porém não saia. Uma aeromoça teve que segurá-la e perguntou se ela estava incomodando e algo do tipo, mas eu disse que não.

– Tente falar alguma coisa... – falei a menina que chorava e tremia ao mesmo tempo.

– Jo...Jon... – falou. – Eu sou... 

– Meu Deus. – Demi falou baixo.

 A menina conseguiu se acalmar e finalmente falou:

– Eu sou sua fã... Sou Jonatic. Meu Deus, eu não acredito. Por favor, pode autografar minha revista e tirar uma foto?

– Claro. – sorri. Já imaginava que era isso. Já tinha presenciado vários momentos daqueles.

Esperei a menina ir até seu assento e trazer uma Rolling Stone de quando eu e meus irmãos saímos na capa, anos atrás. Era legal ver que as nossas fãs guardavam essas coisas antigas. Autografei a revista e perguntei seu nome, para poder deixar um recado carinhoso. 

– Aqui está, Carly. Vamos tirar nossa foto agora.

Levantei-me do assento e fiquei em pé. Abracei a menina, e pedi para que Demi tirasse a foto. A menina pediu outra foto, só que dessa vez uma de nós dois fazendo careta. Não hesitei e fiz o que foi pedido. Assim que acabamos, ela disse que me amava e sua mãe chamou sua atenção para ela sentar novamente em seu assento. Eu amava minhas fãs, nossas fãs.

Horas depois, o avião pousou em Los Angeles e eu mal podia acreditar. Oficialmente, minha vida estava prestes a mudar completamente.


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Notas finais do capítulo

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