The Black Mage escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Yoo! Para variar, essa one não veio da minha long, e não é verdadeiramente uma narração, ta mais para escrita POV.
Inspiração veio em um momento de raiva, então a digitação deve tar uma m#, vou dar uma revisada, mas sempre escapa alguns.



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Zeref estava triste


Zeref sentia dor.


Enquanto caminhava Tenroujima, ele tentava entender o que era aquilo.


Ele sentia um forte aperto do peito e uma sensação de dor no estômago. Não podia ser uma doença, seu corpo amaldiçoado o privava até mesmo daquilo.

Ele sabia o que era, só não sabia o motivo. Ele estava triste.

Não era uma coisa incomum, em sua longa e tortuosa existência, ele já presenciara muitas tristezas, sendo em muitos casos o causador delas. Mas daquela vez não, ele sentia-se angustiado.


Era a mesma sensação que precedia o ato de tirar uma vida, sempre presença em um recôndito de sua mente, na sua conexão com Acnologia, mas que ele se sentia grato por não ter isso como uma realidade a muitos anos.


Então porque ele se sentia tão agoniado. Se sentando sobre uma pedra, ele tentou refletir sobre isso, enquanto árvores a sua volta apodreciam e os pássaros despencavam mortos de seus galhos.


Ele sabia que algo de ruim se aproximava, mas não podia fazer nada. Ele ficou com raiva.


Agora ele precisava entender de quem ele estava com raiva. Provavelmente de si mesmo.


Raiva por ser fraco demais para controlar seu próprio destino, fraco demais para impedir as ações de Acnologia. Mas ainda sim forte o suficiente para causar tristezas aos outros.


Ele entendeu, ele se odiava.


Tomado por um momento de descontrole, ele moveu agilmente sua mão em direção ao próprio peito, uma adaga de sombras surgindo em suas mãos, porem ao atingir seu peito, a ponta se estilhaçou, e ele não seferiu.


A cima dele, a muitos metros do chão, a árvore Tenrou brilhava.


– Eu sei! - gritou ele furioso e em lágrimas levantando o punho - Nem mesmo a morte vai me aceitar, esse é a minha sina.


– Não grite com a minha árvore, Zeref-kun - ele ouviu uma voz adorável atrás dele - Você pode ofendê-la.


Ele não precisava usar seus olhos para ver, ela sempre estava ali.


Pequena e adorável como as fadas deveriam ser, ela estava sorrindo. Ela sempre sorria. Quando viva, ela foi à única pessoa que o tratava com carinho. Depois de morta, ela ainda tentava cuidar dele.


Ele virou as costas, o animo dela era exagerado demais.


– Mavis - disse ele suavemente - Desculpe, eu não queria ofender a sua árvore.


Ela riu divertida, enquanto andava meio saltitante em volta dele, as asinhas brancas que enfeitavam seus cabelos balançando de modo infantil.


– Eu sei, e você nem deveria, o que você estava pensando? - perguntou ela parando na frente dele, os dois grandes olhos verdes o fitando curiosamente.


– Eu estou com dor - disse ele, tentando não entrar em detalhes, mesmo sabendo que a pequena garota espírito não se deixaria enganar.


– E você achou que se apunhalar ia fazer você se sentir melhor? - perguntou ela de forma divertida, os olhos piscando - Você está sendo bobo. Mas me fale mais sobre isso.... - disse ela colocando as pequenas e macias mãos no rosto dele, fazendo o manter erguido.


– Eu sinto, mais morte chegando - disse ele sombrio, enquanto ela passava gentilmente um lenço em seu rosto. Uma parte de si imaginou se outras pessoas seriam capazes de tocá-la. Ele achou que não. Afinal ele criará a magia da morte, devia ser natural ter tamanho contato com os que já morrerram.


– Eu sei - disse ela parecendo incerta - Minhas crianças, minhas fadas virão até essa ilha em breve. Nada de bom sairá disso.


– Não são só as fadas que vem até essa ilha - disse ele melancólico, vendo temporariamente pela visão de Acnologia: Uma espécie de maquina voadora mágica vindo em alta velocidade naquela direção - Grimoires(Francês:Demônios) todos atrás do que eu represento, para seus próprios fins egoístas.


Mavis lhe deu um sorriso animado, enquanto se colocava de pé com um pulo.


– Não se preocupe - disse ela rindo, enquanto perseguia alguns vagalumes - O bem sempre vence no final, não é?


Ele lançou um olhar triste para ela.


– Mavis - disse ele com a voz transformada em um murmuro - Você deveria saber mais do que ninguém que nem sempre isso acontece.


Ela ficou subitamente rígida, como se ele tivesse falado uma besteira.


– Nunca mais diga isso - disse ela colocando o dedo na frente do rosto dele, como se lhe desse uma bronca - A Minha morte não foi sua culpa. Tudo que está vivo um dia morre.


Zeref se apoio em uma árvore, pensativo. A árvore começou a apodrecer, e teria caído e feito um belo estrago na fauna dali se Mavis não tivesse se apressado em tocá-la, anulando a magia da morte.


Zeref fitou a planta mal-humorado. Em seu intimo, ele já não sentia mais tanta dor.


– Parece que você sempre vai ter que estar por perto para anular a minha desgraça - disse ele, enquanto a pequena e fofa figura lhe envolveu em um súbito abraço.


– Mas eu estou. E sempre vou estar - disse ela, enterrando a cabeça no tecido negro das suas vestes, antes de se esticar e colocar um pequeno beijo em sua bochecha.


Por um pequeno momento, Zeref não se sentiu triste.



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Notas finais do capítulo

Comentário?
N/a: Na minha fic, ele não consegue se ferir em Tenroujima por ter algo a ver com a Fairy Tail(faz parte da minha teoria, afinal, se não, que diabos ele estava acampando ali)