Deve Ser Castigo escrita por Hellscy


Capítulo 13
Mar de Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ^^
Bom, comparado com os anteriores em nem demorei nesse cap ^^
Sinto muito por ter ficado muito grande não pude colocar a cena Gerza que eu queria(mas fiquei feliz por ter colocado a Wendy), mas não se preocupem no próximo tem sem falta ò.ó
Mas...... tem um pequeno problema que é o meu AVISO!
Dia 10/07 por causa de uma viagem amaldiçoada eu vou ter que ir com a minha avó maluca e minha prima patricinha pra Cancún (pode ser o lugar bom q for eu não quero ir com essas companhias '-') e ficarei lá mofando por oito dias, por isso pode demorar o próximo cap. Mas tudo na vida tem lado bom minha mãe deixou eu levar o notebook *-----* (obrigado mãe!) então eu vou ficar escrevendo os proximos caps lá (q eu já tenho prontos no papel em tópicos) para postar bem rápido assim que voltar
E tbm eu vou tentar postar a cena Jerza antes de ir ok?
Boa leitura e Bjuks =*



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– Posso botar essas caixas aqui? – A voz da menina soou pelo pequeno consultório da Fairy Tail

– Sim, sim. – Porlyusica disse com a voz séria sem tirar os olhos do seu pequeno livro, ela fitou a menina pelo canto dos olhos para ter certeza e ante dês falar voltou as páginas repletas de palavras – Mas talvez seja melhor colocar um pouco mais pra cima Wendy – ela fez um sinal com o braço apontando pra uma prateleira um pouco mais alta

Wendy bufou quando se virou pra ela, que nem demonstrou reação ainda se mantendo indiferente lendo seu livro. Sempre com a mesma feição séria.

– Aah – ela se irritou e foi atrás de algo alto para subir e guardar as pequenas caixas de remédios – É sempre assim... –ela sussurrou nervosa

– Disse alguma coisa querida? – Porlyusca soou irônica dando um sorriso gentil

– Não nada, vovó querida – Wendy retribuiu a ironia com o mesmo sorriso.

Wendy é uma garota de 14 anos com cabelos bem compridos e lisos, mas diferentes dos rosa da avó eles eram de um azul escuro intenso, que estavam presos em duas marias-chiquinhas altas. A menina pequena e de pele branca sempre reclamava por não ter ainda “tributos corporais”, mas apesar disso ela conseguia facilmente o que quisesse usando seu rosto angelical com feições ainda de menina. Basicamente a consideravam uma menina fofa e ingênua, o que ela realmente não era. Seus olhos em tons de avelã podiam tanto mostrar um apelo incontestável, quanto traços fortes. A garota vestia roupas esportivas, porque já como aluna ela também participaria do festival, mas todo mês era a mesma coisa.

Sua avó a enfermeira da ala “Filhos das Trevas” e o diretor Makarov armavam para que ela estivesse ocupada nessas festividades, já que como a aluna mais nova do colégio consideravam impróprio ela se socializar com delinquentes. Se ela descobrisse, assim como qualquer outro dos alunos normais, seria ruim para a “ingenuidade” dela.

Como se ela não soubesse!

A garota sempre vinha visitar a avó para ajuda-la e em uma dessas visitas ela descobrira. Mas não fora culpa dela, e sim dos alunos que atravessaram bêbados seu caminho enquanto ela andava pelo corredor. E não apenas bêbados, mas fumando e alguns “discretamente” se drogando. Obvio que de inicio ela ficara abismada e perplexa, mas com o decorrer do tempo ela resolveu conhecer alguns dos alunos especiais e até que eles não eram tão ruins.

Se a menina fizesse as mesmas coisas que eles ela poderia até mesmo ser considerada um deles, mas isso era algo delicado demais para que ela fosse considerada isso tão facilmente.

Mas ainda sim era mais divertido do que a vida dela, presa nos muros dela. Era apenas um muro que a separava de pessoas tão legais e divertidas.

Desde esse dia ela não era mais tão ingênua quanto pensavam, ela apenas se aproveitava dessa linha de raciocínio dos outros para se garantir.

E era por isso que sua avó estava a atrasando neste exato momento fazendo com que ela fizesse vários trabalhos que ela inventava na hora entre algumas linhas que lia de seu livro. Isso irritava Wendy Marvell demais.

– Pronto. Mais alguma coisa? – disse Wendy impaciente

Porlyusica a olhou pelo quanto dos olhos ainda com o olhar sério e impiedoso de sempre, mas sua neta sabia como afronta-la já que herdara um pouco disso dela. Esse confronto de olhares era visível entre as duas

– Pode enrolar aqueles esparadrapos – a rosada apontou para uma bandeja com pelo menos seis rolos de esparadrapos totalmente desarrumados e voltou a ler

Wendy olhou indignada, queria logo sair dali para ver seus amigos de verdade e se divertir com eles em algumas das poucas vezes que podia.

–mas...

– Sem reclamações - Porlyusica a interrompeu. Então Wendy voltou um olhar furioso de menina desobediente para a avó.

– Por quê?

– Porque eu mando em você e como é descrita na lei do universo você me obedece

– Onde está essa lei?

– Não discuta comigo e faça logo seu trabalho – ela pronunciou entediada

– Vovó, fala sério. – Wendy suspirou, era sua ultima carta na manga – Aposto que você não quer ficar aqui mofando tentando me impedir de ir pra esse festival meia boca – sua voz soava desesperada, estava apelando enquanto batia o pé – Então porque não me deixa ir e aproveita e tira o dia de folga, Mavarov nem precisa ficar sabendo, e mesmo que soubesse nós duas sabemos que você não iria obedecê-lo como é descrita na lei do universo – isso chamou a atenção da idosa que olhou a menina confiante de relance

A rosada suspirou vencida, mas nunca admitiria isso. Não com palavras.

Ela se levantou de sua cadeira com os dedos marcando a pagina em que ela havia parado, andou até a porta do consultório enquanto sua neta seguia cada um de seus passos com o olhar apreensivo. Porlyusica abriu a porta e Wendy já tinha um brilho de confiança nos olhos.

– Certo – a voz da mais velha ainda soava indiferente – Eu não tenho vocação para babá mesmo, pode ir – ela dizia meio que grossa, mas não se sentia verdadeiramente assim.

A pequena pulou de animação e em comemoração, correu até sua avó lhe dando um abraço rápido assim como um beijo em sua bochecha, e então se pós a correr feliz para não se atrasar mais do que já estava.

Deixara para trás uma velha que sorria feliz pela animação da pequena e talvez tivesse até um pingo de orgulho dela enquanto se dirigia para o resto do seu dia livre. Isto era o lado oposto para o qual Wendy seguia.

***

Para que não atrapalhassem o cronograma, mais do que já haviam feito com o pequeno espetáculo, as provas seriam ao mesmo tempo de acordo com a escolha de cada um dos times principais, então basicamente eles foram separados em grupos menores e cada um fora em direção a sua própria modalidade. Um dos grupos formados fora Juvia, Mirajane e Cana.

A primeira prova delas seria na piscina coberta que havia no campus dos da Luz. Comparado à ala dos delinquentes a escola Fairy Tail para “bonzinhos” tinha tudo, inclusive ótimas arenas e ginásios para esportes. Esse era um dos motivos para que eles tivessem que perder aula e ir à semana toda para a ala dos “Filhos da Luz”, mas fora isso havia um motivo ainda maior que era o fato principal que os enlouquecia para ter que se prestar a esse ridículo.

Esse motivo zumbia na cabeça das três garotas que encaravam com fúria os seus concorrentes competidores.

Elas estavam a poucos passos da piscina coberta e eram iluminadas pelas luzes no teto, por seus corpos podia se perceber efeitos da água que balançava elegantemente.

– Muito bem – anunciou a pior guarda costas de Lucy, Aquarius – Começaremos essa brincadeira aparentemente divertida para vocês em cinco minutos. – ela bateu palma chamando atenção dos presentes - Então competidores se preparem. Vamos ver se eu ganho alguns afogamentos – ela riu em sarcasmo e com brilho sério nos olhos.

Aquarius continuava com os cabelos lisos e soltos penteados pra trás, estes azuis claros que entravam em contraste com o biquíni azul escuro, em algumas partes com detalhes em branco, que trajava. Apesar de tudo vestia um short de leg preto já que não nadaria, e seus acessórios eram inapropriados para a modalidade, mas ela nunca teve problema com eles, seu único apetrecho que combinava com seu titulo de professora de agora seria o apito preso por um cordão repousando sobre o busto dela.

Agora sem seu uniforme e vestida para natação podia se perceber sua tatuagem. Símbolo do seu signo em seu colo. Combinava com ela e Aquarius nunca se enjoara dela.

Juvia iria competir nessa modalidade então vestia um vestido atoalhado azul, ele chegava até a metade das coxas e era leve e solto assim não valorizando suas curvas, ele tinha um gorro com o qual a garota cobria a cabeça deixando pequenos cordões brancos do vestido caindo levemente sobre os ombros. Suas mãos estavam escondidas dentro do mesmo bolço que ficava no centro as roupa.

Ela permanecia calma e, como Mira e Cana, estava em silêncio apenas observando tudo ao redor, mas essa paz monótona foi interrompida por três garotos que se aproximaram. De inicio não interessava a mínima pra elas até que os “vocês” incessantes que eles pronunciavam as irritaram.

– Ei vocês – um deles falava cada vez mais alto – Não nos ignorem

– Por favor! – Mira dirigiu-se a eles clama e fofa como sempre – Podem calar a boca? – ela continuava de um jeito fofo, mas parecia com raiva e impaciente.

Eles recuaram um pouco com as palavras, mas não pareciam dispostos a perder a marra. Então para o desespero, não demonstrado delas, eles recomeçaram a falar. Isso desencadeou um revirar de olhos de Cana e uma feição de descontentamento e sarcasmo para cima deles por não terem a obedecido de Mirajane além de que eles continuavam a incomoda-la. Juvia continuava sem ser abalada, mas tentando conter a raiva que insistia em se ressaltar nos olhos negros.

Juvia era assim. Ela não se deixava abalar por quase nada sempre mantendo uma feição séria e indescritível, talvez de tédio ou na maioria do tempo de descontentamento, por não haver algo que chamasse sua atenção ao seu redor ou por qualquer canto do mundo. Talvez ela achasse muitas coisas da realidade chatas, ela então se fechou. Seu passado ajudava nisso.

Seu corpo mantinha também uma postura sensata e correta, um tanto quanto inquebrável. Ela o mantinha tenso, firme para que todos que a vissem talvez tivessem receio de chegar perto, era a sua defesa das pessoas. Mas a azulada conseguia ao mesmo tempo ela conseguia enlouquecer homens apenas com seu andar e roupas, sem as mesmas precisarem ser chamativas, ela insinuava seu corpo mesmo que sem querer. Algo como se fosse involuntário.

Ela se mantinha fechada para qualquer um; alguns mais que outros.

Uma única exceção para essas regras era Gray. Eles pareciam totalmente compatíveis já que o rapaz agia meio que da mesma forma, firme e fechado. Apenas o que fosse de beneficio próprio o rapaz, ou ela, deixava escapar. Outras coisas eram quase que impossível, como sentimentos. Sentimento não existia no dicionário de ambos. Na verdade em nenhum dos “Filhos das Trevas”, fora repetido e seria repetido até que todos entendessem.

Demonstrar esse tipo de coisa era denominado pra eles fraqueza. Claro nem todos os tipos de sentimentos, como felicidade e alegria afinal eles não eram robôs, mas outros como lágrimas e amor poderiam ser considerados um ponto fraco.

– Não pensem que por nos ignorarem vocês conseguiram ganhar – um garoto de cabelos curtos disse enquanto arrumava seus óculos que escorregavam - Isso apenas trará a sua derrota

Nessa hora as três garotas se seguravam para não perderem a paciência com eles, mas ainda sim continuavam a encarar os três com severidade.

– Como é? – Cana perguntou brava para ter certeza do que iria falar

– Exatamente – outro garoto se pronunciou – Este é Rei Kisamari – eles deram espaço para o terceiro integrante chegar mais à frente enquanto esse menino apontava para um garoto aparentemente de sunga e touca nos cabelos além de óculos de natação – Ele é o melhor nadador dessa escola e ficou em primeiro lugar na ultima competição de natação juvenil nacional – ele se gabava pelo outro que fazia uma pose de orgulho, as meninas ficaram sem palavras para aquela baboseira

– E daí? – Mirajane perguntou direta e eles se surpreenderam

– E daí que vocês deveriam tomar conhecimento da situação – o garoto de óculos disse se recuperando

– Isso mesmo, será muito fácil para ganharmos de vocês mulheres – o garotinho apontou o dedo na cara delas e a frase machista encheu Mira e Cana com mais raiva.

– Como é? – Era o limite de Cana que já se prepara para deixar o baixinho com um olho roxo e Mira deu espaço para não impedi-la

Antes que Cana chegasse perto do garoto Juvia a parou colocando seu braço à sua frente, ela havia permanecido em silencio até agora então isso surpreendeu as outras duas.

– Não vale a pena – ela disse séria – e vocês tem que guardar energia para as outras modalidades, deixa que daqui a pouco eu calo a boca deles – e assim que terminou a frase abaixou o braço colocando a mão novamente no bolso. Elas entenderam o recado e se acalmaram

– Não vou dar moleza – o tal de Rei comentou se gabando

– Pode vir com tudo – Juvia sorriu em deboche – Quero ver se vai mesmo valer a pena

Um apito soou, era Aquarius dando o sinal

– Chega de conversa mole porque o tempo de moleza acabou – Ela se posicionou em um lugar que pudesse ver a piscina toda para ver o nado dos competidores – Vocês dois: Juvia Lockser e Rei Kisamari em suas marcas

Na mesma hora Juvia prendeu o cabelo e por obrigação, não que ela quisesse por achar ridículo, colocou uma toca de natação na cabeça. Ela tirou o vestido e o jogou em um lugar da pequena arquibancada do lugar, perto de onde Mira e Cana se sentaram para aproveitar o espetáculo. Como se precisasse, elas já sabia qual seria o resultado.

Juvia e Rei foram para seus postos e cada um subiu em um dos blocos de largada, Rei por ter um ego enorme subiu no que era marcado com o número “um”, Juvia por querer espaço – apesar de que tinha raias que separavam o espaço para nado de cada um – foi para o bloco “três”, mas ela não se posicionou em cima dele e sim pulou na água e agarrou o agarre do bloco.

– Ei Juvia o que está fazendo? – Aquarius perguntou gritando para ela

– Vou começar com o nado de costas – ela respondeu séria e Aquarius se calou já que era a escolha dela

– Que péssima escolha – o garoto de óculos os arrumava enquanto comentava perto das outras duas meninas

– E por que diz isso senhor nerd? – Cana perguntou cruzando os braços irritando o garoto com o comentário

– Nado de costas não é tão fácil quanto parece mocinha descontrolada – ele disse calmo retrucando para Cana que permaneceu calma mesmo estando com raiva – Além de você ter receio por não poder ver para onde está indo é um nado que pode te atrapalhar principalmente se você não estiver usando óculos de natação sem contar o fato de que é uma modalidade que cansa muito as pernas já que elas são mais importantes nessa modalidade – As duas ficaram surpresas com o comentário – Tem certeza de que sua amiguinha sabe o que está fazendo? – dessa vez ele perguntou sério

– Bom quem se importa, se ela quiser fazer isso só vai garantir mais ainda nossa vitória – o baixinho comentou e as garotas olharam preocupadas para a outra, mas logo sorriram aliviadas.

– Juvia sabe o que faz – Mira então falou – Se ela quer começar com esse nado é por que ela tem um plano

– Exato! – Cana concordou – Afinal ela também está aqui para ganhar – os dois se surpreenderam com a resposta delas e depois de alguns segundos voltaram a atenção para a competição.

A uma piscina de porte médio que servia para algumas competições, a tarefa deles seria fazer cinco chegadas ida e volta das quatro modalidades, poderia ser na ordem que quisessem.

Eles ficaram na posição para começarem a nadar, Rei esta confiante ainda mais depois da escolha da adversária enquanto Juvia permanecia calma e séria; estava concentrada. Ela sempre ficava assim quando se tratava de esportes com relação à água.

– Preparados? – Aquarius perguntava apesar de não se – Vão! – e então ela apitou enquanto abraçava o braço dando sinal de largada

Juvia saiu da piscina vitoriosa, estava arfante e se sentara na borda se recuperando do grande nado. Ela permaneceu ali e tirou sua toca soltando os cabelos, depois levou as mãos até os olhos.

Não queira chegar perto de ninguém nem que chegassem perto dela, não queria comemorar sua vitória nem fazer nada. Ela saíra da água depois de lembrar-se de coisas tão terríveis e que a faziam sofrer, por isso agora lágrimas e água se misturavam no rosto da menina frágil.




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Notas finais do capítulo

*Teru Teru Bozu é aquele bonequinho branco que se faz para que pare a chuva, normalmente é colocado na janela. (ou basicamente é aquele bonequinho que a Juvia usava no peito e sempre fazia quando criança, no anime)
Bom gente eu acho q o nome do capitulo deveria ser Flashback de tanto que teve, e por ter ficado grande demais eu tive que parar por ali, mas era pra ter muito mais....
Desculpa >.<
Mas no próximo eu trago o que faltou e agora que eu já dei um pouco do passado da Juvia e os sentimento das Erza no cap "Desespero escarlate" eu vou poder colocar o que eu quero pras cenas Gruvia e Jerza *¬*
Reviews?? tapadas?? Gostaram ou não gostaram?? elogios ou xingamentos?? aceito de tudo XD