Naruto espreguiçou ao sair para o jardim da mansão dos Uchiha. Tinha acabado de almoçar e nada melhor do que um treino para matar a preguiça.

Desceu uma rampa que dava para o lago e encontrou uma figura de cabelos rebeldes negros com os olhos vermelhos mostrando seu domínio com o famoso sharingan. Naru estava no centro do lago guspindo fogo para todos os lados.

A cena era impressionante, o garoto de apenas dez anos manipulava perfeitamente o Katon no jutsu e já estava conseguindo controlar o chiridori. Naruto sentiu como se estivesse vendo um mini Sasuke.

Naru parou bruscamente e o loirinho que não estava no seu corpo loirinho assustou com a voz fria lhe chamando – Está me espionando pai?

Naruto – Você tá bem forte né Naru!

Naru – Quer treinar comigo? Uma disputa mano a mano, pode ser?

Naruto – “Esse moleque sabe que eu não sou o pai dele ou ele encara o Sasuke desse jeito?” – essa era uma pergunta que não queria calar em sua mente.

Naru – Vou começar – estas palavras não foram um pedido, mas sim um aviso. O primogênito dos Uchiha já estava em cima de Naruto antes mesmo deste dizer – Ah, tá...

Yusuke e Yugi desciam para o lago a procura de seu irmão e de seu pai, quando vêem a cena mais esquisita de suas vidas. Naru atacava sem dó nem piedade um homem que se desviava atrapalhadamente dos golpes certeiros e rápidos que este lhe desferia.

Mesmo com o sharingan ativado, Naru não conseguia acertar um só golpe no suposto Sasuke. O mais estranho era a maneira como seu adversário se desviava. Naruto mentalmente estava amaldiçoando Sasuke por ensinar o garoto a ser tão rápido. Perdendo a paciência, o pequeno Uchiha fez os ins conhecidos do chiridori, correu e acertou em cheio seu alvo que logo virou apenas uma fumaça.

Naru – Não é possível! Um bunshin... mas quando?... – sua frase não foi terminada, pois antes mesmo de perceber Naruto já o segurava pelo colarinho de sua camisa.

Naruto – Eu lhe ensinei o chiridori – “Espero que tenha sido o Sasuke” – para usar contra seus inimigos, não contra seu pai! – falou no tom de voz mais ríspido que conseguiu, jogando o garoto no chão logo em seguida.

Naru olhou emburrado, mas ao mesmo tempo surpreso. Para ter conseguido se desviar dos seus ataques aquele homem só poderia ser seu pai mesmo. Os gêmeos que observaram tudo ao longe, desceram correndo e gritando vivas.

Yusuke – Nossa pai!!! Eu quero aprender o Kage bunshin também!

Yugi – Ensina pra gente!

Naruto sorriu para os meninos, estes não se pareciam tanto assim com o pai deles. Seus cabelos eram negros, mas não espetados como o de Sasuke ou Naru, eram lisos como o de Sakura, assim como os olhos verdes esmeralda e o jeitinho empolgado e tagarela de ambos os gêmeos também lembrava mais a kunoichi de cabelos rosa.

Naruto – “Bom, acho que com esses dois eu posso...” – Tudo bem meninos, me ataquem e eu lhes ensino na prática como usar esse jutsu super difícil.

Yugi e Yusuke se encararam por um tempo, mas logo se viraram para Naruto com um sorrisinho diabólico que o deixou até arrepiado. Sem aviso ambos pularam, Yusuke voou em cima de Naruto, deu-lhe uma sequencia de golpes dos quais se desviou facilmente. O garoto fez os ins do Katon e guspiu uma enorme bola de fogo, Naruto pulou para se desviar e foi pego no ar pelo mesmo jutsu que Yugi lhe desferiu pela retaguarda.

Naruto – AIIIII... TÁ QUENTE!!! TÁ QUENTE!!! – gritou ao mesmo tempo em que corria para o lago e se jogava dentro dele para apagar o fogo em suas vestes.

Naru com uma enorme gota na cabeça – “Como fui perder pra ele?”

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O almoço na casa dos Hyuuga era algo bem tradicional. Sentavam-se à mesa o pai de Hinata, Neji e Tenten que também haviam se casado, o filho do casal Haru de sete anos, Heika, Hinata e Sasuke. Haruka não parava quieta, entrava e saia da sala trazendo flores e deixando na mesa ao lado de Sasuke, sempre com um sorrisinho e um – Pra vc papai! – bem delicadinho.

O Uchiha já se sentia incomodado em almoçar sob os olhares intrigados de todos os membros da família.

Sasuke – “Provavelmente o dobe come como um porco...” – pensou focalizando a imagem de Naruto sentado na mesa tão refinada engolindo a comida e gritando como ele sempre fazia quando ia comer em sua casa.

O Uchiha olhou para Neji, que lançava olhares desconfiados e parecia estar tentando entender o que havia de errado com Naruto.

Sasuke – “Talvez... se eu contasse para o Neji...” – pensou se lembrando de que o Hyuuga era um de seus melhores amigos – “Não, ele vai me zuar...”

Mal terminou sua refeição e já estava sendo puxado por duas menininhas que pareciam ter sentado no fogo. Haruka e Heika eram tão dinâmicas quanto o pai.

Heika – Vamos brincar agora pai? – disse enquanto puxava Sasuke pela manga da blusa.

Haruka – Eu quero cavalinho! – gritou pulando nas costas do Uchiha.

Hinata ficou vermelha e seu rosto estava meio desesperado – Não meninas! Não incomodem o... seu pai...

Todos se viraram surpresos e Higashi perguntou – Por que não? Naruto sempre brinca com minhas netas depois do almoço!

Aquele foi o ponto final da conversa. Com um suspiro derrotado Sasuke se levantou – Tudo bem. Vamos brincar, mas nada de cavalinho hoje! – acrescentou rápido.

Os três sairam, as meninas correndo na frente e o homem as seguindo com as mãos no bolso.

Heika – Do que vamos brincar papai? – perguntou ao chegar no amplo quintal da mansão.

Sasuke – Que tal treinarmos?

Heika o olhou surpresa – Mas pai... o senhor diz que a Haruka ainda é muito pequena pra treinar...

Sasuke – Vamos fazer algo bem fácil e sem perigo nenhum, tudo bem?

As meninas concordaram e Sasuke passou a tarde ensinando alguns jutsus simples e básicos dos quais Heika já conhecia, mas que para Haruka era algo totalmente diferente.

Divertiram-se tanto enquanto treinavam que por volta das três horas foram tomar um banho e dormir. Sasuke as levou para cama e ficou observando as crianças enquanto um novo sentimento brotava dentro dele.

Sasuke – “Até que meninas não são tão difíceis assim...”

Continua...