Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 29
Capítulo 29, Falling Away From Me.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é chato, porém necessário )))))))))):



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POV DEMI


Já haviam duas semanas que Joe estava no hospital. Eu via Joe deitado naquela cama e eu queria que fosse eu naquele lugar, eu sinceramente não aceitava que o homem que eu amo estivesse em um lugar que era eu que deveria estar. Era muito doloroso. Muitos achavam que tinha sido um ato heróico da parte dele, mas eu não. Eu me culpava todos os dias. Joe foi baleado em uma região próxima ao coração e o médico me disse que por pouco ele não morria, porém ele perdeu muito sangue e isso ocasionou o coma. Eu e Denise estávamos morando naquele hospital praticamente. Ela não saia do lado do seu filho e eu também não saía do lado do meu namorado. Kevin e Nick vinham visitar Joe frequentemente e pela primeira vez eu tinha visto Nick chorar. Miley e Selena ainda não tinham vindo visitar Joe por causa da faculdade, mas eu mandava notícias por mensagens, e as vezes nós conversávamos pelo celular. As fãs sofriam muito, e a porta do hospital era lotada por elas pois as mesmas não podiam entrar, era proibido e a visita era somente para os familiares e pessoas próximas a Joe que tinham que ser reconhecidas pelos familiares. A mídia não tinha outro assunto a não ser esse, em todos os canais, jornais e meios de comunicação possíveis falava sobre Joe e sobre eu estado médico. Eu mal comia, não sentia fome, e estava vivendo a base de café. Denise comia pois Paul insistia muito. Era doloroso ver um filho seu deitado em uma cama de hospital com um pé nesse mundo, e o outro pé no outro.


– Ele poderia acordar. – falei impaciente a Denise.


– Eu oro todas as horas pra isso, Demi. Joe é forte, ele vai voltar para nós. – falou suavemente.


O rosto de Denise não estava diferente do meu, ela havia chorado muito, igual a mim. Eu e Denise tinhamos nos aproximado mais depois desse grande acidente que Joe sofreu, e se fosse pra ter um lado bom na história, seria esse. Eu tinha vergonha de me aproximar da mãe do meu namorado, mas essa vergonha tinha sumido e deu lugar a uma amizade.


– Eu não aguento mais ele desse jeito, eu sinceramente não aguento. – comecei a chorar e Denise me abraçou. Nós estávamos sentadas em um sofá que havia no quarto de Joe.


– Não chore. Joe deve estar muito feliz por ter uma namorada que se importa tanto com ele, eu tenho certeza que ele pode te ouvir, que ele pode nos ouvir... Você é realmente a melhor coisa que aconteceu na vida dele. – falou com um sorriso fraco e eu retribuí.


Minha cabeça estava começando a girar; eu estava tonta. Levantei-me e falei para Denise que ia pegar um café na lanchonete do hospital e ela pediu um também. Saí do quarto e fui dando passos lentos até chegar na lanchonete e pedi um café expresso, aonde bebi ali mesmo e pedi um para viagem. Enquanto eu bebia o café pensava que enquanto eu estivesse ali, Joe poderia acordar. Só de pensar eu me sentia feliz, mas em todos esses dias que eu fiquei desse jeito, nada aconteceu. Me desanimava saber quando eu sabia que várias pessoas que estavam em coma estavam falecendo recentemente e o medo de perder Joe aumentava. Se eu o perdesse, eu iria embora junto com ele. A dor seria tamanha que eu não aguentaria minha vida sem ele, disso eu tenho certeza. Voltei até o quarto de Joe e ele ainda estava do mesmo jeito. Suspirei fundo e entreguei o café a Denise.


– Obrigada, Demi. – agradeceu, tomando um gole de café logo em seguida.


– De nada. – respondi. – Você não vai acreditar, Demi. O médico veio até aqui falando que Ashley Greene estava na recepção e queria visitar Joe, porém eu não autorizei. Achei que seria uma falta de respeito com você e com ele também, do modo que os dois terminaram. Joe guardou muito rancor por essa garota por muito tempo e acho que ele desse jeito não mudaria nada o que ela fez, essa mulher não se enxerga.


– Meu Deus, mas que vadia. Obrigada por não ter autorizado, eu tomei nojo dessa mulher. – revirei os olhos incrédula.


Fui até a cama de Joe e fiquei observando-o por alguns segundos, até que me sentei ao lado dele na cama. Era lastimável vê-lo assim, isso se repetia toda hora em minha cabeça. Comecei a chorar involuntáriamente e a raiva começou a tomar conta dos meus pensamentos. Se eu visse Taylor, ela iria pagar caro, e eu não me importaria em matá-la se algo acontecesse a Joe. Miley me contou que Taylor tinha sido internada em uma clínica para pessoas com problemas psicológicos e o próprio pai que tinha internado Taylor. Era aliviante saber que ela estava fora do caminho, mas para mim seria mais gratificante se a vaca loira estivesse presa como uma criminosa.


– Olá. – um homem alto e forte entrou pela porta.


– Oi, Wilmer. – Denise cumprimentou com um sorriso.


– Olá Denise. – Wilmer cumprimentou. – Você deve ser Demi, a namorada de Joe.


– Sim. – falei com a voz um pouco rouca.


– Eu sou Wilmer, melhor amigo de Joe. – estendeu a mão e eu fiz o mesmo. – Ele me falava muito de você.


– Ele já me falou de você também. Você namora a Mandy Moore, não é?–


Sim. Nós estamos noivos, pra falar a verdade. – deu um grande sorriso.


– Aw, que lindo. – sorri fraco. – Eu a admiro muito, ela é uma boa pessoa e uma ótima atriz.


– Obrigado, ela é mesmo, tenho muito orgulho dela... – Er, mudando de assunto, quando vim visitá-lo da última vez você estava dormindo e Denise não estava aqui, nós não nos conhecíamos. É um prazer conhecê-la, uma pena que seja nessas condições. – olhava pra Joe um pouco triste. – Joe é uma das pessoas mais importantes na minha vida.


– Ele é a pessoa mais importante na minha. – comecei a chorar e Wilmer me abraçou. Ele era forte demais, eu estava fria e de alguma forma Wilmer me aqueceu. – Minha família não se importa comigo, meu pai sempre foi ausente e quando eu disse que iria fazer faculdade de música, ele surtou. Queria que eu fizesse de direito, e minha mãe também. Minha irmã Dallas sempre me infernizou, e a única exceção é minha irmã mais nova, Maddie. Meus pais nunca me apoiaram em relação a música, isso sempre me deixou triste. Uma merda. – falei já soluçando e Wilmer me ouvia atentamente. Não sabia que diabos eu fazia desabafando com um cara que eu tinha acabado de conhecer, mas por ser amigo de Joe, era como se fosse meu amigo também. Denise me olhava confusa também, seu olhar era dividido entre a confusão e pena, eu acho. Ela sempre apoiou os filhos, e ouvir aquilo de mim parecia inaceitável.


– Seus pais deveriam lhe apoiar, pois não adianta um filho fazer algo que o deixe infeliz. É melhor fazer algo que te deixe feliz e saudável. – Denise falou e eu balancei a cabeça concordando. Wilmer também concordou. – Eu e Paul nunca interferimos em nada, sempre deixamos os meninos decidirem.


– Isso é ótimo... – falei meio desanimada, meus pais poderiam ser como os pais de Joe, ou como os de Selena e Miley, que sempre apoiaram as duas.


Voltei a olhar Joe e na minha cabeça veio uma música dos Jonas Brothers, When you look me in the eyes.


How long will I be waiting to be with you again? I'm gonna tell you that I love you, in the best way that I can... I can't take a day without you here. You're the light that makes, my darkness disappear, Joe. – cantei com a voz totalmente fraca. – Joe, volte. – pedi.


POV JOE


Ouvia a voz de Demi, a de minha mãe e até de Wilmer e tentava acordar, mas parecia impossível. Eu simplesmente não conseguia. Aonde eu estava era tudo branco, parecia uma caixa branca e eu também estava trajando uma roupa branca. Eu andava por esse lugar tentando achar uma saída, mas tudo o que eu via era um horizonte branco e infinito. Comecei a ouvir a voz de Demi gritando por mim nesse local, e tentava encontrá-la, mas nunca achava.


– JOE, CADÊ VOCÊ? – Demi gritava


.Eu estava desesperado e corria por todo esse lugar atrás da voz de Demi, porém, não encontrava. Sentei-me no chão e comecei a chorar desesperadamente; já não aguentava mais ficar sem Demi. A voz voltou a me perseguir e estava mais próxima.


– Eu estou aqui, Joe! – era a voz de Demi, e estava próxima a um buraco.


Olhei para o buraco e caí dentro dele, agora era diferente e eu já não estava em um lugar branco, era preto. Olhei para os lados e tudo estava preto, até que uma mulher vestida de banco e de costas apareceu do nada. Parecia ser Demi, e eu a cutuquei por trás; a mesma se virou e eu dei de cara com a cara de Taylor totalmente deformada, parecia que a mesma tinha apanhado ou até mesmo levado um tiro na cara. Me assustei e corri pelo um horizonte preto. Taylor era a escuridão.


Achei uma escada e subi, voltando para o lugar todo branco. Voltei a sentar-me e a voz de Demi continuava a me perturbar, e eu apenas tampei os ouvidos com as mãos.


– Eu quero voltar pra você Demi, só não sei como... Me desculpe, mas me espere. Eu vou acordar, eu tenho certeza. – falei baixo.


Ninguém iria me escutar, Demi não poderia me escutar, aquilo era somente entre eu e eu mesmo.




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Notas finais do capítulo

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