Conquiste-me! escrita por Stitch


Capítulo 2
Tentativa de conserto!


Notas iniciais do capítulo

Depois de muitos séculos (de preguiça) sem tempo, eu voltei.
Desculpem-me, mas sei lá. Faltava inspiração, risos ~



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Robin voltava para dentro da torre sem entender muita coisa, entendia apenas que a garota que mexia com ele, tinha se declarado a ele. Mas ele não sabia como agir em um caso desses, afinal tinha pouquíssima experiência nesse tipo de coisa.

Já na sala observou o de sempre, Ciborgue e Mutano jogando vídeo game e brigando para ver quem era o melhor e em um canto mais afastado deles, se encontrava Ravena lendo seu livro.

– Algo me diz que você aprontou alguma com a Estelar. – Dizia Mutano sem tirar os olhos da televisão.

– Ela está no quarto? – Perguntou ignorando totalmente o comentário de Mutano.

– Sim. – Respondeu ainda sem tirar os olhos do jogo a sua frente.

Ele iria falar com ela, tentar compreender melhor, saber desde quando isso acontecia com ela, e porque nunca perceberá.

– Não vai adiantar nada ir falar com ela. – Agora era a vez de Ravena falar sem tirar os olhos de algo que lhe chamava mais a atenção. Alguns Titãs eram muito viciados em certas coisas, pois conseguiam concentrar-se em algumas coisas ao mesmo tempo. – Ela está nervosa, dificilmente ouvirá o que tem para falar, deixe-a pensar por um tempo e tente consertar depois, seja lá o que você tenha feito. – O olhou rápido e voltou à atenção para seu livro.

– Tem razão! – Suspirou por vencido.

Foi ao seu quarto e deitou em sua cama, observou o teto e a sua mente veio tudo o que tinha ouvido há alguns minutos. Como poderia ser tão burro e não perceber o que estava no seu nariz esse tempo todo? Com todos esses pensamentos rodando sua mente, adormeceu.

Quando acordou, o céu já estava bem escuro, estava no auge da noite. Saiu do seu quarto e foi à sala, onde encontrava-se apenas Mutano e Ciborgue que ainda jogavam. Ravena já não se encontrava mais ali. E quando passou seus olhos pela cozinha, viu a bela garota ruiva de olhos esmeraldas comendo algo típico de seu planeta, e estava com os olhos inchados de tanto chorar. Sentiu um aperto ao vê-la daquele jeito.

– Cara, se liga... – Gritava Mutano. – Eu ganhei a primeira rodada. – Ele discutia com Ciborgue.

– Roubando! – Retrucou Ciborgue com o mesmo tom de voz.

Robin apenas rolou os olhos com mais uma das típicas brigas de Mutano e Ciborgue. Estelar parecia não ouvir o que estava acontecendo. Estava triste de mais para prestar atenção em algo. Mas quando viu Robin se aproximar, foi logo tratando de sumir daquele lugar, o que não deu muito certo.

– Me desculpe, sei que fui errado, e que sempre fui um idiota, mas me dê uma chance! – Ele estava implorando isso a ela, mas só ele sabia, pois ela achava que era só uma simples desculpa dele.

– Eu não quero saber. – Sua postura mostrava que estava forte, mesmo Robin sabendo que aquilo era apenas uma máscara, igual aquela que ele usava, servia para esconder a mesma coisa que Estelar estava fazendo: sentimentos e emoções.

Ela saiu dalí deixando-o chateado, bravo, confuso, entre outros sentimentos que a máscara escondia.

Mutano e Ciborgue pareciam nem ter ouvido a discussão que ocorreu ali, pois estavam tão vidrados na TV.

– Todo mundo sempre soube, só você que nunca viu o que estava na sua frente. – Disse Ciborgue sem tirar os olhos da TV.

– É cara, você sempre se preocupou demais com o trabalho, com a segurança de todos, com o Slade... – Quando Mutano pronunciou o nome de Slade, Robin arrepiou-se, não gostava de lembrar-se do mesmo. – Mas nunca se preocupou o bastante com o que ela sentia. – Mutano continuava sem tirar os olhos da TV também.

– Sempre me preocupei demais com ela. Só não sabia que ela sentia isso. – Robin estava bravo. Mas por quê? Não tinha motivo para tal sentimento no momento.

Não tinha ideia do que fazer agora, sentia-se totalmente perdido. O que fazer para que a tamaraniana o perdoasse? Pensou no que os caras comuns fariam em uma situação dessas.

Enquanto andava pela torre, achou um jeito de ser perdoado. Talvez não desse certo, mas não custava nada tentar, na verdade custaria apenas algum dinheiro.

Foi até a floricultura mais próxima e comprou rosas vermelhas, aquelas que ele observava os rapazes presenteando as garotas, aquelas que representavam um amor que nascia em um dia ensolarado em um parque qualquer, aquelas que de presente, funcionava apenas em filmes românticos.

Pediu que as rosas fossem entregues ainda hoje na Torre T, afinal queria ser desculpado o quanto antes.

Voltou à torre bem mais contente, ele tinha certeza que faria as pazes com a alienígena ainda hoje.

Chegou na torre e já tocaram a campainha, sorriu.

– Estranho... – Disse Mutano ao olhar as câmeras de segurança ao ver que era apenas um rapaz segurando rosas. Aquilo só podia ser alguma armadilha, pelo menos era o que ele achava. Desceu a torre e ainda muito desconfiado, ficou encarando o pobre moço que se encontrava com medo.

– Eu apenas vim trazer as rosas da senhorita Estelar. – Ele não tirava os olhos das flores.

– Obrigado! – Foi a única palavra que pronunciou, pegou as flores e subiu. Ficou procurando alguma bomba, ou qualquer outra coisa suspeita nas rosas, mas nada encontrou.

– Estelar! – Gritou ao pé da escada. – Flores para você! – Continuou gritando.

– Ninguém é surdo na torre, cara. – Reclamava Ciborgue. Odiava os gritos de Mutano.

Estelar correu escada abaixo, sorrindo feito uma boba. Aprenderá com os filmes românticos que isso era sinal de amor, ou coisas do gênero. Sentia-se feliz, afinal alguém a queria bem.

Ciborgue foi até o sofá, onde se encontrava Robin e ficou observando o moreno a sua frente. Riu sozinho.

– A briga foi séria? – Ciborgue continuava sorrindo.

– Sim. Ela não quer olhar na minha cara. – Desviou o rosto para a janela.

– Flores, muito romântico da sua parte. – Ele agora, olhava as expressões de Estelar.

– Quem será que mandou as flores, Estelar? – Disse Mutano totalmente irônico enquanto olhava para Robin.

– Não sei, mas tem um bilhete. – Como podia ser tão inocente? Isso a deixava mais fofa, e isso até Ravena poderia admitir. – “Te adoro! Assinado: Seu admirador secreto.” – Ela sorriu.

Mutano ria, como Robin poderia ser tão brega ao fazer um bilhete com tais palavras? Ciborgue ria junto, afinal aquilo era horrível. Talvez, a maior graça seja Robin, o líder dos Titãs, se humilhando para uma garota.

Ao terminar de ler o bilhete, Estelar olhou direto para Robin, o fuzilava com os olhos. Mesmo assim, ela tinha achado a coisa mais fofa, porém nunca diria isso a ele, pelo menos não agora.

Estelar saiu da sala e foi direto para seu quarto, colocou as flores com o maior cuidado em cima de sua cama e o bilhete, ah, o bilhete... Ela colocou no lado esquerdo do peito, fechou os olhos e sorriu.

Já fazia alguns minutos e aqueles dois não paravam de rir, Robin já estava constrangido, mas continuaria ali, até surgir algum comentário, queria saber da opinião alheia.

– Você não acha que flores são bregas? – Mutano que já se recuperava de seu ataque de risos, logo disse.

– Nada é brega quando quer conquistar a pessoa amada. – Ravena que, até agora ninguém tinha se dado conta que estava na sala desde que as flores chegaram, se pronunciou.

– Quer dizer que você gosta de flores? – Mutano disse com sua melhor cara de sedutor.

– Não foi isso o que eu disse. – Respondeu calmamente, como se Mutano, fosse apenas uma criança.

– Quando gostamos de uma pessoa, fazemos coisas “bregas”. – Robin disse fazendo aspas com os dedos e soltando um longo suspiro.

– Então você gosta dela? – Ciborgue estava cada vez mais curioso, mas ele sabia que a resposta era óbvia.

– Não sei dizer, estou tão confuso... – Robin apoiou os cotovelos no joelho e colocou o rosto nas mãos. – As coisas estão acontecendo rápidas demais.

– Só não sabia que faria algo do tipo, já que em seu ponto de vista, “somos apenas heróis”. – Ciborgue disse a frase que Robin sempre usava para coisas “fúteis”, assim deixando a sala.

– O amor é cego! – Disse Mutano.

– Mas esse não é! – Robin levantava do sofá.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, avisa, tá? E aí, o que acharam? *-*